Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q1841073 Português
Leia o texto para responder à questão.

     Motivação é a energia que nos leva __ agir - e não sou a única pessoa que acha difícil encontrar essa motivação. Alguns de nós sofreram um burnout total depois de mais de um ano de perdas, dor e problemas relacionados __ pandemia. Outros se sentem mais como estou me sentindo – nada está terrivelmente errado, mas não conseguimos encontrar inspiração. Seja qual for a situação em que nos encontramos, um exame mais profundo da motivação pode nos dar mais incentivo para avançar, não só no dia __ dia, mas num futuro incerto.
(Cameron Walker, The New York Times.
Em: https://economia.estadao.com.br. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão e o sentido do texto, a frase – ... e não sou a única pessoa que acha difícil encontrar essa motivação. – está adequadamente reescrita em: 
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Q1841065 Português
Leia o texto para responder à questão.

Vida ao natural
    Pois no Rio tinha um lugar com uma lareira. E quando ela percebeu que, além do frio, chovia nas árvores, não pôde acreditar que tanto lhe fosse dado. O acordo do mundo com aquilo que ela nem sequer sabia que precisava como numa fome. Chovia, chovia. O fogo aceso pisca para ela e para o homem. Ele, o homem, se ocupa do que ela nem sequer lhe agradece; ele atiça o fogo na lareira, o que não lhe é senão dever de nascimento. E ela – que é sempre inquieta, fazedora de coisas e experimentadora de curiosidades – pois ela nem lembra sequer de atiçar o fogo; não é seu papel, pois se tem o seu homem para isso. Não sendo donzela, que o homem então cumpra a sua missão. O mais que ela faz é às vezes instigá-lo: “aquela acha*”, diz-lhe, “aquela ainda não pegou”. E ele, um instante antes que ela acabe a frase que o esclareceria, ele por ele mesmo já notara a acha, homem seu que é, e já está atiçando a acha. Não a comando seu, que é a mulher de um homem e que perderia seu estado se lhe desse ordem. A outra mão dele, a livre, está ao alcance dela. Ela sabe, e não a toma. Quer a mão dele, sabe que quer, e não a toma. Tem exatamente o que precisa: pode ter.
    Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar. Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.
(Clarice Lispector, Os melhores contos
[seleção Walnice Nogueira Galvão], 1996)
* pequeno pedaço de madeira usado para lenha
Assinale a alternativa em que a reescrita das informações do texto atende à norma-padrão de pontuação.
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Q1840914 Português

Leia com atenção o texto abaixo e responda ao que se pede.


ÉTICA E MORAL


    Ethos - ética, em grego - designa a morada humana. O ser humano separa uma parte do mundo para, moldando-a ao seu jeito, construir um abrigo protetor e permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e construído de uma só vez. O ser humano está sempre tornando habitável a casa que construiu para si. Ética significa, segundo Leonardo Boff, “tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma moradia saudável: m aterialm ente sustentável, psicologicam ente integrada e espiritualmente fecunda".

    A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, certa tradição cultural, etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político. Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenôm eno social p a rticu la r, que não tem compromisso com a universalidade, isto é, com o que é válido e de direito para todos os homens. Exceto quando atacada: justifica-se dizendo-se universal, supostamente válida para todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais são legítimas? Não deveria existir alguma forma de julgamento da validade das morais? Existe, e essa forma é o que chamamos de ética. A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é puramente teoria. A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. 

    A ética pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os apelos críticos da moral vigente. Mas, a ética, tanto quanto a moral, não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada “natural”. Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal, e a ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la. 

    A ética tem sido o principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade. Sem ética, ou seja, sem a referência a princípios humanitários fundamentais comuns a todos os povos, nações, religiões etc., a humanidade já teria se despedaçado até a autodestruição. Também é verdade que a ética não garante o progresso moral da humanidade. O fato de que os seres humanos são capazes de concordar minimamente entre si sobre princípios como justiça, igualdade de direitos, dignidade da pessoa humana, cidadania plena, solidariedade etc., cria chances para que esses princípios possam vir a serem postos em prática, mas não garante o seu cumprimento.

    As nações do mundo já entraram em acordo em torno de muitos desses princípios. A “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, pela ONU (1948), é uma demonstração de o quanto a ética é necessária e importante. Mas a ética não basta como teoria, nem como princípios gerais acordados pelas nações, povos, religiões etc. Nem basta que as Constituições dos países reproduzam esses princípios (como a Constituição Brasileira o fez, em 1988).

