Questões de Concurso
Sobre morfologia em português
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“Mas vejam bem: e se eu não fosse pobre?”
O termo em destaque é classificado como:
O operador argumentativo que inicia o período apresenta uma relação semântica de:
A empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos dos outros. Ela nos permite não apenas enxergar o mundo a partir de diferentes perspectivas, mas também nos ajuda a nos conectar em um nível mais profundo com as experiências e as emoções das pessoas ao nosso redor. No ambiente profissional, a empatia desempenha um papel vital, aprimorando a comunicação eficaz e servindo como base para a colaboração bem-sucedida e a resolução construtiva de conflitos.
ZANETTA, Cristiano. Disponível em: <https://exame.com/bussola/desvendando-o-valor-da- empatia-e-da-compaixao-em-sua-jornada-de-desenvolvimento/>. Acesso em: 22 set. 2024, com adaptações.
Acerca das relações entre as classes de palavras no texto, assinale a alternativa correta.
"Após longos dias de viagem, ele finalmente chegou à cidade antiga, carregando no rosto o cansaço e a satisfação da missão cumprida."
Com base na análise morfológica do trecho, qual das alternativas classifica corretamente a função de cada termo destacado?
Em relação às classes e aos processos de formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:
I. Nos aumentativos em 'ão', o gênero normal é o masculino, mesmo quando a palavra derivante é feminina, como no exemplo: a parede- o paredão.
II. O sufixo 'eco' possui um acentuado valor pejorativo, como observado nos vocábulos 'jornaleco' e 'livreco'.
III. As palavras podem mudar de classe gramatical sem sofrer modificação na forma. Basta, por exemplo, antepor-se o artigo a qualquer vocábulo da língua para que ele se torne um substantivo.
IV. Uma palavra composta pode ser constituída de substantivo+substantivo como no exemplo: amor-perfeito.
V. O prefixo destacado do vocábulo 'APOgeu' tem o significado de 'afastamento'.
Estão corretas:
O texto seguinte servirá de base para responder à questão,
A fila do mineiro
Um comportamento é digno de atenção aqui. Mineiro não forma fila. Ele faz um semicírculo. Um paredão que avança lentamente, ocupando a extensão inteira da calçada. Jamais vi uma fila indiana em Minas, um atrás do outro, como no padrão internacional.
O conjunto irradia espontaneamente para os cantos e laterais. Não se dispõe de maneira uniformizada, em linha reta, como acontece nos demais Estados do país.
Rompe-se com aquele sentimento de rebanho, conduzido pelo vaqueiro em fileira devido às trilhas estreitas e obstáculos das pastagens. É uma fila livre da fila. Todos sabem quando é a sua vez, não há desrespeito ao espaço alheio, à preferência do antecessor.
De modo nenhum, esse movimento de se espalhar é um jeito criativo de furar fila. Existe em cada um a consciência do momento em que se chegou ali e a fixação mental de seu lugar.
A fila se distribui horizontalmente em qualquer ambiente. Pode ser numa unidade de saúde, numa entrevista de emprego, numa balada, na entrada de um restaurante, para realizar algum concurso, para ingressar na escola, para colher autógrafos de um autor, para entrar num estádio ou teatro.
Todo mineiro dá um passo à frente antes da hora, transgredindo a delimitação prévia. Pensei primeiramente que era um recurso para ampliar o campo de visão e espiar o quanto faltava para o final. Até que reparei que tem mais a ver com o afeto: ele reencontra amigos e colegas na fila e puxa assunto lado a lado. Arruma um grupo. Arruma uma panelinha. Arruma um bando. Arruma um clube da esquina.
Tanto que é o único povo no Brasil que conversa no elevador. Fila, então, é sua chance de começar um comício.
É impressionante a sua capacidade de criar raízes nas casualidades. Mesmo quando não conhece ninguém, resgata algum parentesco ou afinidade perguntando onde a pessoa mora, onde nasceu, onde estudou, com o que trabalha. O sobrenome desperta uma família que desemboca num laço remoto, ou uma cidade lembra um parente que resulta numa observação espirituosa, e se estabelece a magia. O mineiro vai questionando exaustivamente, rodeando, numa investigação da intimidade sem precedentes. Sempre acaba achando um ponto em cruz para tricotar coincidências, para firmar convergências.
É o que batizo de "visita de rua". Mineiro não realiza visitas unicamente em casa, mas também efetua abordagens no meio de seu trajeto, pescando colóquios e audiências.
Assim o tempo passa mais rapidamente, o desconforto se transforma em prazer, e nem parece que você estava aguardando algo. Fica, inclusive, com o gosto amargo de ter que se despedir das amizades. É comum se mostrar contrariado ao ser chamado para o guichê ou balcão. Só em Minas, a fila é melhor do que o atendimento.
Fabrício Carpinejar
https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/2024/9/27/a-fila-do-mineiro
"Todos sabem quando é a sua vez, não há desrespeito ao espaço alheio, à preferência do antecessor."
Qual das alternativas abaixo classifica corretamente os elementos morfológicos da palavra "desrespeito"?
I. No trecho "As pessoas ajustadas são indispensáveis para fazer a máquina funcionar", a palavra "indispensáveis" é morfologicamente um adjetivo.
II. Em "As pessoas ajustadas são indispensáveis para fazer a máquina funcionar", a palavra "indispensáveis" exerce a função sintática de predicativo do sujeito.
III. No trecho "A criatividade vem do desajustamento", a palavra "criatividade" é morfologicamente um adjetivo.
IV. Em "A criatividade vem do desajustamento", "desajustamento" exerce a função sintática de predicativo do objeto.
Está CORRETO o que se afirma em:
Em relação à concordância dos adjetivos, analise a afirmativa correta:
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item subsecutivo.
No trecho “A vontade queria o ócio. O corpo queria nudez.” (nono e décimo períodos), os vocábulos “ócio” e “nudez” classificam-se, gramaticalmente, como substantivo e adjetivo, respectivamente.
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Verde-paris: o pigmento do séc. 19 que começou como moda e virou inseticida
Em 2 de abril de 1894, Jordan foi buscar um balde d’água no poço da pensão em que morava em Buena Vista, uma cidadezinha de 1,2 mil habitantes no estado de Wisconsin, nos EUA. No fundo do recipiente, percebeu uma borra esverdeada suspeita. Calhou que, no dia anterior, um criminoso havia despejado um saco de 1kg de verde-paris na água – o que explicava o mal-estar repentino que havia acometido os moradores do casarão no dia anterior.
O verde-paris, ou verde de Schweinfurt, foi inventado em 1814 na Alemanha pelos fabricantes de tintas Wilhelm Sattler e Friedrich Russ, e começou sua trajetória como uma inovação promissora na indústria. A dupla de inventores buscava um verde mais estável do que o pigmento mais usado até então – o chamado verde de Scheele –, e encontrou um composto químico inorgânico que rapidamente se tornou popular por sua cor intensa e relativa durabilidade.
O verde-paris virou febre: foi amplamente utilizado em pinturas, encadernação de livros e papéis de parede. Artistas famosos do século 19, como Claude Monet, Vincent van Gogh e Paul Gauguin ficaram encantados com a cor – que era difícil de se replicar misturando outros pigmentos. Livros com capas e lombadas decoradas com o pigmento tornaram-se populares no Ocidente.
A lua de mel não durou muito, porém. O acetoarsenito de cobre, como o nome já diz, leva arsênico na receita, que o torna tóxico. O nome “verde-paris” não se refere à presença da cor nas paredes e pôsteres da capital francesa, e sim ao fato de que ele passou a ser usado como veneno de rato nos esgotos da cidade luz.
Mais tarde, descobriu-se que o pó também era um poderoso inseticida, que foi usado para controlar pragas agrícolas como o besouro da batata e o bicho-da-seda. O pigmento chegou a ser lançado de aviões durante a 2° Guerra Mundial para matar mosquitos e, assim, combater a malária na Itália.
Ao longo do século 19, a consciência crescente sobre a toxicidade do arsênico – famílias inteiras acabaram mortas por papéis de parede que continham verde-paris e outros pigmentos com esse elemento – levou a uma queda progressiva no uso de corantes desse tipo, que foram sendo substituídos por alternativas mais seguras.
Em fevereiro de 2024, bibliotecas na Alemanha começaram a restringir o acesso a livros com capas verde-paris, monitorando o risco de envenenamento de cada exemplar. Pesquisadores da Universidade de Delaware, nos EUA, também criaram um projeto para identificar e isolar esses livros em bibliotecas ao redor do globo (até maio de 2024, haviam sido identificados 313 volumes).
MOURÃO, M. Verde-paris: o pigmento do séc. 19 que
começou como moda e virou inseticida. Revista
Superinteressante. (Adaptado). Disponível em