Questões de Português - Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas... para Concurso

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Q2186589 Português
O texto a seguir é referência para a questão. 

Não é só sobre diversidade

Ana Cristina Rosa


É crescente o número de corporações que __________ dedicado atenção à diversidade, tendência que __________ balizando os mercados contemporâneos. Não por acaso, atualmente esse também é um dos fatores determinantes para atrair investidores. No começo do ano, o tema ganhou destaque no setor público, que abriu espaços inéditos para indígenas, negros e mulheres em postos de gestão. Ainda assim, é importante que se diga que seguimos muito distantes de alcançar um nível de correspondência com a demografia nacional.
Levantamento recente apontou que apenas 14% dos cargos de primeiro escalão dos governos estaduais são comandados por pessoas pretas e pardas, que __________ 56% da população brasileira, segundo o IBGE. Além disso, pequenas e médias empresas, que são as maiores empregadoras no país, em geral não possuem ações voltadas à diversidade e inclusão.
Pode-se dizer que as mudanças ainda estão restritas ao plano simbólico. Na prática, a maioria das ações é superficial, desconectada da estratégia de negócios e não resulta em alteração de estruturas ou em políticas públicas.
Evidente que diversificar os perfis dos profissionais no mercado de trabalho é fundamental. Mas simplesmente empregar um negro, um indígena ou uma mulher, por si só, não resolve tudo. Não é apenas sobre diversidade nas contratações. É também sobre uma mudança de cultura organizacional para incluir todas as pessoas. As contratações não podem ser reflexo exclusivo de uma tendência de mercado. Nesse sentido, a carência de mecanismos efetivos para colocar um freio de arrumação no abismo alimentado pelas conhecidas desigualdades é enorme. Tanto que profissionais negros ocupam menos de 5% dos cargos de liderança nas empresas.
Afinal, o que está sendo feito para criar uma cultura inclusiva dentro das instituições? O antirracismo faz parte da cultura organizacional? Por banal que pareça, por vezes é necessário indagar o óbvio.

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ana-cristina-rosa/2023/02/nao-e-so-sobre-diversidade.shtml. Adaptado. 
A expressão “Além disso”, destacada no texto, introduz uma relação de:  
Alternativas
Q2184652 Português
Menores infratores: o desafio da recuperação

Falta de mercado de trabalho é uma das dificuldades enfrentadas pelo Creas, instituição que atende menores infratores e busca o encaminhamento desses jovens

Rio Grande do Sul – 05 de maio de 2017

        Acompanhamento com especialistas e palestras são algumas das estratégias usadas pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) no intuito de recuperar jovens infratores que cumprem medidas socioeducativas. Menores de 18 anos que foram flagrados desrespeitando a lei são encaminhados para essa instituição, localizada no bairro Oriental.

        Os jovens recebem acompanhamento do Creas. “O adolescente infrator recebe a determinação para cumprir medida socioeducativa da Justiça e vem para o Creas, onde conversa com uma assistente social e é elaborado um plano individual de atendimento, buscando conhecer ele, sua história e onde cumprir as medidas. Temos reuniões de grupos semanais onde são abordados temas relativos à cidadania, drogadição e outros assuntos importantes para a vida”, explica Franciele Tais Bohrer, assistente social e coordenadora do Creas.

        Juliano Moura, capitão da Brigada Militar (BM), relata que é comum flagrar menores de 18 anos cometendo crimes em Carazinho. “Por vezes, nos deparamos com adolescentes infringindo a lei. Percebe-se no dia a dia que há a participação do adolescente em muitos delitos, seja somente entre menores de 18 anos ou na companhia de maiores de idade. E os delitos são de todas as ordens, como roubo, venda e consumo de drogas e muitos atos infracionais nos âmbitos familiar e escolar”, revela.


Mercado de trabalho

        Os entrevistados pelo DM Carazinho afirmam que é possível recuperar jovens infratores. Porém, algumas barreiras são enfrentadas. “Temos dificuldades em buscar parceiros para o cumprimento das medidas socioeducativas e também em encontrar emprego para os jovens após o cumprimento das medidas. Entendemos ser importante a inserção deles no mercado de trabalho para não ficarem ociosos. É um desafio para nós, além de conseguir emprego para eles, mostrar que existe vida além dos atos infracionais. A sociedade precisa dar a sua contribuição, inclusive a lei determina esse apoio”, relata Franciele.

        Condenado por um crime que não cometeu, e posteriormente absolvido pelo Tribunal de Justiça, o desportista Jarbas Rezende, que já palestrou duas vezes para os jovens atendidos pelo Creas, também defende a abertura de mercado de trabalho. “Muito se fala em recuperação para o menor infrator, mas para isso é preciso apresentar um horizonte para eles. O Creas precisa de mais apoio para funcionar e nisso o Poder Judiciário poderia auxiliar com recursos, inclusive das penas alternativas”, argumenta.

        Para o delegado Ednei Albarello, titular da Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Carazinho, “a própria sociedade cria um preconceito, não que seja normal, mas quase automático com ex-presos ou exinternos. As empresas não dão espaço. Seria importante se o jovem conseguisse o emprego e incutisse em sua cabeça que esse é o meio de vida correto”, opina.