    É preciso que cada cidadão e cidadã incorpore esses princípios como uma atitude prática diante da vida cotidiana, de modo a pautar por eles seu comportamento. Isso traz uma consequência inevitável: frequentemente o exercício pleno da cidadania (ética) entra em colisão frontal com a moral vigente... Até porque, a moral vigente, sob pressão dos interesses econômicos e de mercado, está sujeita a constantes e graves degenerações.

(https://www.portaleducacao.com.br - Texto adaptado)

Quanto à colocação da vírgula, todas as opções estão corretas, EXCETO em:
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Q1840761 Português
Imagem associada para resolução da questão
Fonte: Disponível em: https://www.instagram.com/laerteminotaura/. Acesso em: 01 set. 2021.
Na tirinha, o emprego das aspas indica um(a)
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Q1840499 Português

É correto, sem advérbios.

A lição da menina negra, magérrima, que cantou feito rainha. 


    Eiza Soares estreou no programa de Ary Barroso na Rádio Tupi. Tinha 16 anos e era mãe. Sua cria estava doente e Elza inscreveu-se no show de Barroso porque os primeiros lugares ganhavam prêmios em dinheiro. Era uma chance de pagar o tratamento do filho. Elza subiu no palco, mulher negra, jovem, magérrima, vestida conforme o lugar que lhe cabia na perversa espiral de privilégios da nossa sociedade. Notavam-se os remendos no vestido. Os alfinetes. Ary Barroso ficou chocado com alguém que, para muitos, não merecia estar sob os holofotes. “O que é que você velo fazer aqui?” Ary recebeu Elza com boa dose da branquitude, classismo e machismo que inebriam a elite brasileira desde sempre. 

    Elza respondeu: “Eu vim cantar”. Ary seguiu a cantilena do opressor: “E quem disse que você sabe cantar?”. Amenina de 16 anos, cujo filho ardia em febre, respondeu com a coragem das mães: “Eu”. “De onde você veio, menina?" Ary não parecia se cansar de assinalar que Elza era uma estrangeira ali. Nesse momento, a menina respondeu com a audácia disruptiva que mora em cada nota do seu jazz de lata d'água na cabeça: “Eu vim do planeta fome”.  

    Em 1983, a respeitadíssima acadêmica indiana Gayatri Spivak escreveu Pode o Subalterno Falar? O ensaio, referência para quem deseja compreender a contribuição dos estudos pós-coloniais para as ciências humanas, fala do silenciamento sistemático do subalterno. Categoria nomeada por Gramsci, o subalterno é quem não pertence socialmente e politicamente às estruturas hegemônicas de poder. Os excluídos. Os triturados diariamente pela mecânica da discriminação. As Elzas e seus filhos febris. Spivak teorizou sobre o fato de não parecer natural ou adequado o subalterno falar. O silêncio é o que se espera dele,  

    Se o subalterno não deve falar, como poderia ousar cantar? Ary e sua plateia, que ria da humilhação de Elza, achavam que não, E hoje? Seria diferente? Mudamos pouco. Somos a mesma plateia rindo de novas humilhações que nos chegam pelas novas mídias, mas somos iguais. Esperamos do subalterno o silêncio. Zombamos do subalterno que ousa quebrar esse nosso contrato social. E não se enganem: a zombaria é o novo açoite. Mudamos pouco. Os ancestrais de Elza foram para o pelourinho. Elza foi ridicularizada ao vivo. Hoje, fingimos ter superado esse passado, mas as revistas lidas pelas madames saúdam a nova onda: uniformes de domésticas assinados por estilistas renomados. 

    Mudamos quase nada. 

    Naquele dia, Elza cantou Lama na Rádio Tupi. A subalterna cantou rainha, majestosa. Ary Barroso aplaudiu boquiaberto. A plateia que antes riu levantou-se. Reverenciou a nobreza da negra do planeta fome que ousou adentrar um espaço que lhe era negado e fez dele seu reino. Para quem ainda não entendeu: o politicamente correto é simplesmente isso. O correto. Algumas piadas a menos? Sim. Mas, em troca, hoje temos infinitos talentos antes silenciados embalando nossos sonhos. Só os que não sonham não veem que o resultado é positivo e deve ser comemorado. 


