Questões de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto para Concurso

Foram encontradas 46.156 questões

Q2696406 Português

(Eso no es Todo. Quino. Argentina, 2017 p.84)

O que sugere o último quadrinho?

Alternativas
Q2693718 Português

Leia o texto II (A e B) para responder à questão 4.


A


F1– o português então não é uma língua difícil?

F2– ... olha... se você parte do princípio ... que a

língua portuguesa não é só regras gramati-

cais... não... se você se apaixona pela lín-

gua que você... já domina que você já fala

ao chegar na escola e o teu professor

CATIva você a ler obras da literatura... obras

da/dos meios de comunicação... se você tem

acesso a revistas... éh:: a livros didáticos...

a:: livros de literatura o mais formal... o e/o

difícil é porque a escola transforma como

eu já disse as aulas de língua portuguesa

em análises gramaticais


B


Folha: O Português não é uma língua difícil?

ACR: Não, partindo do princípio de que a Língua

Portuguesa não se restringe a regras gramati-

cais. Se o aluno se interessa pela língua que

ele domina e fala ao chegar na escola, cabe

ao professor incentivá-lo a ler obras literárias,

dando-lhe acesso a revistas, livros didáticos,

textos mais formais, tornando- a fácil e

prazerosa. O problema é que a escola trans-

forma as aulas de Língua Portuguesa em aná-

lises gramaticais.


(MARCUSCHI, L. A. 2000, p.79)

As diferentes situações de uso do português permitem que se caracterize o texto II (A e B) como demonstração de:

Alternativas
Q2693715 Português

Leia o texto I para responder às questões 1 e 2.


Texto I


Você disse "Cultura de Paz"?


A Cultura de Paz tornou-se a principal vertente da UNESCO, aumentando a promoção da não-violência. Ela está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não-violenta dos conflitos. É uma cultura baseada em tolerância, solidariedade e compartilhamento, uma cultura que respeita todos os direitos individuais e que se empenha em prevenir conflitos resolvendo-os em suas fontes, que englobam novas ameaças não-militares para a paz e para a segurança como exclusão, pobreza extrema e degradação ambiental.

Mas como fazer da Cultura de Paz uma realidade concreta e duradoura? A elaboração e o estabelecimento de uma Cultura de Paz requer profunda participação de todos. Cabe aos cidadãos organizarem-se e assumir sua parcela de responsabilidade.

Reconciliação, entendimento intercultural e estabelecimento de paz sustentável dependem da mídia. À frente do apoio das Nações Unidas para a imprensa independente e para os serviços de mídia pública, defendendo a liberdade de expressão e o livre fluxo de informações, a UNESCO assiste a todos aqueles que são contrários a uma cultura de guerra e que são vítimas de perseguição.

No entanto, a livre circulação de ideias na imprensa escrita e na imprensa audiovisual é minada por forças de mercado que, atualmente, são mais poderosas do que as leis da informação, e levam à concentração da mídia por todo o mundo. Parte da mídia tem a tendência de explorar a violência ao invés de promover o entendimento mútuo. Por isso, é importante reforçar a capacidade para as comunicações, particularmente nos países em desenvolvimento e na maioria dos países que há pouco saíram de situações de conflito.


(Disponível em http://www.comitepaz.org.br/a_unesco_e_a_c.htm. Acesso em 06/06/2019. Com adaptações)

Que relações de sentido o leitor estabelece ao ler o texto I?


I– Cultura de Paz pressupõe a presença de conflitos e desarmonia entre povos.

II– O texto deixa implícito ser a UNESCO instituição em defesa de todos.

III– A redação deixa ambígua a informação sobre o apoio das Nações Unidas para a paz.

IV– A importância da mídia para a construção da paz/conflitos é um posicionamento do autor.


Estão corretos os itens:

Alternativas
Q2693713 Português

Leia o texto I para responder às questões 1 e 2.


Texto I


Você disse "Cultura de Paz"?


A Cultura de Paz tornou-se a principal vertente da UNESCO, aumentando a promoção da não-violência. Ela está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não-violenta dos conflitos. É uma cultura baseada em tolerância, solidariedade e compartilhamento, uma cultura que respeita todos os direitos individuais e que se empenha em prevenir conflitos resolvendo-os em suas fontes, que englobam novas ameaças não-militares para a paz e para a segurança como exclusão, pobreza extrema e degradação ambiental.

Mas como fazer da Cultura de Paz uma realidade concreta e duradoura? A elaboração e o estabelecimento de uma Cultura de Paz requer profunda participação de todos. Cabe aos cidadãos organizarem-se e assumir sua parcela de responsabilidade.