        Moura ressalta a importância do acompanhamento profissional na recuperação dos jovens. “Medidas socioeducativas fortes e acompanhamento profissional, principalmente de psicólogos, podem amenizar a situação e recuperar o indivíduo. Com certeza o trabalho seria um encaminhamento, até para um adulto, mas é preciso, além da vaga, a qualificação”, pondera.


Ressocialização

        O Estatuto da Criança e do Adolescente apregoa que a medida socioeducativa tem a função de ressocializar. “Na prática as instituições responsáveis fazem o necessário, mas a grande maioria dos jovens infringe a lei e segue no mesmo ritmo de cometer crimes. O objetivo da ressocialização não é alcançado”, alega Albarello.

        Para Moura, é preciso mudar o contexto em que crescem os jovens. “Dá para recuperar com medidas socioeducativas mais enérgicas. Porém, eu acredito que o grande diferencial é o tratamento do ambiente, do contexto em que essas crianças e adolescentes vivem. Precisamos de políticas públicas no intuito de que esses jovens frequentem a escola, que tenham um convívio familiar saudável e com bons exemplos dos pais. Além disso, o Comdicacar, os projetos sociais e a prática esportiva são importantes”, enumera o capitão da BM. 

        O cenário que forja um jovem infrator é complexo. Ele pode começar num contexto de desestrutura familiar, inclusive com o fato de seus familiares estarem ligados à criminalidade. Junta-se a isso, na maior parte dos casos, o crescimento em um ambiente hostil, marcado principalmente pela presença do tráfico de drogas.

        Após serem pegos em atividade fora da lei, muitos reincidem em atos infracionais. E a reincidência guarda forte relação com o contexto em que ele foi criado. “Muitos jovens emendam uma medida na outra porque ainda não terminaram de cumprir o que havia sido determinado e já voltaram a cometer crimes. A reincidência no ato infracional predomina no caso de jovens cujas famílias também tem envolvimento com esse mundo”, revela Franciele.

        Para Albarello, o crime é uma realidade na vida dos jovens. “Dos menores infratores, 99% têm uma família desregrada. Seus pais têm problemas com drogas e álcool ou são envolvidos na criminalidade. A criança nasce e cresce nesse meio e é muito difícil reverter essa situação. Estudos mostram que salvar alguém nessas condições é a exceção da regra”, pontua.

        Atualmente, o Creas atende cerca de 70 jovens infratores, a maior parte dos casos por envolvimento no tráfico de drogas. “Já ressocializamos muitos jovens. Outros, perdemos para o mundo do crime. É uma vitória quando conseguimos salvar um deles. Quando não conseguimos, sabemos que voltarão para o crime”, lamenta Franciele.

Disponível em:<https://diariodamanha.com/noticias/menores-infratores-o-desafio-da-recuperacao/> . Acesso em: 28 jun. 2021.
“O adolescente infrator recebe a determinação para cumprir medida socioeducativa da Justiça e vem para o Creas, onde conversa com uma assistente social e é elaborado um plano individual de atendimento [...]”.
O termo em destaque é DEFINIDO pela sintaxe como:
Alternativas
Q2184046 Português
Texto V

Livros com raiz indígena se espalham e põem em debate a mediação dos brancos
Obras de Davi Kopenawa, Daniel Munduruku, Pedro Cesarino e Rita Carelli pensam a tradução entre culturas apartadas
"Os brancos eram assim mesmo. Desde os tempos antigos já surgiram com a espingarda e o livro na mão." Uma das tramas ficcionais de "A Repetição" reflete sobre o contato de uma comunidade indígena com a língua portuguesa, atuando quase como um comentário indireto sobre o livro em que está contida.
"A escrita é o instrumento da violência colonial por excelência", afirma seu autor, Pedro Cesarino, antropólogo que estudou culturas indígenas no mestrado e doutorado. Em seguida, ele aponta um paradoxo. "Mas a escrita também é o principal instrumento de produção de conhecimento tal como ele é hoje."

Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ ilustrada/2023/04/livros-com-raiz-indigena-se-espalham-e-poem-emdebate-a-mediacao-dos-brancos.shtml. Acesso em: 07/04/2023)

Considere do Texto V para responder a questão.

O título do texto é estruturado por meio da coordenação de orações. Embora não seja sempre simples a distinção entre coordenação e subordinação, no título em questão contribuem para que as orações sejam entendidas como coordenadas todas as características abaixo, exceto:

Alternativas
Ano: 2023 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: Prefeitura de Abreu e Lima - PE Provas: UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Alergologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Auditor | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Cardiologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Dermatologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Endocrinologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Generalista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Ginecologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Ginecologista Obstetra | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Infectologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Mastologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Neurologista Adulto | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Neurologista Infantil | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Ortopedista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Otorrinolaringologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Psiquiatra Adulto | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Psiquiatra Infantil | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Reumatologista | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Pediatra | UPENET/IAUPE - 2023 - Prefeitura de Abreu e Lima - PE - Médico Urologista |
Q2180893 Português
Texto 02 para a questão.

