Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q1766619 Português

Luz é o melhor remédio


    Bactérias são seres microscópicos, invisíveis a olho nu, que podem causar danos à nossa saúde. Para nos livrar delas, muitas vezes os médicos recomendam o uso de antibióticos. Porém, nem sempre esses remédios funcionam, e podem trazer efeitos colaterais indesejáveis. Por isso, cientistas buscam outras formas de eliminar bactérias prejudiciais do nosso organismo. A mais nova delas? Uma lanterna!

    Isso mesmo que você leu. Cientistas da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, estão testando uma maneira de eliminar bactérias com a ajuda de raios de luz. A ideia veio de um estudante brasileiro que fez intercâmbio por lá: Caio Guimarães, aluno de engenharia elétrica da Universidade de Pernambuco (UPE).

    Trata-se de uma lanterna capaz de destruir os microrganismos, sem causar dano ao hospedeiro. O aparelho, portátil, é composto por um conjunto de microagulhas presas em uma placa que é pressionada contra a pele. As microagulhas são, então, absorvidas pelo organismo, e a luz chega aos tecidos do corpo atingidos pela infecção. Em cerca de uma hora, as bactérias indesejadas são eliminadas. Antes de começar a tratar pessoas com a nova técnica, porém, ainda há muitos testes a serem realizados, que vão verificar se o método é realmente seguro. Mas já é um grande começo.

(Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/luz-e-o-melhor-remedio/. Acesso em: 24 jun.2016. Adaptado.)  

No trecho “Uma lanterna!”, a pontuação indica
Alternativas
Q1766157 Português

Texto CB1A1-I 


    O número inferior de mulheres criminosas e a desconsideração do feminino fizeram com que há muito a criminalidade feminina fosse incorporada aos estudos da criminalidade masculina, processo este que resultou em total desprezo pelas poucas pesquisas acerca das mulheres em situação de encarceramento. Essa realidade se deve principalmente ao fato de que a criminologia nasceu de um discurso proferido por homens, para homens e sobre mulheres. Assim, produziu-se invariavelmente o que a criminologia crítica feminista denominou como dupla violência contra a mulher, pois, desde o seu surgimento, agrediu as mulheres e o sistema de relações de que ela fazia parte. 

    O livro Mulheres na Prisão: um estudo qualititativo, escrito por três pesquisadoras, faz uma imersão corajosa nos submundos das prisões femininas e provoca nosso olhar para as mazelas da vida na prisão, em que o gênero é marcador central da realidade sombria a que estão submetidas as mulheres presas. No entanto, não se limita a estas experiências e transborda os muros do cárcere. Mais que um texto voltado a dar visibilidade às questões referentes ao aprisionamento feminino, as autoras constroem um estudo que apresenta experiências concretas e apontam saídas a partir de propostas de políticas públicas que garantam a atenção aos direitos humanos ou que apontem possibilidades reais de projetos de vida fora da prisão. 


Naiara C. Silva. Mulheres na prisão: uma imersão aos submundos do encarceramento feminino. In: Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, v. 3, n. 6, jul./dez. 2018. (com adaptações).

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
Feitos os devidos ajustes de letras maiúsculas e minúsculas, o ponto-final empregado logo após “cárcere”, no penúltimo período do texto, poderia ser substituído pelo sinal de dois-pontos sem prejuízo da correção e dos sentidos do texto, visto que o último período do texto explica a declaração feita no período que imediatamente o antecede.
Alternativas
Ano: 2021 Banca: SELECON Órgão: EMGEPRON Provas: SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista Técnico (Contratos) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Advogado (Administrativo e Marítimo) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista Técnico (Segurança da Informação) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista Técnico (Rede de Computadores/Suporte Técnico) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista Técnico (Comunicação Social) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista Técnico (Licitações) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista Técnico (Promoção Comercial) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro (Construção Naval 2) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro (Construção Naval 1) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista de Administração | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista de Recursos Humanos | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista de Recursos Humanos (Folha de Pagamento) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista de Sistemas (Auditoria) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Mecânico (Gerenciamento de Projetos) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Mecânico (Usinagem) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Eletricista (Gerenciamento de Projetos) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista de Sistemas (Desenvolvimento de Sistemas) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro (Engenharia de Sistemas 1) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Eletricista (Eficiência Energética) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro de Segurança do Trabalho | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro (Engenharia de Sistemas 2) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro (Gerenciamento de Projetos) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Analista Técnico (Design Gráfico) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro de Produção (Construção Naval) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Contador (Auditor) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Químico (Fabril Farmacêutico) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Mecânico (Construção Naval) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Contador (Tributos) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Cirurgião – Dentista | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Químico (Industrial) | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Médico do Trabalho | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Fisioterapeuta | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Farmacêutico | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Químico | SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Naval |
Q1765200 Português

Pandemia reverte progressos na igualdade de gênero


    A pandemia do coronavírus reverteu o progresso global no alcance da igualdade entre homens e mulheres, concluiu o Fórum Econômico Mundial (FEM) em seu relatório Global Gender Gap de 2021, divulgado nesta quarta-feira (31/03). As consequências, segundo o órgão, podem ser duradouras.

