Questões de Concurso Comentadas sobre morfologia em português

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Ano: 2023 Banca: FURB Órgão: Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC Provas: FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Agente Administrativo | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Agente de Controle Operacional | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Agente de Logística | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Agente de Operações Hidráulicas | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Almoxarife | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Auxiliar de Laboratório | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico Laboratorista | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico Ambiental | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico Eletroeletrônico | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico Eletromecânico | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico em Edificações | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico em Informática | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico em Operação de ETA/ETE | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico em Saneamento | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Técnico em Segurança do Trabalho | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Escriturário | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Fiscal | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Motorista | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Telefonista | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Tesoureiro | FURB - 2023 - Prefeitura de Jaraguá do Sul - SC - Operador de Máquinas |
Q2202451 Português
Carros elétricos são realmente verdes?

Os carros elétricos são tão verdes quanto a energia que eles usam para carregar suas baterias, mas o quão verde é essa energia isso varia muito de país para país, segundo uma análise de dados sobre as emissões de setor de energia em 2022.

As vendas de automóveis ao redor do mundo mostram que mais pessoas estão comprando veículos elétricos que não emitem CO2 quando são conduzidos. Mas o impacto de um veículo elétrico substituindo um carro tradicional, com motor de combustão interna, sobre as emissões em geral, depende da maneira como a energia usada para carregar a bateria do carro é produzida.

Os dados sobre as emissões do setor de energia compilados pela Ember, um "think tank " independente especializado na área, mostram que em algumas partes do mundo, como na China, a eletricidade usada para carregar as baterias dos números crescentes de veículos elétricos vem do carvão, um grande emissor de CO2, o que não diminui o impacto dos carros elétricos no combate às mudanças climáticas. Em 2022, a produção de energia elétrica da China, que usa principalmente o carvão e o petróleo, despejou 530 gramas de CO2 por quilowatt-hora (kWh) na atmosfera.

Em comparação, nos EUA, a produção de energia elétrica despejou 369 gramas de CO2/kWh na atmosfera, o que significa que dirigir um carro elétrico nos EUA gera uma quantidade de gases do efeito estufa bem menor do que na China, ou mesmo na Alemanha ou Japão.

Após uma década em queda, as emissões de carbono pelo setor de energia na Alemanha aumentaram mais de 5% no ano passado em relação a 2021, para 386 gramas de CO2/kWh, depois que a maior economia da Europa desistiu da energia nuclear e trocou o gás natural russo pelo carvão. Isso torna dirigir um carro elétrico na Alemanha algo menos amigável ao clima do que nos EUA ou mesmo na França.

Nos EUA, cerca de 60% da eletricidade produzida no ano passado foi gerada a partir de combustíveis fósseis, cerca de 18% a partir da energia nuclear e 22% a partir de energias renováveis, segundo o Departamento de Energia.

Os EUA frequentemente são vistos no exterior como uma nação que gosta de dirigir carros e caminhonetes que consomem muita gasolina, mas o país progrediu significativamente na redução das emissões do setor de energia, segundo o Union of Concerned Scientists, centro de estudos e grupo ativista de Cambridge, Massachusetts, que desde 2012 vem rastreando como os veículos elétricos verdes são comparados com os carros convencionais.

David Reichmuth, coautor do mais recente estudo do grupo sobre os veículos elétricos, diz que à medida que mais energia de fontes renováveis flui para a rede elétrica do país, as emissões gerais do setor de energia caem e isso significa que os veículos elétricos se tornam mais verdes, uma vez que menos emissões de carbono são produzidas quando a eletricidade é gerada.

"O que é realmente subestimado nessa transição é que as emissões dos carros elétricos que circulam nas vias públicas mudam à medida que a rede fica mais limpa", diz Reichmuth.

Independentemente de onde são conduzidos, os veículos elétricos sempre são uma escolha mais ecológica do que os carros movidos a gasolina, segundo apontam estudos recentes publicados pela Agência Ambiental Europeia e pela Agência Internacional de Energia (AIE), além dos resultados de estudos acadêmicos. Em 2020, por exemplo, pesquisadores de Cambridge, Exeter e da Holanda constataram que dirigir um carro elétrico é melhor para o clima em 95% do planeta.

Este também é o caso quando se leva em conta as emissões liberadas durante a fabricação das baterias e na mineração dos metais necessários para fabricar as baterias, uma grande parte da pegada de carbono geral de um veículo elétrico durante sua vida útil. A AIE divulgou em outubro dados mostrando que mesmo quando se usa os materiais mais sujos na produção das baterias, os veículos elétricos ainda produzem menos da metade das emissões de CO2 dos motores de combustão interna em suas vidas úteis.

E esse desempenho está melhorando. As emissões de CO2 com a geração de energia no mundo caíram 11% desde 2007, quando elas atingiram pico de 489 gramas de CO2/ kWh, segundo o estudo Global Electricity Review de 2023 da Ember Climate , centro de estudos voltado para causas ambientais.

Ainda assim, as várias maneiras pelas quais os países produzem a energia que movimenta os veículos elétricos significa que ainda existem grandes diferenças na eficiência de emissão da condução de veículos elétricos ao redor do mundo.

Retirado e adaptado de: VALOR. Carros elétricos são realmente
verdes? O Globo. Disponível em: mmeenee--verdees.ghmml
m/mundo/noticia/2023/05/13/carros-eltricos-so-realmente-verdes.ghtml
Acesso em: 15 maio, 2023.


A respeito das informações fornecidas em "Carros elétricos são realmente verdes?", analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I.O impacto de um veículo elétrico depende da maneira como a energia usada para carregar a bateria do carro é produzida.
EMBORA
II.Carros elétricos sempre são uma escolha mais ecológica do que os carros movidos a gasolina.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
Alternativas
Q2202287 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Os sons das plantas feridas

Tomates cortados emitem sons em frequência mais alta que a dos submetidos à seca

Quando estressadas, por exemplo, pela falta de água, as plantas apresentam alterações na cor, no cheiro e na forma. Podem também liberar compostos orgânicos voláteis. Ou ainda emitir sons ultrassônicos, na frequência de 20 a 150 quilohertz (kHz).

