Questões de Português - Pontuação para Concurso

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Q2923710 Português

“Só assim evitar-se-ia que as crises, nacional e mundial, se transformassem em drama coletivo de grandes proporções.” (l. 29-31)


As vírgulas, no segmento acima, ocorrem porque separam

Alternativas
Q2923450 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


1 Cidades Mortas, de Monteiro Lobato, e Utopias Agrárias, de vários autores, têm uma conexão possível: aquele ponto impreciso em que o fim de um sonho se confunde com o início do seguinte. Nas crônicas publicadas há 90 anos e agora reeditadas, Monteiro Lobato (1882-1948) retrata a decadência da cultura do café no Vale do Paraíba, em São Paulo.

2 O tom é de sátira social. Um personagem, poeta, obtém o cargo de inspetor agrícola após declarar ter cultivado apenas "batatas gramaticais". Outro, ao negar um empréstimo, alega querer preservar a amizade, já que tem menos amigos do que patacas.

3 Essa comicidade, ainda eficaz, apesar da dicção lusa, pré-modernista, é temperada pela melancolia, que aparece em histórias como a do proprietário que, com a vã esperança depositada no café, vai vendendo nesgas da fazenda, "pedaços da sua própria carne".

4 A intenção de Lobato transparece já no nome de um de seus vilarejos fictícios: Oblivion, que, em inglês, quer dizer esquecimento.

5 "Desviou-se dela a civilização", resume o autor. Oblivion seria o avesso de Utopia. Enquanto a vila de Lobato remete para o estertor de uma época, a ilha igualmente fictícia de Thomas More (1477-1535) sugere o limiar de uma era.

6 O neologismo do humanista inglês é o ponto de partida de Utopias Agrárias, uma reunião de artigos apresentados num seminário da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2006. No texto de abertura, o cientista político Marcelo Jasmin dissocia a utopia de ideais quiméricos. Nota que a palavra carrega, em português, um sentido de "fantasia", enquanto a definição em francês contempla a plausibilidade da imaginação. "O horizonte de expectativas do que é plausível se move com os sujeitos da história, e o que ontem parecia desatino hoje pode ser o próprio senso comum." O resgate semântico da utopia é recorrente em vários autores. Para o doutor em filosofia Carlos Antônio Leite Brandão, a utopia empreende uma suspensão da racionalidade em vigor que dá lugar a uma outra ordem de valores, "ainda não vigentes, mas em formação".

7 Aplicado ao universo agrário, esse conceito revalorizado de utopia qualifica reformas que visam o acesso à terra. Segundo o sociólogo Leonardo Avritzer, a ampliação da propriedade da terra é nada menos do que pré-condição para a extensão da cidadania urbana.

8 Há entre os autores predominância de perspectivas de esquerda - o que não exclui críticas ao marxismo, por ter rebaixado o status da utopia - e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST. "Na minha utopia agrária de hoje, a terra não deve ter dono, nem pequeno nem grande."

9 O alvo do comentário utópico-socialista de Mané, como ele prefere ser chamado, são seus antigos companheiros de luta que hoje querem ser capitalistas. "Tem companheiro assentado da reforma agrária que já quer ir para outro Estado, porque o gado não cabe mais na terra dele."

10 A menção a um projeto comunista suscita o debate sobre os limites da democracia como regime capaz de promover e de beneficiar-se de uma reforma agrária. Esse é o tema de Newton Bignotto (UFMG), autor de Origens do Republicanismo Moderno.

11 Citando Alexis de Tocqueville, para quem o ideal democrático é a perfeita coincidência entre igualdade e liberdade, ele afirma que a luta pela terra é condição necessária, embora não suficiente, para a implementação de uma democracia efetiva no Brasil. É uma advertência à direita.

12 Mas ele também adverte a esquerda: "A busca pela igualdade a todo preço pode conter os germes da destruição das sociedades democráticas". São limites para a reforma agrária, mas, entre um extremo e outro, há espaço de sobra para que Utopia não repita Oblivion.


