Questões de Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas para Concurso

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Q505392 Português
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Franklin Leopoldo e Silva. Internet: (com adaptações).

Julgue o próximo item, no que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto acima.

Nas linhas 8 e 9, as vírgulas são utilizadas para separar oração de natureza explicativa — “que já era comprovada no ensino básico”.
Alternativas
Q504540 Português
                                          Amores imperfeitos
                A pessoa que você mais gosta é cheia de defeitos?
                                         Existe uma explicação


                                                                                                                        Cristiane Segatto

1.§ Quantos dos seus amigos descrevem o parceiro (ou parceira) de uma forma estranhamente dúbia? A pessoa é o amor da vida dele e, ao mesmo, o ser que mais o incomoda. É uma reclamação tão corriqueira que começo a achar que estranha é a minoria que parece satisfeita com o que tem em casa.

2.§ Tolerar os defeitos do companheiro e entender que, ao firmar uma parceria, compramos um pacote completo (com tudo o que há de agradável e desagradável) parece, cada vez mais, uma esquisita característica de uma subespécie em extinção.

3.§ O grupo majoritário parece ser o dos apaixonados intolerantes.

4.§ Há quem se dedique a tentar entendê-los. Li nesta semana uma reportagem interessante sobre isso. Foi publicada na revista Scientific American Mind. É baseada no livro Annoying: The Science of What Bugs Us (algo como Irritante: a ciência do que nos incomoda), dos jornalistas Joe Palca e Flora Lichtman.

5.§ Uma das pesquisadoras citadas é a socióloga Diane Felmlee, da Universidade da Califórnia. Ela conta a história de uma amiga que vivia reclamando que o marido trabalhava demais. Diane pediu que a mulher se lembrasse das qualidades que enxergava nele quando o conheceu na universidade. A resposta foi sensacional: “A primeira coisa que chamou minha atenção foi o fato de que ele era incrivelmente trabalhador. Logo percebi que se tornaria um dos melhores alunos da classe"

6.§ Não é curioso? Por alguma razão, uma característica que é vista como uma qualidade no início do relacionamento se torna, com o passar do tempo, um defeito. Exemplos disso estão por toda parte. No início do namoro, o cara parece muito atraente porque é desencanado, tranquilão. Não perde a chance de passar o dia de bermuda e chinelo, ouvindo música e bebendo com a namorada e os amigos. Quatro anos depois passa a ser visto pela amada como um sujeito preguiçoso, acomodado, que não tem objetivos claros na vida e veio ao mundo a passeio.

7.§ Em outra ocasião, a socióloga Diane perguntou a um garoto por que ele gostava da última namorada. A resposta foi uma lista de várias partes do corpo da moça - incluindo as mais íntimas. Quando a professora perguntou por que o relacionamento havia acabado, a justificativa foi: “Era uma relação baseada somente no desejo. Não havia amor suficiente."

8.§ Uma aluna disse que se sentiu atraída pelo ex porque ele tinha um incrível senso de humor. Algum tempo depois, passou a reclamar que “ele não levava nada a sério". Nesse caso, também, o que era qualidade virou defeito. Deve haver alguma explicação para isso. Nas últimas décadas, Diane vem realizando estudos com casais para tentar entender o fenômeno que ela chama de atrações fatais.

9.§ Ela observou que quanto mais acentuada é a qualidade reconhecida pelo parceiro no início da relação, mais incômoda ela se torna ao longo dos anos. Até virar um traço insuportável.

10.§ Diane acredita que a explicação está relacionada à teoria da troca social. Essa teoria parte do pressuposto de que as relações humanas são baseadas na escolha racional e na análise de custo-benefício. Se os custos de um dos parceiros superam seus benefícios, a outra parte pode vir a abandonar a relação, especialmente se houver boas alternativas disponíveis. “Traços extremos trazem recompensas, mas também têm custos associados a eles, principalmente numa relação".

11.§ Um exemplo é a independência. Ela pode ser muito valorizada numa relação. Um marido independente é capaz de cuidar de si próprio. Mas se ele for independente demais, pode significar que não precisa da mulher. Isso acarreta custos para a relação.

12.§ A receita para evitar que as relações naufraguem é a boa e (cada vez mais) escassa tolerância. É preciso aprender a relativizar os hábitos irritantes para continuar convivendo com uma pessoa que tem muitas outras qualidades.

13.§ Ninguém é totalmente desprovido de qualidades e defeitos. Temos os nossos, aprendemos com eles e com os deles. Além de tolerância, precisamos exercitar a capacidade de apoiar o parceiro quando as coisas vão mal e de celebrar quando ele tem alguma razão para isso. Inventar programas novos e interessantes (zelar para que isso aconteça com frequência) pode realçar as qualidades de quem você gosta e amenizar as características e manias irritantes. Irritante por irritante somos todos. Mas também podemos ser incrivelmente interessantes.

                                               Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/ cristiane-                                                               segatto/noticia/2012/01/amores-imperfeitos.html em 01/12/2012

Em “A primeira coisa que chamou minha atenção foi o fato de que ele era incrivelmente trabalhador...”, a oração destacada
Alternativas
Q504025 Português
Para responder a questão, leia o texto abaixo.