REFLEXÃO SOBRE O ENVELHECER

As queixas de memória em pacientes idosos são mais insistentes em população que vive nas grandes cidades, com múltiplos estímulos e demandas. Idosos com baixa escolaridade e sexo feminino são mais atingidos com problemas cognitivos do que o contrário. Essa população convive com gerações diferentes, separadas por famílias e lares distintos e, dentro de cada lar, cada qual cuida de si. A companhia do cônjuge de mesma faixa etária passa a ser a única alternativa sob a submissão dos irmãos e filhos. A ausência do cônjuge dificulta a convivência do dependente, e um lar estranho ou a casa de um parente é a lúgubre alternativa.
Os idosos com menos de 3 anos de escolaridade têm mais propensão a demenciar do que os com maior escolaridade, embora, mesmo assim, a escolaridade não interfira na convivência do idoso com os parentes no entendimento do envelhecer, dificilmente havendo rejeição. É comum, ainda, hoje, viver mais de duas gerações em uma mesma casa: avós, filhos e netos. A convivência com o idoso é normal dentro de um contexto cultural e, quando a pessoa idosa torna-se demente, é porque não reconhece os parentes próximos e deles depende para as necessidades básicas de sobrevivência. 

MARQUES, Paulo Roberto de Brito. A Arte em conviver com a doença de Alzheimer. EDUPE. 2006. p.38-39

Observe o trecho abaixo: 
“A ausência do cônjuge dificulta a convivência do dependente, e um lar estranho ou a casa de um parente é a lúgubre alternativa.”
 Sobre esse trecho, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q2180546 Português

Analise:

“Avancei lentamente até o bueiro, sentei-me.”

(Graciliano Ramos)

A oração acima pode ser classificada como:

Alternativas
Q2180515 Português
Assinale a alternativa que apresenta a classificação da oração abaixo:
“Não apenas completamos a tarefa mas também tivemos uma excelente nota.”
Alternativas
Q2179038 Português
NEM SEMPRE O SILÊNCIO É ESQUECIMENTO

Marcel Camargo

        Ao contrário do que possa aparentar, muitas vezes o silêncio tem muito a dizer, carregando em seu aparente vazio uma intensidade tamanha de sentimentos e de carga emocional muito mais significativa do que enxurradas de palavras ou gestos exacerbados. O silêncio pode acalmar, ferir, amparar ou até mesmo violentar, às vezes trazendo paz, outras vezes incitando tempestades - nem sempre o silêncio é pacífico.

        O silêncio pode ser revolta, rebeldia, contrariedade contida. Nem sempre estamos prontos para expressar nossos pontos de vista, no sentido de verbalizar o que queremos, o que temos aqui dentro. Assim, mesmo que estejamos discordando de algo, silenciamos, pois nos falta a coragem necessária para que nos libertemos dessa prisão que nós próprios criamos, ou mesmo porque sabemos que qualquer tentativa de diálogo será inútil e cansativa naquele momento.

        O silêncio também pode corresponder à reflexão, a um turbilhão de pensamentos pulsando dentro de nós. O pensamento e a fala devem conviver harmonicamente, de forma que um não atropele o outro, colocando-nos em situações constrangedoras. Palavras, após proferidas, não voltam mais, deixando suas marcas, muitas vezes negativas, nas nossas vidas e nas dos ouvintes. Pensar sobre o que se diz é necessário, pois, caso possamos machucar alguém ou a nós mesmos, sem razão, é preferível emudecer.

        Às vezes, o silêncio é solidão, é vazio, solitude doída e emudecida. Mesmo acompanhados, ainda que em meio a muitas pessoas, podemos estar solitários, sentindo-nos sem acolhida, sem partilha, sem pertencimento. Como se não fizéssemos parte da vida do outro, como se fôssemos desimportantes, dispensáveis. Perdidos nessa irrelevância emocional, ruímos por dentro, minando nossa autoestima e nossa capacidade de ser feliz.

        Outras vezes, o silêncio é desistência. Há momentos em que o mais prudente a se fazer é desistir de algo, de alguém, de tentar convencer, de querer amar, de clamar por atenção e reciprocidade. Certas situações nos pedem que partamos para outra, que canalizemos nossas forças e energias em direção ao que nos trará contrapartida, retirando-nos dos apelos vazios, da mendicância afetiva, pelo bem de nossa saúde física e de nosso equilíbrio emocional.

        Silêncio, da mesma forma, pode significar desapego, libertação, livramento de amarras que nos impedem o caminhar tranquilo de nossa jornada. Precisamos nos despedir de tudo aquilo que pesa em nossos ombros, emperrando a visualização serena das possibilidades que nos aguarda o futuro. Temos que serenar a celeridade que intranquiliza os nossos corações, jogando fora bagagens sem as quais conseguiremos viver melhor.

        O silêncio muitas vezes é mágoa, ressentimento, lamentação acumulada. Na impossibilidade de encontrarmos coragem de vivermos nossas verdades por inteiro, de refutarmos o que não nos completa, tampouco nos define, de impormos aquilo em que acreditamos, sufocamos nossos sentimentos mais íntimos sob a infelicidade de aparências condizentes com o que todo mundo espera - exceto nós próprios. Nesses casos, o calar-se equivale ao crepúsculo moroso de nossa existência.

