Questões de Concurso Comentadas sobre pontuação em português

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Q988143 Português
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto CB1A1-I, poderia ser inserida uma vírgula logo após
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Ano: 2019 Banca: UEG Órgão: UEG Prova: UEG - 2019 - UEG - Docente de Ensino Superior |
Q988107 Português

Em entrevista exclusiva à Revista GLOBO RURAL, a deputada federal Tereza Cristina, que assume em janeiro o Ministério da Agricultura, disse que não se pode associar a imagem do produtor brasileiro ao desmatamento e à destruição da Amazônia. “O produtor rural não faz isto. Quem faz isso são pessoas que estão na ilegalidade. São bandidos que estão lá para roubar a floresta, para não pagar imposto. Essa não é uma característica do produtor brasileiro”, disse a futura ministra.

Disponível em:<https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Politica/noticia/2018/11/quem-desmata-amazonia-sao-bandidos-da-floresta-e-nao-o-produtor-diz-tereza-cristina.html>

Quanto à pontuação do texto, a afirmativa errada é:
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Q987602 Português

O emprego da vírgula está INCORRETO em:

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Q987513 Português
Há um erro na colocação da vírgula em:
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Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRO-PB Prova: Quadrix - 2018 - CRO-PB - Fiscal |
Q987161 Português

Considerando aspectos linguísticos do texto, julgue o seguinte item.


Na linha 26, a expressão “em Londres” poderia, sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do texto, ser deslocada, com a vírgula que a sucede, para imediatamente depois do termo “realizado”.

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Q986449 Português

                                                Texto II

                              ... e cheio de perigos virtuais

      E tal como no mundo real, no qual há aquelas pessoas mal-intencionadas, a internet também possui perigos e exige precauções. No mundo real, usamos diversos tipos delas. Instalamos fechaduras nas portas das nossas casas e carros e as trancamos para ter maior segurança pessoal e dos nossos bens. Usamos cortinas nas nossas janelas para, além da claridade, ter mais privacidade em relação a vizinhos e pedestres. Não saímos por aí contando para qualquer desconhecido como foi aquela aventura amorosa ou quais são os hábitos dos nossos familiares. E ainda evitamos que nossos filhos tenham contatos com pessoas que não conhecemos sem a nossa presença ou de alguém da nossa confiança. 

Do mesmo modo, também devemos nos proteger e ser precavidos no mundo virtual. E isso vale para empresas e governos. Com o progressivo crescimento da digitalização dos negócios, tornou-se mais frequente a ocorrência de crimes e golpes virtuais. E os seus tipos são tão variados quanto a criatividade humana permite, indo desde roubo de informações sensíveis (políticas, estratégicas, segredos industriais etc.), sequestro de dados, controle remoto de dispositivos pessoais para finalidades ilegais...

BRASIL, país digital (Extraído de: brasilpaisdigital.com.br/seguranca-e-cidadania-no-mundo-digital). Adaptado

No segundo parágrafo, o emprego dos parênteses tem o objetivo de:
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Q986401 Português
Assinale a alternativa que apresenta a pontuação correta, conforme a língua padrão de escrita.
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Q986067 Português

Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil


O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras.

Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas.

Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás.

"Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes".

Esse evento periódico, que tende a elevar temperaturas globais e alterar padrões climáticos, ajudou 2015 a bater o recorde de ano mais quente da história.

"De acordo com certas medições, esse já foi o El Niño mais forte registrado. Depende da maneira como você mede", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra.

"Em vários países tropicais temos observado reduções entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas".

As secas e inundações, e o impacto potencial que representam, preocupam as agências de ajuda humanitária. Cerca de 31 milhões de pessoas estão sob risco de escassez de alimentos na África – um aumento significativo em relação a 2014.

Cerca de um terço dessas pessoas vive na Etiópia, país em que 10,2 milhões de pessoas deverão demandar assistência em 2016, segundo previsões.

(Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-01-02/clima-foi-de-extremos-em-2015-e-cientistas-fazem-alerta-para-este-ano.html) 

Com base no texto 'Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil', marque a opção INCORRETA
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Q986066 Português

Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil


O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras.

Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas.

Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás.

"Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes".

Esse evento periódico, que tende a elevar temperaturas globais e alterar padrões climáticos, ajudou 2015 a bater o recorde de ano mais quente da história.

"De acordo com certas medições, esse já foi o El Niño mais forte registrado. Depende da maneira como você mede", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra.

"Em vários países tropicais temos observado reduções entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas".

As secas e inundações, e o impacto potencial que representam, preocupam as agências de ajuda humanitária. Cerca de 31 milhões de pessoas estão sob risco de escassez de alimentos na África – um aumento significativo em relação a 2014.

Cerca de um terço dessas pessoas vive na Etiópia, país em que 10,2 milhões de pessoas deverão demandar assistência em 2016, segundo previsões.

(Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-01-02/clima-foi-de-extremos-em-2015-e-cientistas-fazem-alerta-para-este-ano.html) 

Com base no texto 'Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil', marque a opção CORRETA
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Q986065 Português

Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil


O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras.

Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas.

Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás.

"Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes".

Esse evento periódico, que tende a elevar temperaturas globais e alterar padrões climáticos, ajudou 2015 a bater o recorde de ano mais quente da história.

"De acordo com certas medições, esse já foi o El Niño mais forte registrado. Depende da maneira como você mede", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra.

"Em vários países tropicais temos observado reduções entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas".

As secas e inundações, e o impacto potencial que representam, preocupam as agências de ajuda humanitária. Cerca de 31 milhões de pessoas estão sob risco de escassez de alimentos na África – um aumento significativo em relação a 2014.

Cerca de um terço dessas pessoas vive na Etiópia, país em que 10,2 milhões de pessoas deverão demandar assistência em 2016, segundo previsões.

(Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-01-02/clima-foi-de-extremos-em-2015-e-cientistas-fazem-alerta-para-este-ano.html) 

Com base no texto 'Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil', marque a opção INCORRETA
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Q986064 Português

Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil


O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras.

Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas.

Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás.

"Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes".

Esse evento periódico, que tende a elevar temperaturas globais e alterar padrões climáticos, ajudou 2015 a bater o recorde de ano mais quente da história.

"De acordo com certas medições, esse já foi o El Niño mais forte registrado. Depende da maneira como você mede", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra.

"Em vários países tropicais temos observado reduções entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas".

As secas e inundações, e o impacto potencial que representam, preocupam as agências de ajuda humanitária. Cerca de 31 milhões de pessoas estão sob risco de escassez de alimentos na África – um aumento significativo em relação a 2014.

Cerca de um terço dessas pessoas vive na Etiópia, país em que 10,2 milhões de pessoas deverão demandar assistência em 2016, segundo previsões.

(Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2016-01-02/clima-foi-de-extremos-em-2015-e-cientistas-fazem-alerta-para-este-ano.html) 

Com base no texto 'Segundo previsões, efeitos do fenômeno climático - o mais intenso em quase 20 anos - deverão aumentar a fome no mundo e já são sentidos no Brasil', marque a opção INCORRETA
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Q986034 Português

Declarações racistas de Fernando Pessoa reacendem a discussão sobre a relação entre os artistas e suas obras


Causou estarrecimento em muita gente a descoberta de um texto racista escrito pelo poeta Fernando Pessoa (1888 – 1935). A discussão correu as redes sociais depois que o escritor Antonio Carlos Secchin reproduziu um trecho em sua página no Facebook. O estarrecimento certamente ficou por conta da contundência das frases e também porque Fernando Pessoa ocupa um imaginário quase etéreo e mítico dentro da cultura ocidental contemporânea. Para nós, hoje, é difícil aceitar que um artista do calibre do poeta português, que simplesmente reescreveu liricamente a empreitada lusitana, criou complexos heterônimos e se tornou um dos pilares da literatura e da língua portuguesa, fosse capaz de escrever palavras tão assombrosas. [...]

