Questões de Concurso
Comentadas sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português
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(Fonte: Retirada da Internet, em “Charges sobre Tecnologia no Ensino”. Acesso em 06/10/19.)
I- A inclusão digital, além da contribuição no processo de ensino e aprendizagem, cumpre o papel fundamental de possibilitar às pessoas o contato com o mundo digital. II- A facilidade de pesquisar, ler e conhecer sobre os mais variados assuntos, navegando na internet, enseja um novo perfil de estudante, que exige, também, um outro perfil de professor. III- A fala da personagem no último quadrinho apresenta um paradoxo, em relação às ideias anteriores, tendo em vista que a personagem defende e reforça o comportamento feminista dos padrões tradicionais.
Está CORRETO o que se afirma em:
(Fonte: dialetosportugueses.blogspot.com. Acesso em 08/10/19.)
A charge acima aborda uma questão de variação linguística que contempla as múltiplas possibilidades de a língua realizar-se em suas multimodalidades. Neste sentido, é pertinente afirmar que:
( ) A modalidade oral admite variações fonéticas, de modo que, a rigor, não existe uma maneira de fala padronizada e submissa a uma única forma.
( ) As formas de atuação social que as pessoas empreendem definem a variação como um fenômeno pelo qual, no cotidiano da atuação verbal, uma língua nunca é uniforme.
( ) A língua que falamos mostra a que grupo pertencemos; é uma espécie de atestado de nossas identidades, por meio da forma, das entonações e dos nossos sotaques.
O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa
Está em carentena? Como surgiram as gírias nascidas durante a pandemia
Marcela Capobianco
1§ Em abril, o Dicionário Oxford, um dos mais importantes do planeta, precisou fazer uma atualização extraordinária. Incluiu em sua lista de verbetes o termo “Covid-19”. Na publicação on-line, ele é descrito como “um tipo de coronavírus que foi relatado pela primeira vez em 2019 e se tornou uma pandemia”.
2§ Desde então, o vírus não só se espalhou por cinco continentes como trouxe com ele um dialeto próprio, recheado de termos técnicos e, também, de vocábulos criativos. É sobre isso que me interessa refletir. Importado do inglês, “covidiota”, por exemplo, passou a designar as pessoas que não levavam a sério o isolamento social e, ainda por cima, saíram estocando mantimentos e papel higiênico no início do surto epidêmico.
3§ “A língua é viva, funciona como um reflexo da história. Todo episódio marcante traz consigo um vocabulário, e a pandemia é um exemplo disso”, explica Evanildo Bechara, ocupante da cadeira de número 33 da Academia Brasileira de Letras.
4§ As redes sociais são palco de embates frequentes entre os quarenteners e os cloroquiners – os primeiros designam literalmente quem aderiu à recomendação de ficar em casa e os últimos, fãs do tratamento com a desprestigiada hidroxicloroquina, mas, na prática, são designações disfarçadas da velha e nada boa rixa entre esquerda e direita.
5§ Para quem cultivou a alma fitness mesmo trancafiado em casa, nasceu o “quarentreino” – só no Instagram há mais de 140 000 fotos publicadas com essa hashtag, indicando treinos realizados durante a pandemia.
6§ “Fica até difícil de dar conta de tantos neologismos, mas esse é um reflexo da rapidez do mundo em que vivemos hoje”, analisa outro imortal da ABL, o poeta Geraldo Carneiro. Em um de seus poemas – “A Coisa Bela” – Carneiro afirma que “cada língua escolhe as afeições e imperfeições que lhe compete ser”. No caso do português, após muito tempo de isolamento social, uma das competências recaiu sobre a palavra “carentena”, amplamente usada pelos solteiros carentes de afeto. O termo, inclusive, serviu de inspiração para uma série do canal pago Warner, “Carenteners”, que estreou no ano passado.
7§ Em meio às gírias e expressões do momento, que brotam da necessidade de os grupos tentarem criar um código, geralmente em tom jocoso, surgiu ainda um “confinastê”, primo torto da saudação hindu, adotada pela turma do paz e amor no mundo virtual.
8§ De tanto sucesso, os vocábulos já ilustraram alguns posts do Instagram Greengo Dictionary, do designer Matheus Diniz, que faz sucesso ao traduzir a seus 1,2 milhão de seguidores o significado de expressões informais do português para o inglês. É o caso do “coronga”, apelido debochado da doença.
9§ A maioria dos termos de ocasião, porém, tem prazo de validade segundo os estudiosos e acabará enterrada pelas gírias de alguma nova situação excepcional. A língua, tal qual o ser humano, está em constante adaptação, e os termos de agora vão passar, junto com o corona. Corona?