Embora não sejam captados pelos seres humanos, esses sons poderiam alcançar outras plantas ou insetos, de acordo com experimentos com plantas de tomate e de tabaco feitos por equipes das universidades de Tel-Aviv, em Israel, e Harvard, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores criaram quatro grupos - plantas de tomate estressadas pela seca, de tomate com o caule cortado, de tabaco estressadas pela seca e de tabaco também com o caule cortado -, comparados a um grupo-controle (isto é, de plantas saudáveis), e colocaram microfones próximo a elas.

As frequências dos sons de cada grupo se mostraram proporcionais aos níveis de lesões e diferenciaram os grupos. As plantas secas de tomate e tabaco emitiram sons com frequência média máxima de 49,6 kHz e 54,8 kHz, respectivamente. Já nas plantas cortadas, a frequência média máxima foi de 57,3 kHz e 57,8 kHz. Os pesquisadores também gravaram sons de trigo, milho, videira e cactos (Cell, 30 de março).

Retirado e adaptado de: WEBER, Jean. Os sons das plantas feridas. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/os-sons-das-plantas-feridas/ Acesso em: 12 maio, 2023.
Assinale a alternativa que apresenta a correta classe gramatical, entre parênteses, das palavras destacadas na sentença:
Alternativas
Q2202242 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Alimentos orgânicos: emprego do controle biológico

Em vez do uso do agrotóxico, cultivo usa insetos, fungos e bactérias para acabar com os bichos que atacam as plantações.

Insetos, fungos e bactérias: o que esses bichinhos têm a ver com alimentos orgânicos? Eles atuam nas plantações, comendo outros seres vivos que provocam doenças nas lavouras.

Essa reprodução da cadeia alimentar é chamada de controle biológico, um sistema que é usado na agricultura orgânica no lugar dos agrotóxicos, que são produtos químicos proibidos nesse tipo de cultivo.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), o controle biológico requer a adoção de técnicas específicas e tecnologias avançadas que priorizem o uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, respeitando a integridade cultural das comunidades rurais. Para isso, é de extrema importância que agricultores se adequem às normas de orgânicos, mas também avaliem estratégias apropriadas às peculiaridades de cada região, entre elas, solo, clima, água e biodiversidade.

Os produtos biológicos de controle, para serem utilizados dentro da agricultura orgânica, precisam ser registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na ANVISA e no IBAMA, seguindo as especificações de referência para a agricultura orgânica ou certificados por empresas credenciadas. "Esse processo é essencial para garantir a segurança e a qualidade dos produtos orgânicos que chegam à mesa do consumidor final", observa Amália Borsari, diretora-executiva da ABCBio.

Em função da sua natureza, os produtos biológicos de controle podem ser categorizados como macro-organismos (insetos, ácaros e nematoides), microrganismos (bactérias, fungos, vírus), bioquímicos (extratos de plantas, algas, enzimas e hormônios) e semioquímicos (metabólitos e feromônios). Em geral, são disponibilizados na forma granulada, suspensão concentrada, em cartela contendo ovos parasitados, em cápsulas contendo microvespas. No caso de macro biológicos, são comercializados ovos, pupas, larvas ou insetos vivos.

Retirado e adaptado de: SALATI, Paula.; TAVARES, Celso.; Alimentos orgânicos: produção envolve 'guerra' de insetos para combater as pragas do campo. G1. Disponível em: notcia/22023/04/199ammentosooggancos-pooduccao-e nvolvegguerra-deinsseoos-paaracoombbaee-aa-pragaa-do-ccamppo.g hmm o-envolve-guerra-de-insetos-para-combater-as-pragas-do-campo.ghtml Acesso em: 10 maio, 2023. PORTAL BDO. Agricultura orgânica: como fazer um controle biológico adequado? Portal BDO. Disponível em: oloogcoo-de--pragas-edoeenca as-addequuado/ ica-como-fazer-um-controle-biologico-de-pragas-e-doencas-adequado/ Acesso em: 10 maio, 2023.
Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona palavras em destaque, retiradas do texto, com a sua classe gramatical:
Primeira coluna: classe gramatical (1)Verbo (2)Substantivo (3)Pronome
Segunda coluna: palavras em destaque (__)"Em função da sua natureza..." (__)"...mas também avaliem estratégias..." (__)"Insetos, fungos e bactérias..."
Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:
Alternativas
Q2201739 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para homens e mulheres

A Câmara dos Deputados aprovou na sessão deliberativa de 04 de maio de 2023 proposta que institui medidas para tentar garantir a igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens na realização de trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função. O texto segue agora para análise do Senado.

Foi aprovado o substitutivo elaborado pela relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), ao Projeto de Lei 1085/23, do Poder Executivo. "Este será mais um passo para avançarmos no enfrentamento à desigualdade no ambiente de trabalho, que se aprofundou durante a pandemia de Covid-19", afirmou a relatora.

Foram 325 votos favoráveis e 36 contrários ao parecer final de Jack Rocha, definido após negociação entre os líderes partidários. Em razão de um acordo , não foram apresentados destaques que poderiam alterar a versão da relatora.

"Falar de igualdade salarial é falar sobre a emancipação das mulheres", disse a relatora, ao defender a proposta na sessão. "A luta das mulheres é a promoção da implementação de programas de diversidade no ambiente de trabalho, que incluam capacitação de gestores, lideranças e empregadores", concluiu.

Apesar do acordo, o texto não agradou a todos. "Esse projeto bota nas costas do empreendedor uma série de responsabilizações e multas que vão inibir a contratação das mulheres", alertou o deputado Gilson Marques (Novo-SC) durante a discussão da proposta.