Reconciliação, entendimento intercultural e estabelecimento de paz sustentável dependem da mídia. À frente do apoio das Nações Unidas para a imprensa independente e para os serviços de mídia pública, defendendo a liberdade de expressão e o livre fluxo de informações, a UNESCO assiste a todos aqueles que são contrários a uma cultura de guerra e que são vítimas de perseguição.

No entanto, a livre circulação de ideias na imprensa escrita e na imprensa audiovisual é minada por forças de mercado que, atualmente, são mais poderosas do que as leis da informação, e levam à concentração da mídia por todo o mundo. Parte da mídia tem a tendência de explorar a violência ao invés de promover o entendimento mútuo. Por isso, é importante reforçar a capacidade para as comunicações, particularmente nos países em desenvolvimento e na maioria dos países que há pouco saíram de situações de conflito.


(Disponível em http://www.comitepaz.org.br/a_unesco_e_a_c.htm. Acesso em 06/06/2019. Com adaptações)

O texto I, por meio de

Alternativas
Q2692242 Português

O drama do degelo da Groenlândia em uma só foto

Uma imagem mostra as consequências da mudança climática na região, que registrou até 17 graus Celsius na semana passada, quando a temperatura máxima nesta época é de 3,2 graus


Os cientistas concordam que, embora a imagem seja surpreendente, não é inesperada. Ainda assim, a foto, tirada em 13 de junho porSteffen M. Oisen, deu a volta ao mundo. Nela aparecem vários cães puxando um trenó no fiorde de Inglefield Bredning, no noroeste da Groenlândia, e se vê como os animais estão caminhando sobre o gelo derretido. Embora o verão já esteja muito próximo, nesta região da Terra as temperaturas máximas em junho costumam ser de 3,2 graus Celsius, segundo o pesquisador espanhol Andrés Barbosa, diretor de campanhas no Ártico. Na semana passada, a estação meteorológica mais próxima do aeroporto de Qaanaaq, no noroeste da Groenlândia, registrou uma máxima de 17,3°C na quartafeira, 12 de junho, e 15°C no dia seguinte.

O cientista que fez a foto contou que os caçadores e pescadores locais se surpreenderam ao encontrar tanta água em cima do gelo, especialmente no princípio da temporada. Embora não seja um fato isolado, nunca tinham visto tanto gelo derretido antes de julho.

Os sinais da mudança climática são cada vez mais evidentes. As temperaturas superiores à média em quase todo o oceano Ártico e Groenlândia durante o mês de maio fizeram o gelo derreter antes do habitual, resultando no menor bloco de gelo registrado em 40 anos, segundo os dados do Centro Nacional de Neve e Gelo dos EUA.

As temperaturas registradas na semana passada na Groenlândia e em grande parte do Ártico foram impulsionadas por um ar mais quente que subia do sul. “Este fato ocorre de vez em quando, mas há evidências de que está se tornando mais comum, embora seja uma área de pesquisa que evolui com muita rapidez. Além disso, à medida que a atmosfera se tornar mais calorosa haverá um maior derretimento”, afirma Ruth H. Mottram, cientista do Instituto Meteorológico Dinamarquês e colega de Steffen M. Oisen, o pesquisador que tirou a foto.

O autor da popular imagem revelou no Twitter que se tratava de um “dia incomum” e que a imagem “para muitos é mais simbólica que científica”. Os pesquisadores concordam que o alarmante não é o aumento pontual das temperaturas, e sim a tendência de alta que observam há anos. “Por causa desse aumento 63% das geleiras da Groenlândia estão em retrocesso, e já houve uma perda de 30% do gelo marinho”, diz Barbosa.

Além disso, Mottram explica que, embora o degelo marinho não contribua imediatamente para o aumento do nível do mar, em longo prazo isso ocorre. Seus modelos de simulações climáticas preveem que o gelo marinho se derreta, com consequências para as populações locais e os ecossistemas do Ártico. “Também é provável que no futuro haja uma quantidade cada vez maior de água que contribua para a elevação do nível do mar a partir da Groenlândia”, conclui.

Belén Juaréz

(Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/)

“Os sinais de mundaça climática são cada vez mais evidentes”. A palavra que indica a relação estabelecida por esta frase com a próxima, no 3º parágrafo, é:


Alternativas
Q2692238 Português

Leia o trecho a seguir e responda às questões 4, 5 e 6:


Uma imagem mostra as consequências da mudança climática na região, que registrou até 17 graus Celsius na semana passada, quando a temperatura máxima nesta época é de 3,2 graus

No subtítulo, o trecho “quando a temperatura máxima nesta época é de 3,2 graus” pode ser reescrito mantendo a ideia original da seguinte forma:

Alternativas
Q2692237 Português

Leia o trecho a seguir e responda às questões 4, 5 e 6:


Uma imagem mostra as consequências da mudança climática na região, que registrou até 17 graus Celsius na semana passada, quando a temperatura máxima nesta época é de 3,2 graus

A palavra "quando” introduz expressão com valor textual de:

Alternativas
Q2692181 Português

O HOMEM E A GALINHA

Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras.

Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:

- Olha o ovo que a galinha botou.

A mulher ficou contente:

- Vamos ficar ricos!

E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão de ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

- Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão de ló... Muito menos tomar sorvete!

- É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!

O marido não quis conversa: -

- Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.

Aí a mulher disse:

- E se ela não botar mais ovos de ouro?

- Bota sim - o marido respondeu.

A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

- Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.

- E se ela não botar mais ovos de ouro?

- Bota sim - o marido respondeu.

Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:

- Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!

- E se ela não botar mais ovos de ouro? - a mulher perguntou.

- Bota sim - o marido falou.

E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais.

Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão de ló.


Ruth Rocha

De acordo com o texto, qual era o motivo da mulher do homem tratar tão bem a galinha?

Alternativas
Q2692172 Português

Maria Thereza, a primeira-dama desnuda


Maria Thereza Goulart foi considerada a mais bela e jovem primeira-dama do mundo. No tempo em que residiu no Palácio da Alvorada com os filhos Denize e João Vicente, entre setembro de 1961 e março de 1964, sua imagem revestiu de encanto o mito do marido, o presidente João Goulart (1918-1976). Atração das festas, mereceu as capas de revistas europeias e uma reportagem especial da “Time”, que a comparou com Jackie Kennedy. Como Jackie, mantinha-se muda. Procurou calar pelo resto da vida, ao ser levada ao exílio, à viuvez e à volta traumática ao Brasil.

O desinteresse da imprensa pelo que pensava e seus projetos lhe provocou a revolta. Hoje com 81 ou 83 anos (não revela idade), faz revelações ao jornalista Wagner William. O resultado é “Uma mulher vestida de silêncio”, volume de 644 páginas lançado pela editora Record. Durante 14 anos, as conversas resultaram em 80 horas de gravação, complementadas com pesquisas em arquivos e jornais, além de diários e cartas.

Entre os fatos inéditos destacam-se pensamentos e estudos psicológicos de Maria Thereza. Segundo William, além de tímida, sofre síndrome do pânico. O distúrbio a teria induzido a uma tentativa de suicídio na adolescência, “para chamar atenção dos pais”. O período mais feliz da sua vida foi nos anos 1950, quando Jango era vice-presidente e moravam em Copacabana.

Ficou deslumbrada com as festas em sua homenagem, mas se cansou da fama em seguida. (...) No exílio uruguaio, sentiu-se quase tão feliz como na fase de Copacabana e tentou convencer Jango a não voltar para o Brasil. O casal adorava circular pela Europa, caçar, atirar, cavalgar e disputar corridas em carros velozes. “Jango, vamos ter um filho aqui”, suplicou. Ele respondeu com sarcasmo: “Imagina, que coisa ridícula. Como eu posso ter um filho que vai nascer no Uruguai?”.

Mesmo banida do Brasil, teimava em cruzar a fronteira – e era escoltada de volta. Em 1971, passava de Fusca com a prima Terezinha pela cidade de Rio Grande quando a polícia levou-as a um quartel. Lá, uma policial mandou que tirasse a roupa: “A calcinha também? Por quê?” “Porque sim, porque tenho ordens”. Estava certa de que seria torturada, mas foi solta. Nunca contou a Jango, para evitar sua fúria. Desaprovava a obsessão do intrépido marido, que planejava retornar ao Brasil a partir de Paris, mas morreu na Argentina em 6 de dezembro de 1976. A família crê que ele tenha sido envenenado pela CIA. Todos, exceto Maria Thereza.

De volta ao Brasil, repetiu por duas décadas a quem lhe pedia entrevistas: “Vocês vão deturpar o que eu digo”. Viveu com discrição,

sem deixar de namorar e frequentar a noite. Queria ser escritora e fotógrafa, mas não deu continuidade aos planos. “Até hoje ela não se sente em casa no Brasil”, afirma William. “Muda sempre de endereço. É como se não reconhecesse mais o lugar em que nasceu.

Fonte: Luis Antônio Giron. Revista ISTOÉ, 24 de abril de 2019, Ano 42, Nº 2573, página 61.

Com base nas informações do texto e nas relações existentes entre as partes que o compõem, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Q2692131 Português

“A esquistossomose é um interessante exemplo, ao mesmo tempo em que deixou de representar um papel negativo sobre a população, graças à medicação específica, de custo acessível e altamente eficaz, continua a expansão da área de transmissão da doença, agora já atingindo todas as unidades da federação, inclusive os estados sulinos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além da crescente urbanização. Esse comportamento indica que os determinantes da sua ocorrência ainda estão presentes, apenas a doença deixou de determinar a morbidade anteriormente vista.”