        Felizmente, no entanto, o silêncio também pode - e sempre o deveria - implicar felicidade, certezas, convicção e força. Sabermos os momentos certos para calarmos e guardarmos para nós aquilo que pensamos nos salva de problemas dispensáveis com gente que não significa nada na nossa vida. Quando estamos seguros quanto ao que somos, quanto aos nossos sonhos e planos de vida, nenhum barulho é capaz de abalar as nossas verdades, minimamente que seja. Quando o silêncio guarda o que temos de mais precioso, estamos então caminhando rumo ao alcance de nossos sonhos, para que possamos dividi-los com quem compartilhamos amor de verdade, e com ninguém mais.

Adaptado de: <http://obviousmag.org/pensando_nessa_gente_da_
vida/2015/nem-sempre-o-silencio-e-esquecimento.html>.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2178121 Português
TEXTO

Há 30 anos, o Brasil começava sua revolução contra a Aids.

Alexandre Versignassi
Diretor de redação

    “A Aids era uma doença variada, e uniformemente fatal”, definiu Drauzio Varella num episódio recente de seu (ótimo) podcast, o Outras Histórias. “À medida que a imunidade ia caindo”, ele segue, “repetiam-se as infecções oportunistas: pneumonias, meningites, lesões cerebrais por toxoplasmose... Você tratava uma infecção e vinha outra, depois outra. Uma hora o doente estava tão debilitado que não sobrevivia”.
     Drauzio usa o tempo verbal no passado por um motivo óbvio: Aids sem tratamento é uma página virada no Brasil. Começou há 30 anos, em 1991. Foi quando teve início a compra e distribuição gratuita de remédios contra HIV pelo SUS. Na época, o principal era o AZT, pouco eficaz. Em 1995, porém, viriam os inibidores de protease. Funciona assim: as cópias do vírus emergem capengas das células infectadas. Para ter como invadir novas células, eles precisam amadurecer. A protease é uma enzima que edita as proteínas do HIV, conferindo-lhe poder de fogo. Os inibidores de protease, então, impedem essa “fase de crescimento”. E o vírus fica dormente.
    Há diversos inibidores de protease, cada um feito para pegar o vírus numa fase diferente de maturação – combinados com outras classes de medicamentos, eles formam a versão moderna do coquetel antiaids. “Foi uma revolução absurda. Eu tinha doentes internados que estavam virtualmente morrendo. Eles saíram do hospital, e muitos estão vivos até hoje. Uma doença que era uniformemente fatal passou a ser controlável.”
    A aquisição dos novos medicamentos pelo SUS não foi simples. Envolveu negociações duras de preços com as farmacêuticas e quebra de patente. Mas deu certo. E produziu frutos fora do Brasil também.
    Em 2002, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSR) lutava contra a Aids na África do Sul. Com mais de 4 milhões de infectados (10% da população), havia mil mortes por dia em decorrência do HIV. O governo era negacionista. O presidente da época, Thabo Mbeki, dizia que o HIV não causava Aids, então não tinha por que gastar com antirretrovirais.
    A MSR, então, comprou cargas de coquetel antiaids do governo brasileiro, a preços baixos, e levou para a África do Sul para administrar em doentes terminais. Um ano depois, 91% dos pacientes tratados por eles estavam vivos e saudáveis. A opinião pública, então, convenceu-se de que era possível vencer a Aids. E em 2003 o governo de lá deu o braço a torcer: passou a distribuir os remédios.
    A África do Sul ainda é o epicentro global da doença. Infelizmente, a proporção de infectados até subiu, para 20,4% da população (7,7 milhões) – no Brasil, é de 0,43% (920 mil). O número de mortes, ao menos, baixou brutalmente. Hoje são 200 por dia. Sem o coquetel gratuito, seriam dez vezes mais. Ou seja: uma iniciativa que o Brasil tomou há 30 anos é responsável por salvar vidas até hoje não só aqui, mas na África do Sul também.
    Governantes negacionistas vêm e vão. O que fica para sempre são as vitórias do bom senso contra o obscurantismo. Parabéns à imensa maioria dos brasileiros, que agora, na pandemia, confiou na ciência e aderiu às vacinas. Vocês fizeram jus à história do país.

Superinteressante, dez/2021. [texto adaptado] 
No segundo parágrafo do texto, a conjunção “porém” interliga
Alternativas
Q2175707 Português

Preferiria congelar nos 50, mas deter o tempo como?

Por Martha Medeiros






(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/colunistas/martha-medeiros – texto adaptado

especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica o número correto de orações que compõem o período a seguir: “Nada adianta fazermos das nossas casas – corpo e residência – lugares belos para se fotografar, mas que dão a impressão de não haver nenhum morador dentro”. 
Alternativas
Q2174952 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Saúde e inteligência emocional caminham juntas
Por Fernando Mantovani




(Disponível em: https://exame.com/colunistas/sua-carreira-sua-gestao/saude-e-inteligencia-emocionalcaminham-juntas/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Em relação ao termo “Portanto” (l. 36), analise o trecho abaixo:
O vocábulo é classificado como uma conjunção coordenativa ____________, pois transmite uma ideia de ____________. Por esse motivo, pode ser substituído, sem alteração de sentido no trecho em que se encontra, por ____________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. 
Alternativas
Q2174417 Português

Floresta amazônica vai virar savana

Pesquisadores afirmam que mudança no ecossistema da Amazônia é iminente






CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado.