O texto aprovado altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para definir que a igualdade salarial será obrigatória. Para isso, estabelece mecanismos de transparência e de remuneração a serem seguidos pelas empresas, determina o aumento da fiscalização e prevê a aplicação de sanções administrativas.

Fiscalização e multa

Ato do Poder Executivo definirá protocolo de fiscalização contra a discriminação salarial e remuneratória entre homens e mulheres. Em caso de discriminação por motivo de sexo, raça, etnia, origem ou idade, além das diferenças salariais, o empregador deverá pagar multa administrativa equivalente a dez vezes o valor do novo salário devido ao empregado discriminado - será o dobro na reincidência.

Conforme o substitutivo aprovado, a quitação da multa e das diferenças salariais não impedirá a possibilidade de indenização por danos morais à empregada, consideradas as especificidades do caso concreto.

Regras

Embora o texto aprovado inove ao criar a obrigatoriedade de equiparação salarial a ser verificada por meio documental, as demais regras que definem as situações em que a desigualdade poderá ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.

A única mudança feita pela proposta prevê a não aplicação dessas regras apenas quando o empregador adotar, por meio de negociação coletiva, plano de cargos e salários. Hoje isso é possível também quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira por meio de norma interna.

Em relação aos trabalhadores sem acesso a plano de cargos e salários, a CLT define que uma igual remuneração deverá ser paga no exercício de "idêntica função" por "todo trabalho de igual valor" no mesmo estabelecimento empresarial, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.

Por "trabalho de igual valor", a lei define aquele feito com "igual produtividade e com a mesma perfeição técnica" por pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos. A diferença de tempo na função não poderá ser superior a dois anos.


Além disso, atualmente a CLT prevê que a equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ou seja, não vale entre aqueles com diferença maior de tempo no cargo. A lei proíbe ainda, para a reivindicação de igualdade salarial, a indicação de decisões proferidas em relação a empregados com diferença de tempo muito superior a dois anos, mesmo no âmbito de ação judicial própria do empregado mais recentemente contratado.

Retirado e adaptado de: PIOVESAN, Eduardo.; MACHADO, Ralph. Agência Câmara de Notícias. Disponível em: preeve-sslroosiuaas--para -hommmens--emmuheresacommpaanhe/ rojeto-que-preve-salarios-iguais-para-homens-e-mulheres-acompanhe/ Acesso em: 08 maio, 2023.
Analise o seguinte trecho, retirado de "Câmara aprova projeto que prevê salários iguais para homens e mulheres":
Embora o texto aprovado inove ao criar a obrigatoriedade de equiparação salarial a ser verificada por meio documental, as demais regras que definem as situações em que a desigualdade poderá ser reclamada pelo trabalhador continuam as mesmas definidas pela reforma trabalhista do governo Temer.
Agora, analise as afirmações a seguir e registre V, para verdadeiro, e F, para falso:
(__)O período pode ser classificado como um período simples. (__)O período apresenta apenas duas orações, sendo que elas estão separadas por vírgula. (__)O período é iniciado por uma conjunção concessiva.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas
Q2201354 Português
Texto VI
(Paulo Leminski)
de som a som
ensino o silêncio
a ser sibilino
de sino em sino
o silêncio ao som
ensino
As duas estrofes são introduzidas por construções em paralelismo. Assinale a alternativa que apresenta a que caráter a análise morfossintática permite concluir.
Alternativas
Q2201298 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Texto 1:

Rover chinês em Marte encontra sinais de que o planeta pode ter tido água

Observando dados enviados pelo robô, pesquisadores identificaram traços que indicam presença de água entre 1,4 milhão e 400 mil anos atrás.

A superfície de Marte pode ter tido água mais recentemente do que se pensava. Um estudo publicado na revista Science Advances analisa as observações feitas pelo rover Zhurong, da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST).

O robô observou dunas ricas em sal na superfície marciana, que apresentavam rachaduras e crostas. Segundo os pesquisadores, isso seria um indicativo de presença recente de água; mais especificamente, em algum momento entre 1,4 milhão e 400 mil anos atrás.

Nesse período, Marte já era relativamente parecida com hoje, com rios e lagos secos. Os sinais de água detectados deveriam ser provenientes de neve ou degelo que, misturados com sal, resultaram em pequenas rachaduras, superfícies duras com crostas, partículas soltas e outras características das dunas, como depressões e cumes, segundo os cientistas chineses.

"Achamos que pode ter sido uma pequena quantidade, não mais do que uma película de água na superfície", afirma Xiaoguang Qin, um dos coautores do estudo.

O rover não detectou água, seja na forma de geada ou gelo, de forma direta. Segundo Qin, contudo, simulações de computador e observações de outras espaçonaves em Marte indicam que, mesmo hoje em dia, em certas épocas do ano, as condições podem ser adequadas para o aparecimento de água. A descoberta pode ser um passo importante para identificar ambientes possivelmente habitáveis.

Lançado em 2020, o Zhurong - batizado em homenagem a um deus do fogo na mitologia chinesa - chegou a Marte em 2021 e passou um ano vagando antes de entrar em hibernação, em maio do ano passado. O rover operou por mais tempo do que o pretendido, viajando quase dois mil metros.

Retirado de: CAPARROZ, Leo. Rover chinês em Marte encontra sinais de que o planeta pode ter tido água. SuprInteressante. Disponível em: sdde-quue-o-paanetaaapode-terrtdooaagua/ -chines-em-marte-encontra-sinais-de-que-o-planeta-pode-ter-tido-agua/ Acesso em: 09 maio, 2023.

Texto 2:

Rover chinês Zhurong já percorreu quase 2 km da superfície de Marte

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) divulgou uma atualização sobre a missão do rover Zhurong. Segundo a agência, ele já percorreu mais de 1,9 km da superfície de Marte, desde que pousou em Utopia Planitia em maio de 2021.