Fernando Pessoa tinha 28 anos quando escreveu que “a escravatura é lógica e legítima; um zulu ou um landim não representa coisa alguma de útil neste mundo.” Anos mais tarde, aos 32 anos, Pessoa escreveu que “a escravidão é lei da vida, e não há outra lei, porque esta tem que cumprir-se, sem revolta possível. Uns nascem escravos, e a outros a escravidão é dada.” E, mesmo próximo de completar 40 anos, as ideias racistas ainda persistiam: “Ninguém ainda provou que a abolição da escravatura fosse um bem social (...) quem nos diz que a escravatura não seja uma lei natural da vida das sociedades sãs?” [...]

O caso de Fernando Pessoa reacende a discussão sobre a relação entre os escritores e suas obras e nos faz refletir o quanto suas biografias podem nos influenciar como leitores. Mesmo considerado um grande gênio pela crítica, não se pode esquecer que Fernando Pessoa é fruto de um país colonialista, ou seja, ele está inserido na longa tradição lusitana de exploração colonial. [...]

É doloroso descobrir que um ícone literário tenha um lado tão sombrio. Portanto, o nosso desafio como leitores é o de sabermos separar a obra do autor, pois antes de ser poeta, Fernando é humano com toda a complexidade e contradição que ele carrega. A indignação e a decepção com o literato é válida e necessária porque nos aproxima dele e nos afasta daquela figura mítica e sobrenatural, ao mesmo tempo em que resgata a humanidade que há em nós ao refutarmos seus textos racistas e misóginos. A discussão foi posta, mas não percamos de vista a literatura. Guimarães Rosa já cantava essa pedra: “Às vezes, quase sempre, um livro é maior que a gente”.

(Adaptado. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2016/01/d eclaracoes-racistas-de-fernando-pessoa-reacendem-adiscussao-sobre-a-relacao-entre-os-artistas-e-suasobras-4952826.html)

Com base no texto 'Declarações racistas de Fernando Pessoa reacendem a discussão sobre a relação entre os artistas e suas obras', marque a opção INCORRETA
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Q985857 Português

                                    O sal da terra

                                                                                                                     Beto Guedes


[...]

Terra, és o mais bonito dos planetas

Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã

Canta, leva tua vida em harmonia

E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã

Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais

que dois

Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão

Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois

[...]

Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/beto-guedes/o-sal-da-terra.html> . Acesso em: 23 out. 2017.


Na frase destacada Terra, és o mais bonito dos planetas, a vírgula foi empregada para isolar o  

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Q985811 Português

Imagem associada para resolução da questão


Dadas as afirmativas a respeito das falas apresentadas na tirinha,

I. No primeiro quadrinho, tem-se um período composto por subordinação.

II. No segundo quadrinho, há quatro orações coordenadas.

III. A expressão dos namorados (1º quadrinho) tem idêntica função sintática da palavra enorme (2º quadrinho).

IV. O conectivo e (2º quadrinho) poderia ser substituído por uma vírgula, sem prejuízos de sentido.

V. Na construção do último quadrinho, foi usado um verbo de ligação mais predicativo do sujeito.

verifica-se que estão corretas 

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Q985711 Português

Quanto ao emprego da vírgula, dadas as afirmativas,


I. Iracema, a virgem dos lábios de mel, tinha os cabelos mais negros que as asas da graúna (José de Alencar).

II. Rua Sete de Setembro, 1550 Porto Alegre.

III. À tarde, todos saíram para o trabalho.

IV. Cada ano de vida é mais, ou melhor menos.


verifica-se que está(ão) pontuada(s) corretamente

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Q985320 Português

Canção do Exílio

Gonçalves Dias


[...]

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá,

Em cismar — sozinho, à noite —

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.”

[...]

Disponível em: <www.horizonte.uram.mr/brasil/gdias.html> . Acesso em: 17 set. 2018.