Disponível em: <https://vejario.abril.com.br/cidade/girias-pandemia/>.
Acesso em: 02 abr. 2021. Adaptado.
Disponível em: http://www.faculdademental.com.br/nossosColunistas2. php?not_id=0003673. Acesso em: 02 abr. 2021.
A esse respeito, informe se é verdadeiro ou falso o que se afirma acerca dos dois textos.
( ) Ambos utilizam palavras cujo processo de criação caracteriza um fenômeno linguístico enriquecedor atribuído ao léxico da língua e ao vocabulário dos falantes.
( ) No anúncio, o emprego da linguagem mista revela que a linguagem verbal apresenta as ideias secundárias e a linguagem não verbal contém a ideia central do texto.
( ) No anúncio, as linguagens verbal e não verbal são autônomas; a linguagem verbal poderia ser descartada, pois isso não comprometeria a intenção original do autor.
( ) “Covidiota” e “bienalizar” são palavras novas acrescentadas ao nosso léxico, formadas de outras já existentes, e pertencem a classes de palavras distintas, respectivamente.
De acordo com as afirmações, a sequência correta é
Leia o texto abaixo e responda o que se pede na questão.
Números e delongas
Há quem acredite que os números são eloquentes e prescindem de mais delongas. Esta é uma edição de números eloquentes. Como você verá, porém, o que está por trás deles é o que impressiona. Comecemos pela reportagem de capa. O tema é um país de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas – o mais populoso do planeta – cuja economia cresce espantosos dez pontos percentuais ao ano. Por trás desses números, é evidente, há uma revolução em andamento, uma imensa e abrangente revolução que abala a rotina, o pensamento e a tradição da misteriosa China [...].
Fonte: Ronny Hein. Diretor de Redação. Caminhos da Terra, ano 14, nº 165, p.4, jan.2006.
Analise as proposições e, logo após, marque a alternativa CORRETA.
I- Vemos que os numerais podem desempenhar uma importante função persuasiva.
II- O excerto do texto enreda o leitor, a partir do título, dando aos numerais o papel central na busca do convencimento.
III- No primeiro enunciado, o autor consegue se isentar da assertiva exposta, usando um verbo impessoal.
Leia a charge abaixo e, em seguida, analise as proposições.
Fonte: linguadinamica.wordpress.com.
I- O humor do texto é criado, a partir da exposição do próprio código usado pela “professora”, caracterizando o uso da metalinguagem.
II- A charge provoca humor, por conta do efeito de sentido, decorrente do equívoco estabelecido por Juca sobre a palavra “casos”.
III- O diálogo mantido no texto revela uma forma discursiva empregada no discurso direto, sem a explicitação do verbo de dizer.
É CORRETO o que se afirmar em:
O Assinalado
Tu és o louco da imortal loucura, O louco da loucura mais suprema. A Terra é sempre a tua negra algema, Prende-te nela a extrema Desventura.
Mas essa mesma algema de amargura, Mas essa mesma Desventura extrema Faz que tu’alma suplicando gema E rebente em estrelas de ternura.
Tu és o Poeta, o grande Assinalado Que povoas o mundo despovoado, De belezas eternas, pouco a pouco...
Na Natureza prodigiosa e rica Toda a audácia dos nervos justifica Os teus espasmos imortais de louco!
TEXTO I: Mello deixa STF
O STF vai ficar um bom tempo só com dez ministros. É que Celso de Mello estará de licença médica até o próximo dia 19 de março, em função de uma cirurgia no quadril feita na semana passada no Hospital Sírio Libanês. Pode ser que nem volte mais. Em novembro, quando completará 75 anos, vai se aposentar e Bolsonaro indicará outro para seu lugar.
TEXTO II: Jorginho na vaga?
Os que querem Moro no STF podem se surpreender. Bolsonaro está disposto a indicar o nome de Jorge Oliveira, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para o lugar de Mello, “traindo” o compromisso assumido com o ministro da Justiça. Jorginho, como é chamado pelo presidente, tem OAB desde 2013 e só apresentou 7 processos à justiça.