    O índice anual, que rastreia a evolução de lacunas na paridade de gênero desde 2006, avalia o progresso na obtenção da igualdade de gênero em quatro esferas principais: participação e oportunidade econômica, realização educacional, saúde e sobrevivência e representação política.

    A lacuna global de paridade de gênero está atualmente 68% fechada, de acordo com o relatório deste ano, que abrangeu 156 países. Isso representa uma redução de meio ponto percentual em relação ao ano anterior. Continuando nesse ritmo, levará 133,4 anos para alcançar a paridade global entre homens e mulheres.

   Segundo o documento, o declínio mundial na paridade de gênero foi impulsionado principalmente pelo fraco desempenho em grandes economias avançadas e emergentes.

    Neste contexto, o coronavírus foi apontado como parcialmente responsável por reabrir essas lacunas. Dados preliminares sugerem que as consequências econômicas e sociais da pandemia afetaram mais a ala feminina, com 5% de todas as mulheres que tinham alguma ocupação tendo perdido seus empregos até o momento, em comparação com 3,9% dos homens. Outros dados também mostraram um declínio significativo no número de mulheres contratadas para cargos de liderança, revertendo o progresso recente em um a dois anos.

    A crise sanitária provocada pela covid-19 também acelerou a digitalização e a automação, levando a rápidas inovações no mercado de trabalho. Mas os dados indicam que as disparidades de gênero são mais prováveis justamente no setor de inovação tecnológica. As mulheres, segundo o relatório, representam um terço ou menos da força de trabalho nos setores de computação em nuvem, engenharia e dados e inteligência artificial. A baixa chegada de novos talentos em tais setores é um sinal de que a proporção de mulheres que ingressam aumentou apenas marginalmente, ou mesmo caiu, nos últimos anos.

    Dos oito setores de empregos analisados, apenas dois ("Pessoas e Cultura" e "Produção de Conteúdo") alcançaram a paridade de gênero. Enquanto isso, as mulheres continuam severamente sub - representadas em muitos setores. Um novo indicador introduzido este ano aponta inclusive que é ainda mais difícil para as mulheres fazerem a transição para campos onde elas já estão sub-representadas.

    No contexto da pandemia, as mulheres também estão mais propensas ao estresse devido a uma longa "dupla jornada" de trabalho remunerado e não remunerado, devido ao fechamento de escolas e à oferta limitada de serviços de assistência. Este seria outro obstáculo para as mulheres conquistarem posições de liderança ou ingressarem em novos setores.

    As condições agravadas pela pandemia, adverte o relatório, podem deixar "cicatrizes" nas oportunidades econômicas para as mulheres no futuro.

    Com apenas 22,3% de sua lacuna fechada, a representação política é a menos desenvolvida das quatro lacunas de gênero analisadas pelo FEM. A diferença aumentou 2,4 pontos percentuais desde o relatório do ano passado. Em todos os países avaliados, as mulheres representaram apenas 25,7% dos cerca de 35,5 mil assentos no parlamento e 22,8% dos mais de 3,4 mil ministros em todo o mundo. No ritmo atual, levará 145,5 anos para alcançar a paridade de gênero na esfera política.

   Participação e oportunidade econômica, por sua vez, compõem a segunda lacuna de menor evolução. Após um ano de ligeira melhora, o índice mais recente mediu a lacuna como 58% fechada. Por enquanto, serão necessários 257,2 anos para que a participação e as oportunidades econômicas sejam iguais para homens e mulheres.

    Quando se trata de realização educacional, saúde e sobrevivência, entretanto, as lacunas estão quase fechadas. A lacuna global de realização educacional entre homens e mulheres, por exemplo, encontra-se 96,3% fechada. No ritmo atual, a paridade total deve ser alcançada em 13 anos, sendo que 30 países já a conquistaram.

    Já a lacuna de saúde e sobrevivência está 95,6% fechada atualmente, após um pequeno declínio no ano passado (não relacionado à covid-19). O tempo que levará para o fechamento dessa lacuna não foi definido.