O trecho do texto em que se estabelece uma relação lógica de condição entre as ideias, marcada pela presença da palavra ou expressão destacada, é:
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Q2173484 Português
Atenção: Leia o texto “Liberdade e necessidade ao revés”, de Eduardo Giannetti, para responder à questão.

    “Por meios honestos se você conseguir, mas por quaisquer meios faça dinheiro”, preconiza - prenhe de sarcasmo - o verso de Horácio. Desespero, precisão ou cobiça, dentro ou fora da lei: o dinheiro nos incita a fazer o que de outro modo não faríamos. Suponha, entretanto, um súbito e imprevisto bafejo da fortuna - um prêmio lotérico, uma indenização milionária, uma inesperada herança. Quem continuaria a fazer o que faz para ganhar a vida caso não fosse mais necessário fazê-lo? Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou menos a contragosto, para obter uma renda - como um sacrifício ou necessidade imposta de fora; ao passo que o consumo é tomado como a esfera por excelência da livre escolha: o território sagrado para o exercício da nossa liberdade individual. A possibilidade de satisfazer, ainda que parcialmente, nossos desejos e fantasias de consumo se afigura como a merecida recompensa - ou suborno, diriam outros - capaz de atenuar a frustração e aliviar o aborrecimento de ocupações que de outro modo não teríamos e não nos dizem respeito.
       Daí que, na feliz expressão do jovem Marx, “o trabalhador só se sente ele mesmo quando não está trabalhando; quando ele está trabalhando, ele não se sente ele mesmo”. - Mas, se o mundo do trabalho está vedado às minhas escolhas e modo de ser; onde poderei expressar a minha individualidade? Impedido de ser quem sou no trabalho - escritório, chão de fábrica, call center, guichê, balcão - , extravaso a minha identidade no consumo - shopping, butique, salão, restaurante, showroom. Fonte de elã vital, o ritual da compra energiza e a posse ilumina a alma do consumidor. A compra de bens externos molda a identidade e acena com a promessa de distinção: ser notado, ser ouvido, ser tratado com simpatia, respeito e admiração pelos demais. Não o que faço, mas o que possuo - e, sobretudo, o que sonho algum dia ter - diz ao mundo quem sou. Servo impessoal no ganho, livre e soberano no gasto.

(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Suponha, entretanto, um súbito e imprevisto bafejo da fortuna - um prêmio lotérico, uma indenização milionária, uma inesperada herança. (1º parágrafo)
Considerando o contexto, o termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
Alternativas
Q2173479 Português
Atenção: Leia o texto “Liberdade e necessidade ao revés”, de Eduardo Giannetti, para responder à questão.

    “Por meios honestos se você conseguir, mas por quaisquer meios faça dinheiro”, preconiza - prenhe de sarcasmo - o verso de Horácio. Desespero, precisão ou cobiça, dentro ou fora da lei: o dinheiro nos incita a fazer o que de outro modo não faríamos. Suponha, entretanto, um súbito e imprevisto bafejo da fortuna - um prêmio lotérico, uma indenização milionária, uma inesperada herança. Quem continuaria a fazer o que faz para ganhar a vida caso não fosse mais necessário fazê-lo? Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou menos a contragosto, para obter uma renda - como um sacrifício ou necessidade imposta de fora; ao passo que o consumo é tomado como a esfera por excelência da livre escolha: o território sagrado para o exercício da nossa liberdade individual. A possibilidade de satisfazer, ainda que parcialmente, nossos desejos e fantasias de consumo se afigura como a merecida recompensa - ou suborno, diriam outros - capaz de atenuar a frustração e aliviar o aborrecimento de ocupações que de outro modo não teríamos e não nos dizem respeito.
       Daí que, na feliz expressão do jovem Marx, “o trabalhador só se sente ele mesmo quando não está trabalhando; quando ele está trabalhando, ele não se sente ele mesmo”. - Mas, se o mundo do trabalho está vedado às minhas escolhas e modo de ser; onde poderei expressar a minha individualidade? Impedido de ser quem sou no trabalho - escritório, chão de fábrica, call center, guichê, balcão - , extravaso a minha identidade no consumo - shopping, butique, salão, restaurante, showroom. Fonte de elã vital, o ritual da compra energiza e a posse ilumina a alma do consumidor. A compra de bens externos molda a identidade e acena com a promessa de distinção: ser notado, ser ouvido, ser tratado com simpatia, respeito e admiração pelos demais. Não o que faço, mas o que possuo - e, sobretudo, o que sonho algum dia ter - diz ao mundo quem sou. Servo impessoal no ganho, livre e soberano no gasto.