(Manoela Miklos. 25 de janelro, 2019, Revista VEJA). 


“Hoje, fingimos ter superado esse passado, mas as revistas lidas pelas madames saúdam a nova onda: uniformes de domésticas assinados por estilistas renomados.”. As vírgulas e os dois pontos na estrutura só não assinalam: 
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Q1840074 Português

Julgue o item em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos. 


Estaria mantida a correção gramatical do texto caso fosse inserida, a título de destaque, uma vírgula após o termo “inclusive” (linha 11). 

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Q1839951 Português

Observe a tirinha abaixo e assinale a alternativa INCORRETA.  


Imagem associada para resolução da questão

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Q1839850 Português
Racismo é essencialmente um sistema de dominação e desigualdade social. Na Europa, nas Américas e na Austrália, isso significa que uma maioria (e, às vezes, uma minoria) “branca” domina minorias não europeias. A dominação, por sua vez, define-se como o abuso de poder de um grupo sobre o outro e está representada por dois sistemas inter-relacionados de práticas sociais e cognitivas diárias: de um lado, por várias formas de discriminação, marginalização, exclusão ou problematização; do outro, por várias crenças, atitudes e ideologias preconceituosas e estereotipadas. Essas últimas podem ser consideradas, de muitas maneiras, como “razões” ou “motivos” para explicar e legitimar as primeiras: as pessoas discriminam os outros porque acreditam que esses são, de alguma forma, inferiores, têm menos direitos e assim por diante.
VAN DIJK, Teun A. Discurso das elites e racismo institucional. In: LARA, G. P; LIMBERTI,
R.P. (Org.). Discurso e (des)igualdade social. São Paulo: Contexto, 2015. p. 33.
A respeito do fragmento acima, analise as afirmativas: I. O emprego das aspas tem a função de ressaltar as ideias centrais do texto. II. O uso dos parênteses demarca a incorporação de uma visão crítica do autor. III. A estratégia de conceituação confere ao texto um caráter didático. IV. O terceiro período do texto apresenta um contra-argumento à ideia defendida anteriormente. Estão corretas apenas as afirmativas
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Q1839804 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


ESTRATÉGIA


Dizem que, certa vez, estava um cego sentado no passeio, com um boné em seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: "POR FAVOR! AJUDEM-ME, SOU CEGO".


Um criador de publicidade que passava por ele, parou e observou umas poucas moedas no boné. Sem lhe pedir permissão, pegou o cartaz, deu volta, pegou um giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira sobre os pés do cego e se foi.


Pela tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmolas, e seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu seus passos e lhe perguntou se tinha sido ele que escreveu seu cartaz e sobretudo, o que ele tinha escrito. O publicitário lhe respondeu: 


 - Nada que não esteja certo com seu anúncio, mas com outras palavras. Sorriu e seguiu seu caminho. 


 O novo cartaz dizia: "HOJE É PRIMAVERA, E NÃO POSSO VÊ-LA!" 


Mudemos de estratégia, quando as coisas não nos saem bem, e veremos que o resultado poderá ser diferente.


Fonte: https://www.contandohistorias.com.br/html/contan dohistorias.html - Modificado

No trecho "Sem lhe pedir permissão, pegou o cartaz, deu volta, pegou um giz e escreveu outro anúncio", as vírgulas foram empregadas para:
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Ano: 2021 Banca: MPE-RS Órgão: MPE-RS Prova: MPE-RS - 2021 - MPE-RS - Promotor de Justiça |
Q1839493 Português

Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) as seguintes afirmações, referentes ao emprego de sinais de pontuação no texto.


(  ) A vírgula que ocorre imediatamente após escasso (l.31) poderia ser eliminada, sem acarretar erro ou alteração do significado.

(  ) A vírgula que ocorre imediatamente após desafio (l. 31) poderia ser eliminada, sem acarretar erro ou alteração do significado.

(  ) Sem acarretar erro ou alteração do significado, o ponto final da linha 47 poderia ser substituído por dois-pontos, iniciando-se a oração seguinte com letra minúscula.

(  ) Sem acarretar erro ou alteração do significado, as vírgulas que isolam o segmento célebre comandante das forças britânicas (l. 77) poderiam ser substituídas por travessões.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 

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Q1839029 Português

TEXTO I

São Demasiado Pobres os Nossos Ricos


    A maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos, mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. 


