Questões de Português - Parênteses para Concurso
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INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para responder à questão que a ele se refere.
Texto 01
Disponível em: https://vidasimples.com. Acesso em: 28 jan. 2023. Adaptado.
I - Os dois usos do pronome “nos” comprovam que esse pronome pode exercer tanto a função de objeto direto como de objeto indireto a depender da regência dos verbos.
II - A próclise no trecho “e também nos conecta” é facultativa e poderia ser substituída, com igual correção, pela ênclise.
III - O termo “Assim” está funcionando como o elemento de coesão e insere no trecho uma ideia de conclusão.
IV - O pronome “isso” funciona como um termo anafórico, uma vez que retoma o que foi referido anteriormente.
V - Os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses com igual correção, sem que houvesse alteração de sentido do trecho.
Estão CORRETAS as alternativas
A Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada em 18 de novembro de 2020 pelo IBGE, revela que as doenças crônicas são um dos maiores problemas de saúde pública do Brasil e do mundo. A pesquisa estimou que – no ano passado – mais da metade da população (52,0%) adulta do país recebeu diagnóstico de pelo menos uma doença crônica, como diabetes, depressão e obesidade. Ao mesmo tempo, o estudo mostrou que duas em cada três pessoas no país consideravam sua saúde boa ou ótima, sendo que os homens tiveram uma tendência a fazer uma autoavaliação mais positiva da própria saúde. Alguns hábitos, pelo que o levantamento mostrou podem melhorar. De 2013 para 2019, a proporção de brasileiros que beberam álcool, pelo menos uma vez por semana, aumentou (de 23,9% para 26,4%). Em relação aos hábitos alimentares, 13% da população consumiu no ano passado a quantidade recomendada de frutas e hortaliças. Segundo a organização mundial da saúde, o ideal é comer quatrocentas gramas de frutas e hortaliças por dia, para prevenir as doenças crônicas que afetam mais da metade da população. Além disso, pessoas que vivem em cidades comem duas vezes mais alimentos processados do que quem vive em área rural. A prática de exercícios físicos também ajuda a prevenir as doenças crônicas, mas segundo a pesquisa quarenta por cento dos brasileiros (40,3%) foram classificados como insuficientemente ativos. Para terminar uma boa notícia: em sete anos a quantidade de fumantes no país, diminuiu (de 14,9% em 2013 para 12,8% em 2019).
“A pesquisa estimou que – no ano passado – mais da metade da população (52,0%) adulta do país recebeu diagnóstico de pelo menos uma doença crônica, como diabetes, depressão e obesidade.”
Considere as afirmativas a seguir sobre o uso dos travessões nesse trecho.
I. Intercalam uma informação. II. Podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido original, por vírgulas. III. Podem ser substituídos, sem prejuízo do sentido original, por parênteses.
Estão corretas as afirmativas
Leia a crônica de Moacyr Scliar para responder à questão.
Quando eu tinha a tua idade
Ai, Senhor, não nos deixe cair na tentação de dizer ao nosso filho ou à nossa filha qualquer coisa que comece com “Quando eu tinha a tua idade...”
Dificilmente haverá, nas sempre difíceis relações entre pais e filhos, frase mais perigosa. Para começar, ela alarga o gap entre as gerações, este fosso que separa adultos de crianças ou adolescentes, e cuja largura, nesta era de rápidas transformações, se mede em anos-luz. No entanto, os pais a usam, é uma coisa automática. Olhamos o quarto desarrumado e observamos: “Quando eu tinha a tua idade, fazia a cama sozinho”. Examinamos a redação feita para a escola e sacudimos a cabeça: “Quando eu tinha a tua idade, não cometia esses erros de ortografia. E a minha letra era muito melhor”. Sim, a nossa letra era melhor. Sim, íamos sozinhos até o centro da cidade.
Sim, aos dez anos já trabalhávamos e sustentávamos toda a família. Sim, éramos mais cultos, mais politizados, mais atentos. Conhecíamos toda a obra de Balzac, entoávamos todas as sinfonias de Beethoven. Éramos o máximo.
Mas éramos mesmo? Se entrássemos na máquina do tempo e recuássemos algumas décadas, será que teríamos a mesma impressão? Sim, íamos até o centro da cidade, mas a cidade era menor, mais fácil de ser percorrida. Sim, trabalhávamos – mas havia outra alternativa?
Cada geração recorre às habilidades de que necessita. Sabíamos usar um martelo ou consertar um abajur, mas eles dedilham um computador com a destreza de um virtuose. Nós jogávamos futebol na várzea, mas agora que a febre imobiliária acabou com os terrenos baldios, os garotos fazem prodígios com o skate nuns poucos metros quadrados.
Bem, mas então não podemos falar aos nossos filhos sobre a nossa infância? Longe disso. Há uma coisa que podemos compartilhar com eles; os sonhos que tivemos, e que, na maioria irrealizados (ai, as limitações da condição humana), jazem intactos, num cantinho da nossa alma. São estes sonhos que devemos mobilizar como testemunhas de nosso diálogo com os jovens.
Fale a uma criança sobre aquilo que você esperava ser;
fale de suas fantasias:
– Quando eu tinha a tua idade, meu filho, eu era criança como tu. E era bom.
(Coleção melhores crônicas: Moacyr Scliar.
Org. Luís Augusto Fischer. Global Editora. Adaptado)
I. Os parênteses em “(des)informados” sinalizam a dupla possibilidade de leitura do termo. II. As aspas em “para que eu não deixe de caminhar’” (8º§) e em “‘a gente nasce (...) É ou não é?” (1º§ ao 3º§) foram empregadas com funções distintas. III. Em “Os instrumentos que os ajudaram servem perfeitamente para os dias de hoje: curiosidade, estratégia, pesquisa, resistência, resiliência [...]” (8º§), os dois-pontos foram utilizados para introduzir uma enumeração. IV. Em “Vejam só: estamos ficando doentes de tanto ver o mundo pelas telas!” (5º§), o ponto de exclamação foi usado para indicar entusiasmo. V. Em “A tecnologia acelerou a vida que, como diz a sábia boneca Emília em suas famosas ‘Memórias da Emília’ do nosso imortal Monteiro Lobato [...]” (1º§), a inserção de vírgula após as duas ocorrências da palavra “Emília” melhoraria a fluidez da leitura sem, contudo, alterar o sentido do enunciado.
Está correto o que se afirma em
Fonte: PERSICHETTI, Simonetta. Documento do imaginário social. Jornal O Estado de S. Paulo. Edição de 15/11/08. (Adaptado)
Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/noticias/artes-documento-do-imaginario-social,278319. Acesso em 04/07/2018.
( ) Os parênteses poderiam substituir os travessões empregados nas linhas 2 e 3, sem prejuízo da correção gramatical. ( ) A conjunção pois poderia substituir os dois pontos empregados na linha 20, sem prejuízo da coesão e da coerência. ( ) Os dois pontos foram explorados nas linhas 66 e 75 como sinais gráficos para assinalar, respectivamente, uma explicação e a introdução do discurso citado.
A sequência correta é