    Pelo décimo segundo ano consecutivo, a Islândia foi classificada como o país com maior igualdade de gênero no mundo.

    A Europa Ocidental continuou sendo a região que mais progrediu em direção à paridade de gênero, com 77,5% da lacuna fechada, seguida pela América do Norte, com 76,4%. Por outro lado, com apenas 61,5% de lacunas fechadas, o Oriente Médio e o Norte da África foram novamente as regiões que têm um caminho mais longo pela frente.

    Os maiores avanços deste ano foram observados na Lituânia, Sérvia, Timor-Leste, Togo e Emirados Árabes Unidos. Timor-Leste e Togo ficaram entre os únicos quatro países (incluindo a Costa do Marfim e a Jordânia) que conseguiram melhorar suas lacunas de participação e oportunidade econômica em pelo menos um ponto percentual desde o último relatório.

    Para alcançar um futuro com maior igualdade entre homens e mulheres, o FEM recomenda um maior investimento no setor de cuidados, bem como políticas de licenças iguais para homens e mulheres. Políticas e práticas direcionadas também são necessárias para superar a segregação ocupacional por gênero. Por último, o relatório apela para políticas de requalificação e práticas gerenciais em meio de carreira que incorporem práticas sólidas e imparciais para contratação e promoções.


(Adaptado de: dw.com/pt-br)

No segundo parágrafo, o emprego dos dois-pontos tem o objetivo de:
Alternativas
Q1765001 Português

Onibus antigos viram banheiros femininos confortáveis e

seguros na Índia

    Como muitas mulheres na Índia, a estudante Suvarna Dongare enfrenta diariamente a dificuldade de encontrar um banheiro público confortável e seguro, um serviço precário e __________ neste país do sul da Ásia.

    Por isso, ficou agradavelmente surpresa ao descobrir, em um parque da cidade de Pune, oeste da Índia, um ônibus velho pintado de rosa transformado em um banheiro móvel para mulheres por uma dupla de empresários, que estaciona o veículo em diversos lugares. “Fui ao parque e precisava urgentemente ir ao banheiro. Esses banheiros são muito confortáveis e dão uma sensação de segurança”, relatou a jovem de 18 anos, em conversa com a AFP.

   Pela modesta soma de cinco rúpias (cerca de 5 centavos de dólar), qualquer mulher pode embarcar para usar os banheiros, amamentar seus filhos ou até comprar fraldas e absorventes.

    Iniciado em 2016 pelos empreendedores Ulka Sadalkar e Rajeev Kher, o projeto “Banheiros para elas” oferece 12 serviços sobre rodas, cada um deles usado, em média, por mais de 200 mulheres por dia.

    “Acreditamos que as mulheres merecem ter __________ a banheiros limpos e seguros. É um direito fundamental para elas”, disse à AFP Ulka Sadalkar, cofundadora do projeto.

    Os dois empresários planejam inaugurar mil banheiros móveis na Índia nos próximos cinco anos.“Demos muita atenção à estética na conversão desses ônibus e oferecemos banheiros limpos, com telas de TV, monitores de temperatura e um assistente do outro lado da porta”, descreve.

    Manisha Adhav, de 40, que dirige um desses “pipimóveis”, sente-se “orgulhosa” de seu trabalho. “Porque fazemos algo pelas mulheres”, explica.

    Por iniciativa do primeiro-ministro Narendra Modi, este país de 1,3 bilhão de habitantes construiu, nos últimos anos, milhões de banheiros públicos no âmbito do programa “Índia Limpa”. Diante da falta de manutenção, de água e de eletricidade, muitos deles acabam não sendo utilizados, segundo os especialistas.

https://istoe.com.br... - adaptado.

Em relação à pontuação, assinalar a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q1764787 Português

Texto para o item.


Internet: <www.brasil.elpais.com> (com adaptações).

No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.

Na linha 2,a vírgula empregada após a forma verbal “vir” separa um segmento explicativo da expressão “liberdade de ir e vir”.