Na estrofe da Canção do Exílio, poema de Gonçalves Dias, o emprego do travessão duplo indica

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Q984927 Português

Texto: O futuro na balança


      Se na década de 1970 o principal entrave ao desenvolvimento das crianças brasileiras era a desnutrição, hoje, quase 50 anos depois, a preocupação pende para o extremo oposto da balança. “A obesidade é a maior epidemia de todos os tempos e não deixou o Brasil de fora”, sentencia a pediatra Renata Machado, do Departamento de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). É um problema que afeta gente de todas as idades – a prevalência entre os adultos aumentou 60% no país de 2006 a 2016! – e começa cada vez mais cedo. Entre meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do peso e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de brasileirinhos em 2025.

      E por que os especialistas se inquietam tanto com isso? “Uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso”, alerta Michele Lessa, coordenadora de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde. A condição está associada a nada menos que 26 doenças crônicas, como pressão alta e diabetes tipo 2 – problemas que deixaram de ser exclusividade de gente grande. Nesse cenário, vislumbra-se, pela primeira vez na história recente, uma geração que poderá viver menos e pior que seus pais.

      Ironicamente, uma criança acima do peso pode até ser considerada desnutrida. Isso por causa da má qualidade da alimentação, que nas últimas décadas vem perdendo nutrientes bacanas e ganhando açúcar, gordura e sódio desde muito cedo. Imagine que 32,5% das crianças com menos de 2 anos consomem refrigerante ou bebidas adoçadas cinco ou mais vezes na semana. “O que vemos é uma geração de mães e pais que trabalham muito, que chegam em casa e não têm tempo de cozinhar e acabam oferecendo alimentos prontos, mais baratos e com alto teor calórico”, observa a pediatra Louise Cominato, coordenadora do Ambulatório de Obesidade do Instituto da Criança do hospital das Clínicas de São Paulo. É claro que não se trata de culpar os pais. Até porque hábitos alimentares se constroem também a partir de políticas públicas, informação adequada, melhoria do ambiente escolar, restrição de propaganda e redução da disponibilidade de produtos desequilibrados.

      Na verdade, o desarranjo com a comida é só um dos pilares que sustentam o ganho de peso. “A obesidade é um problema complexo e multifatorial”, ressalta Odete Freitas, diretora de sustentabilidade da Amil, companhia de seguros que lançou em 2014 o movimento “Obesidade Infantil Não”, com o intuito de conscientizar escolas e toda a sociedade. O sedentarismo, ela lembra, tem papel decisivo nos quilos a mais. Estudos sugerem que, ao chegar aos 18 anos, um jovem de hoje poderá ter passado três anos em frente a uma tela de televisão, celular ou tablete. Não espanta, assim, que as brincadeiras e as atividades que botam o corpo em movimento fiquem em segundo plano.

      Outro aspecto associado ao abuso das telas e ao próprio excesso de peso é a má qualidade do sono. Sem horários estabelecidos para dormir e acordar, muitas crianças descansam pouco ou mal, situação propícia a desregular hormônios que controlam a fome e a saciedade e o desenvolvimento do corpo. Tem mais: sono ruim gera cansaço, baixo rendimento escolar e problemas emocionais. E aí chegamos a outro ponto crítico: a obesidade não compromete só a saúde física, prejudica também o bem-estar mental e social.

      “Algo que os pacientes trazem muito é a questão do preconceito. As crianças acima do peso são humilhadas e responsabilizadas por seu problema”, repara a médica Maria Edna de Melo, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Com a campanha “Obesidade, Eu Trato com Respeito”, a entidade procura esclarecer, por exemplo, que recriminar a criança funciona apenas como fonte de estresse. “Obesidade precisa de tratamento, não existe um botão de liga e desliga”, afirma Maria Edna.