(Oscar Pilagallo)



As vírgulas empregadas no trecho “e não por acaso o volume termina com um depoimento de Manoel da Conceição Santos, líder do Movimento de Libertação dos Sem Terra, uma dissidência radical do MST” (8º parágrafo) se justificam pela mesma norma de pontuação que justifica a(s) vírgula(s) em:

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Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: MPE-RS Prova: FCC - 2008 - MPE-RS - Psicólogo |
Q2923248 Português

Atenção: As questões de números 41 a 46 referem-se ao texto que segue.


Perversão da Aufklärung*

Os países da América Latina realizaram a sua independência política sob o influxo da Ilustração. Os seus promotores assumiram alguns princípios desta, que atuaram como fator de unidade dentro da grande diversidade das culturas existentes entre o México e a Terra do Fogo. Um desses princípios pode ser expresso por meio das seguintes proposições: 1) o saber trará a felicidade dos povos; 2) este saber é aquele que veio da Europa, trazido pelo colonizador; 3) os detentores deste saber formam uma elite que deve orientar o destino das jovens nações.

A principal conseqüência foi a idéia de que o saber seria difundido entre todos, a partir das luzes de uns poucos. Esta era a missão das elites, como se elas dissessem: “Devemos possuir os instrumentos do poder, porque sabemos, e como sabemos, levaremos os outros ao saber, que é a felicidade. Confiem em nós.”

Mas essas convicções e atitudes de cunho acentuadamente ideológico tiveram, ao contrário, a conseqüência de fechar e restringir a iniciação na cultura intelectual, bem como o seu uso social e político. De ideal ilustrado, teoricamente universal e altruísta, ele se tornou em boa parte um saber de classe e de grupo, um instrumento de dominação que serviu por sua vez para segregar o povo e mantê-lo em condição inferior pela privação do saber.

(Antonio Candido, Textos de intervenção)


* Aufklärung: termo alemão que designa a Ilustração, movimento intelectual do século XVIII, caracterizado pela centralidade do conhecimento racional e da idéia de progresso.

Está plenamente adequada a pontuação do seguinte comentário sobre o texto:

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Q2922213 Português

Texto para as questões de 1 a 3


1Em quase todas as sociedades, há alguma atividade

de troca comercial, principalmente entre comunidades.

O produto excedente de uma família, de um clã ou de uma

4 aldeia pode ser de tempos em tempos trocado pelo produto

excedente de outras famílias, clãs ou aldeias especializadas

em outro tipo de produção. Nesse caso, a produção é

7 efetuada para atender às necessidades de quem produz, quer

dizer, cada comunidade procura ser autossuficiente.

Esse quadro muda quando se desenvolve uma

10 produção para a troca, em que cada um passa a produzir

aquilo a que está mais capacitado. Já encontramos aí um

forte motivo para a experiência da subjetividade privatizada:

13 cada um deve ser capaz de identificar a sua especialidade,

aperfeiçoar-se nela, identificar-se com ela. Mas isso não

basta. Os produtos produzidos para a troca devem ser

16 levados ao mercado. O mercado cria inevitavelmente a ideia

de que o lucro de um pode ser o prejuízo do outro e que cada

um deve defender os próprios interesses. Quando o mercado

19 toma conta de todas as relações humanas, isto é, quando

todas as relações entre os homens se dão por meio de compra

e venda de produtos elaborados por produtores particulares,

22 universaliza-se a experiência de que os interesses de cada

produtor são para ele mais importantes do que os interesses

da sociedade como um todo e que assim deve ser.


L. C. M. Figueiredo e P. L. R. de Santi. Psicologia, uma (nova) introdução. São Paulo: EDUC, 2002, p. 39-40 (com adaptações).

Preservam-se a coerência textual e o respeito às regras de pontuação ao se inserir uma vírgula logo depois de

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Q2920567 Português

Texto 1 para as questões de 01 a 07.

Analise as assertivas abaixo:


Imagem associada para resolução da questão


Está CORRETO o que se afirma em

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Respostas
251: A
252: D
253: D
254: B
255: D