(Silva, Luiz Jacintho da. (2003). O controle das endemias no Brasil e sua história. Ciência e Cultura, 55(1), 44-47. Retrieved July 16, 2019, from http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttex t&pid=S0009-67252003000100026&lng=en&tlng=pt)


Assinale a alternativa que se aplica quanto à leitura acima:

Alternativas
Q2692130 Português

“Em 1899, a peste bubônica chegava aos portos brasileiros, causando epidemias em Santos e no Rio de Janeiro. Foi a peste bubônica, mais do que a febre amarela, o gatilho para o desencadeamento da resposta governamental às endemias e epidemias que acometiam as cidades brasileiras. A investigação conduzida por Vital Brazil em Santos foi exemplar, e estabeleceu as bases dos serviços de controle da peste. A peste foi eficientemente controlada, não chegando a causar grandes epidemias e não mais surgindo no meio urbano, ainda que tenha permanecido em alguns focos silvestres e rurais.

Até o final do século XX, algumas endemias importantes foram controladas, algumas por ação direta dos programas de controle, outras por força da evolução da sociedade, como urbanização, saneamento e melhoria das condições de vida, não obstante ainda termos uma parcela significativa da população vivendo próximo e abaixo da linha da pobreza. Dentre essas endemias, podemos citar a doença de Chagas, resultado de uma combinação de fatores: ações específicas de controle, urbanização e redução da população rural. A transformação do trabalhador rural de permanente e residente no local em trabalhador temporário, residindo na periferia de cidades, tendência observada no país desde a década de 1960, foi um importante fator na redução da doença de Chagas, por exemplo.”


(Silva, Luiz Jacintho da. (2003). O controle das endemias no Brasil e sua história. Ciência e Cultura, 55(1), 44-47. Retrieved July 16, 2019, from http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttex t&pid=S0009-67252003000100026&lng=en&tlng=pt)


De acordo com a leitura acima, se pode dizer que:

Alternativas
Q2692129 Português

“A partir do final do século XIX, houve um salto de qualidade nas atividades de controle de endemias, decorrência do advento da microbiologia como ciência. Varíola, febre amarela e cólera foram as que mais sofreram a influência das novas ideias. O início do século XX foi um suceder de estudos sobre a etiologia, ocorrência e outros aspectos de diferentes doenças endêmicas brasileiras. A febre amarela, que vinha causando epidemias sucessivas no Rio de Janeiro desde 1849, determinou a mais emblemática das ações de controle de endemias na história do país. Ao mesmo tempo em que a Comissão Reed estudava a transmissão da febre amarela em Cuba, e concluía de maneira definitiva pela transmissão vetorial, no Brasil, Emílio Ribas, buscava controlar a febre amarela nas cidades cafeeiras do estado de São Paulo, empregando o controle do Aedes aegypti como estratégia única do controle da febre amarela. O sucesso obtido ainda no século XIX, determinou a adoção da estratégia em outras cidades de São Paulo e, posteriormente, através de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Em 1908, a febre amarela urbana havia desaparecido de São Paulo e do Rio de Janeiro, ainda que permanecesse nas cidades costeiras do Norte e Nordeste.”


(Silva, Luiz Jacintho da. (2003). O controle das endemias no Brasil e sua história. Ciência e Cultura, 55(1), 44-47. Retrieved July 16, 2019, from http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttex t&pid=S0009-67252003000100026&lng=en&tlng=pt)


Assinale a alternativa que se aplica, de acordo com o texto:

Alternativas
Q2691723 Português

Para onde vão as palavras

Como se sabe, a palavra durante algum tempo foi obrigada a recuar diante da imagem, e o mundo escrito e impresso diante do falado na tela. Tiras de quadrinhos e livros ilustrados com um mínimo de texto hoje não se destinam mais somente a iniciantes que estão aprendendo a soletrar. De muito mais peso, no entanto, é o recuo da notícia impressa em face da notícia falada e ilustrada. A imprensa, principal veículo da esfera pública no século XIX assim como em boa parte do século XX, dificilmente será capaz de manter sua posição no século XXI.

Mas nada disso pode deter a ascensão quantitativa da literatura. A rigor, eu quase diria que - apesar dos prognósticos pessimistas - o mais importante veículo tradicional da literatura, o livro impresso, sobreviverá sem grande dificuldade, com poucas exceções, como as das enciclopédias, dos dicionários, dos compêndios de informação etc., os queridinhos da internet.