    A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos «ricos». Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem. 


    O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efêmeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas, muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza. Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade. 


    As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. Por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam. O fausto das residências não os torna imunes. Pobres dos nossos riquinhos! 


    São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante, mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam de ser sustentadas com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.


Mia Couto, in 'Pensatempos'


http://www.citador.pt/textos/sao-demasiado-pobres-os-nossosricos-mia-couto..



Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas abaixo:


Ao analisar a coesão entre as orações “O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído”, pode-se perceber que, no lugar dos dois pontos, poderia ter sido usada a conjunção............. Para manter a ideia de....................

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Q1838167 Português
Texto : Sobre Ciências Sociais Aplicadas (fragmento adaptado)

https://www.blogdoead.com.br/administracao-ouciencias-contabeis-diferencas-e-semelhancas
   A Administração e a Contabilidade são ofícios inseridos em uma mesma área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas. Nesse campo de conhecimento, estão as profissões que se dedicam a entender as necessidades da sociedade e traduzi-las em soluções. Enquanto o Administrador tem como foco gerenciar pessoas, recursos e processos em prol de uma organização, o Contador tem como missão garantir a sustentabilidade econômico-financeira dessa organização.
   Ao analisar a base de formação dessas duas áreas, fica claro que ambas apresentam algumas disciplinas semelhantes e outras nem tanto. Por exemplo: Contabilidade é uma matéria dentro de um Curso de Administração, assim como Administração é uma disciplina que consta na grade curricular de um Curso de Ciências Contábeis, o que demonstra a interdisciplinaridade de conhecimentos.
   Além disso, ambas as ciências compartilham disciplinas do território de Exatas, como Matemática Financeira, Gestão Financeira e Estatística, por exemplo. As demais matérias são bastante diversas, pois têm a ver com a finalidade de cada área de atuação. 
   A faculdade de Administração forma profissionais com visão global sobre todo tipo de organizações, como empresas privadas, órgãos públicos e organizações não governamentais. O profissional formado em Administração deve entender o funcionamento de uma empresa como um todo. Para tanto, tem uma formação multidisciplinar que engloba contabilidade, finanças, gestão de pessoas, logística, marketing e compras, entre outros conhecimentos.
   Já a faculdade de Ciências Contábeis, por sua vez, forma profissionais focados em apenas uma das áreas que constituem uma empresa: a contabilidade. Nesse setor, o profissional é responsável por garantir a saúde econômico-financeira da organização, por isso, lida com entradas e saídas de dinheiro e seus impactos presentes e futuros no empreendimento.
   As perspectivas das duas carreiras podem variar bastante, dependendo unicamente dos objetivos que cada um tem para o seu futuro profissional. Tanto a Administração quanto as Ciências Contábeis permitem ascensão a cargos de diretoria, como CEO (Chief Executive Officer) e CFO (Chief Financial Officer), por exemplo.
   Administradores e Contadores que se reciclam são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. Para se dar bem em qualquer uma das duas carreiras, e em qualquer ofício, basta investir em qualificação profissional: graduação, pós-graduação e reciclagens.
Para a próxima questão, considere o uso das vírgulas em: 1. Administradores e Contadores que sempre se reciclam são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. 2. Administradores e Contadores, que sempre se reciclam, são profissionais com grandes chances de ascender profissionalmente. Da construção de sentidos possível que a pontuação apresentada pode criar, entende-se que
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Q1838038 Português

Escritório


    Aluguei um escritório. Minha senhoria é a Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência – o que quer dizer que começo bem, sob a égide de um santo de minha particular devoção. Espero que ele me assista nesta grave emergência.

    Grave, porque assumi compromisso, com contrato registrado e sacramentado, de cumprir fielmente o regulamento do prédio na minha nova condição de inquilino. Não posso, por exemplo, colocar pregos que danifiquem as paredes.

    Mas escritório de quê? Advocacia? A tanto não ousaria, sendo certo que minha qualidade de bacharel nunca me animou sequer a ir buscar o diploma na Faculdade (onde, confio, esteja ainda bem guardado à minha espera, se dele precisar para qualquer eventualidade: a de ser inesperadamente convocado à vida pública, por exemplo, com uma honrosa nomeação, sacrifício a que seria difícil esquivar-me). Pelo que, não ousariam a esta altura da minha vida, iniciar-me na profissão a que o dito diploma presumivelmente me habilita. Além do mais, eu não poderia mesmo colocar o prego para dependurá-lo na parede.

