Questões de Português - Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional... para Concurso
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A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A2-II, julgue o item que se segue.
A oração “de modo a poderem ser refutadas” (quarto período
do primeiro parágrafo) expressa circunstância de finalidade.
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao
longo do texto estão citados na questão.
(Disponível em: https://climainfo.org.br/2022/11/22 – texto especialmente adaptado para esta prova).
Com relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.
A oração “que podem chegar a altos graus de gravidade
após a fase aguda da doença” (linhas de 3 a 5) tem
sentido explicativo e liga-se por coordenação à oração
anterior.
Texto
Chimpanzés usam insetos para tratar feridas, mostra novo estudo
Os chimpanzés criam e usam ferramentas, como já sabemos. Mas é possível que eles também usem medicamentos para tratar seus ferimentos? Um novo estudo sugere que sim.
Desde 2005, pesquisadores vêm estudando uma comunidade de aproximadamente 45 chimpanzés no Parque Nacional Loango, no Gabão, na costa oeste da África. Em um período de 15 meses, de novembro de 2019 a fevereiro de 2021, os pesquisadores notaram 76 feridas abertas em 22 chimpanzés. Em 19 casos eles viram um deles realizar o que parecia um autotratamento da ferida, usando um inseto como remédio. Em alguns casos, um chimpanzé parecia tratar outro. Os cientistas publicaram suas observações na revista Current Biology na segunda-feira (7).
O procedimento era semelhante em todas as ocasiões. Primeiro, os chimpanzés pegavam um inseto voador; depois o imobilizavam, apertando-o entre os lábios. Aí colocavam o inseto sobre a ferida, movendo-o em círculo com as pontas dos dedos. Finalmente, retiravam o inseto, usando a boca ou os dedos. Com frequência eles colocavam o inseto na ferida e o retiravam diversas vezes.
Os pesquisadores não sabem que inseto os chimpanzés usavam, ou exatamente como ele pode ajudar a curar um ferimento. Sabem que eram pequenos insetos voadores de cor escura. Não há evidência de que os chimpanzés comam os insetos – eles com certeza os espremem entre os lábios e os aplicam sobre os ferimentos.
Há outros relatos de automedicação em animais, incluindo cães e gatos que comem capim ou plantas, provavelmente para fazê-los vomitar, e ursos e veados que consomem plantas medicinais, aparentemente para se automedicar. Orangotangos foram vistos aplicando material para aliviar lesões musculares. Mas os pesquisadores não sabem de relatos anteriores de mamíferos não humanos usarem insetos para fins medicinais.
Em três casos, os pesquisadores viram os chimpanzés usarem a técnica em outro chimpanzé. Em um deles, uma fêmea adulta chamada Carol cuidou de um ferimento na perna de um macho adulto, Littlegrey. Ela pegou um inseto e o deu a Littlegrey, que o colocou entre os lábios e o aplicou na ferida. Mais tarde, Carol e outro macho adulto foram vistos esfregando o inseto em torno da ferida de Littlegrey. Outro macho adulto se aproximou, retirou o inseto da ferida, colocou-o entre seus lábios e depois o reaplicou na perna de Littlegrey.
Um chimpanzé macho adulto chamado Freddy era um grande entusiasta da medicina com insetos, tratando-se diversas vezes de ferimentos na cabeça, nos braços, região dorsal, o pulso esquerdo e o pênis. Um dia, os pesquisadores o viram tratar-se duas vezes do mesmo ferimento no braço. Os pesquisadores não sabem como Freddy se feriu, mas alguns casos provavelmente envolviam brigas com outros machos.
Alguns animais cooperam com outros de maneiras semelhantes, segundo Simone Pika, diretora do laboratório de cognição animal na Universidade de Osnabruck, na Alemanha, que é um dos autores do estudo. “Mas não sabemos de qualquer outro caso em mamíferos”, disse ela. “Pode ser um comportamento adquirido que só existe nesse grupo. Não sabemos se nossos chimpanzés são especiais nesse sentido.”
Aaron Sandel, antropólogo na Universidade do Texas em Austin, achou o trabalho valioso, mas ao mesmo tempo manifestou certas dúvidas. “Eles não oferecem uma explicação alternativa para o comportamento, nem fazem conexão com que inseto poderia ser", disse. "O salto para uma potencial função médica é um exagero, nesta altura.”
Mas, disse ele, “cuidar de seus próprios ferimentos ou de outros usando um instrumento, outro objeto, é muito raro”. A documentação dos chimpanzés cuidando de outros é “uma importante contribuição para o estudo do comportamento social dos macacos”, acrescentou Sandel. “E é interessante também perguntar se há empatia envolvida nisso, como nos humanos.”