Alternativas
Q1764617 Português

Desafio de dar auxílio rápido na crise revela: o Brasil não conhece o Brasil



O trecho “Mas, além dessa operação ser complexa por natureza, o Brasil enfrenta um agravante” (linha 9), como aparece na publicação original, contém um desvio em relação à norma-padrão. Sendo assim, a substituição a ser feita, para tornar a passagem totalmente adequada à norma-padrão, é
Alternativas
Q1764614 Português

Desafio de dar auxílio rápido na crise revela: o Brasil não conhece o Brasil



No título do texto, os dois-pontos poderiam ser substituídos, sem prejuízo para a correção gramatical ou para os sentidos originais,
Alternativas
Ano: 2020 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Sapé - PB Provas: CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Advogado de Terceira Entrância | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Assistente Social | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Auditor de Controle Interno | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Educador Físico | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Enfermeiro | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Médico Cardiologista | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Médico Ginecologista | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Médico Pediatra | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Médico Psiquiatra | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Nutricionista | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Professor de Educação Básica II - Educação Física (Zona Urbana) | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Professor de Educação Básica II - Geografia (Zona Urbana) | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Professor de Educação Básica II - Libras (Zona Urbana) | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Pedagogo | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Professor de Educação Básica II - Matemática (Zona Urbana) | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Psicopedagogo | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Professor de Educação Básica II - Português (Zona Urbana) | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Professor de Educação Básica II - História (Zona Urbana) | CPCON - 2020 - Prefeitura de Sapé - PB - Psicólogo |
Q1764369 Português

Um estudante de pós-graduação de uma universidade pública brasileira submeteu por e-mail o resumo de seu artigo científico para apresentação oral em um importante evento acadêmico internacional, na sua área de atuação. Leia com atenção o texto 3 abaixo e responda à questão.


Texto 3


Para: [email protected]

Assunto: Submissao de resumo

Querida Comissao organizadora:


Segue o resumo bilingue do meu artigo para apresentacao no Congresso inter-nacional X, conforme a chamada disponivel na pagina do evento. Oportunamente, convem indicar que tenho interesse em concorrer a bolsa para a coedicao dos trabalhos a ser publicados. Por fim, peco desculpas pela ausencia de ascentos, meu teclado esta com problemas hehe.

Valeu!

Caio

Os responsáveis pela organização do evento não aceitaram o trabalho do estudante Caio, devido a problemas sintáticos e de adequação linguística do seu e-mail (texto 3) à situação social. Assinale a alternativa que melhor justifica o posicionamento da organização do evento sobre a não aceitação do referido trabalho, uma vez que, no e-mail, o estudante Caio apresenta problemas de:
Alternativas
Q1764311 Português

A pontuação é um mecanismo responsável pela textualidade, à medida que estabelece uma relação entre a estruturação sintática e a organização das unidades informacionais. Levando esse fato em consideração, analise as propostas de pontuação aplicadas ao trecho que inicia o texto “AVenezuela às escuras” (Veja, 20/03/19), avaliando a sua adequação.


I- Passar cinco dias sem eletricidade, não é fácil para ninguém; menos ainda para a sofrida população da Venezuela, em meio a uma crise de abastecimento, muitos alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir transações eletrônicas [...]

II- Passar cinco dias sem eletricidade não é fácil para ninguém – menos ainda para a sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise de abastecimento, muitos alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir transações eletrônicas [...]

III- Passar cinco dias sem eletricidade, não é fácil para ninguém, menos ainda para a sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise de abastecimento muitos alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir transações eletrônicas [...]


Está(ão) CORRETA(s) a(s) versão(ões):

Alternativas
Ano: 2021 Banca: IDIB Órgão: CREMERJ Prova: IDIB - 2021 - CREMERJ - Assistente Jurídico |
Q1763233 Português

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

A vírgula no trecho “Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça” é empregada para isolar
Alternativas
Ano: 2021 Banca: IDIB Órgão: CREMERJ Prova: IDIB - 2021 - CREMERJ - Assistente Jurídico |
Q1763227 Português

TEXTO I


Quem quer viver para sempre?  


    Eu já deveria estar morto. Ou a caminho de. Para alguns leitores, nunca uma frase soou tão verdadeira. Mas eu falo da história, não de afetos. Se tivesse nascido em Portugal, cem anos atrás, já haveria lápide e caixão. Dá para acreditar que, em inícios do século XX, a esperança média de vida para os homens portugueses rondasse os 35-40 anos? Hoje, andará pelos oitenta. O que significa que, com sorte e algum bom humor do Altíssimo, eu estou apenas a meio da viagem. Se juntarmos os progressos da medicina no futuro próximo, é possível que a viagem seja alargada mais um pouco. Cem anos, cento e tal. Nada mau.  

    Um artigo recente da Nature, aliás, promete revoluções para a minha pobre carcaça. O segredo está no hipotálamo cerebral e numa proteína do dito cujo que regula o envelhecimento humano. Não entro em pormenores, até porque eu próprio não os entendo. Mas eis o negócio: se a proteína é estimulada, os ratinhos morrem mais depressa. Se a proteína é inibida, acontece o inverso. Falamos de ratos, por enquanto, o que significa que a descoberta só terá aplicação imediata entre a classe política. Mas o leitor entende onde quero chegar.  