( ) No texto I, a expressão “é que” introduz uma justificativa para a informação precedente, sobre a redução no número de ministros no STF. ( ) Na última frase do texto I, o pronome possessivo em: “Bolsonaro indicará outro para seu lugar” faz remissão ao termo “Bolsonaro”. ( ) Na primeira frase do texto II, o sujeito do verbo “podem” é “os que querem Moro no STF”, tendo como núcleo o pronome demonstrativo “os”, equivalente a “aqueles”. ( ) No texto II, há uma relação de sentido de explicação entre os dois períodos iniciais, de modo que admitiria o emprego do conectivo “pois” para estabelecer a coesão sequencial. ( ) O sufixo “inho” tanto pode se revestir de um valor afetivo como irônico. No último período do texto II, o emprego do diminutivo reflete afetividade, de ambas as partes - da perspectiva do presidente bem como da do redator da matéria.
A sequência CORRETA de avaliação é:
A autora utiliza, em vários momentos, linguagem figurada.
Assinale a alternativa em que os termos não exemplificam caso de linguagem figurada.
Leia a charge com atenção.
Fonte: google.com/search?q=charge. Acesso em 28/09/2020.
Da leitura da charge, pode-se inferir que
I- a produção de múltiplos artefatos culturais contribui para práticas multiletradas e pode revelar usos distintos entre as gerações.
II- o acesso à diversidade de recursos tecnológicos produz conhecimento em rede entre as gerações, independente das práticas de letramentos.
III- os enunciados são situados historicamente e revelam culturalmente os sentidos para seus leitores.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
Para responder à questão, considere o parágrafo transcrito abaixo.
Fui embora poucas vezes na vida. A mais dramática foi mesmo quando saí de casa. Não houve briga ou desentendimento. Eu apenas senti que não cabia mais numa cidade pequena. Vim de Caicó para Natal, onde ainda estou e não tenho vontade de sair. Geograficamente falando, minha maior partida. Pessoalmente, o encontro com o meu lugar no mundo.
A pontuação empregada no parágrafo contribui para imprimir-lhe um tom
Luz é o melhor remédio
Bactérias são seres microscópicos, invisíveis a olho nu, que podem causar danos à nossa saúde. Para nos livrar delas, muitas vezes os médicos recomendam o uso de antibióticos. Porém, nem sempre esses remédios funcionam, e podem trazer efeitos colaterais indesejáveis. Por isso, cientistas buscam outras formas de eliminar bactérias prejudiciais do nosso organismo. A mais nova delas? Uma lanterna!
Isso mesmo que você leu. Cientistas da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, estão testando uma maneira de eliminar bactérias com a ajuda de raios de luz. A ideia veio de um estudante brasileiro que fez intercâmbio por lá: Caio Guimarães, aluno de engenharia elétrica da Universidade de Pernambuco (UPE).
Trata-se de uma lanterna capaz de destruir os microrganismos, sem causar dano ao hospedeiro. O aparelho, portátil, é composto por um conjunto de microagulhas presas em uma placa que é pressionada contra a pele. As microagulhas são, então, absorvidas pelo organismo, e a luz chega aos tecidos do corpo atingidos pela infecção. Em cerca de uma hora, as bactérias indesejadas são eliminadas. Antes de começar a tratar pessoas com a nova técnica, porém, ainda há muitos testes a serem realizados, que vão verificar se o método é realmente seguro. Mas já é um grande começo.
(Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/luz-e-o-melhor-remedio/. Acesso em: 24 jun.2016. Adaptado.)
Leia o texto abaixo e responda o que se pede.
Números e delongas
Há quem acredite que os números são eloquentes e prescindem de mais delongas. Esta é uma edição de números eloquentes. Como você verá, porém, o que está por trás deles é o que impressiona. Comecemos pela reportagem de capa. O tema é um país de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas – o mais populoso do planeta – cuja economia cresce espantosos dez pontos percentuais ao ano. Por trás desses números, é evidente, há uma revolução em andamento, uma imensa e abrangente revolução que abala a rotina, o pensamento e a tradição da misteriosa China [...].
Fonte: Ronny Hein. Diretor de Redação. Caminhos da Terra, ano 14, nº 165, p.4, jan.2006.
( ) A expressão linguística “Como você verá” implica a participação cooperativa do leitor nas intenções pretendidas pelo autor. ( ) Em “o que está por trás deles”, o pronome “eles” retoma o termo “números” num processo de coesão anafórico. ( ) A expressão “o que impressiona” pode ser substituído sem alterar o sentido pelo termo “impressionante”.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:
Leia o texto abaixo e responda o que se pede.
Números e delongas
Há quem acredite que os números são eloquentes e prescindem de mais delongas. Esta é uma edição de números eloquentes. Como você verá, porém, o que está por trás deles é o que impressiona. Comecemos pela reportagem de capa. O tema é um país de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas – o mais populoso do planeta – cuja economia cresce espantosos dez pontos percentuais ao ano. Por trás desses números, é evidente, há uma revolução em andamento, uma imensa e abrangente revolução que abala a rotina, o pensamento e a tradição da misteriosa China [...].
