Questões de Português - Parênteses para Concurso

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Q475549 Português
                                        Felicidade não se compra?

      Aconteceu de verdade, nos Estados Unidos – a Coca-Cola instalou uma daquelas máquinas que vendem refrigerante no refeitório de uma escola. Mas a máquina era especial. Quando os estudantes inseriam o dinheiro, não saía lá de dentro apenas uma garrafinha, mas várias. Com tantas Cocas na mão, os estudantes acabavam oferecendo aos colegas os refrigerantes a mais. Porém, a coisa não parou por aí. Um funcionário escondido dentro da máquina começou a passar pela fenda caixas de pizza, flores, balões, enfim, uma infinidade de agrados, para espanto e alegria da garotada.
      Com essa iniciativa esquisita, a empresa quis reforçar a ideia de que, mais que comercializar produtos, sua missão é espalhar felicidade. Não foi à toa que ela batizou suas máquinas de “fábricas de felicidade”. Não precisamos perder tempo discutindo se os produtos da multinacional americana podem, de fato, trazer felicidade, se são saudáveis ou nutritivos. Afinal, a questão aqui não se relaciona ao bem-estar do corpo e sim à busca do prazer,que hoje parece orientar boa parte de nossas escolhas. A verdade é que, de um jeito ou de outro, a felicidade agora pode ser encontrada em toda parte, pelo menos no que diz respeito à comunicação das marcas. A Best Buy, líder na venda de eletroeletrônicos nos Estados Unidos, também usou uma estratégia semelhante em suas campanhas de publicidade. Seu slogan é: “Você mais feliz”.
      Essa guinada das empresas, que pararam de alardear a qualidade superior de seus produtos e passaram a vender felicidade, tem estreita relação com a mudança dos consumidores, hoje mais preocupados com os benefícios que as marcas trazem a suas vidas do que com o desempenho dos objetos que adquirem. Em outras palavras, mais que deixar limpas as roupas da família, uma nova lavadora economiza o tempo da dona de casa, o que se traduz em mais felicidade.
      O diretor Frank Capra assinou, nos anos 40, uma verdadeira obra-prima, que em português ganhou o nome de “A Felicidade Não se Compra”. Hoje provavelmente esse título do filme não faria o menor sentido, porque o que as empresas oferecem é justamente a ilusão de felicidade, embutida nos produtos que vendem.

(Luiz Alberto Marinho, Vida Simples, 05.2010, http://zip.net/bplQ7v, 17.12.2013. Adaptado)

Após a alteração da pontuação, a frase que permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:
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Q470042 Português
Julgue o  item a seguir, relativo às estruturas linguísticas e informações do texto acima.

A substituição dos travessões das linhas 10 e 11 por vírgulas ou por parênteses preservaria a correção gramatical do período.
Alternativas
Ano: 2006 Banca: IPAD Órgão: SEDUC-PE Prova: IPAD - 2006 - SEDUC-PE - Pedagogo |
Q464585 Português
                                                                                                                TEXTO 1

    Falar é como andar. Acontece naturalmente, da mesma forma, nas mesmas faixas etárias, em qualquer parte do planeta Terra, independentemente de raça, de cultura, de cor, de gênero e de ensino formal. Basta que sejamos seres humanos.
    É mesmo fato que os homens se distinguem dos outros animais por andar sobre os dois pés, por dominar um sistema de comunicação duplamente articulado (com unidades sonoras e unidades significativas), denominado ‘língua natural’ ou ‘língua humana’, e por manifestar inteligência diferenciada que os habilita a criar extensões tecnológicas de todas as partes de seu corpo, até de seu cérebro, como a criação do computador. É fato também que não temos escolha: somos humanos, então falamos. Falamos porque internalizamos ou especializamos uma língua natural específica a partir do ambiente social em que nascemos e vivemos: o domínio de uma ou mais línguas humanas é uma capacidade específica da espécie humana. Nem sabemos ainda qual é o limite do número de línguas que podemos dominar. É fato, todavia, que com 3 anos de idade, qualquer criança de qualquer parte do mundo se comunica com estruturas lingüísticas complexas.
    Mas as línguas humanas não são os únicos sistemas de comunicação existentes. Todos os animais conhecidos têm sistema de comunicação, alguns já bem registrados, como o das abelhas, o dos chimpanzés, o dos golfinhos. Ser capaz de se comunicar no interior da espécie e mesmo entre as espécies não significa ter uma língua humana. Os cães de estimação, por exemplo, têm grande capacidade de comunicação com os seres humanos, olho no olho, mas não são capazes de dominar uma língua humana.
    As línguas humanas são, sem dúvida, excelentes instrumentos de comunicação, embora mal-entendidos entre os seres humanos sejam comuns, mesmo quando há domínio de uma mesma língua, de uma mesma variedade. As línguas humanas são, em verdade, mais do que excelentes instrumentos de comunicação. São, também, reflexo da cultura de um povo. São, além disso, parte da cultura de um povo. São ainda mais do que isso: são mecanismos de identidade. Um povo se individualiza, se afirma e é identificado em função de sua língua.
        Por outro lado, podemos desempenhar um papel desumano por meio das línguas humanas, como o exercício do poder desmedido, a prática do preconceito lingüístico sem lei, que nos leva a subjugar o outro, a alijar o outro do processo produtivo, a diminuir a sua auto-estima, a fazer o outro se sentir incapaz, se sentir inferior, se sentir infeliz, tudo por meio de formas lingüísticas. As línguas humanas podem, sim, ser excelentes instrumentos, mas podem ser também perversos instrumentos de poder e de dominação, especialmente quando se naturalizam relações espúrias entre determinadas construções lingüísticas e as pessoas que as falam.

