Questões de Português - Pontuação para Concurso
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Mina vira alvo de protestos em Santa Catarina
Duas multinacionais, a Bunge e a Yara Brasil Fertilizantes, formaram a
IFC, Indústria de Fosfatos Catarinense, que deseja explorar a maior jazida de
fosfato ainda intacta no Brasil, em uma área de 300 hectares, cercada de
florestas, rios e pequenas comunidades. Parte da população de Anitápolis,
onde se localiza a jazida, é contra, uma vez que, na opinião dela, o agroturismo
é atividade referência na localidade e nas cidades vizinhas das encostas da
Serra Geral, uma vasta área de vales e montanhas banhada pela Bacia
Hidrográfica do Rio Tubarão. Uma vocação do lugar é a agricultura orgânica;
cenouras, beterrabas, brócolis, vagens, pepinos e cebolas são produzidos sem
agrotóxicos ou fertilizantes e vendidos a supermercados de São Paulo. Os
agricultores preocupam-se, porque a IFC deverá usar a água captada no Rio
dos Pinheiros. “Ela é tudo para nós”, dizem eles.
A produção da mina resultará, além de 1,8 milhão de toneladas de
fosfato, 500 mil toneladas de super fosfato simples, 200 mil toneladas de ácido
sulfúrico (usado na mineração) – também em 1,2 milhão de toneladas de
material estéril, que serão depositadas em uma área contida por uma
barragem de rejeitos que terá 80 metros de altura e será erguida com barro e
ancorada entre dois morros, a alguns metros de várias casas. A IFC garante
segurança, mas os proprietários temem por si e por suas famílias. “Se o pior
acontecer, vai matar todo mundo, daqui até Tubarão”, diz um deles.
(Adapt. de O Estado de São Paulo, 20 set. 2009, p. A22.)
Observação: Os números entre parênteses indicam a linha (ou linhas) em que, no texto, se encontram as palavras ou expressões entre aspas.
Assinale a alternativa INCORRETA.
Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no texto abaixo.
"Nenhum homem é uma ilha", escreveu o inglês John Donne em 1624, frase que atravessaria os séculos como um dos lugares-comuns mais citados de todos os tempos. Todo lugar- comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos – e esse não é exceção. Durante toda a história da espécie, a biologia e a cultura conspiraram juntas para que a vida humana adquirisse exatamente esse contorno, o de um continente, um relevo que se espraia, abraça e se interliga.
A vida moderna, porém, alterou-o de maneira drástica. Em certos aspectos partiu o continente humano em um arquipélago tão fragmentado que uma pessoa pode se sentir totalmente separada das demais. Vencer tal distância e se reunir aos outros, entretanto, é um dos nossos instintos básicos. E é a ele que atende um setor do mercado editorial que cresce a passos largos: o da autoajuda e, em particular, de uma autoajuda que se pode descrever como espiritual. Não porque tenha necessariamente tonalidades religiosas (embora elas, às vezes, sejam nítidas), mas porque se dirige àquelas questões de alma que sempre atormentam os homens. Como a perda de uma pessoa querida, a rejeição ou o abandono, a dificuldade de conviver com os próprios defeitos e os alheios, o medo da velhice e da morte, conflitos com os pais e os filhos, a frustração com as aspirações que não se realizaram, a perplexidade diante do fim e a dúvida sobre o propósito da existência. Questões que, como séculos de filosofia já explicitaram, nem sempre têm solução clara – mas que são suportáveis quando se tem com quem dividir seu peso, e esmagadoras quando se está só.
As mudanças que conduziram a isso não são poucas nem sutis: na sua segunda metade, em particular, o século XX foi pródigo em abalos de natureza social que reconfiguraram o modo como vivemos. O campo, com suas relações próximas, foi trocado em massa pelas cidades, onde vigora o anonimato. As mulheres saíram de casa para o trabalho, e a instituição da "comadre" virtualmente desapareceu. Desmanchou-se também a ligação quase compulsória que se tinha com a religião, as famílias encolheram drasticamente não só em número de filhos mas também em sua extensão. A vida profissional se tornou terrivelmente competitiva, o que acrescenta ansiedade e reduz as chances de fazer amizades verdadeiras no local de trabalho. Também o celular e o computador fazem sua parte, aumentando o número de contatos de que se desfruta, mas reduzindo sua profundidade e qualidade.
Perdeu-se aquela vasta rede de segurança que, é certo, originava fofoca e intromissão, mas também implicava conselhos e experiência, valores sólidos e afeição desprendida, que não aumenta nem diminui em função do sucesso ou da beleza. Essa é a lacuna da vida moderna que a autoajuda vem se propondo a preencher: esse sentido de desconexão que faz com que em certas ocasiões cada um se sinta como uma ilha desgarrada do continente e sem meios de se reunir novamente a ele.
(Isabela Boscov e Silvia Rogar. Veja, 2 de dezembro de 2009, pp. 141–143, com adaptações)
Considere as seguintes afirmativas, a respeito do emprego de sinais de pontuação no texto:
I. O emprego das aspas que isolam a 1a frase e a palavra "comadre" no 3o parágrafo tem o mesmo sentido em ambos os casos.
II. Os travessões que se encontram no 1o e no final do 2o parágrafo podem ser corretamente substituídos por vírgulas, sem alteração do sentido original.
III. O emprego dos dois-pontos no 2o e no final do último parágrafo sinaliza a introdução de segmentos que especificam a afirmativa imediatamente anterior a eles.
IV. O segmento isolado por parênteses no 2o parágrafo apresenta sentido contraditório no contexto, podendo ser inteiramente descartado, sem prejuízo do sentido textual.
Está correto o que se afirma APENAS em
As opções abaixo constituem adaptações de trechos do jornal O Estado de Minas, de 25/3/2013. Assinale a opção gramaticalmente correta em relação ao emprego dos sinais de pontuação.
Sobre o uso correto da pontuação, analise as frases abaixo.
Assinale a alternativa que indica todas as frases corretamente pontuadas.
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo.
A vírgula da linha 1 foi usada para