      Não é incomum, nesse contexto, que na convivência diária pais e cuidadores deixem de notar que o pequeno está ganhando peso demais. Daí a necessidade de prestar atenção e acompanhar de perto com o pediatra. Até porque, uma vez instalada a obesidade, mais difícil fica reverter o quadro. “Sem uma atuação em conjunto, que envolva uma equipe interdisciplinar, a família e a escola, não há como resolver”, avalia a educadora física Vera Lúcia Perino Barbosa, presidente do Instituto Movere, em São Paulo.

Paula Desgualdo Revista Saúde é Vital. São Paulo: Editora Abril, setembro de 2018. (adaptado)

“É um problema que afeta gente de todas as idades – a prevalência entre os adultos aumentou 60% no país de 2006 a 2016! – e começa cada vez mais cedo.” (1º parágrafo) Nesta frase, os travessões são empregados para:
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Q984805 Português

Texto: A verdade sobre os antibióticos

            De um lapso de memória nasceu uma das mais poderosas armas da medicina contra infecções bacterianas. É assim que pode ser descrita, em poucas palavras, a descoberta da penicilina em 1928, pelo bacteriologista inglês Alexander Fleming. O cientista trabalhava no Hospital St. Mary, na Inglaterra, onde observava o comportamento de uma cultura de Staphylococcus aureus, a temível bactéria que causa infecção generalizada. Um dia, Fleming saiu de férias e esqueceu em cima da mesa do laboratório uma de suas placas de cultura, com amostras de estafilococo. Ao voltar, ele notou que o mofo parecia ter produzido uma substância que conseguira atacar a bactéria. Logo, concluiu que essa mesma substância poderia ser utilizada para impedir o desenvolvimento de outras bactérias. Como o fungo chamava-se Penicillium notatum, Fleming batizou a tal substância de penicilina.

            O cientista ainda descobriu que, por não ser tóxica para o corpo humano, a penicilina também poderia ser usada como remédio. “Antes da descoberta da penicilina, os cientistas tentaram de tudo: de sais de ouro a bismuto. As bactérias eram combinadas quase que por seleção natural”, observa o toxicologista Sérgio Graff (SP). “Há 70 anos, qualquer pessoa podia morrer de meningite ou pneumonia. Hoje, embora essas doenças continuem matando, conseguimos curar grande parte delas. E isso se deve, principalmente, ao uso dos antibióticos”, afirma o infectologista Marcelo Simão Ferreira, do Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (MG). “Claro que a cura de uma infecção não depende só do antibiótico certo empregado, depende também do sistema de defesa do hospedeiro. Em pessoas com câncer, por exemplo, os antibióticos atuam muito menos”, ressalva.

O problema das infecções

            Alexander Fleming inaugurou uma nova era dentro da medicina: a dos antibióticos. Graças a ele, milhões de soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial foram salvos. O termo antibiótico vem do grego e significa “contra a vida” – nesse caso a dos micro-organismos, vamos deixar claro. Hoje, alguns especialistas já refutam o termo e preferem “antimicrobiano” a “antibiótico”. 

            “Os antimicrobianos são comumente usados no tratamento de doenças causadas por agentes microbianos, que podem ser tanto uma bactéria (pneumonia, por exemplo) como um fungo (candidíase) ou vírus (AIDS). Essas doenças são todas chamadas de infecções e cada tipo, de acordo com o agente que a provocou, tem um tratamento específico”, detalha a farmacêutica Emília Vitória da Silva, da Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (DF).

            Em linhas gerais, os antibióticos podem ser divididos em sistêmicos e tópicos. Segundo Emília, os sistêmicos são aqueles que precisam atingir a corrente sanguínea para exercer sua ação terapêutica. Podem ser administradas por via oral (boca), intramuscular (injeção no músculo), intravenosa (injeção na veia) e aerossol, entre outros. “Quando você administra um antimicrobiano por via oral, a substância atinge o estômago e passa, através da mucosa estomacal, para o sangue. Por este é levada até o seu local de ação, que geralmente é um órgão interno, como garganta ou pulmão”, detalha a farmacêutica Emília.