    Fica sendo então escritório, tão-somente. Nem mesmo de literatura: apenas um local onde possa acender diariamente o forno (no sentido figurado, apresso-me a tranquilizar o condomínio) desta padaria literária de cujo produto cotidiano, fresco ou requentado, vou vivendo como São Francisco é servido. Levo para o meu novo covil uma mesa, uma cadeira, a máquina de escrever – e me instalo, à espera de meus costumeiros clientes.

    Estranhos clientes estes, que entram pela janela, pelas paredes, pelo teto, trazidos pelas vozes de antigamente, vindos numa página de jornal, ou num simples ruído familiar: projeção de mim mesmo, ecos de pensamento, fantasmas que se movem apenas na lembrança, figuras feitas de ar e imaginação.

(Fernando Sabino. A mulher do vizinho. Adaptado)

Observe o emprego de dois-pontos na passagem do 4º parágrafo. É correto afirmar que os dois-pontos sinalizam a introdução de informação que 
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Q1837987 Português

Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.


     “O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da temperatura da Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes do previsto”, diz Paulo Saldiva em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). As consequências são as de que os ciclos hidrogeológicos vão aumentar em sua intensidade e frequência, provocando, de um lado, períodos de seca alternados com inundação e, por outro lado, a elevação dos níveis dos mares comprometerá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas regiões afetará a produção de alimentos.

    Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o surgimento de vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre amarela. Aliás, em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura farão com que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua saúde ainda mais comprometida, até mesmo com risco de morte.

    Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte dessas alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados deixaram”.


(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)


* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.

Na última frase do texto “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um século...” a vírgula marca um deslocamento da oração adverbial em relação à oração principal.


Assinale a alternativa em que a vírgula está empregada com a mesma finalidade: 

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Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: FUNSAÚDE - CE Provas: FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico Alergista e Imunologia Pediátrica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Anestesiologia (24H/40H) | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Cardiologia (24H/40H) | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Auditor (24H/40H) | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Cardiologia Eletrofisiologia Clinica Invasiva | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Cardiologia Ergometria (24H) | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Cardiologia Estimulação Cardíaca e Eletrônica Implantável (24H/40H) | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Cardiologia Pediátrica (24H/40H) | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Cirurgia Cabeça e Pescoço (24H/40H) | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Urologia | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Dermatologista | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia de Mão | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Radiologia e Diagnóstico por Imagem | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Pediatria | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Psiquiatria | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Pneumologia Pediátrica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Pneumologia | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Ginecologia e Obstetrícia | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia Cardiovascular | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Neurologia Pediátrica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Neurologia | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia Vascular | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia Torácica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia Plástica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia Geral | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia do Aparelho Digestivo | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia Pediátrica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Cirurgia Oncológica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Clínica Médica | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico - Psiquiatria - Psiquiatria da Infância e Adolescência | FGV - 2021 - FUNSAÚDE - CE - Médico – Reumatologia Pediátrica |
Q1837790 Português
“Que sorte possuir uma grande inteligência: nunca te faltam bobagens para dizer”. Nesse pensamento, os dois pontos só não podem ser adequadamente substituídos por:
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Q1837667 Português
Assinale a alternativa que apresenta os sinais de pontuação que substituem corretamente as figuras da linha 21?
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Q1837300 Português

Obs.: As questões se apoiam em frases do discurso publicitário ou de propaganda.

“Quando nos casamos, tudo aquilo que gostávamos era muito caro e tudo aquilo que podíamos comprar era muito feio.”
Segundo a gramática tradicional, na formulação desse texto há um erro gramatical. Assinale a opção que o apresenta.
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Q1837193 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Ri-se da cicatriz quem nunca foi ferido




(Disponível em https://www.contioutra.com/ri-se-da-cicatriz-quem-nunca-foi-ferido/ - texto adaptado especialmente para esta prova.)

As reticências que encerram o último período do sexto parágrafo foram utilizadas:
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Q1837157 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.

(ORWELL, George. 1984 – trad. Alexandre Hubner e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.)