    E eu quero chegar à maior promessa de todas: o dia em que seremos finalmente imortais. Na história da cultura ocidental, esse dia pode estar no passado distante (ler Hesíodo, ler a Bíblia). Ou pode estar no futuro, como garantem os “trans-humanistas”. Falo de uma corrente bioética perfeitamente respeitável que se dedica a essa causa: o destino da humanidade não está em morrer aos cem. Está em viver indefinidamente depois dos cem, através dos avanços da tecnologia. Porque só a tecnologia permitirá aos homens suplantar a sua infantil condição mortal. O nosso corpo é apenas a primeira casca de todas as cascas que estarão por vir. E quem não gostaria de viver para sempre? 

    Curiosamente, há quem não queira. O filósofo Roger Scruton, em ensaio recente, dedica um capítulo específico aos transhumanistas. O livro intitula-se The Uses of Pessimism and the Dangers of False Hope. Segundo sei, será publicado no Brasil em breve. Recomendo. Primeiro, porque é uma súmula perfeita do pensamento de Scruton, escrito com elegância habitual do autor. Mas sobretudo porque é a mais brilhante refutação do pensamento utópico, e em particular do pensamento utópico trans-humanista de autores como Ray Kurzweil ou Max More, que me lembro de ter lido. Isso se deve, em grande parte, ao fato corajoso de Scruton ter sido capaz de virar o debate do avesso e perguntar: por que motivo a doença e a morte devem ser vistas como males intoleráveis que devemos erradicar? Não será possível olhar para eles como bens necessários?

    Certo, certo: ninguém ama a doença e, tirando casos extremos, ninguém deseja morrer. Mas sem a doença e a morte, a vida não teria qualquer valor em si mesma. Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos – tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo. Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente. Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem importância do efêmero, nada se torna importante. 

    Os trans-humanistas sonham com um mundo pós-humano. É provável que esse mundo seja possível no futuro, quando a técnica suplantar a nossa casca primitiva. Mas esse mundo, até pela sua própria definição, será um filme diferente. Não será um filme para seres humanos tal como os conhecemos e reconhecemos.

    Viver até os cem? Agradeço. Cento e vinte também serve. Mas se me dissessem hoje mesmo que o meu futuro duraria uma eternidade, eu seria o primeiro a pular da janela sem hesitar.

COUTINHO, João Pereira. Vamos ao que interessa: cem crônicas da era da brutalidade. São Paulo: Três Estrelas, 2015.

O uso do travessão na passagem “Vivemos, escolhemos, amamos – porque temos urgência em viver, escolher e amar” é justificado, pois
Alternativas
Q1763194 Português
Um estudante de pós-graduação de uma universidade pública brasileira submeteu por e-mail o resumo de seu artigo científico para apresentação oral em um importante evento acadêmico internacional, na sua área de atuação. Leia com atenção o texto 3 abaixo e responda à questão:

Texto 3

Assunto: Submissao de resumo

Querida Comissao organizadora:

Segue o resumo bilingue do meu artigo para apresentacao no Congresso inter-nacional X, conforme a chamada disponivel na pagina do evento. Oportunamente, convem indicar que tenho interesse em concorrer a bolsa para a coedicao dos trabalhos a ser publicados. Por fim, peco desculpas pela ausencia de ascentos, meu teclado esta com problemas hehe.
Valeu!
Caio
Os responsáveis pela organização do evento não aceitaram o trabalho do estudante Caio, devido a problemas sintáticos e de adequação linguística do seu e-mail (texto 3) à situação social. Assinale a alternativa que melhor justifica o posicionamento da organização do evento sobre a não aceitação do referido trabalho, uma vez que, no e-mail, o estudante Caio apresenta problemas de:
Alternativas
Q1763188 Português

Leia o texto 1 abaixo e responda à questão.


Texto 1


Neurocientista é alvo de mansplaining citando artigo que ela mesma escreveu

Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida porhomem que sugeriu a leitura de um estudo sobre o assunto – que ela mesma tinha escrito.

REDAÇÃO GALILEU

05 NOV2019 - 12H50 ATUALIZADO EM 05 NOV2019 - 19H20


A neurocientista Dra. Tasha Stanton contou no Twitter um episódio de machismo que sofreu durante a Conferência Australiana da Associação de Fisioterapia, que aconteceu no fim de outubro. Ela foi vítima de mansplaining com sua própria pesquisa científica.

Mansplaining é um termo em inglês usado para descrever o comportamento de alguns homens que assumem que uma mulher não conhece determinado assunto e insiste em explicá-lo, subestimando os conhecimentos da mulher.