            Já o uso tópico de antibióticos acontece quando esses agentes são aplicados diretamente na pele ou mucosas, principalmente em infecções dermatológicas (na pele), oftalmológicas (nos olhos), otológicas (nas orelhas) e ginecológicas (na vagina). “Antimicrobianos tópicos têm ação localizada e pouca, às vezes nenhuma, quantidade do medicamento atinge o sangue”, afirma a farmacêutica.

Perigo à vista

            Se Alexander Fleming estivesse vivo, reprovaria o uso indiscriminado de antibióticos. Segundo estimativas de Janaína Sallas, consultora técnica no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 40% dos remédios consumidos hoje no Brasil são antibióticos. “A descoberta da penicilina trouxe indiscutíveis benefícios para a medicina, como elevado índice de cura e a redução no número de sequelas. Mas, por outro lado, quando tomados de maneira abusiva e sem prescrição médica, os antibióticos podem causar reações adversas e, principalmente, resistência microbiana”, alerta a especialista em saúde coletiva. 

Resistência microbiana

            O maior risco oferecido pelo uso indiscriminado de antibióticos, porém, é a chamada “resistência microbiana”, que piora o quadro infeccioso do paciente e reduz a eficácia do tratamento. “Quando você utiliza um antimicrobiano de maneira inadequada, os microorganismos desenvolvem uma mutação e se tornam resistentes ao agente antibiótico”, explica a farmacêutica Emília Vitória.

            O toxicologista Sérgio Graff chama a atenção para outro aspecto do uso abusivo do medicamento. Ele explica que o corpo humano é colonizado por “bactérias do bem”, que reforçam o sistema de defesa do organismo em lugares estratégicos como a pele e a boca, por exemplo. Entre outras incumbências, as “bactérias do bem” são encarregadas de impedir a proliferação de “bactérias do mal”. “Quando você toma um antibiótico sem a devida prescrição médica, elimina não só as bactérias ruins do seu organismo como as boas também”, alerta o toxicologista. Entre bactérias mortas e feridas, explica ele, salvam-se as mutantes. “A partir do momento em que dizimei todas as bactérias, as mutantes começam a se multiplicar. E a produzir infecções resistentes a antibióticos”, completa.

Vírus: inimigo invencível

            Embora a origem grega do termo signifique “contra a vida”, os antibióticos não conseguem agir sobre todos os micro-organismos. Na grande maioria das vezes, são eficazes contra bactérias e, em alguns casos, fungos e parasitas. “Em doenças virais, por exemplo, eles não têm eficácia alguma”, assegura Marília. Por isso mesmo a receita médica é imprescindível no ato da compra de antibióticos. Só o médico tem condições de avaliar se uma infecção é bacteriana ou viral. “O paciente não tem como distinguir uma da outra apenas pelos sintomas apresentados. Para você ter uma ideia, tanto infecções virais quanto bacterianas provocam febre no paciente”, diz a conselheira do Cremerj. 

André Bernardo

Revista VivaSaúde. São Paulo: Escala, edição 189, 2019.

(adaptado)

A vírgula é empregada para isolar um aposto no seguinte fragmento do texto:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Provas: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Auditor Fiscal Tributário | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro Civil | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Arquiteto | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico - Estratégia Saúde da Família - ESF | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico - Dermatologia | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista Ambiental | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista de Gestão de Pessoas | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista Documental - Arquivologia | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista Documental - Biblioteconomia | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista em Tecnologia da Informação e Comunicação | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Assistente Social | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Cirurgião-Dentista Bucomaxilofacial | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Cirurgião-Dentista | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Contador | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Educador Desportivo | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Enfermeiro | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro de Tráfego e Trânsito | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fiscal Municipal de Obras | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro do Trabalho | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Engenheiro Elétrico | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fiscal Municipal de Posturas | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fiscal Municipal de Vigilância Sanitária | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fisioterapeuta - Geral | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fisioterapeuta - Neurológico | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fonoaudiólogo | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Fisioterapeuta - Ortopédico | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico Clínico - UBS | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico - Psiquiatria | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Nutricionista | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico Veterinário | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Psicólogo | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Terapeuta Ocupacional | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Médico do Trabalho | VUNESP - 2019 - Prefeitura de Itapevi - SP - Analista em Gestão Pública |
Q984754 Português
Leia o texto para responder à questão.