(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou menos a contragosto, para obter uma renda. (1º parágrafo)
Em relação ao trecho que a precede, a oração sublinhada expressa ideia de
Alternativas
Q2171459 Português
A lição das árvores que perdem as folhas no outono.
Cada estação traz consigo as lições de um novo ciclo da vida.
Lira Neto – 09/2021

Os dias estão mais curtos, as noites mais longas. Levanto-me cedo, para preparar o café. Ainda faz escuro lá fora. Uma neblina toma conta do terraço, o frio atravessa a vidraça perto de onde está posta a pequena mesa redonda da cozinha. A partir de agora, vai ser necessário envergar um agasalho enquanto empunho a xícara e leio os jornais. O outono chegou na Europa. Oficialmente, a mudança de estação ocorre apenas amanhã, quarta-feira, dia 22 de setembro. Mas já é possível sentir a mutação térmica, bem como testemunhar a tonalidade alaranjada dos primeiros raios de luz a inundar o horizonte, rompendo o nevoeiro da manhã. As flores do canteiro acordam cobertas de orvalho. As árvores da rua tingem-se de vermelhos, amarelos e marrons.

É minha época preferida do ano. Ao longo do dia, o céu estará límpido, a paisagem ensolarada. Mas o vento frio exigirá o uso do casaco, que esteve guardado e esquecido, por tantos meses, no fundo do armário do quarto. De hoje em diante, ele terá de ficar sempre à mão, junto ao cachecol, no cabideiro próximo à porta da entrada de casa.

Cearense que sou, gosto, sobretudo, desta combinação de sol e frio, de dias tão dourados quanto amenos. Os finais de tarde, sobretudo, reservam pequenos prazeres durante o passeio vespertino pela vizinhança. A dramaticidade típica do pôr do sol ganha contornos ainda mais expressivos, suavemente melancólicos.

Em breve, as calçadas estarão atapetadas de folhas secas e quebradiças, que estralarão sobre a sola dos sapatos ao serem pisadas. Cogumelos brotarão por entre a folhagem úmida caída ao solo. É a época, também, das grandes colheitas.

As barraquinhas das vendas e mercadinhos estarão abarrotados de castanhas, avelãs, marmelos, romãs e, meus favoritos, caquis — aqui chamados de dióspiros, nome que não faz jus ao festival de sabor, cor e textura de uma fruta assim tão extraordinária.

É necessário, porém, estar atento aos sinais da natureza, essa velha e sábia senhora que sempre gosta de pregar peças aos incautos. De súbito, o vento vira de direção, o céu escurece, redemoinhos se formam sob nossos pés.

O preço a se pagar pela imprevidência é um maldito resfriado ou uma gripe oportunista, a serem padecidos com nariz vermelho e na companhia de uma manta grossa de lã, canecas de chá e pratos de sopa quente.

Afora isso, tomados os devidos cuidados, o outono é, para nós, humanos, uma bela lição natural a respeito dos instantes de transição. Quando as árvores vão perdendo assim todas as folhas, aos poucos ficando desnudas após nos oferecerem seus melhores frutos, estão a nos enviar silencioso recado. É preciso despir-se do que já não nos serve mais, desapegar de velhas fórmulas, rancores, tabus, preconceitos. Preparar-se para os dias vindouros.

Cada estação traz consigo as lições de um novo ciclo da vida. Outono é o momento de colher e se desfrutar aquilo que se semeou na primavera. Hora de deleite e, ao mesmo tempo, de introspecção. “Tempus autumnus” — tempo do ocaso, em latim. Aparentemente mortas, com galhos nus, as árvores estão reagindo à escassez gradativa de sol, luz e calor, elementos indispensáveis à fotossíntese e ao metabolismo vegetal. Manter as folhas, nessas circunstâncias, seria imprevidência, desperdício de energia. Os nutrientes acumulados nos últimos meses as alimentarão ao longo do outono e, mais adiante, até o final do gélido inverno europeu.

É essa a mensagem que este raio alaranjado de sol me transmite ao adentrar agora pela janela do escritório. O ocaso é apenas a lenta preparação para a manhã seguinte. Sim, o outono é a véspera do friorento inverno. Mas, também, a antevéspera da primavera.

Pode parecer chavão, lugar-comum, mensagem de autoajuda barata. Mas aquela árvore ali em frente, com suas folhas mudando de verde para marrom, não cansa em apregoar o que tanto insistimos em não ouvir.

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br
Marque a alternativa que apresenta uma oração coordenada sindética. 
Alternativas
Q2171451 Português
A lição das árvores que perdem as folhas no outono.
Cada estação traz consigo as lições de um novo ciclo da vida.
Lira Neto – 09/2021

Os dias estão mais curtos, as noites mais longas. Levanto-me cedo, para preparar o café. Ainda faz escuro lá fora. Uma neblina toma conta do terraço, o frio atravessa a vidraça perto de onde está posta a pequena mesa redonda da cozinha. A partir de agora, vai ser necessário envergar um agasalho enquanto empunho a xícara e leio os jornais. O outono chegou na Europa. Oficialmente, a mudança de estação ocorre apenas amanhã, quarta-feira, dia 22 de setembro. Mas já é possível sentir a mutação térmica, bem como testemunhar a tonalidade alaranjada dos primeiros raios de luz a inundar o horizonte, rompendo o nevoeiro da manhã. As flores do canteiro acordam cobertas de orvalho. As árvores da rua tingem-se de vermelhos, amarelos e marrons.

