Questões de Português - Problemas da língua culta para Concurso

Foram encontradas 827 questões

Ano: 2016 Banca: NC-UFPR Órgão: COPEL Prova: NC-UFPR - 2016 - COPEL - Contador Júnior |
Q621978 Português
Assinale a alternativa em que o uso de por que, porque ou porquê está correto
Alternativas
Q620459 Português
A frase em que se trocou o emprego de onde/aonde é:
Alternativas
Q620454 Português
A frase cuja grafia do vocábulo sublinhado está correta é:
Alternativas
Q619386 Português
Governo de São Paulo combate homofobia

_____ mais de uma década, a história de combate _____ homofobia tem no governo do Estado de São Paulo um aliado. Desde 2000, quando houve o assassinato brutal do adestrador de cães Edson Néris por um grupo de skinheads na Praça da República, a Secretaria da Segurança Pública criou o então Gradi - Grupo de Repressão aos Delitos de Intolerância para combater _____ violência homofóbica e os grupos organizados intolerantes.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo. Disponível em http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ lenoticia.phpid=219829&c=558&q=Governo+de+SP+combate+homofobia+h%E1+mais+de+uma+d%E9cada Acesso em set. 2012. 

As lacunas do texto acima são corretamente preenchidas com a seguinte sequência:
Alternativas
Q618454 Português
Assinale a alternativa em que a expressão que a acompanha preenche corretamente a frase.
Alternativas
Q617986 Português
OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.".  

                                              A fragilidade da vida  

      A ideia de que a vida é frágil demais nos assusta .......... cada instante!

      Remete-nos à reflexão importante sobre o modo de ser do homem contemporâneo. Este homem que trabalha, trabalha e trabalha e que nunca se encontra realizado profissionalmente, vivendo em uma busca constante, em sua __________ profissional e pessoal. Cada vez mais vivemos numa sociedade da técnica, sociedade esta, digitalizada, em que tudo parece previsível, passível de transformação numérica. E é justamente no íntimo dessa convicção sobre o exato, que o inesperado faz sua intromissão devastadora, deixando marcas na história da humanidade. Na forma brutal, de um acidente fatal, onde a morte aproxima-se no recôndito do corpo de pessoas que estavam em um avião, que se abate sobre um edifício, causando-nos tamanha perplexidade e um sentimento enorme de impotência.  

      O desenvolvimento científico dos últimos anos, em progressão geométrica, __________ criado condições para uma vida saudável e uma idade avançada, um prolongamento da expectativa de vida que não conhecíamos .......... alguns poucos decênios passados. Somos com isso induzidos a uma segurança absoluta. O __________ torna-se permanente até que o inesperado acontece e leva-nos .......... ter uma nova concepção de vida. O tempo tem nova dimensão na velocidade dos acontecimentos que passam por nós numa sucessão ininterrupta, tudo reduzindo ao instante presente como se fosse eterno. Os dias não __________ fim com o por do sol, prolongando-se pelas noites que se estendem até o raiar do sol. 

      No entanto, apesar de tudo isso, é terrível constatar que a vida humana é muito frágil. Nossos dias passam velozes. Não nos adianta toda a segurança do mundo, toda a riqueza e poder. Estamos sujeitos sempre aos incômodos, incluindo-se as doenças e .......... morte. Portanto, devemos viver nossos dias com sabedoria, pois, a vida é uma só, uma única e poderosa oportunidade para realizarmos projetos grandiosos e enobrecedores, capazes de produzir efeitos enriquecedores nos outros e principalmente em nós mesmos. Para isso, olhe ao seu redor, perceba o reflexo que causa nos demais, perceba como se sente perante os mesmos e todos os dias perante você próprio. Faça uma autoanálise de como está vivendo.  

      O que me fez ficar pensando hoje foi o fato de a vida ser tão frágil. Em um momento estamos aqui bem, e em outro, em um piscar de olhos, não estamos mais. Tal fato contribuiu e muito para que eu refletisse e decidisse a viver cada momento, aproveitar cada oportunidade, ficar junto de quem gosto o máximo de tempo possível. Sei que é difícil, mas acho que tenho que parar de esperar que as coisas melhorem, que o trabalho diminua, que eu tenha mais dinheiro, que eu encontre um grande amor para aproveitar o que a vida está me oferecendo agora.

      Não sei se estarei aqui daqui a um dia, daqui a um mês, daqui a um ano. Estarei aqui o tempo que me for permitido e quero que esse seja o melhor tempo de todos.  