O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um cientista homem a interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo para "entender melhor" o assunto. O artigo que ele indicou, entretanto, tinha sido escrito pela própria palestrante.

"Espere aí por um segundo, amigo. Sou Stanton. Eu sou a autora do artigo que você acabou de mencionar", ela disse naquele momento da palestra. Ela e outros cientistas da conferência riram da situação, mas ela ficou desconfortável com o acontecido.

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/


Considerando as versões abaixo para os dois trechos iniciais do texto 1, analise a ÚNICA alternativa que atende às regras da norma padrão:
Alternativas
Q1763063 Português
Leia o texto abaixo e, em seguida, responda à questão pertinente:

Mila
(Carlos Heitor Cony)
    Era pouco mais do que minha mão: por isso eu precisei das duas para segurá-la, 13 anos atrás. E, como eu não tinha muito jeito, encostei-a ao peito para que ela não caísse, simples apoio nessa primeira vez. Gostei desse calor e acredito que ela também. Dias depois, quando abriu os olhinhos, olhou-me fundamente: escolheu-me para dono. Pior: me aceitou.
    Foram 13 anos de chamego e encanto. Dormimos muitas noites juntos, a patinha dela em cima do meu ombro. Tinha medo de vento. O que fazer contra o vento?
   Amá-la – foi a resposta, e acredito que ela entendeu isso. Formamos, ela e eu, uma dupla dinâmica contra as ciladas que se armam. E também contra aqueles que não aceitam os que se amam. Quando meu pai morreu, ela se chegou, solidária, encostou sua cabeça em meus joelhos, não exigiu a minha festa, não queria disputar espaço, ser maior do que a minha tristeza.
    Tendo-a ao meu lado, eu perdi o medo do mundo e do vento. E ela teve uma ninhada de nove filhotes, escolhi uma de suas filhinhas e nossa dupla ficou mais dupla porque passamos a ser três. E passeávamos pela Lagoa, com a idade ela adquiriu “fumos fidalgos”, como o Dom Casmurro, de Machado de Assis. Era uma lady, uma rainha de Sabá numa liteira inundada de sol e transportada por súditos imaginários.
    No sábado, olhando-me nos olhos, com seus olhinhos cor de mel, bonita como nunca, mais que amada de todas, deixou que eu a beijasse chorando. Talvez ela tenha compreendido. Bem maior do que minha mão, bem maior do que o meu peito, levei-a até o fim.
   Eu me considerava um profissional decente. Até semana passada, houvesse o que houvesse, procurava cumprir o dever dentro de minhas limitações. Não foi possível chegar ao gabinete onde, quietinha, deitada a meus pés, esperava que eu acabasse a crônica para ficar com ela.
    Até o último momento, olhou para mim, me acolhendo e me aceitando. Levei-a, em meus braços, apoiada em meu peito. Apertei-a com força, sabendo que ela seria maior do que a saudade.

As Cem Melhores Crônicas Brasileiras / Joaquim Ferreira dos Santos, organização e introdução. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. 356 p. 
Releia e responda: “Amá-la – foi a resposta, e acredito que ela entendeu isso.” A expressão grifada, usada após o emprego do sinal do travessão, indica:
Alternativas
Q1762720 Português

Quanto à pontuação, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


( ) Ela estava muito, muito contente.

( ) Vamos, correr porque vai começar a chover.

Alternativas
Q1762230 Português

TEXTO 01


Policial salva bebê engasgado nos EUA


Por G1 - 10/06/2021 


Um policial rodoviário salvou a vida de um bebê que engasgou durante viagem de carro na Califórnia, nos Estados Unidos, na quarta-feira (9), informaram as autoridades locais.

A criança comia cerejas no banco de trás do automóvel quando sua mãe percebeu que havia algo errado e decidiu parar no acostamento para pedir ajuda.

A patrulha atendeu ao chamado da mãe e chegou rapidamente ao local para realizar os primeiros socorros. (...)

Ramsted, que tem formação como paramédico, aparece segurando a criança com a barriga para baixo e dando leves palmadas nas costas para fazê-la cuspir a fruta.

Depois de um breve momento de tensão, ele consegue desobstruir as vias aéreas do pequeno que volta a respirar normalmente.

Essa não foi a primeira vez que o policial americano apareceu salvando vidas.