Em 1º de maio de 2022, o Zhurong completou 342 sóis (como são chamados os dias em Marte, que duram cerca de 40 minutos a mais do que os dias terrestres) de sua missão, a pelo menos 240 milhões de km de distância da Terra.

O rover chegou à órbita de Marte em fevereiro do 2021 a bordo do seu companheiro de missão, o orbitador Tianwen-1. Mas o rover só se separou do satélite três meses depois e, no dia 15 de maio de 2021, pousou na vasta planície marciana conhecida como Utopia Planitia. Sua vida útil estimada era de apenas 90 sóis. No período ativo, o rover coletou amostras da superfície e uma série de imagens. Os dados do Zhurong indicaram que a paisagem na qual ele se encontrava parecer ter sido moldada pelos ventos de Marte ao longo de milhares de anos.

Retirado e adaptado de: TORRES, Wylliam. Rover chinês Zhurong já percorreu quase 2 km da superfície de Marte. Canal Tech. Disponível em: se-2-kkmm-dassuperrii-dee-mmate22154111/ ines-zhurong-ja-percorreu-quase-2-km-da-superficie-de-marte-215411/ Acesso em: 09 maio, 2023.
Assinale a alternativa que apresenta a correta classe gramatical da palavra destacada: 
Alternativas
Q2200912 Português
Preconceito linguístico

        O termo “preconceito” designa uma atitude prévia que assumimos diante _____ uma pessoa (ou de um grupo social), antes de interagirmos com ela ou de conhecê-la, uma atitude que, embora individual, reflete as ideias que circulam na sociedade e na cultura em que vivemos. Assim como uma pessoa pode sofrer preconceito por ser mulher, pobre, negra, indígena, homossexual, nordestina, deficiente física, estrangeira, etc., também pode receber avaliações negativas por causa da língua que fala ou do modo como fala sua língua.
       O preconceito linguístico resulta da comparação indevida entre o modelo idealizado de língua que se apresenta nas gramáticas normativas e nos dicionários e os modos de falar reais das pessoas que vivem na sociedade, modos de falar que são muitos e bem diferentes entre si. Essa língua idealizada se inspira na literatura consagrada, nas opções subjetivas dos próprios gramáticos e dicionaristas e nas regras da gramática latina. No caso brasileiro, essa língua idealizada tem um componente a mais: o português europeu do século XIX. Tudo isso torna simplesmente impossível que alguém escreva e, principalmente, fale segundo essas regras normativas, ________ elas descrevem e, sobretudo, prescrevem uma língua artificial e ultrapassada, que não reflete os usos reais de nenhuma comunidade atual falante de português.
         Mas a principal fonte de preconceito linguístico, no Brasil, está na comparação que as pessoas da classe média urbana das regiões mais desenvolvidas fazem entre seu modo de falar e o modo de falar dos indivíduos de outras classes sociais e das outras regiões. Esse preconceito se vale de dois rótulos: o “errado” e o “feio”, que, mesmo sem nenhum fundamento real, já se solidificaram como ____________. Quando analisado de perto, o preconceito linguístico deixa claro que o que está em jogo não é a língua, pois o modo de falar é apenas um pretexto para discriminar um indivíduo ou um grupo social.
       A instituição escolar tem sido ______ séculos a principal agência de manutenção e difusão do preconceito linguístico e de outras formas de discriminação. Uma formação docente adequada, com base nos avanços das ciências da linguagem e com vistas ______ criação de uma sociedade democrática e igualitária, é um passo importante na crítica e na desconstrução desse círculo vicioso.

(Fonte: Marcos Bagno. Universidade de Brasília - UnB - adaptado.)
Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE:
Alternativas
Q2200806 Português

TEXTO


A cor da injustiça ambiental no Brasil

Carolina Azevedo e Samantha Prado


     Na semana do Carnaval, o litoral norte de São Paulo foi afetado por um desastre ambiental sem precedentes na história do Brasil. Foram mais de 680 milímetros de chuva acumulados no período de 24 horas, o maior registro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) no país até o momento – o que resultou na devastação de diversas áreas nas cidades de Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba. Ao todo foram 65 mortos e mais de 2 mil pessoas entre desabrigados e desalojados.


        A situação não pode ser lida apenas como um evento extremo isolado. Desastres bastante similares têm ocorrido nos últimos anos, como as inundações em Petrópolis (RJ) e Pernambuco em 2022. O que esses episódios têm em comum? Os mais afetados são majoritariamente a população pobre e negra.


          Com o objetivo de analisar como os efeitos da crise ambiental se manifestam de forma territorialmente desigual, impactando desproporcionalmente certas populações a depender do seu grau de vulnerabilidade, o Instituto Pólis realizou o estudo “Racismo ambiental e justiça socioambiental nas cidades”. De acordo com a pesquisa, esse desequilíbrio é, em parte, a expressão da injustiça e do racismo ambientais nas cidades brasileiras. “Temos visto nos últimos anos, especialmente no verão, diversos desastres no país – e também quais foram suas vítimas. Acompanhamos um agravamento das situações e, com certeza, o negacionismo no momento de compreender as mudanças climáticas e seus impactos urbanos está dentro da lógica de como construímos as nossas cidades”, declara Maria Gabriela Feitosa dos Santos, uma das pesquisadoras que fez parte da produção do estudo.


      Existe um padrão recorrente inegável quanto à distribuição territorial da população nas cidades brasileiras. Observando o censo do IBGE de 2010, é possível ver que a renda é maior nas áreas onde a população residente é mais branca do que negra – territórios que condizem com condições de urbanização e saneamento melhores, contando com maior investimento público. Mais dados do censo mostram que os chamados aglomerados subnormais, áreas caracterizadas por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas com restrição à ocupação, reiteram o padrão territorial observado. Nas três cidades estudadas pelo Instituto Pólis – São Paulo, Recife e Belém –, o percentual de pessoas negras que residem em áreas desse tipo supera as médias de cada município, evidenciando a tendência de concentração desse grupo nesses territórios.