                  Apenas Sudeste cumpre a meta de 2,5 médicos por  mil habitantes

      Um problema que o governo tenta resolver com o programa Mais Médicos está detalhado em números na Síntese de Indicadores Sociais, estudo divulgado pelo IBGE,  com base em informações do Conselho Federal de Medicina.
      A relação médicos/habitantes no País está aquém do recomendado pelo Ministério da Saúde. Em 2011, havia 1,95  médicos para cada mil habitantes, quando o recomendado  pelo ministério é 2,5 médicos por mil habitantes.
      Somente no Sudeste essa meta é atingida, com 2,61  médicos por mil habitantes. A região Norte tem a pior  relação médico/habitante, com apenas 0,98. O estudo mostra concentração de profissionais nas grandes cidades. Nas capitais, há 4,2 médicos para cada mil habitantes. O Maranhão tem a menor relação médicos/habitantes do País:  apenas 0,68 médico para cada mil habitantes. A melhor
relação está no Distrito Federal: 4,02 médicos por mil  habitantes.
      Outra carência revelada pelos indicadores sociais é de leitos hospitalares, embora os dados só cheguem até  2009. O País tinha 2,3 leitos em estabelecimentos de saúde  para cada mil habitantes em 2009. É um número que vem  caindo ano a ano: em 1999, eram três leitos por mil  habitantes.

                                                                                                                             (www. estodao. com.br)
Observe o trecho abaixo.

"Um problema que o governo tenta resolver com o programa Mais Médicos está detalhado em números na Síntese de Indicadores Sociais, estudo divulgado pelo IBGE, com base em informações do Conselho Federal de Medicina."

Qual é a classificação da oração em destaque?
Alternativas
Q501849 Português
INSTRUÇÃO: Este texto foi publicado na revista Carta Capital e se refere à questão.

                                                                                                                     Vidas Secas

    (1§) “Cabeça vazia é a oficina do diabo”, dizia a minha vó e a vó de todos os meus amigos de infância. Ter tempo demais, sem exatamente ter o que fazer, é a mola propulsora para as crianças pintarem as paredes com pasta de dente, plantarem ovos no quintal ou roubarem os cigarros do pai.
    (2§) Quando adultos, a lei e a ordem nos impedem de tapear o tempo com os velhos recursos infantis, e por isso preferimos tapeá-lo jurando não termos tempo para nada – ao menos para começar as tarefas adiadas desde a adolescência, como começar a ler Em Busca do Tempo Perdido.
    (3§) Mas a verdade é que temos tempo de sobra. Temos tempo demais. Por isso estamos sempre conectados e em busca de listas salvadoras sobre as dez coisas que não podemos morrer sem fazer, conhecer, ouvir, lembrar ou esquecer.
    (4§) Tempos atrás, perdíamos o sono e nos deparávamos à noite com nosso maior inimigo: o silêncio. Nada contra o silêncio, mas é ele, e nada mais, o maior delator de nosso fantasma mais primitivo: a consciência de que temos tempo de sombra, temos tempo demais, e não sabemos o que fazer com ele quando é noite, estão todos dormindo e as ruas, imersas em silêncio. Diante da noite, não há meio-termo entre matar ou morrer. Antigamente assaltávamos a geladeira. Ou ligávamos a TV para assistir ao Corujão. Ou escrevíamos cartas a amantes ou desafetos num impulso de empolgação que se desmancharia nas primeiras luzes do dia e da razão.
    (5§) Hoje vamos à internet. Ali, encontramos uma legião de insones armados com facões e outros objetos pontiagudos para matar, estraçalhar, estripar o tempo de sobra. O tempo, delatado pelo silêncio, é nosso maior delator: não temos nada de bom para pensar. Por isso a paz não nos interessa. Ela nos leva ao silêncio, que nos leva a nós mesmos, e esse encontro é não só indesejado: é insuportável.
    (6§) No livro Vidas Secas, Graciliano Ramos descreve uma cena em que Fabiano, o sertanejo do romance, perde uma aposta para o Soldado Amarelo. Quando percebe, está só, sentado na sarjeta, falido, bêbado e sem argumento para explicar em casa que o dinheiro para os mantimentos fora gasto em finalidades menos nobres. É a chegada ao inferno sem escaladas: em silêncio, Fabiano busca um resquício de bom pensamento para se acalmar. Em vão, conclui: a vida seria mais suportável se houvesse ao menos uma boa lembrança. Ele não tinha. Sua vida era seca. Infrutífera. Vulnerável. Como ele.
    (7§) Em tempos de secura do ar, de reservatórios, de ideias ou desculpas convincentes sobre nossas faltas, eu deveria voltar a Graciliano Ramos, mas confesso que ando ocupado demais matando o tempo que juro não ter. Todos os meus objetos pontiagudos estão empenhados a matar o tempo na internet, mais especificamente no Facebook, espécie de redutor do muro que antes separava o que sentíamos e o que pronunciávamos.
    (8§) Com ele, não faz o menor sentido ter uma ideia e não dividi-la. Não compartilhá-la. Não lançá-la para ser curtida. As ideias trancafiadas nos pesam: elas nos levam ao silêncio e às desconfianças, entre elas a de que não são originais, não valem ser ditas, não valem a atenção, não valem uma nota, não valem um post. Tarde demais: quando pensamos em dizer, já dissemos. Em conjunto, essa produção industrial de bobagens e reduções explícitas da realidade replicadas na rede nos dão a sensação de preenchimento. De tempo encurtado. De tempo útil. De vida bem vivida.
    (9§) Vai ver é por isso que, em um estudo recente publicado na revista Science, as pessoas diziam preferir causar dor a si mesmas do que passar 15 minutos em um quarto sem nada para fazer além de pensar. No experimento, os cientistas das Universidades da Virgínia e de Harvard confinaram cerca de 200 pessoas em um quarto sem celular nem material para ler ou escrever e concluiu: mais de 57% das pessoas acharam difícil se concentrar; 80% disseram que seus pensamentos vagaram; metade achou a experiência desagradável e relataram ojeriza a essa prática. E, o mais estarrecedor: dois terços, sem ter o que fazer diante do silêncio, resolveram se entreter dando choques em si mesmos – um deles estraçalhou o próprio tédio com 190 choques. Nada poderia ser mais revelador dos nossos dias.
    (10§) Pois ontem passei uma hora e quarenta minutos parado num ponto de ônibus à espera de um ônibus que não veio. Passaria uma hora e quarenta minutos me autoimolando se não fosse meu celular, que tanto relutei a conectar à internet. Foram quase cem minutos contatando meio mundo que me desse uma palha de conversa, em aplicativos de mensagem instantânea, sobre a vida, sobre a seca, sobre o tempo que nos resta e não concede tempo para nada, nem para ler os livros e as revistas que apodreciam em conjunto na minha mochila.
    (11§) Se quer saber a dimensão do tempo, fique um minuto em silêncio, diziam os sábios, que talvez não suportassem passar 15 minutos sem conferir as últimas mensagens no celular a apitar nos bolsos das melhores famílias. Os meus vibram e apitam mesmo quando estão vazios. Sintomas da abstinência, manifestada toda vez que coloco o celular para carregar e me lembro de que nossas vidas pedem barulho e transbordamento o tempo todo. Elas estão secas demais para suportar 15 minutos de silêncio.