Considere as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) À guisa (1º parágrafo) poderia ser substituído por À espera, sem prejuízo ao sentido original da frase. ( ) Em relação ao uso de figuras de linguagem, são exemplos de antítese os slogans GUERRA É PAZ e LIBERDADE É ESCRAVIDÃO. ( ) Os travessões (último parágrafo) podem ser substituídos por dois pontos, sem que seja afetado o sentido do texto. ( ) A partícula -la (linha 12) retoma o vocábulo voz (linha 12). ( ) As palavras sensação, escravidão e exceção são acentuadas graficamente segundo a mesma regra: são oxítonas terminadas em ditongo nasal.
A sequência correta, de preenchimento das lacunas, é:
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Q1837154 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

LER DEVAGAR
    Para aprender a ler é preciso ler bem devagar, e em seguida é preciso ler bem devagar e, sempre, até o último livro que terá a honra de ser lido por você, será preciso ler bem devagar. É preciso ler devagar um livro tanto para desfrutar dele quanto para se instruir ou para criticá-lo. Flaubert dizia: “Ah! Esses homens do século XVII! Como sabiam latim! Como liam devagar!”. Mesmo sem a intenção de escrever você mesmo, é preciso ler com lentidão o que quer que seja, sempre se perguntando se compreendeu corretamente e se a ideia com que acabou de se deparar é a do autor e não a sua. “É isso mesmo?” deve ser a pergunta contínua que o leitor faz a si mesmo.
    Os filólogos têm uma mania um pouco divertida, mas que parte do melhor sentimento do mundo e que devemos ter e conservar como princípio, como raiz. Eles se perguntam sempre: “É este mesmo o texto? Não seria ergo em lugar de ego, e ex templo em lugar de extemplo? Isso faria diferença”. Essa mania lhes surgiu de um hábito excelente, que é o de ler devagar, que é o de desconfiar do primeiro sentido que se vê nas coisas, que é o de não se abandonar, que é o de não sermos preguiçosos ao ler. Dizem que, no texto de Pascal sobre o ácaro, ao ver o manuscrito, Cousin leu: “nos contornos dessa síntese de abismo”. E como ele o admirou! Como o admirou! Estava escrito: “nos contornos dessa síntese de átomo” o que faz sentido. Cousin, levado por seu entusiasmo romântico, não se perguntou se “síntese de abismo” também fazia. É preciso não ter preguiça ao ler, mesmo uma preguiça lírica.
    Nem precipitação. A precipitação não passa, aliás, de uma forma de preguiça. Nossos pais diziam: “Ler com os dedos”. Isso queria dizer folhear de tal modo que, feitas as contas, os dedos tinham mais trabalho do que os olhos. “O sr. Beyle lia muito com os dedos, o que quer dizer que ele percorria muito mais do que lia, e deparava sempre com o lugar essencial e curioso do livro”. É preciso não pensar muito mal desse método que é o dos homens que são, como Beyle, colecionadores de ideias. Ocorre apenas que esse método tira todo o prazer da leitura e o substitui pelo da caça. Se você quer ser um leitor diletante e não um caçador, seu método precisa ser exatamente o oposto. De forma alguma deve ler com os dedos, nem ler na diagonal, como também se diz de modo bastante pitoresco. Deve ler com um espírito atento e bastante desconfiado de sua primeira impressão.
     Você me dirá que há livros que não podem ser lidos devagar, que não suportam a leitura lenta. E os há, de fato, mas esses são os livros que não é preciso ler em absoluto. Primeira consequência benéfica da leitura lenta: ela faz a separação, desde o início, entre o livro que se deve ler e o livro que só foi feito para não ser lido.
     Ler devagar é o primeiro princípio, e se aplica a toda e qualquer leitura. É como a essência da arte de ler. Há outras? Sim, mas nenhuma se aplica a todos os livros sem distinção. Além de “ler devagar” não há uma arte de ler; há artes de ler, e muito diferentes conforme as diferentes obras. São essas artes de ler que tentaremos sucessivamente destrinchar.
(FAGUET, Émile. A arte de ler. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2009.)
Considerando-se o uso das aspas nos trechos sublinhados no primeiro e último parágrafos do texto, é correto afirmar que os referidos sinais de pontuação foram usados para
Alternativas
Respostas
3081: D
3082: E
3083: E
3084: E
3085: C
3086: E
3087: D
3088: D
3089: C
3090: B
3091: D
3092: A
3093: E
3094: E
3095: B
3096: E
3097: B
3098: E
3099: E
3100: C