            Em outras palavras, a distribuição demográfica e racial das cidades evidencia que a população negra vive em piores condições ambientais e com menos recursos financeiros para lidar com os impactos de eventuais emergências ou desastres – colocando-a em situação de vulnerabilidade. “Por estarmos em uma sociedade racialmente estruturada, a desigualdade social é um instrumento que opera de acordo com essa lógica. Isso pode ser visto sobretudo no funcionamento da expansão imobiliária”, diz Maria Gabriela. As áreas onde o mercado imobiliário não tem interesse acabam sendo esquecidas pelo poder público, deixadas de lado no quesito de criação de infraestrutura e, por isso, tornam-se locais mais baratos e viáveis para serem ocupados pela população mais vulnerabilizada. “Essa desigualdade gera riscos socialmente produzidos. São escolhas feitas pelas políticas urbanas que a gente tem adotado e implementado, gerando uma lógica de ocupação de risco”, completa Feitosa dos Santos.


              A localização e as características dos aglomerados subnormais nas três cidades analisadas ilustram como a ocupação de áreas de potencial risco são apropriadas pela população vulnerabilizada como alternativa para a questão habitacional não tratada pelo Estado. Em São Paulo, o IBGE aponta que 355.756 domicílios em aglomerados subnormais encontram-se em áreas de encosta e margens de rios, córregos e lagos. É importante ressaltar que a ocupação de áreas de risco não advém de uma escolha, mas sim da total falta de alternativas habitacionais. “Chamamos atenção para a questão do déficit habitacional. Pessoas e famílias residem em áreas inapropriadas como uma última alternativa, uma resposta própria à questão habitacional que historicamente não tem sido equacionada pelo Estado como deveria ser”, diz a pesquisadora.


          Todo esse quadro expõe a forma como os conceitos de justiça socioambiental e racismo ambiental são intrincados: enquanto o primeiro caracteriza a produção de impactos desiguais pelo meio ambiente, que sobrecarregam grupos minoritários e a população de baixa renda; o racismo ambiental evidencia as consequências dessas degradações, concentradas em bairros e territórios periféricos, onde vivem famílias mais pobres e há maior concentração de pessoas negras, indígenas e quilombolas.


             Para além do déficit habitacional, está a diferença de tratamento entre comunidades de baixa renda e condomínios de luxo em áreas sujeitas a desastres ambientais. Não bastando serem proibidas pela classe média e alta de construírem moradia nas faixas de terra mais seguras, populações assentadas em áreas de risco ambiental são frequentemente retiradas à força e sem qualquer garantia de direitos, enquanto moradores de condomínios e chácaras são tratados por autoridades com complacência.


           Esse é o caso de moradores das margens da Represa Billings, no extremo sul da cidade de São Paulo. Segundo mapeamento do Instituto Pólis, comunidades de baixa-renda do Jardim Noronha receberam de autoridades quatro ameaças de remoção, dada a fragilidade ambiental e o risco apresentado pela área de mananciais. O tratamento, no entanto, não se estendeu para o loteamento de chácaras Jardim Moraes Prado, bairro vizinho também colado à represa. O caso evidencia que a intervenção pública é também pautada pelo racismo ambiental, como explica Feitosa dos Santos: “Há uma tendência de criminalização de muitas dessas áreas em detrimento de ocupações de alto padrão que dividem a mesma área e ainda assim não são alvo da mesma criminalização que acontece com as ocupações. É necessário compreender esse cenário e incluir a população marginalizada dentro dessa demanda.”


           Ou seja, no contexto de desastres climáticos como as chuvas que assolaram o litoral paulista, políticas paliativas voltadas para regiões ricas das cidades não são o bastante, dado que as mudanças climáticas continuarão agravando a situação de comunidades periféricas a cada ano. “É necessário que se reverta essa lógica de políticas paliativas por políticas perenes, que antecedam esses fenômenos. Elas não necessariamente vão evitar mas vão dar capacidade de resiliência a essa população”, defende a pesquisadora.


                Para isso, é necessário entender a crise climática a partir de uma perspectiva social e racial, como propõe o Instituto Perifa Sustentável, que reivindica a democratização e a representatividade das juventudes nos locais de tomada de decisão em relação a políticas ambientais. Amanda Costa, diretora executiva do instituto, advoga: “Falar de clima é falar de um direito básico. Quando pensamos em direitos básicos pensamos em saúde, educação, transporte, mas o clima é uma questão transversal, que afeta todas as outras.” Como respostas, a ativista sustenta inverter a lógica que permeia a elaboração de políticas públicas nas cidades: partindo mais frequentemente de regiões ricas e majoritariamente brancas, políticas ambientais e sanitárias precisam colocar a periferia no centro.


           No entanto, em uma sociedade estruturalmente racista, quem mais sofre menos é ouvido. Os espaços de debate ambiental e de elaboração de políticas públicas ainda são dominados por homens brancos, como conta Mahryan Sampaio, do Instituto Perifa Sustentável: “O fato de eu dialogar com pessoas que não têm a mesma cor que eu mas estão ocupando os espaços de poder é um caso de racismo ambiental. Recentemente, Marina Silva nos convidou para conversar com os patriarcas e as matriarcas do ambientalismo brasileiro. Nós éramos as únicas pessoas pretas e jovens. Isso é racismo ambiental”.