É minha época preferida do ano. Ao longo do dia, o céu estará límpido, a paisagem ensolarada. Mas o vento frio exigirá o uso do casaco, que esteve guardado e esquecido, por tantos meses, no fundo do armário do quarto. De hoje em diante, ele terá de ficar sempre à mão, junto ao cachecol, no cabideiro próximo à porta da entrada de casa.

Cearense que sou, gosto, sobretudo, desta combinação de sol e frio, de dias tão dourados quanto amenos. Os finais de tarde, sobretudo, reservam pequenos prazeres durante o passeio vespertino pela vizinhança. A dramaticidade típica do pôr do sol ganha contornos ainda mais expressivos, suavemente melancólicos.

Em breve, as calçadas estarão atapetadas de folhas secas e quebradiças, que estralarão sobre a sola dos sapatos ao serem pisadas. Cogumelos brotarão por entre a folhagem úmida caída ao solo. É a época, também, das grandes colheitas.

As barraquinhas das vendas e mercadinhos estarão abarrotados de castanhas, avelãs, marmelos, romãs e, meus favoritos, caquis — aqui chamados de dióspiros, nome que não faz jus ao festival de sabor, cor e textura de uma fruta assim tão extraordinária.

É necessário, porém, estar atento aos sinais da natureza, essa velha e sábia senhora que sempre gosta de pregar peças aos incautos. De súbito, o vento vira de direção, o céu escurece, redemoinhos se formam sob nossos pés.

O preço a se pagar pela imprevidência é um maldito resfriado ou uma gripe oportunista, a serem padecidos com nariz vermelho e na companhia de uma manta grossa de lã, canecas de chá e pratos de sopa quente.

Afora isso, tomados os devidos cuidados, o outono é, para nós, humanos, uma bela lição natural a respeito dos instantes de transição. Quando as árvores vão perdendo assim todas as folhas, aos poucos ficando desnudas após nos oferecerem seus melhores frutos, estão a nos enviar silencioso recado. É preciso despir-se do que já não nos serve mais, desapegar de velhas fórmulas, rancores, tabus, preconceitos. Preparar-se para os dias vindouros.

Cada estação traz consigo as lições de um novo ciclo da vida. Outono é o momento de colher e se desfrutar aquilo que se semeou na primavera. Hora de deleite e, ao mesmo tempo, de introspecção. “Tempus autumnus” — tempo do ocaso, em latim. Aparentemente mortas, com galhos nus, as árvores estão reagindo à escassez gradativa de sol, luz e calor, elementos indispensáveis à fotossíntese e ao metabolismo vegetal. Manter as folhas, nessas circunstâncias, seria imprevidência, desperdício de energia. Os nutrientes acumulados nos últimos meses as alimentarão ao longo do outono e, mais adiante, até o final do gélido inverno europeu.

É essa a mensagem que este raio alaranjado de sol me transmite ao adentrar agora pela janela do escritório. O ocaso é apenas a lenta preparação para a manhã seguinte. Sim, o outono é a véspera do friorento inverno. Mas, também, a antevéspera da primavera.

Pode parecer chavão, lugar-comum, mensagem de autoajuda barata. Mas aquela árvore ali em frente, com suas folhas mudando de verde para marrom, não cansa em apregoar o que tanto insistimos em não ouvir.

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br
“Mas o vento frio exigirá o uso do casaco, que esteve guardado e esquecido [...].” (Terceiro parágrafo)
O conectivo que introduz a oração destacada tem o sentido de 
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Q2171150 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Texto 01

Viagem terapêutica: o autoconhecimento como destino

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Disponível em: https://vidasimples.com/vida-emocional. Acesso em: 14 fev. 2023. Adaptado.
Considere o trecho: “Então, se a sua rotina é corrida, o trabalho te sufoca e te falta tempo para quase tudo, não adianta depositar todas as esperanças em uma viagem se você continuar reproduzindo esse modus operandi pelos lugares onde visita.” (Linhas 9-11)
Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a organização morfossintática e semântica do trecho.
I. O termo “modus operandi” foi usado no sentido de “mesmas ações” e apresentado em itálico porque se trata de um estrangeirismo. II. O termo “se”, nos dois usos no trecho, apresenta-se como conjunção e exerce portanto, a função de elemento de coesão. III. As vírgulas usadas depois do termo “então” e depois do termo “corrida” intercalam uma oração. IV. O termo “então” insere no trecho um valor semântico de conclusão e poderia ser substituído, sem alteração de sentido, pela conjunção “portanto”. V. O pronome “te”, no trecho, exerce funções diferentes em seus dois usos, pois funciona como objeto direto do verbo “sufoca”, e objeto indireto do verbo “falta”.
Estão CORRETAS as afirmativas 
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Q2170996 Português

Considere a crônica “Vende a casa”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.




(ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020) 

O termo sublinhado em Não usa mais sair defunto de casa, mas bem que a casa gostaria se, depois de me abrigar tanto tempo, pudesse me expor na sala, prestando mais um serviço (5º parágrafo) pertence à mesma classe gramatical do termo sublinhado em:
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Q2170949 Português
Leia o trecho a seguir.
“O mundo tem buscado soluções sustentáveis para substituir o uso de combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, nos automóveis. Entretanto, a substituição de motores a combustão por veículos elétricos somente faz sentido se a energia utilizada para abastecer estes veículos vier de fontes renováveis. Montadoras e pesquisadores têm buscado alternativas e uma solução sustentável e promissora: uma célula a combustível que usa etanol como combustível para carros elétricos. [...]”
JACINTHO, Helen. Etanol como combustível para carros elétricos? Forbes Brasil, 31 de março de 2023. Colunas. Disponível em: https://forbes.com.br/ forbesagro/2023/03/etanol-como-combustivel-para-carros-eletricos/. Acesso em: 01 abr. 2023.
Para que não haja alteração de sentido do texto, qual das expressões a seguir NÃO pode substituir a palavra grifada?
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Q2170447 Português
Inclusão: com quase 60 anos, atração da Disneylândia ganha personagens cadeirantes pela primeira vez.


        Na Disneylândia, o primeiro parque da Disney, que fica na Califórnia (EUA), as celebrações natalinas começaram e uma de suas principais atrações, “It’s a Small World”, ganhou dois novos personagens em cadeiras de rodas. É a primeira vez em 67 anos de história do parque que personagens em cadeiras de rodas aparecem na atração. A iniciativa faz parte de ações da companhia para ampliar a inclusão e a representação da diversidade em seus brinquedos.

        Os dois novos integrantes estão entre os cerca de 300 bonecos fantasiados que representam crianças de diversas nações cantando. Na verdade, ambos apareciam na atração de pé anteriormente. Agora, um deles está na ________ latino-americana enquanto o outro surge na ________ final.

        Ambos devem se tornar fixos na atração. As versões do brinquedo nos parques da Disney em Orlando, na Flórida, e em Paris também vão receber personagens cadeirantes no próximo ano.

        “A Disney claramente vê o benefício de atrair um público maior ao se tornar mais inclusiva. Precisamos ver mais disso na cultura, nos parques temáticos e no entretenimento como um todo se quisermos ser representantes do maior grupo minoritário do mundo”, afirma Jillian Houghton, CEO da Disability: IN, organização sem fins lucrativos que luta por uma maior inclusão de pessoas com deficiência na sociedade.

        “Esse ___________ é parte dos nossos esforços de olhar para o nosso resort com uma lupa para que possamos encontrar oportunidades de aumentar nossa inclusão”, confirma Kim Irvine, da Walt Disney Imagineering.

        Criada para a Feira Mundial de Nova York de 1964- 1965, “It’s a Small World” fez grande sucesso e foi levada para parque da Califórnia em 1966 e atualmente está presente também nos parques de Orlando, Tóquio, Paris e Hong Kong.

(Fonte: Hypeness - adaptado.)
A palavra “que” classifica-se como conjunção subordinativa na alternativa:
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Q2169995 Português
O problema e sua definição

       Todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem. Compreende-se perfeitamente que o caráter e as formas desse uso sejam tão multiformes quanto os campos da atividade humana, o que, é claro, não contradiz a unidade nacional de uma língua. O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem as condições específicas e as finalidades de cada referido campo não só por seu conteúdo (temático) e pelo estilo da linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais da língua mas, acima de tudo, por sua construção composicional. Todos esses três elementos – o conteúdo temático, o estilo e a construção composicional – estão indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente determinados pela especificidade de um determinado campo da comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais denominamos gêneros do discurso.
        A riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque são inesgotáveis as possibilidades da multiforme atividade humana e porque em cada campo dessa atividade é integral o repertório de gênero do discurso, que cresce e se diferencia à medida que se desenvolve e se complexifica um determinado campo. Cabe salientar em especial a extrema heterogeneidade dos gêneros do discurso (orais e escritos), nos quais devemos incluir as breves réplicas do diálogo do cotidiano (saliente-se que a diversidade das modalidades de diálogo do cotidiano é extraordinariamente grande em função do seu tema, da situação e da composição dos participantes), o relato do dia a dia, a carta (em todas as suas diversas formas), o comando militar lacônico padronizado, a ordem desdobrada e detalhada, o repertório bastante vário (padronizado na maioria dos casos) dos documentos oficiais e o diversificado universo das manifestações publicísticas (no amplo sentido do termo: sociais, políticas): mas aí também devemos incluir as variadas formas das manifestações científicas e todos os gêneros literários (do provérbio ao romance de muitos volumes). [...]

BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: –––. Estética da criação verbal, 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011
Os estudos voltados à coesão textual estão inseridos no contexto da Linguística do texto. No caso da coesão sequencial, acontece a partir do encadeamento dos conectores coesivos, estabelecendo relações lógico-semânticas. No trecho “Evidentemente, cada enunciado particular é individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais denominamos gêneros do discurso.”, a conjunção em destaque estabelece, com a oração anterior, uma relação de:
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Respostas
441: B
442: A
443: B
444: C
445: A
446: B
447: D
448: C
449: D
450: A
451: A
452: D
453: D
454: A
455: A
456: E
457: B
458: E
459: A
460: A