“Tire suas próprias conclusões” 

Essa é a frase que mais tenho ouvido recentemente. Passada a euforia de uma notícia qualificada como “bomba”, logo os atores de uma das partes corriam a público para disponibilizar a íntegra daquilo que antes foi veiculado em partes.

É preciso saber de tudo e entender de tudo. É preciso tirar as próprias conclusões para não depender de ninguém, e é esse o grande e contraditório imperativo dos nossos tempos. É uma ordem a uma experimentação libertária, e uma quase contradição do termo. O imperativo que liberta também aprisiona: você só passa a ser, ou a pertencer, se tiver uma conclusão. Sobre qualquer coisa.

Nas últimas décadas psicanalistas se debruçaram sobre as mudanças nos arranjos produtivos e sociais de cada período histórico para compreender e nomear as formas de sofrimento decorrentes delas. A revolução industrial, a divisão social do trabalho, a urbanização desenfreada e as guerras, por exemplo, fizeram explodir o número de sujeitos impacientes, irritadiços e perturbados com a velocidade das transformações e suas consequentes perdas de referências simbólicas.
Pensando sobre o imperativo “Leia/Veja/Assista” e “Tire suas próprias conclusões”, começo a desconfiar de que estamos diante de uma nova forma de sofrimento relacionado a um mal-estar ainda não nomeado.
Afinal, que tipo de sujeito está surgindo de nossa nova organização social? O que a vida em rede diz sobre as formas como nos relacionamos com o mundo? Que tipos de valores surgem dali? E, finalmente, que tipo de sofrimento essa vida em rede tem causado?
Vou arriscar e sair correndo, já sob o risco de percorrer um campo que não é meu: estamos vendo surgir o sujeito preso à ideia da obrigação de ter algo a dizer. Ao longo dos séculos essa angústia era comum aos chamados formadores de opinião e artistas, responsáveis por reinterpretar o mundo. Hoje basta ter um celular com conexão 3G para ser chamado a opinar sobre qualquer coisa. Pensamos estar pensando mesmo quando estamos apenas terceirizando convicções ao compartilhar aquilo que não escrevemos.
É uma nova versão de um conflito descrito por Clarice Lispector a respeito da insuficiência da linguagem. Algo como: “Não só não consigo dizer o que penso como o que penso passa a ser o que digo”. Se vivesse nas redes que atribuem a ela frases que jamais disse, o “dizer” e o “pensar” teriam a interlocução de um outro verbo: “compartilhar”.

(Matheus Pichonelli, Carta Capital. 18.03.2016. www.cartacapital.com.br. Adaptado)



A passagem do texto que, após o acréscimo da vírgula, está de acordo com a norma-padrão é:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico |
Q983921 Português

“Pensar mal amiúde significa tornar mau. Na vida das nações (1) não menos que na dos indivíduos (2) os primeiros momentos de uma trajetória imprimem (3) no que está nascendo (4) traços de teimosa permanência”.

(Eduardo Giannetti, O Elogio do Vira-Lata e outros ensaios. 1ª. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 13)

Nesse segmento inicial de um texto, poderiam ser usadas vírgulas nas posições dos seguintes números:

Alternativas
Respostas
5161: D
5162: D
5163: C
5164: C
5165: C
5166: C
5167: A
5168: A
5169: C
5170: A
5171: B
5172: D
5173: C
5174: D
5175: B
5176: C
5177: A
5178: D
5179: B
5180: E