                Para que populações periféricas possam viver com dignidade nas cidades brasileiras, é necessário pensar na questão climática de maneira interseccional, pois a injustiça ambiental no Brasil tem cor. Será apenas colocando pessoas pretas, indígenas e periféricas nos locais de tomada de decisão que discussões levantadas em fóruns como a COP 26 – da qual as ativistas do Perifa Sustentável participaram – podem se reverter em políticas efetivas de combate a desastres climáticos e tantas outras questões do dia a dia na periferia, das ruas tomadas por lixo ao problema do saneamento básico. “Colocar essas pessoas no poder é olhar para a base, par quem está no território e entende sua complexidade. O olhar que está lá tem cor e é limitado, pouco diverso, ele não inclui. Esse é um momento histórico para a questão ambiental, que viu um grande desmonte nos últimos quatro anos”, completa Costa.


Disponível em: <https://diplomatique.org.br/a-cor-da-injustica-ambiental-no-brasil/ >. Acesso em: 3 de mar. 2023. [Adaptado]

Considere o trecho.
     Para isso, é necessário entender a [1] crise climática a partir de uma perspectiva social e racial, como propõe o Instituto Perifa Sustentável, que reivindica a [2] democratização e a representatividade das juventudes nos locais de tomada de decisão em relação a [3] políticas ambientais.
A ausência do acento grave nas palavras em destaque 
Alternativas
Q2199917 Português
A palavra “improvável” possui o prefixo “im”, que indica sentido de:
Alternativas
Q2199703 Português
Leia os enunciados posteriores e marque a opção que há um erro de emprego do vocábulo “mesmo” que possui diferentes funções gramaticais, tais como: advérbio, adjetivo, substantivo e pronome.
Alternativas
Q2199702 Português
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO

As equipes precisam ser formadas e desenvolvidas para que possam florescer e se multiplicar na organização. A organização precisa ajudar o processo com uma estrutura orgânica e com uma cultura democrática e participativa. No trabalho de equipe, é importante eliminar as diferenças hierárquicas e os interesses específicos de cada departamento, proporcionando uma predisposição sadia para a criatividade e inovação.
As equipes devem ser coordenadas por um especialista ou consultor, cuja a atuação varia enormemente. Consultor e membros da equipe devem procurar eliminar as barreiras interpessoais de comunicação pelo esclarecimento e compreensão de suas causas. Nesse sentido, é necessário encontrar o ponto em que a colaboração seja considerada frutífera, alcançada por meio de críticas recíprocas entre os envolvidos nesse processo como uma porta que se abre para o novo.
A coordenação é considerada de suma importância para a compreensão dos processos internos e o estabelecimento de metas e objetivos, fornecendo subsíduos para que a equipe evolua e consiga quebrar paradigmas, alcançando resultados mais concernentes ao almejado.

Texto extraído e adaptado de MATOS, F. G.; CHIAVENATO, I. Visão e ação estratégica.
São Paulo: Makron Books, 2019.

Releia o segundo parágrafo. Nele, propositalmente, há uma situação na qual o uso do artigo não está de acordo com as normas gramaticais, ou seja, ele não deveria ter sido empregado. Qual a regra gramatical que explicaria o erro encontrado?
Alternativas
Q2199572 Português

QUANDO OS MORTOS FALAM: A HISTÓRIA DA AUTÓPSIA



            A indagação da causa da morte sempre esteve presente em nossos pensamentos, seja você médico ou não. A palavra autópsia significa "ver por si próprio" e vem do grego clássico αυτοψία, sendo composta por αυτος (autós, "si mesmo") e όψις (ópsis, "visão"). Outro termo grego equivalente e de uso mais recente é νεκροψία (necropsia), composta de νεκρός (nekrós, "morto") e  όψις (ópsis, "visão"), isto é, a dissecação do cadáver para determinar, por meio da observação, a causa de morte ou a natureza da doença.


        As origens da autópsia (ou necrópsia) se confundem com a da própria medicina. Seus primeiros registros na antiguidade são, das dissecações com Herófilo e Erasístrato, no século II a. C. Considerado uma das principais figuras da medicina, o grego Galeno de Pérgamo (129 - 201) já recorria a esse recurso, realizando dissecações em animais como porcos, macacos, cavalos e cães, apontando as semelhanças anatômicas entre os órgãos que cumpriam a mesma função em espécies diferentes.


         No Século IX, o estudo do corpo humano após a morte voltou a crescer, principalmente graças à escola de medicina de Salermo, na Itália, e à obra de Constantino, que traduziu do árabe para o latim numerosos textos médicos gregos. Logo depois. Guglielmo de Saliceto, Rolando de Parma e outros médicos medievais enfatizaram a afirmação de Galeno, segundo a qual o conhecimento anatômico era importante para o exercício da cirurgia.


        Passando pelo período do Renascimento, a anatomia humana teve uma grande contribuição com artistas que buscavam nesta ciência as bases para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, Leonardo da Vinci, dissecou mais de trinta corpos de homens e mulheres de todas as idades. Dentre seus diversos trabalhos, ele ainda é reconhecido por seus esboços e obras baseados na arte da dissecação.


        Então chegamos ao  momento em que a Patologia passa a despontas como especialidade em si, separada do restante da medicina. A principal figura dessa guinada é Antonio Benivieni (1443 - 1502), médico florentino que foi o primeiro a colher sistematicamente dados de autópsias realizadas em seus pacientes. Em seguida, em 1543, o médico Andreas Vesalius lançaria o primeiro livro de anatomia humana: " De Humani Corporis Fabrica". Resultado de seus trabalhos como professor da Universidade de Pádua, onde realizou dissecações de cadáveres, a obra instituiu categoricamente o método correto de dissecação anatômica. Entre todos os nomes, porém, um dos que mais se destaca é o de Rudolf Ludwig Karl Virchow (1804 - 1878). Considerado a maior figura na história da patologia, ele foi um dos primeiros a utilizar o microscópio, um dos principais avanços da óptica em seu tempo, para analisar tecidos.


        Durante todo esse processo histórico, sistematizações e padronizações foram constantes e necessárias para tornar possível a evolução dos procedimentos da autópsia. De um princípio baseado na dissecação de órgãos, essa ciência passou para um método avançado de estudo que investiga a causa da morte de um paciente, permitindo desenvolver o conhecimento geral sobre a doença que o acometeu.