Scherre, Maria Marta P. In: Doa-se lindos filhotes de poodle: variação lingüística, mídia e preconceito. São Paulo: Parábola, 2005, p.9-10. Adaptado.

No que se refere a alguns elementos lingüísticos utilizados no texto 1, analise as afirmações a seguir.

1. No trecho: “... por dominar um sistema de comunicação duplamente articulado (com unidades sonoras e unidades significativas), denominado ‘língua natural’ ou ‘língua humana’...”, os parênteses foram utilizados para demarcar uma explicação.
2. “Por outro lado, podemos desempenhar um papel desumano por meio das línguas humanas...”. Nesse trecho, a expressão destacada indica a introdução de uma retificação.
3. “É fato também que não temos escolha: somos humanos, então falamos.” Nesse trecho, bem como ao longo do texto 1, o uso da primeira pessoa do plural indica multiplicidade de autoria.
4. “... especialmente quando se naturalizam relações espúrias entre determinadas construções lingüísticas e as pessoas que as falam.” – Nesse trecho, o pronome sublinhado refere-se a ‘construções lingüísticas’.

Estão corretas:
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Ano: 2014 Banca: IDECAN Órgão: DETRAN-RO Prova: IDECAN - 2014 - DETRAN-RO - Motorista |
Q448244 Português
Mobilidade urbana

Por Fernando Rebouças

A qualidade de vida, principalmente, de um trabalhador que necessita utilizar o transporte público e as vias de acesso, diariamente, tem sido alvo de debate em todo mundo. Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas estruturas de transporte?

Esse desafio ganhou um termo, a “mobilidade urbana”, uma das principais questões das cidades de todo o mundo, e interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades (incluindo o local de trabalho), aos serviços públicos e ao meio ambiente. Durante o século XX, o uso do automóvel foi uma resposta eficaz para se ter autonomia na mobilidade diária, mas, no início do século XXI, o aumento dos engarrafamentos nas grandes cidades tem gerado a necessidade de pensar em novas alternativas de transportes sustentáveis para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade.

Hoje, com o crescimento da população, da maior oferta de carros e do inchaço urbano, ter um carro não é mais sinônimo de autonomia, velocidade e conforto. Ficar parado num trânsito se tornou uma perda de tempo e de qualidade de vida.

Nos últimos dez anos, a frota de veículos no Brasil aumentou em 400%. Esse quadro tem exigido uma nova postura por parte das prefeituras e da sociedade para a busca de soluções. A solução mais cabível é o investimento em transportes coletivos integrados, de qualidade e não poluentes, como primeiro passo para uma mobilidade urbana sustentável em todos os sentidos.

O transporte coletivo envolve a instalação de veículos sobre trilhos, como trens, metrôs e bondes com nova tecnologia, além da melhoria dos ônibus, os tornando não poluentes. Sendo necessário integrar o transporte de uma cidade com ciclovia, elevadores de alta capacidade, e sistemas de bicicletas públicas.
É necessário incentivar a população a utilizar o transporte coletivo e deixar o carro em casa, e respeitar o espaço do pedestre, também necessitado de calçadas mais confortáveis e seguras, protegidas por sinalização, sem buracos ou qualquer tipo de obstáculo.

(Disponível em: http://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/. Adaptado.)

No trecho “... e interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades (incluindo o local de trabalho), aos serviços públicos e ao meio ambiente.” (2º§), os parênteses foram utilizados para
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Q447400 Português
No trecho: “Várias causas foram sugeridas para esse paradoxo, indo do ‘efeito gaveta’ (pesquisadores que só divulgam resultados que confirmam suas crenças prévias) à possibilidade de céticos emitirem ‘más vibrações’”, o emprego dos parênteses indica
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321: C
322: C
323: C
324: E
325: B