Questões de Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas para Concurso

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Q498813 Português
                         Após a leitura do texto, responda às questões propostas.

1 Começam a pipocar alguns debates sobre as consequências de se passar tanto tempo conectado à internet. Já se fala em “saturação social", inspirado pelo recente depoimento de um jornalista do The New York Times que afirmou que sua produtividade no trabalho estava caindo por causa do tempo consumido por facebook, twitter e agregados, e que se vê hoje diante da escolha entre cortar seus passeios de bicicleta ou “alguns desses hábitos digitais que estão me comendo vivo".
2 Antropofagia virtual. O Brasil, pra variar, está atrasado (aqui, dois terços dos usuários ainda atualizam seus perfis semanalmente), pois no resto do mundo já começa a ser articulado um movimento de desaceleração dessa tara por conexão: hotéis europeus prometem quartos sem wi-fi como garantia de férias tranquilas, empresas americanas desenvolvem programas de softwares que restringem o acesso à web, e na Ásia crescem os centros de recuperação de viciados em internet. Tudo isso por uma simples razão: existir é uma coisa, viver é outra.
3 Penso, logo existo. Descartes teria que reavaliar esse seu cogito, ergo sum, pois as pessoas trocaram o verbo pensar por postar. Posto, logo existo.
4 Tão preocupadas em existir para os outros, as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo, ou seja, namorando, indo à praia, trabalhando, viajando, lendo, estudando, cercados não por milhares de seguidores, mas por umas poucas dezenas de amigos. Isso não pode ter se tornado tão obsoleto.
5 Claro que muitos usam as redes sociais como uma forma de aproximação, de resgate e de compartilhamento – numa boa. Se a pessoa está no controle do seu tempo e não troca o virtual pelo real, está fazendo bom uso da ferramenta. Mas não tem sido a regra. Adolescentes deixam de ir a um parque para ficarem trancafiados em seus quartos, numa solidão disfarçada de socialização. Isso acontece dentro da minha casa também, com minhas filhas, e não adianta me descabelar, elas são fruto da sua época, os amigos se comunicam assim, e nem batendo com um gato morto na cabeça delas para fazê-las entender que a vida está lá fora. (…) 
6 O grau de envolvimento delas com a internet ainda é mediano e controlado, mas tem sido agudo entre muitos jovens sem noção, que se deixam fotografar portando armas, fazendo sexo, mostrando o resultado de suas pichações, num exibicionismo triste, pobre, desvirtuado. São garotos e garotas que não se sentem com a existência comprovada, e para isso se valem de bizarrices na esperança de deixarem de ser “ninguém" para se tornarem “alguém", mesmo que alguém medíocre.
7 Casos avulsos, extremos, mas estão aí, ao nosso redor. Gente que não percebe a diferença entre existir e viver. Não entendem que é preferível viver, mesmo que discretamente, do que existir de mentirinha para 17.870 que não estão nem aí.


                                                           (MEDEIROS, Martha. “Posto, logo existo". O Globo: 25/03/2012.)


Dentre as propostas de reescrita da oração adjetiva de: “as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo” (§ 4), aquela que nossa tradição gramatical entende como inaceitável é:
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Q495740 Português

                           São Silvestre chega a 89ª  edição com recorde de participantes 

                       Em 88 anos, desde 1925, número de atletas saltou de 146 para 27,5 mil


          Quase nove décadas e 88 edições transformaram a tradicional corrida de São Silvestre em um  megaevento capaz de reunir 27,5 mil pessoas de 41 países nas ruas de São Paulo. No dia 31 de dezembro de 1925, após o jornalista Cásper Libero se inspirar em um  evento realizado em Paris, deu-se o pontapé  inicial para a histórica prova de atletismo da capital paulista. 
           Na primeira edição, apenas 146 atletas paulistanos participaram do evento. No total, 60 percorreram todos os 6,2 mil metros entre a Avenida Paulista e a Ponte Pequena (atual estação Armênia do metrô). Alfredo Gomes, do Clube Espéria, cruzou a linha de chegada  às 0h23 do dia 1° de janeiro de 1926 em primeiro lugar, com o tempo de 23ml0s. Segundo o regulamento da  época, somente os primeiros 25 atletas receberam medalhas. 
           A prova, que era restrita aos paulistas nos primeiros 16 anos, teve o mineiro José Tibúrcio dos Santos como vencedor em 1941. Na ocasião, o percurso já havia mudado, chegando a sete mil metros entre a esquina da Avenida Paulista com a avenida Angélica e o Clube de Ragatas Tietê (próximo à atual ponte das Bandeiras). A 17ª corrida de São Silvestre já contava com 1.289 atletas. 