(www.cartacapital.com.br/cultura/vidas-secas-1-7824.html. Acesso: 10/08/2014.Adaptado.)

Esta tabela foi dividida em duas colunas. Na primeira, há trechos retirados do texto, do qual está sublinhada uma oração. Na segunda, há a classificação dessas orações. Analise esses dados.

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Está CORRETA apenas a classificação das orações apresentadas nos trechos
Alternativas
Q501592 Português
Com enchente, 228 t de lixo são tiradas de igarapés do AM

(1§) A enchente do rio Negro, que banha Manaus, tem mostrado um lado preocupante dos problemas que a capital amazonense enfrenta. A quantidade de lixo que está sendo retirada dos igarapés que cortam a cidade chega a uma média diária de 25 t, segundo cálculos da Secretaria Municipal de Limpeza Pública. Nos últimos oito dias, a prefeitura já retirou 228 t de lixo de dentro de igarapés. O trabalho faz parte do SOS Enchente, um conjunto de medidas lançadas na última semana com o objetivo de diminuir os impactos das cheias na população. A limpeza dos igarapés é feita porque o lixo invade as centenas de casas, junto com a água que sobe após as chuvas.

(2§) Todos os dias, 300 garis se reúnem em um determinado trecho de igarapé e retiram toneladas de lixo, principalmente garrafas de plástico. Também pode ser encontrado objetos inusitados como sofás, geladeiras e até máquinas de lavar dentro da água.

(3§) Boa parte do que é retirado vai para o trabalho de reciclagem, coordenado pela Semulsp, em parceria com cooperativas particulares e comunitárias. O que não é aproveitado vai para o aterro controlado da cidade.

(4§) O batalhão de garis tem, muitas vezes, de entrar na água suja para retirar o que está na superfície e também no fundo. Para executar a operação de limpeza desses canais, os garis estão usando também três balsas, três barcos empurradores, 10 botes de alumínio com motor de popa, duas pás carregadeiras, duas retroescavadeiras hidráulicas, 10 caminhões caçamba, quatro caminhões baú e quatro ônibus para transporte de pessoal.

(5§) Para tentar mudar a situação, cerca de 80 educadores ambientais da prefeitura percorrem as áreas de residências próximas das margens dos igarapés. Eles orientam os moradores a não jogarem lixo diretamente nos canais e a condicionarem os resíduos para serem colocados nos pontos por onde passa a coleta. Mas esta prática não tem garantido que os igarapés de Manaus, que é cortada por três grandes bacias fluviais e que deságuam no rio Negro, não virem depósitos de lixo.

(http://goo.gl/eqLlF. Acesso: 18/05/2012. Adaptado.)

Em qual das passagens do texto, apresentadas nas alternativas seguintes, o trecho destacado tem função de adjetivo?
Alternativas
Respostas
926: C
927: D
928: D
929: B
930: A