Em algumas formas de comportamento social de macacos, fica claro que há uma troca valiosa. Por exemplo, pentear outro chimpanzé oferece alívio dos parasitas para o animal penteado, mas também um lanche de insetos para o que penteia. Mas em casos que Pika observou, segundo disse, o chimpanzé não recebe nada em troca. Para ela, isso mostra que os macacos estão envolvidos num ato que aumenta “o bem-estar de outro ser” e nos ensina mais sobre os relacionamentos sociais dos primatas.
“Em cada observação em campo aprendemos mais sobre os chimpanzés”, disse ela. “Eles realmente nos surpreendem.”
(Nicholas Bakalar. The New York Times. Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves.
Fevereiro de 2022.)
Acerca do período acima, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O período é composto por coordenação e subordinação.
( ) Há uma oração subordinada adverbial.
( ) O composto apresenta três orações coordenadas e uma subordinada.
As afirmativas são, respectivamente,
Na linha 23, o vocábulo “Já” sinaliza a circunstância temporal da oração que inicia o período.
É de subordinação a relação que se estabelece entre as orações do segmento de texto ‘O confinamento gera grande sofrimento para a maioria das pessoas, mas algumas se sentem confortáveis com o isolamento e temem’ (linhas 8 e 9).
Texto CG1A1-I
Um problema no estudo da violência é sua relação com a racionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela opinião pública como atos irracionais. Ora, se a violência é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão perigosamente racional. É o que ocorre quando certos mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que vê a realidade como feita unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alternativas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças e a diversidade.
Portanto, o problema que levanta a violência é muito menos o da irracionalidade do que o de uma racionalidade repleta de “razões” para não se deter diante de limites estabelecidos pela própria razão humana. É a razão que, amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao impasse e superdimensionando os defeitos dos outros, cria os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras da violência. Em outras palavras, o problema da violência está intimamente ligado ao problema das relações sociais, em que a existência do outro aparece como ameaça real ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro. É, pois, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de irracionalidade. No entanto, as razões dessa irracionalidade raramente são explicitadas e, frequentemente, deixam de existir quando o recipiente de atos violentos é o “inimigo”.
Angel Pino. Violência, educação e sociedade:
um olhar sobre o Brasil contemporâneo. In: Educ. Soc.,
Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785, out./2007 (com adaptações).
I No quarto período do primeiro parágrafo, tanto o trecho “que reduz tudo a um único princípio explicativo” quanto o trecho “que vê a realidade como feita unicamente de elementos antagônicos e irreconciliáveis” consistem em orações explicativas.
II Caso o trecho “É a razão que” (segundo período do segundo parágrafo) fosse substituído por A razão, seria mantida a correção gramatical do texto.
III No trecho “É, pois, o caráter aparentemente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência o status de irracionalidade”, o termo “que” é uma forma pronominal cujo referente é “dramaturgia”.
IV No trecho “O que mais espanta na violência, quando ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição da crueldade ao estado puro”, o termo “que” introduz oração adverbial comparativa.
Estão certos apenas os itens
Utilize o texto abaixo para responder a questão.
Texto II
ciclo vicioso
minha namorada sempre sonha que namora
seu namorado antigo minha ex-namorada
sempre sonha que me namora e eu, desconfiado,
tenho feito tudo para não sonhar...
(Cacaso, Poesia Completa, p.126)
Leia atentamente os textos a seguir para responder a questão:
TEXTO I
Se transformarmos as orações reduzidas sublinhadas em orações desenvolvidas, a forma adequada será:
I – No sétimo parágrafo, no primeiro período, a palavra que introduz uma oração subordinada, substantiva, adverbial
PORQUE
II – as conjunções integrantes introduzem orações subordinadas, substantivas.
A respeito das asserções, é correto afirmar que
Considere as seguintes afirmações sobre os termos já que (l. 13) e uma vez que (l. 18).
I. Ambos expressam ideia de causalidade e poderiam, portanto, ser substituídos por porque.
II. O primeiro expressa ideia de causalidade, mas o segundo expressa ideia de tempo.
III. Ambos introduzem orações de valor adverbial.
Quais estão corretas?
( ) Na linha 06, a dupla vírgula hachurada indica a separação de uma oração adjetiva explicativa.
( ) A dupla vírgula hachurada das linhas 11 e 12 marca a separação de uma oração apositiva.
( ) Na linha 20, o par de vírgulas hachuradas marca a ocorrência de um adjunto adverbial intercalado.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: