Questões de Concurso
Sobre morfologia em português
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Leia o texto de Marcos Rey, para responder à questão.
O coração roubado
Leia a tira para responder à questão.
(Beck, Alexandre. Armandinho Dois. Florianópolis, SC: A. C. Beck, 2014, p. 11)
Leia o texto para responder à questão.
Fake news na mira
Diferentemente da notícia, as fake news são produzidas anonimamente e buscam induzir a erro para obter vantagem econômica ou política. Uma Redação profissional é alvo da cobrança do público e pode ser responsabilizada. Quem são os autores de fake news? Não se sabe e, portanto, deles nada pode ser cobrado.
O fato é que a imprensa não tem o monopólio da verdade. Ela erra e desinforma. A questão é que, quando isso acontece, a sociedade tem meios para cobrar as correções.
No caso de conteúdo fraudulento, não há espaço para contestação dos acusados nem correção de erro – mesmo porque o erro é proposital.
(Flávia Lima. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/flavia-lima-ombudsman/2019/11/fake-news-na-mira.shtml. 24.11.2019. Adaptado)
• Para isso, lança mão da linguagem jornalística e busca popularidade nas redes sociais.
O termo Para, em destaque, expressa a noção de
I. Em Língua Portuguesa, há os vocábulos “viagem” e “viajem”, ambos corretamente escritos, porém com classificações distintas. O primeiro é um substantivo e o segundo, uma forma verbal. II. Os vocábulos “mecha” e “mexa” existem na Língua Portuguesa, no entanto possuem classificações distintas. O primeiro é uma forma verbal e o segundo é um substantivo. III. “Há um perigo eminente, nesta rodovia, por conta dos vários buracos no asfalto.” O vocábulo em destaque está corretamente grafado e traz como significado algo próximo de acontecer.
Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.
Annabel Lee
Edgar Allan Poe
(tradução de Fernando Pessoa)
Foi há muitos e muitos anos já,/ Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá/ Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento/ Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,/ Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor/ - O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram/ a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,/ Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando/ A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio/ De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro/ Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,/ Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,/ Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite/ Gelando e matando a que eu soube amar.
*barras marcam divisão dos versos do poema.
Texto 1 para responder à questão.
Texto 01 – O contrário do Amor
Fonte: MEDEIROS, Martha. Disponível em: <https://www.pensador.com/textos_de_martha_medeiros>
No enunciado “Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: [...]" (linha 20), é CORRETO afirmar que
I- o pronome oblíquo “nos” foi usado como próclise por exigência do termo “não”.
II- “Ela” é um termo referencial que exerce a função sintática de sujeito.
III- ”olhos, boca, coração, cérebro” exercem função morfológica e sintática diferentes.
É CORRETO o que se afirma em
Texto 01 – O contrário do Amor
Fonte: MEDEIROS, Martha. Disponível em: <https://www.pensador.com/textos_de_martha_medeiros>
Do enunciado “Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo.” (linha 12), é CORRETO afirmar que “energia, neurônios e tempo”
( ) são da mesma categoria morfológica e exercem a mesma função sintática.
( ) pertencem a classes gramaticais diferentes e assumem funções sintáticas diferentes.
( ) são da mesma cadeia semântica e exercem funções sintáticas idênticas.
Analise as proposições acima e coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é
Texto 01 – O contrário do Amor
Fonte: MEDEIROS, Martha. Disponível em: <https://www.pensador.com/textos_de_martha_medeiros>
No enunciado “Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência.” (linhas 19 e 20), é CORRETO afirmar que
I- o termo “não” indica dúvida no posicionamento da autora.
II- o advérbio “não” vem repetido para realçar seu valor semântico na declaração.
III- o advérbio “não” foi usado para indicar a negação que se dá a ação verbal.
É CORRETO o que se afirma apenas em
Leia um trecho do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.
Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.
O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.
Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.
A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.
Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.
Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)
Considere os trechos do texto.
• … para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. (2º parágrafo)
• Adulto só encostava em criança para dar cascudo. (2º parágrafo)
• Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. (3º parágrafo)
As preposições destacadas passam, respectivamente, a noção de
Leia um trecho do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.
Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde faltavam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.
O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.
Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.
A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gasolina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.
Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era trabalhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a sequência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.
Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)
“Pierrô é desfigura errante, andarejo de arrebol. Vivendo do que desiste, se expressa melhor em inseto [...]” (Manoel de Barros, em “Meu quintal é maior do que o mundo”, 2015)