INTERNACIONAL

           A primeira edição internacional ocorreu em 1945, com a presença de convidados sul-americanos. 0 brasileiro Sebastião Alves Monteiro travou uma dura batalha com o uruguaio Oscar Moreira e venceu a prova em 21m54s. 0 local da chegada era o mesmo de 1941. A largada, por sua vez, ocorreu em frente ao Estádio do Pacaembu. Após  o bicampeonato de Sebastião Alves, no ano seguinte, o Brasil viveu um longo jejum de vitórias. Coube a José João da Silva, em 1980, colocar ponto final à estiagem.
           No hiato, o belga Gaston Roelants sagrou-se tetracampeão em 1964, 1965, 1967 e 1968. Já o argentino Osvaldo Suarez cruzou a linha de chegada em primeiro lugar três anos seguidos, entre 1958 e 1960. Mais cinco atletas conquistaram mais de dois titulos: o colombiano Victor Mora (1972, 1973, 1975 e 1981), o equatoriano Rolando Vera (de 1986 a 1989), o brasileiro Marílson Gomes dos Santos (2003, 2005 e 2010), além dos quenianos Robert Cheruiyot (2002, 2004 e 2007) e Paul Tergat (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000). 
           Os atletas do Quênia, inclusive, dominam a prova  desde a vitória de Simon Chemwoyo, em 1992. Desde então,  o país africano conquistou 13 vitórias em 21 edições. Já o Brasil venceu seis: Ronaldo da Costa (1994), Émerson Iser Bern (1997), Franck Caldeira (2006), além do tricampeonato  de Marílson dos Santos. No total, o País tem 11 conquistas - João da Mata de Ataíde cruzou em primeiro em 1983 - e     está a duas vitórias dos quenianos.

MULHERES


             As mulheres passaram a disputar a prova em 1975. Como ocorre na prova masculina, as quenianas têm  a  supremacia, com dez conquistas. Portugal e Brasil vêm em  seguida, com sete e cinco vitórias, respectivamente. A  portuguesa Rosa Mota é  a maior vencedora, com seis títulos  seguidos entre 1981 e 1986. A mexicana Maria Del Carmen  Diaz venceu em 1989, 1990 e 1992. O Brasil chegou em  primeiro lugar com Carmem Oliveira (1995), Roseli Machado  (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete Rezende  (2002) e Lucélia Peres (2006).
             A 89ª  edição do megaevento paulistano terá  início  às 8h40. A corrida noturna ocorreu de 1925 a 1988. Depois, veio o período em que a prova era disputada no período da  tarde. A largada ocorre nas primeiras horas do dia 31 desde  o ano passado.
                                                                                                                       (www. estadao. com.br)















Observe:

A prova, que era restrita aos paulistas nos primeiros 16 anos, teve o mineiro José Tibúrcio dos Santos como vencedor em 1941.

Aparece, em destaque no trecho, uma oração. Como ela se classifica?
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Q492926 Português
                        Chove Chuva

            Água, água e mais água. É tudo o que eu tenho a oferecer. Escrevero maior número de vezes a palavra mágica, na certeza de que águas passadas não movem moinhos, mas podem, de tanto serem sugeridas, sensibilizar os céus e fazer com que elas desabem sobre nós. E que depois se faga o arco-íris. Que depois apareça, toda de branco, toda molhada e despenteada, que maravilha!, a coisa linda que é o meu amor,
            Eu gostaria de repetir a dança da chuva, a coreografia provocativa dos Cheyennes, tantas vezes vista nos filmes. Falta-me o requebro. Temo também que o ridículo da cena faça o feitiço ir água abaixo. Eu gostaria de subir aos ares, como urn Santos Dumont tardio, bombardear as nuvens com cloreto de sódio. Se não desse certo, pelo menos chegaria perto do ouvido de São Pedro e, com piadas do tipo “afogar o ganso” e “molhar o biscoito” , faria com que o santo relaxasse e abrisse as torneiras.
            De nada disso, no entanto, sou capaz. Fico aqui, no limite do meu oceano, jacaré no seco anda, escrevendo e evocando as águas que passaram pela ponte da memória. Lembro, vizinha à minha casa, na Vila da Penha dos rios transbordantes, a compositora Zilda do Zé, de “As águas vão rolar” . A sua força ancestral, grande sambista, eu evoco agora, mesmo sabendo que a letra da música se refere à água que passarinho não bebe.
            Todas as águas devem ser provocadas nesta imensa onda de pensamento positivo, e eu agora molho reverente os pés do balcão com o primeiro gole para o santo. Finjo-me pau d’água e sigo em frente. Nem ai para os incréus, nem ai para os que zombam da fé, esses insensatos. A todos peço que leiam na minha camisa e não desistam:" Água mole em pedra dura tanto bate até que fura".
            [...]
            O sonho acabou há tempo, e la se foi John Lennon morto. Agora chegou a nostalgia da água, de torcer pelo volume morto e sentir saudade de ver urn arco-íris emoldurando o Pão de Açúcar depois da pancada de verão. Como explicar a uma criança que sol é chuva e casamento de viúva? Como explicar a deliciosa aflição de dormir se perguntando “será que vai dar praia?” , se agora todo dia é dia de sol?
            A propósito, eu li o grande poeta sentado no banco da praia e sei que a sede é infinita, que na nossa secura de amar é preciso buscar a água implicita, o beijo tacito - mas acho que e poesia demais para uma hora dessas. Urge, como queria Benjor, que chova chuva. Canivetes. Gatos e cachorros. Se Joseph Conrad traduziu a guerra com “o horror, o horror, o horror” , chegou a vez de resumir o nosso tempo com “a seca, a seca, a seca” - e bater os tambores na direção contraria. Saúdo para que se faça nuvem, e a todos cubra com o seu divino manto liquido, a saudosa Maria, a santa carioca que a incomparável Marlene viu subindo o morro com a lata d'água na cabeça.
            2015 promete serterrível, mas há quern ache bom negócio refletir sobre os valores básicos da sobrevivência, o que o homem está fazendo com o meio ambiente. Vai ser o ano de valorizar como bem de consumo insuperável não o Chanel n° 5, mas o cheiro da terra molhada depois do toró de fim de tarde. Que assim seja. Que se cumpra a felicidade de ouvirTom Jobim ao piano, tecla portecla, gota a gota, celebrando a cena real de, lá fora, estar chovendo na roseira.
            Ah, quern me dera ligar o rádio e escutar o formidável português ruim da edição extraordinária. Aumentar o som para deixar o locutor gritar - os clichês boiando molhadinhos pelo tesão da notícia - que chove a cântaros em todos os quadrantes da Cidade Maravilhosa.