Fonte: HOBSBAWM, Eric. Tempos fraturados. São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 29-30. (trecho adaptado)

Nos dois parágrafos do texto, Hobsbawm deixa claro que:

Alternativas
Q2691532 Português

Leia a entrevista do autor da expressão “imigrantes digitais” para responder às questões 7, 8, 9 e 10.


(Texto Adaptado)

PATRICIA GOMES


Folha - Como o senhor define nativos e imigrantes digitais? Marc Prensky - Nativos digitais são aqueles que cresceram cercados por tecnologias digitais. Para eles, a tecnologia analógica do século 20 – como câmeras de vídeo, telefones com fio, informação não conectada (livros, por exemplo), internet discada – é velha. Os nativos digitais cresceram com a tecnologia digital e usaram isso brincando, por isso não têm medo dela, a veem como uma aliada. Já os imigrantes digitais são os que chegaram à tecnologia digital mais tarde na vida e, por isso, precisaram se adaptar.

Um imigrante digital consegue ensinar um nativo digital?

Depende do que você entende por "ensinar". Se você quer saber se os mais velhos podem orientar os mais novos, fazendo as perguntas certas, a resposta é "sim". Se você quer saber se os jovens vão ouvir os mais velhos falar sobre coisas que não acham importantes, a resposta é "não". A educação precisa ser menos sobre o sentido de contar, e mais sobre partilhar, aprender junto.

A tecnologia mudou as relações na sala de aula?

Em cada lugar há um efeito diferente. Em alguns casos, reforçou as relações, conectou professores e alunos isolados. Em outros, trouxe medo, desconfiança, desrespeito mútuo. Por exemplo, um professor pode pensar que os alunos têm a concentração de um inseto. Os alunos podem pensar que os professores são analfabetos digitais. É quase impossível o aprendizado ocorrer em circunstâncias assim. O que a gente precisa é de respeito mútuo entre professores e estudantes.

O papel dos professores mudou em comparação com o das décadas de 80 e 90?

Sim. O papel do professor está mudando gradualmente. Está deixando de ser apenas o de transmissor de conteúdo, disciplinador e juiz da sala de aula para se tornar o de treinador, guia, parceiro. A maioria dos professores está em algum lugar no meio; poucos são parceiros de verdade.

E continua mudando?

Sim. E precisa continuar mudando se os professores quiserem ajudar os alunos do século 21 a aprender. Alguns acham que a pedagogia vai mudar automaticamente, assim que os "nativos digitais" se tornarem professores. Eu discordo. Há pressões forçando os professores novos a adotar métodos antigos. Nós precisamos fazer um grande esforço de mudança. Primeiro, mudar a forma como nós ensinamos – nossas pedagogias. Depois, mudar a tecnologia que nos dá suporte. Finalmente, mudar o que nós ensinamos – nosso currículo – para estarmos em acordo com o contexto e as necessidades do século 21.

Leia o parágrafo abaixo extraído do texto.

“ ___________cresceram com a tecnologia digital e usaram isso brincando, por isso___________ , a veem como uma aliada. Já os imigrantes digitais são os que chegaram ___________mais tarde na vida e, por isso, precisaram se adaptar.”

Assinale a alternativa que preencha respectivamente as lacunas, preservando o seu sentido original e respeitando a Gramática Normativa da Língua Portuguesa.
Alternativas
Q2691530 Português

Leia a entrevista do autor da expressão “imigrantes digitais” para responder às questões 7, 8, 9 e 10.


(Texto Adaptado)

PATRICIA GOMES


Folha - Como o senhor define nativos e imigrantes digitais? Marc Prensky - Nativos digitais são aqueles que cresceram cercados por tecnologias digitais. Para eles, a tecnologia analógica do século 20 – como câmeras de vídeo, telefones com fio, informação não conectada (livros, por exemplo), internet discada – é velha. Os nativos digitais cresceram com a tecnologia digital e usaram isso brincando, por isso não têm medo dela, a veem como uma aliada. Já os imigrantes digitais são os que chegaram à tecnologia digital mais tarde na vida e, por isso, precisaram se adaptar.

Um imigrante digital consegue ensinar um nativo digital?

Depende do que você entende por "ensinar". Se você quer saber se os mais velhos podem orientar os mais novos, fazendo as perguntas certas, a resposta é "sim". Se você quer saber se os jovens vão ouvir os mais velhos falar sobre coisas que não acham importantes, a resposta é "não". A educação precisa ser menos sobre o sentido de contar, e mais sobre partilhar, aprender junto.

A tecnologia mudou as relações na sala de aula?