Em 2017, ele foi rápido na hora de agarrar uma mulher que tentava saltar de uma passarela no meio da rodovia.


https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/06/10/policial-salva-bebe-engasgado-nos -eua-assista.ghtml - Acesso em 10/06/2021 

No trecho "Em 2017 , ele foi rápido na hora de agarrar uma mulher que tentava saltar de uma passarela no meio da rodovia ", a vírgula após a expressão destacada foi empregada para:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2018 - UFMG - Auxiliar Administrativo |
Q1762008 Português

INSTRUÇÃO: A questão refere-se ao Texto , a seguir. Leia-o com atenção, antes de respondê-la.


TEXTO

   Quem passou por alguma praia recentemente talvez tenha se deparado com um fenômeno comum, mesmo nas regiões mais remotas do litoral brasileiro: o lixo. Em uma caminhada de uns dez minutos que fiz no litoral de Santa Catarina no começo de janeiro, por exemplo, encontrei garrafas pet, latinhas de cerveja e de energéticos, canudinhos, plásticos de picolé. Fui recolhendo o que achei até que, sozinha, eu não tinha mais braços suficientes para tanto lixo acumulado.

   O problema é que quando a maré sobe, ou quando chove, tudo aquilo que se acumula na areia vai para o mar – e causa um estrago danado. Já há, inclusive, estudos que mostram que até 2050 os Oceanos terão mais plásticos do que peixes.

   Por que as pessoas jogam lixo na praia? Fiz essa pergunta alto para quem estava lá comigo entre latinhas e pacotes de batata frita e tive como resposta o mesmo que você deve ter pensado: “as pessoas não têm educação”. Ok. Então vamos entender o que isso significa.

   “Não ter educação” e, por causa disso, jogar lixo na praia, na rua e nos espaços públicos, pode ser entendido como falta de conhecimento. Não aprendi algo, por isso tenho uma determinada atitude por desconhecimento dos impactos do que eu faço. As pessoas, em tese, não saberiam que aquele lixo plástico jogado na areia inevitavelmente vai parar no mar. Tampouco saberiam que o peixe pode ingerir esse plástico, então você “come o plástico” simplesmente porque come o peixe. É a ideia de “cadeia alimentar”, que aparece na escola no ensino fundamental e pode ser tema até de vestibular. Não me parece, no entanto, que o lixo naquela praia seja um caso de falta de conhecimento. Chuto dizer que a maioria das pessoas que estava lá em Santa Catarina – e que jogou latinha de cerveja por onde passou – tinha passado pelas aulas de biologia da escola. Aquelas pessoas provavelmente tinham diploma de ensino superior – ou até alguma pós-graduação. Cruzei com gente opinando sobre política e ostentando um português elegante – ou falando outras línguas, como espanhol e alemão.

   O problema pode estar no formato da nossa educação. Aprendemos conceitos importantes de maneira muito teórica e temos aulas expositivas focadas em livros didáticos com pouca experimentação. Pode ser que aquelas pessoas da praia tenham conhecimento ambiental, mas não internalizaram os conceitos aprendidos. Trocando em miúdos: quem joga uma sacola plástica na areia da praia pode até acertar uma questão do Enem sobre poluição ou cadeia alimentar, por exemplo, mas talvez não compreenda completamente que aquele seu próprio lixo interfere no ecossistema do qual faz parte.

    Mais: pessoas altamente instruídas no Brasil podem ter baixíssima noção de cidadania, do que é ser cidadão, de regras de divisão de espaços públicos. Talvez porque estejam viciadas pelos hábitos de gerações anteriores, que jogavam lixo na praia, as pessoas seguem fazendo o mesmo. Ou então aquelas pessoas estão mais acostumadas a ambientes privados e controlados, e acreditam que sempre haverá alguém para limpar o rastro que se deixa por aí.

   Aqui, vamos das aulas de ciências à sociologia. Será que estamos discutindo o suficiente, na escola, sobre a formação sociocultural brasileira, que é impregnada pela ideia de “ser servido”? E debatemos o quanto isso afeta, inclusive, o nosso próprio ecossistema?


RIGHETTI, Sabine. Disponível em:

<http://abecedario.blogfolha.uol.com.br/2018/01/31/lixo-na-praiamostra-que-precisamos-muito-mais-do-que-educacao/>. Acesso em: 1 fev. 2018.

INSTRUÇÃO: Leia este trecho para responder à questão.

Quem passou por alguma praia recentemente talvez tenha se deparado com um fenômeno comum, mesmo nas regiões mais remotas do litoral brasileiro: o lixo.

Considerando-se a pontuação nesse trecho, os dois pontos introduzem um

Alternativas
Ano: 2021 Banca: OMNI Órgão: Conderg - SP Prova: OMNI - 2021 - Conderg - SP - Farmacêutico |
Q1761891 Português
TEXTO 01
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Policial salva bebê engasgado nos EUA

Agentes da polícia rodoviária foram chamados para socorrer criança em um acostamento da Califórnia.