                                                                              (SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Chove chuva. In: O Globo, 26/01/2015.)


Considerando a passagem em destaque em “Fico aqui, no limite do meu oceano, jacaré no seco anda, escrevendo e evocando AS ÁGUAS QUE PASSARAM PELA PONTE DA MEMÓRIA.” , é correto dizer que há nela:
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Q492463 Português

Eleições no Brasil

   As eleições no Brasil são realizadas através do voto direto, secreto e obrigatório. A primeira eleição da qual existem registros no Brasil, ocorreu em 1532, por meio da qual foi escolhido o representante do Conselho da Vila de São Vicente.

   Atualmente no Brasil ocorrem eleições a cada dois anos, sempre nos anos pares. À exceção do cargo de senador, que tem mandatos com duração de oito anos, os demais cargos eletivos têm mandatos de quatro anos. Como as eleições ocorrem a cada dois anos, os cargos eletivos são disputados em dois grupos, da seguinte forma: eleições federais e estaduais – para os cargos de: Presidente da República (e vice), Senador, Deputado Federal, Governador (e vice) e Deputado Estadual; eleições municipais – para os cargos de Prefeito (e vice) e Vereadores.

   As eleições ocorrem no primeiro domingo de outubro. Os cargos correspondentes ao Poder Legislativo (Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores) são disputados em turno único. Para os cargos do Poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos), pode haver segundo turno, a ser realizado no último domingo de outubro.

   Os candidatos a qualquer cargo são filiados a algum dos mais de 30 partidos políticos legalizados existentes no país, cada um com uma ideologia política. Todos os partidos recebem recursos do fundo partidário, acesso aos meios de comunicação (rádio e TV), e direito ao horário eleitoral durante as campanhas.

   O processo eleitoral é organizado pela Justiça Eleitoral, que é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja sede é em Brasília, pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), sendo um em cada estado, território ou Distrito, pelos Juízes Eleitorais e pelas Juntas Eleitorais. Todos estes órgãos são regidos pelo Código Eleitoral, que estabelece as competências de cada órgão/segmento.

   Segundo a Constituição Federal, em seu artigo 14, o voto é facultativo para os analfabetos, aos maiores de 70 anos e para os maiores de 16 anos e menores de 18 anos. É obrigatório para os cidadãos entre 18 e 70 anos, sendo necessário justificar a ausência em qualquer seção eleitoral, no dia da eleição, sob pena de multa.

   Desde 2000, com o uso das urnas eletrônicas, as eleições brasileiras passaram a ser totalmente informatizadas, o que permite que atualmente sejam consideradas as eleições mais rápidas e atualizadas do mundo.

(Disponível em: http://www.infoescola.com/direito/eleicoes‐no‐brasil/. Acesso em: 10/03/2015.)

Em “À exceção do cargo de senador, que tem mandatos com duração de oito anos, os demais cargos eletivos têm mandatos de quatro anos.” (2º§), é correto afirmar que, sintaticamente, o referido período é composto por oração subordinada
Alternativas
Q492213 Português
Considere as seguintes afirmações

I No período “Estava dirigindo quando o sinal fechou." (linhas 41/42) há uma oração subordinada substântiva temporal.

II A oração “...que ganhava um milhão de reais por mës...” (linha 2) 6 subordinada adjetiva restritiva.

III. A oração “...se deixar de ser preconceituoso com os ricos-ricos..” (linhas 61/62) e subordinada adverbial concessiva.

Assinale a sequência correta.
Alternativas
Respostas
936: B
937: D
938: B
939: B
940: E