Em cada lugar há um efeito diferente. Em alguns casos, reforçou as relações, conectou professores e alunos isolados. Em outros, trouxe medo, desconfiança, desrespeito mútuo. Por exemplo, um professor pode pensar que os alunos têm a concentração de um inseto. Os alunos podem pensar que os professores são analfabetos digitais. É quase impossível o aprendizado ocorrer em circunstâncias assim. O que a gente precisa é de respeito mútuo entre professores e estudantes.

O papel dos professores mudou em comparação com o das décadas de 80 e 90?

Sim. O papel do professor está mudando gradualmente. Está deixando de ser apenas o de transmissor de conteúdo, disciplinador e juiz da sala de aula para se tornar o de treinador, guia, parceiro. A maioria dos professores está em algum lugar no meio; poucos são parceiros de verdade.

E continua mudando?

Sim. E precisa continuar mudando se os professores quiserem ajudar os alunos do século 21 a aprender. Alguns acham que a pedagogia vai mudar automaticamente, assim que os "nativos digitais" se tornarem professores. Eu discordo. Há pressões forçando os professores novos a adotar métodos antigos. Nós precisamos fazer um grande esforço de mudança. Primeiro, mudar a forma como nós ensinamos – nossas pedagogias. Depois, mudar a tecnologia que nos dá suporte. Finalmente, mudar o que nós ensinamos – nosso currículo – para estarmos em acordo com o contexto e as necessidades do século 21.

A partir da leitura atenta da entrevista e da Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo.


I. A informação contida entre travessões na primeira resposta, “– como câmeras de vídeo, telefones com fio, informação não conectada (livros, por exemplo), internet discada –”, tem função de Aposto no texto.

II. O entrevistado foi incoerente ao responder à pergunta “Um imigrante digital consegue ensinar um nativo digital?”, já que respondeu “sim” e “não”.

III. Para o entrevistado, a tecnologia digital não resolveu um problema fundamental para que existam condições de ensino e aprendizagem: o respeito nas relações pedagógicas.

IV. Segundo o entrevistado, não basta que os jovens nascidos na era digital tornem-se professores para que a educação se transforme, é necessário que esses jovens incluam os “imigrantes digitais” nesse processo, respeitando as tradições e, a partir, disso construam um novo ambiente escolar.

Alternativas
Q2691528 Português

Leia a entrevista do autor da expressão “imigrantes digitais” para responder às questões 7, 8, 9 e 10.


(Texto Adaptado)

PATRICIA GOMES


Folha - Como o senhor define nativos e imigrantes digitais? Marc Prensky - Nativos digitais são aqueles que cresceram cercados por tecnologias digitais. Para eles, a tecnologia analógica do século 20 – como câmeras de vídeo, telefones com fio, informação não conectada (livros, por exemplo), internet discada – é velha. Os nativos digitais cresceram com a tecnologia digital e usaram isso brincando, por isso não têm medo dela, a veem como uma aliada. Já os imigrantes digitais são os que chegaram à tecnologia digital mais tarde na vida e, por isso, precisaram se adaptar.

Um imigrante digital consegue ensinar um nativo digital?

Depende do que você entende por "ensinar". Se você quer saber se os mais velhos podem orientar os mais novos, fazendo as perguntas certas, a resposta é "sim". Se você quer saber se os jovens vão ouvir os mais velhos falar sobre coisas que não acham importantes, a resposta é "não". A educação precisa ser menos sobre o sentido de contar, e mais sobre partilhar, aprender junto.

A tecnologia mudou as relações na sala de aula?

Em cada lugar há um efeito diferente. Em alguns casos, reforçou as relações, conectou professores e alunos isolados. Em outros, trouxe medo, desconfiança, desrespeito mútuo. Por exemplo, um professor pode pensar que os alunos têm a concentração de um inseto. Os alunos podem pensar que os professores são analfabetos digitais. É quase impossível o aprendizado ocorrer em circunstâncias assim. O que a gente precisa é de respeito mútuo entre professores e estudantes.

O papel dos professores mudou em comparação com o das décadas de 80 e 90?

Sim. O papel do professor está mudando gradualmente. Está deixando de ser apenas o de transmissor de conteúdo, disciplinador e juiz da sala de aula para se tornar o de treinador, guia, parceiro. A maioria dos professores está em algum lugar no meio; poucos são parceiros de verdade.

E continua mudando?

Sim. E precisa continuar mudando se os professores quiserem ajudar os alunos do século 21 a aprender. Alguns acham que a pedagogia vai mudar automaticamente, assim que os "nativos digitais" se tornarem professores. Eu discordo. Há pressões forçando os professores novos a adotar métodos antigos. Nós precisamos fazer um grande esforço de mudança. Primeiro, mudar a forma como nós ensinamos – nossas pedagogias. Depois, mudar a tecnologia que nos dá suporte. Finalmente, mudar o que nós ensinamos – nosso currículo – para estarmos em acordo com o contexto e as necessidades do século 21.