Por G1 - 10/06/2021

Um policial rodoviário salvou a vida de um bebê que engasgou durante viagem de carro na Califórnia, nos Estados Unidos, na quarta-feira (9), informaram as autoridades locais.
A criança comia cerejas no banco de trás do automóvel quando sua mãe percebeu que havia algo errado e decidiu parar no acostamento para pedir ajuda.
A patrulha atendeu ao chamado da mãe e chegou rapidamente ao local para realizar os primeiros socorros.
(...)
Ramsted, que tem formação como paramédico, aparece segurando a criança com a barriga para baixo e dando leves palmadas nas costas para fazê-la cuspir a fruta.
Depois de um breve momento de tensão, ele consegue desobstruir as vias aéreas do pequeno que volta a respirar normalmente.
Essa não foi a primeira vez que o policial americano apareceu salvando vidas.
Em 2017, ele foi rápido na hora de agarrar uma mulher que tentava saltar de uma passarela no meio da rodovia.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/06/10/policial-salva-bebe-engasgado-nos -eua-assista.ghtml - Acesso em 10/06/2021
No trecho "Em 2017 , ele foi rápido na hora de agarrar uma mulher que tentava saltar de uma passarela no meio da rodovia ", a vírgula após a expressão destacada foi empregada para:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: OMNI Órgão: Conderg - SP Prova: OMNI - 2021 - Conderg - SP - Maqueiro |
Q1761751 Português
TEXTO 01
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

A cigarra e a formiga

Havia uma cigarra que passou todo o verão a cantar, aproveitando os agradáveis fins de tarde e curtindo o tempo de forma despreocupada.
Mas quando chegou o gelado inverno, a cigarra já não estava alegre, pois estava faminta e tremendo de frio.
Assim, foi pedir ajuda à formiga, que havia trabalhado muito no verão. Pediu que a colega lhe desse alimento e abrigo. Ao que a formiga perguntou:
O que você fez durante todo o verão?
- Estive a cantar - respondeu a cigarra.
E a formiga lhe deu uma resposta grosseira:
- Pois então, agora dance!

Fábulas de Esopo - Disponível em https://www.culturagenial.com/melhores-fabulas-com-moral/ (Adaptado) 
Marque a alternativa que apresenta a informação INCORRETA.
Alternativas
Q1760562 Português

Dormir para lembrar 

Tirar uma soneca após a aula pode ajudar a fixar na memória o conteúdo aprendido, diz pesquisa

brasileira.

    Atire a primeira pedra quem nunca tirou uma soneca depois da aula. Mas ninguém precisa se sentir culpado: a neurociência tem a desculpa perfeita para fechar os olhos e descansar após um turno cansativo na escola ou na universidade. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) concluíram que a tão valorizada soneca ajuda a consolidar as memórias do que se aprende em sala de aula. Trocando em miúdos, dormir depois da aula ajuda a reforçar o que foi aprendido e mantém a memória viva por mais tempo.

     Os pesquisadores fizeram uma série de testes com 584 alunos de 10 a 15 anos de sete escolas da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Eles queriam avaliar o que estava sendo registrado na mente dos indivíduos em uma soneca logo após a aula. Para isso, dividiram as turmas em dois grupos – grupo soneca e grupo vigília – e, depois que o primeiro grupo tirava sonecas de 50 minutos a duas horas de duração, aplicaram testes com perguntas sobre o que havia sido exposto na classe, com temas que incluíam matemática, geografia e ciências.

   Realizados em duas etapas com intervalo de cinco dias, os testes mostraram que o grupo soneca lembrava mais claramente do que foi visto nas aulas. “Concluímos que há um aumento de cerca de 10% na retenção da memória em crianças que cochilavam logo após a aula”, pontua Sidarta Ribeiro, neurocientista da UFRN e um dos autores do estudo, publicado na revista estrangeira Frontiers in Systems Neuroscience.

 (Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2015/07/dormir-para-lembrar. Acesso em: 23 jul. 2016)

Releia o seguinte trecho do texto:


Mas ninguém precisa se sentir culpado: a neurociência tem a desculpa perfeita para fechar os olhos e descansar após um turno cansativo na escola ou na universidade.

Nesse trecho, os dois pontos foram usados para anteceder uma

Alternativas
Respostas
3381: D
3382: C
3383: B
3384: D
3385: C
3386: B
3387: E
3388: E
3389: E
3390: C
3391: D
3392: E
3393: C
3394: C
3395: B
3396: C
3397: C
3398: B
3399: C
3400: C