Fonte: Ronny Hein. Diretor de Redação. Caminhos da Terra, ano 14, nº 165, p.4, jan.2006.
Analise as proposições e, logo após, marque a alternativa CORRETA.
I- Vemos que os numerais podem desempenhar uma importante função persuasiva.
II- O excerto do texto enreda o leitor, a partir do título, dando aos numerais o papel central na busca do convencimento.
III- No primeiro enunciado, o autor consegue se isentar da assertiva exposta, usando um verbo impessoal.
Texto CB1A1-I
O número inferior de mulheres criminosas e a desconsideração do feminino fizeram com que há muito a criminalidade feminina fosse incorporada aos estudos da criminalidade masculina, processo este que resultou em total desprezo pelas poucas pesquisas acerca das mulheres em situação de encarceramento. Essa realidade se deve principalmente ao fato de que a criminologia nasceu de um discurso proferido por homens, para homens e sobre mulheres. Assim, produziu-se invariavelmente o que a criminologia crítica feminista denominou como dupla violência contra a mulher, pois, desde o seu surgimento, agrediu as mulheres e o sistema de relações de que ela fazia parte.
O livro Mulheres na Prisão: um estudo qualititativo, escrito por três pesquisadoras, faz uma imersão corajosa nos submundos das prisões femininas e provoca nosso olhar para as mazelas da vida na prisão, em que o gênero é marcador central da realidade sombria a que estão submetidas as mulheres presas. No entanto, não se limita a estas experiências e transborda os muros do cárcere. Mais que um texto voltado a dar visibilidade às questões referentes ao aprisionamento feminino, as autoras constroem um estudo que apresenta experiências concretas e apontam saídas a partir de propostas de políticas públicas que garantam a atenção aos direitos humanos ou que apontem possibilidades reais de projetos de vida fora da prisão.
Naiara C. Silva. Mulheres na prisão: uma imersão aos submundos do
encarceramento feminino. In: Pretextos - Revista da Graduação em
Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 6, jul./dez. 2018. (com adaptações).
O termo “agrediu”, no último período do primeiro parágrafo, refere-se à criminologia tradicional, isto é, à criminologia nascida de um discurso proferido por homens, para homens e sobre mulheres, que seria a responsável pela dupla violência contra a mulher.
Texto CB1A1-I
O número inferior de mulheres criminosas e a desconsideração do feminino fizeram com que há muito a criminalidade feminina fosse incorporada aos estudos da criminalidade masculina, processo este que resultou em total desprezo pelas poucas pesquisas acerca das mulheres em situação de encarceramento. Essa realidade se deve principalmente ao fato de que a criminologia nasceu de um discurso proferido por homens, para homens e sobre mulheres. Assim, produziu-se invariavelmente o que a criminologia crítica feminista denominou como dupla violência contra a mulher, pois, desde o seu surgimento, agrediu as mulheres e o sistema de relações de que ela fazia parte.
O livro Mulheres na Prisão: um estudo qualititativo, escrito por três pesquisadoras, faz uma imersão corajosa nos submundos das prisões femininas e provoca nosso olhar para as mazelas da vida na prisão, em que o gênero é marcador central da realidade sombria a que estão submetidas as mulheres presas. No entanto, não se limita a estas experiências e transborda os muros do cárcere. Mais que um texto voltado a dar visibilidade às questões referentes ao aprisionamento feminino, as autoras constroem um estudo que apresenta experiências concretas e apontam saídas a partir de propostas de políticas públicas que garantam a atenção aos direitos humanos ou que apontem possibilidades reais de projetos de vida fora da prisão.
Naiara C. Silva. Mulheres na prisão: uma imersão aos submundos do
encarceramento feminino. In: Pretextos - Revista da Graduação em
Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 6, jul./dez. 2018. (com adaptações).
É elemento que reforça a relevância do livro citado no texto o fato de ele ter sido escrito por três mulheres, contrapondo-se à situação tradicional da criminologia como “discurso proferido por homens, para homens e sobre mulheres”.
Até as reformas iniciadas no período oitocentista, as penas tinham caráter preventivo, o que é criticado pela autora do texto.
Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” (no início do segundo parágrafo), pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.
Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:
Os ____________ foram plantados nos canteiros centrais.
Texto para o item.
Internet: <www.brasil.elpais.com> (com adaptações).
“assim” (linha 12) — “infectados” (linha 12)