De acordo com a leitura atenta da entrevista,assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2691526 Português

Leia com atenção, abaixo a letra da canção Olhos nos olhos de Chico Buarque abaixo para responder às questões 3, 4, 5 e 6.


Olhos nos olhos


Quando você me deixou, meu bem

Me disse “pra” ser feliz e passar bem

Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci

Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever

Já vai me encontrar refeita, pode crer

Olhos nos olhos, quero ver o que você faz

Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando

Me pego cantando

Sem mais nem porquê

E tantas águas rolaram

Quantos homens me amaram

Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim

“Cê” sabe a casa é sempre sua, venha sim

Olhos nos olhos, quero ver o que você diz

Quero ver como suporta me ver tão feliz

A partir da leitura atenta da letra da canção e de acordo com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Q2687111 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

    Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
    Pisou com firmeza no chão gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um pedaço de fumo, picou- -o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-o ao binga, pôs-se a fumar regalado.
    – Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta. Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra.
    Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
    – Você é um bicho, Fabiano.
    Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho. capaz de vencer dificuldades.
    Chegara naquela situação medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.
    Era. Apossara-se da casa porque não tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e sementes de mucunã. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, coçando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patrão aceitara-o, entregara-lhe as marcas de ferro.
    Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou os quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, sinhá Vitória, os doisfilhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.
    Chape-chape. As alpercatas batiam no chão rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os braços moviam-se desengonçados. Parecia um macaco.
    Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.

(Vidas secas. 27. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1970. P.53-5. Acesso em: 06/03/2024.)
Leia a seguir do 3º§ ao 6º§.
    “– Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.     Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros.     Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:     – Você é um bicho, Fabiano.”
Sobre o fragmento, analise as afirmativas a seguir.
I. Fabiano fala em voz alta que é um homem devido à situação que se apresenta: tem um emprego e um lugar para morar. II. Ao se colocar como cabra, Fabiano aponta o que impede a sua humanidade: a condição social de exploração, a qual está submetido. III. Na segunda fala, ocorre a diminuição da convicção de Fabiano. Agora ele murmura que é um bicho qualquer, que seja capaz de superar as adversidades.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2687107 Português
O texto a seguir contextualiza a questão. Leia-o atentamente.

Avançar na leitura e na cidadania

    Se é verdade que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos” (Aristóteles), a maioria dos alunos brasileiros está deixando de absorver conhecimento por meio da leitura.
    No Brasil, 66% dos estudantes de 15 e 16 anos não leem textos com mais de dez páginas, segundo levantamento do Centro de Pesquisas em Educação, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
    O baixo índice está ligado a diversos fatores pedagógicos e socioeconômicos, que não propiciam ambiente nem tempo hábil para se dedicar aos livros. Falta ainda estímulo por parte das famílias e das escolas, o que é reforçado pelo sucateamento das bibliotecas em instituições públicas de ensino.
    Enquanto a máxima aristotélica que abre este texto se concentra no conhecimento individual, uma frase de Monteiro Lobato coloca a leitura no contexto da coletividade: “Uma nação se faz com homens e livros”. Nesse sentido, o Brasil tem muito a avançar. O mesmo levantamento do Iede aponta que, no Chile, o normal é os alunos lerem mais de cem páginas por ano, em média.
    Tais ideias do filósofo grego e do escritor brasileiro merecem ser reacendidas para enfrentarmos o desafio de estimular o hábito da leitura mais densa em um mundo conectado. As faixas etárias usadas como base para a pesquisa do Iede correspondem à dos nativos digitais, que praticamente nasceram com um dispositivo que tem acesso à internet nas mãos.
    O estímulo à leitura só pode ser feito por meio de políticas consistentes de acesso nas escolas e comunidades, incentivo a bibliotecas e promoção de eventos literários. A própria internet pode ser usada como ferramenta para despertar o interesse pelos livros.
    Ler é ampliar o vocabulário, a fluência verbal e a cultura geral, aproximando o indivíduo das possibilidades do mundo acadêmico e do mercado de trabalho.
    Mas o mais nobre benefício está na promoção da cidadania, a partir do momento em que o leitor conhece seus direitos. Tudo aquilo que estruturas rígidas de poder querem manter sob as sombras, em códigos que poucos podem decifrar.

(Disponível em: https://www.otempo.com.br. Acesso em: 04/03/2024.)
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que: 
Alternativas
Q2681952 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 10.


Por que você deve voltar a usar o despertador clássico em vez do celular?