Adaptado de: https://www.sbp.org.br/quando-os-mortos-falam-a-historia-da -autopsia/. Acesso em: 15 mar.2023.

Em "No século IX [...]", o algarismo romano corresponde a que número?

Alternativas
Q2199566 Português

QUANDO OS MORTOS FALAM: A HISTÓRIA DA AUTÓPSIA



            A indagação da causa da morte sempre esteve presente em nossos pensamentos, seja você médico ou não. A palavra autópsia significa "ver por si próprio" e vem do grego clássico αυτοψία, sendo composta por αυτος (autós, "si mesmo") e όψις (ópsis, "visão"). Outro termo grego equivalente e de uso mais recente é νεκροψία (necropsia), composta de νεκρός (nekrós, "morto") e  όψις (ópsis, "visão"), isto é, a dissecação do cadáver para determinar, por meio da observação, a causa de morte ou a natureza da doença.


        As origens da autópsia (ou necrópsia) se confundem com a da própria medicina. Seus primeiros registros na antiguidade são, das dissecações com Herófilo e Erasístrato, no século II a. C. Considerado uma das principais figuras da medicina, o grego Galeno de Pérgamo (129 - 201) já recorria a esse recurso, realizando dissecações em animais como porcos, macacos, cavalos e cães, apontando as semelhanças anatômicas entre os órgãos que cumpriam a mesma função em espécies diferentes.


         No Século IX, o estudo do corpo humano após a morte voltou a crescer, principalmente graças à escola de medicina de Salermo, na Itália, e à obra de Constantino, que traduziu do árabe para o latim numerosos textos médicos gregos. Logo depois. Guglielmo de Saliceto, Rolando de Parma e outros médicos medievais enfatizaram a afirmação de Galeno, segundo a qual o conhecimento anatômico era importante para o exercício da cirurgia.


        Passando pelo período do Renascimento, a anatomia humana teve uma grande contribuição com artistas que buscavam nesta ciência as bases para retratarem de maneira mais precisa a figura humana. O mais famoso deles, Leonardo da Vinci, dissecou mais de trinta corpos de homens e mulheres de todas as idades. Dentre seus diversos trabalhos, ele ainda é reconhecido por seus esboços e obras baseados na arte da dissecação.


        Então chegamos ao  momento em que a Patologia passa a despontas como especialidade em si, separada do restante da medicina. A principal figura dessa guinada é Antonio Benivieni (1443 - 1502), médico florentino que foi o primeiro a colher sistematicamente dados de autópsias realizadas em seus pacientes. Em seguida, em 1543, o médico Andreas Vesalius lançaria o primeiro livro de anatomia humana: " De Humani Corporis Fabrica". Resultado de seus trabalhos como professor da Universidade de Pádua, onde realizou dissecações de cadáveres, a obra instituiu categoricamente o método correto de dissecação anatômica. Entre todos os nomes, porém, um dos que mais se destaca é o de Rudolf Ludwig Karl Virchow (1804 - 1878). Considerado a maior figura na história da patologia, ele foi um dos primeiros a utilizar o microscópio, um dos principais avanços da óptica em seu tempo, para analisar tecidos.


        Durante todo esse processo histórico, sistematizações e padronizações foram constantes e necessárias para tornar possível a evolução dos procedimentos da autópsia. De um princípio baseado na dissecação de órgãos, essa ciência passou para um método avançado de estudo que investiga a causa da morte de um paciente, permitindo desenvolver o conhecimento geral sobre a doença que o acometeu.


Adaptado de: https://www.sbp.org.br/quando-os-mortos-falam-a-historia-da -autopsia/. Acesso em: 15 mar.2023.

Assinale a alternativa em que a expressão destacada pode ser substituída pelo advérbio "posteriormente" sem que isso modifique o sentido original do excerto.
Alternativas
Q2199530 Português
De acordo com as regras gramaticais e norma culta da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical do termo destacado na frase “o amor é um sentimento nobre.”.
Alternativas
Q2199412 Português

Leia o Texto para responder a questão.


                                                       Questão de pontuação

                                                                                   João Cabral de Melo Neto


Todo mundo aceita que ao homem

cabe pontuar a própria vida:

que viva em ponto de exclamação

(dizem: tem alma dionisíaca).


Viva em ponto de interrogação
(foi filosofia, ora e poesia):

viva equilibrando-se entre vírgulas

e sem pontuação (na política);


O homem só não aceita do homem

que use só a pontuação fatal:

que use, na frase que ele vive,

o inevitável ponto final. 

                                                                       Disponível em:        <https//peregrinacultural.wordpress.com/2011/02/08/questao-de-pontuacao-poema-de-joao-cabral-de-melo-neto/>.Acesso em 25 mai.

Na oração "o homem só não aceita do homem/que use só a pontuação fatal/que use, na frase que ele vive/o inevitável ponto final". O trecho entre vírgulas é uma locução adverbial de 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: Avança SP Órgão: Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP Provas: Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Assistente Social | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Cirurgião Dentista | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Contador | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Coordenador de Controle Interno | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Enfermeiro | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Engenheiro Agrônomo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Engenheiro Civil | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Farmacêutico | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Fisioterapeuta | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Fonoaudiólogo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Psicólogo | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Supervisor de Educação | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Tesoureiro | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Clínico Geral Plantonista | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Ginecologista/Obstetra | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Pediatra | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Médico Veterinário | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica II - Professor de Arte | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica II - Professor de Educação Física | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica I - Ensino Especial | Avança SP - 2023 - Prefeitura de São Lourenço da Serra - SP - Professor de Educação Básica II - Língua Inglesa |
Q2199366 Português
História estranha

Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e... O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás. O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos, como eu vou ser sentimental! Vivendo e... Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, quanto mais jogá-la com a precisão que tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra "gude". Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude. Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento das mãos. Hoje não sei mais que jeito é esse. Eu sabia a fórmula de fazer cola caseira. Algo envolvendo farinha e água e muita confusão na cozinha, de onde éramos expulsos sob ameaças. Hoje não sei mais. A gente começava a contar depois de ver um relâmpago e o número a que chegasse quando ouvia a trovoada, multiplicado por outro número, dava a distância exata do relâmpago. Não me lembro mais dos números. Ainda no terreno dos sons: tinha uma folha que a gente dobrava e, se ela rachasse de um certo jeito, dava um razoável pistom em miniatura. Nunca mais encontrei a tal folha. E espremendo-se a mão entre o braço e o corpo, claro, tinha-se o chamado trombone axilar, que muito perturbava os mais velhos. Não consigo mais tirar o mesmo som. … verdade que não tenho tentado com muito empenho, ainda mais com o país na situação em que está. Lembro o orgulho com que consegui, pela primeira vez, cuspir corretamente pelo espaço adequado entre os dentes de cima e a ponta da língua de modo que o cuspe ganhasse distância e pudesse ser mirado. Com prática, conseguia-se controlar a trajetória elíptica da cusparada com uma mínima margem de erro. Era puro instinto. Hoje o mesmo feito requereria complicados cálculos de balística, e eu provavelmente só acertaria a frente da minha camisa. Outra habilidade perdida. Na verdade, deve-se revisar aquela antiga frase. … vivendo e desaprendendo. Não falo daquelas coisas que deixamos de fazer porque não temos mais as condições físicas e a coragem de antigamente, como subir em bonde andando _ mesmo porque não há mais bondes andando. Falo da sabedoria desperdiçada, das artes que nos abandonaram. Algumas até úteis. Quem nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para acertar em algum alvo contemporâneo, bem no olho, e depois sair correndo? Eu já.

Luiz Fernando Veríssimo
Considere o trecho "Falo da sabedoria desperdiçada, das artes que nos abandonaram. Algumas até úteis." As palavras "falo", "sabedoria", "que" e "até" são, respectivamente, das classes gramaticais:
Alternativas
Q2199331 Português
Para que servem as unhas?


                A fábrica da unha fica embaixo da pele – onde ela é viva. Já o pedaço que vemos são células mortas, por isso não dói para cortar. As células vivas empurram as mortas e a unha cresce sempre. Um dos ingredientes é a proteína queratina, que também forma cabelo e pele. Pele, unha e cabelo não param de ser produzidos, porque sofrem desgaste e precisam ser renovados.

                A cutícula é um sistema de _________: protege a fábrica da unha de invasores, como bactérias e fungos. Por isso, não é legal retirá-la. Além de preservarem a ponta dos dedos, as unhas nos auxiliam a pegar os objetos e podem ser usadas como pinça para coisas bem pequenas.

            Todo mundo tem uma mão chamada de dominante – a direita nos destros e a esquerda nos canhotos. As unhas crescem mais rápido nessa mão: por ser mais ativa, a circulação sanguínea nela é maior, favorecendo o crescimento.

            Aquelas ____________ brancas que aparecem nas unhas é um tipo de machucado na região logo abaixo da unha. Isso pode acontecer por roer, morder ou bater essa região. As unhas das mãos crescem mais ou menos 3 milímetros por mês e as dos pés vão mais devagar, de 1 a 1,5 milímetro por mês.

        Quando uma pessoa morre, as unhas continuam crescendo por alguns dias. Isso acontece porque a produção das células das unhas usa pouquíssima energia. Aí, a energia acumulada em vida garante mais um tempo de crescimento.

(Fonte: Superinteressante - adaptado.)
Assinalar a alternativa que apresenta a palavra pertencente ao gênero feminino: 
Alternativas
Q2199329 Português
Para que servem as unhas?


                A fábrica da unha fica embaixo da pele – onde ela é viva. Já o pedaço que vemos são células mortas, por isso não dói para cortar. As células vivas empurram as mortas e a unha cresce sempre. Um dos ingredientes é a proteína queratina, que também forma cabelo e pele. Pele, unha e cabelo não param de ser produzidos, porque sofrem desgaste e precisam ser renovados.

                A cutícula é um sistema de _________: protege a fábrica da unha de invasores, como bactérias e fungos. Por isso, não é legal retirá-la. Além de preservarem a ponta dos dedos, as unhas nos auxiliam a pegar os objetos e podem ser usadas como pinça para coisas bem pequenas.

            Todo mundo tem uma mão chamada de dominante – a direita nos destros e a esquerda nos canhotos. As unhas crescem mais rápido nessa mão: por ser mais ativa, a circulação sanguínea nela é maior, favorecendo o crescimento.

            Aquelas ____________ brancas que aparecem nas unhas é um tipo de machucado na região logo abaixo da unha. Isso pode acontecer por roer, morder ou bater essa região. As unhas das mãos crescem mais ou menos 3 milímetros por mês e as dos pés vão mais devagar, de 1 a 1,5 milímetro por mês.

        Quando uma pessoa morre, as unhas continuam crescendo por alguns dias. Isso acontece porque a produção das células das unhas usa pouquíssima energia. Aí, a energia acumulada em vida garante mais um tempo de crescimento.

(Fonte: Superinteressante - adaptado.)
Em relação à flexão de grau dos substantivos, assinalar a alternativa cuja palavra está no aumentativo:
Alternativas
Q2199101 Português
Releia o texto, encontre as palavras destacadas a seguir e assinale a opção que apresenta a correta classificação gramatical do termo destacado.
Alternativas
Respostas
4081: A
4082: B
4083: A
4084: B
4085: C
4086: D
4087: C
4088: A
4089: B
4090: C
4091: A
4092: A
4093: A
4094: C
4095: B
4096: B
4097: E
4098: B
4099: A
4100: C