Troquei o despertador pelo telefone cerca de 10 anos atrás, depois de contar a alguém o que eu achava ser uma história engraçada sobre como meu despertador tinha tocado uma vez na minha mala enquanto estava no porta-malas de um táxi, nos obrigando a parar para que pudéssemos silenciá-lo. A piada causou perplexidade. "Você realmente usa despertador?", perguntaram-me, como se fosse um fax.


Sucumbi à pressão dos colegas e me livrei do meu relógio antigo. E aí acabou o luxo de acordar sem notificações e começou a miséria de olhar para elas no meio da noite ao verificar a hora no meu telefone.


À medida que nosso uso de telefones celulares continua a crescer (um relatório da Deloitte de 2018 descobriu que os usuários de smartphones dos EUA verificam seus celulares 14 bilhões de vezes por dia, acima dos 9 bilhões no mesmo relatório de 2016), especialistas em bem-estar dizem que está tendo um impacto negativo em nossas rotinas matinais.


"Quando você acorda pela manhã, idealmente você quer acordar e passar um pouco de tempo dentro de sua própria mente antes de ser bombardeado com tudo o que está acontecendo no mundo. Dê a si mesmo a chance de se ajustar ao mundo desperto", diz a especialista de saúde mental e bem-estar Lily Silverton. "Historicamente, não estamos acostumados a ser tirados de nós tanto quanto somos hoje."


Antes dos alarmes, eram galos, sinos de igreja, aldravas (pessoas eram pagas para acordá-lo batendo na porta ou janela com uma vara longa, algo que acontecia até a década de 1970 no Reino Unido industrial) e até nossas próprias bexigas que nos colocavam para fora da cama.


Acredita-se que o relojoeiro Levi Hutchins, de Concord, New Hampshire, tenha inventado um dos primeiros despertadores, em 1787. Seu design só disparava uma vez às 4 da manhã, seu horário preferido para acordar. Pouco parece ser conhecido sobre os detalhes do projeto real, mas ele escreveu: "O que foi difícil foi a ideia de um relógio que pudesse soar um alarme, não a execução da ideia. Foi a própria simplicidade de fazer o toque da campainha."


Foi anos depois, em 1874, que o inventor francês Antoine Redier se tornou a primeira pessoa a patentear um despertador mecânico ajustável. E, em 1876, Seth E. Thomas patenteou um pequeno relógio mecânico de corda nos Estados Unidos, levando grandes relojoeiros americanos a começarem a fabricar pequenos despertadores. Aparentemente, os relojoeiros alemães logo seguiram o exemplo e, no final do século 19, o despertador elétrico foi inventado.


Hoje, os despertadores têm muitos designs. No entanto, tudo o que eu procurava era um despertador simples, muito parecido com o meu original. E eu comprei um na loja de materiais de construção mais próxima por £ 8,50 (pouco mais de R$ 47,00). Na primeira noite em que o usei, me senti estranhamente empolgado em realizar fisicamente as configurações em vez de deslizar pela tela. Na manhã seguinte, numa espécie de anticlímax, acordei antes do despertador. Mas já sentia que havia conquistado o dia, em vez de correr atrás dele.


De acordo com Silverton, "a tecnologia explora nossas fraquezas psicológicas". E estar conectado, ela observou, é incrível, mas terrível ao mesmo tempo. "Trata-se de gerenciar isso e criar uma rotina que funcione para você." Rotina que agora acho que tenho. A reintrodução de um despertador me dá o tempo, o espaço e a separação que meu telefone não deu. Embora meu telefone ainda esteja ao lado da cama, a diferença é que não é mais a primeira coisa que procuro.


Minha primeira expressão do dia não é mais xingar por causa de um e-mail e sentir meu sangue ferver, me pego pensando gentilmente no que eu poderia comer no café da manhã. Isso me deu uma sensação de controle e calma. Estranhamente, me fez sentir mais jovem, acho que porque a experiência parece nostálgica ou talvez porque estou dormindo melhor. E o que pode ser mais luxuoso do que isso?


CNN Brasil. Por que você deve voltar a usar o despertador clássico em vez do celular?Disponível em: emmm-veezdocceular sil.com.br/tecnologia/por-que-voce-deve-voltar-a-usar-o-despertador-clasico-em-vez-do-celular/ Acesso em: 01 ago., 2022.

Analise o texto "Por que você deve voltar a usar o despertador clássico em vez do celular?" e assinale a alternativa que corretamente apresenta o objetivo do referido texto:

Alternativas
Respostas
1961: E
1962: E
1963: A
1964: D
1965: C
1966: A
1967: B
1968: C
1969: E
1970: B
1971: B
1972: D
1973: C
1974: B
1975: B
1976: B
1977: D
1978: A
1979: A
1980: C