      (Marizete Furbino – disponível em www.portaldafamilia.org/artigos - adaptado) 
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas pontilhadas do texto:
Alternativas
Q616905 Português
OBS: Não serão exigidas as alterações introduzidas pelo Decreto Federal 6.583/2008 - Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, alterado pelo Decreto nº 7.875/2012 que prevê que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1° de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.". 

                                        Pitangueira inspiradora 

      As árvores daquele bosque tornavam o residencial ainda mais atraente e harmonioso. Em pouco tempo, a pitangueira passou a mesclar o verde das folhas com vários tons de vermelho das frutinhas. Os pássaros sentiam-se em casa, como que num grande refeitório. As duas meninas, Luisa e Mariana, gostavam de brincar no bosque. Naquela manhã, sem nenhum ruído estrondoso, _________ uma fantástica ideia: colher pitangas e vender aos moradores. Colhidas as frutas, tocaram …...... campainha dos apartamentos: três pitangas por um real. Os rendimentos seriam destinados ao Projeto Mão Amiga, que _________ crianças em situação de vulnerabilidade social.

      Senti uma grande emoção quando recebi um saquinho com as moedas arrecadadas com a comercialização das pitangas. Um gesto que ultrapassou a quantidade para elevar a solidariedade. Pensei comigo: o mundo não está perdido, como alguns pensam. Quando crianças de sete anos colhem algumas frutinhas para ajudar outras crianças, em situação menos favorável, a esperança de um mundo novo deixa de ser distante e anônima. Nem os pais sabiam do incrível plano de ação fraterna. A alegria contagiou os presentes. O fato não sai da lembrança. Um aprendizado e tanto.

      Toda vez que meus olhos alcançarem uma pitangueira recordarei do doce coração das duas meninas que comercializaram pitangas, para auxiliar outras crianças em situação social desfavorável. Onde está alguém fazendo o bem, a emoção se torna incontida. Evidente que esses gestos deveriam estar multiplicados nos diversos ambientes de convivência humana. Afinal, a bondade nunca deixou de ser significativa. Talvez os humanos andaram um tanto esquecidos de tal prática. Aprender com as crianças é alcançar a essência.

      Nem todos levam jeito para comercializar pitangas. Porém, todos podem usar da criatividade que é inerente …...... bondade. Faz bem fazer o bem. Se não …...... nada para ser ofertado, ainda assim restam muitas opções: escutar quem necessita desabafar, abraçar quem já não tem motivos para continuar a caminhada, sorrir para quem foi tomado pela tristeza, acolher quem está sem rumo, amar quem nunca provou da gratuidade do amor. Antes que a pitangueira _________ novamente, é importante dar-se conta que somente um coração de criança é capaz de entender que a fraternidade é possível e que a solidariedade é um fruto encontrado em todas as estações. 

         (Frei Jaime Bettega – Jornal Correio Riograndense – 18/11/2015 – adaptado)
Considerando o contexto, as lacunas pontilhadas (…...) devem ser preenchidas, respectivamente, por:
Alternativas
Q616073 Português
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas, julgue o item que se segue.

Sem prejuízo para a correção gramatical do período, a expressão “por quê" (l.23) poderia ser substituída por o porquê.
Alternativas
Q614201 Português

Desmatamento no Brasil
   O Brasil tem feito grandes progressos em matéria de meio ambiente. Reduziu a extração ilegal de madeira, tem uma política ambiental severa e um sistema de alto nível para controlar esta política, mas ainda desmata uma área equivalente ao território de Israel a cada quatro anos.
     A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório para analisar o desempenho das políticas de proteção ambiental no Brasil, no qual apontou que, apesar de melhorias visíveis, o país ainda tem a maior perda de área florestal do mundo: 4.800 quilômetros quadrados, de acordo com dados de 2014.
    E uma das principais falhas de seu vasto programa ambiental é, para a OCDE, a longa brecha entre a legislação adotada e sua implementação de fato.
   “O crescimento econômico e urbano, a expansão agrícola e de infraestrutura também aumentaram o consumo de energia, o uso de recursos naturais e as pressões ambientais", aponta o relatório apresentado nesta quarta-feira, em Brasília.
     “Apesar da severa legislação ambiental, ainda há muitas lacunas na sua execução e cumprimento. No atual cenário de uma economia encolhendo, uma melhor integração dos objetivos ambientais e das políticas econômicas e setoriais ajudaria o Brasil a avançar no sentido de um desenvolvimento mais verde e mais sustentável, se assim o desejar", acrescenta o texto. 
     No entanto, este país que abriga a maior biodiversidade do planeta está longe de ser a dramática situação de 2004, quando a floresta perdeu 27.000 quilômetros quadrados de árvores. É também a nação dos BRICS com maior oferta de energia renovável e já reduziu suas emissões para níveis abaixo da meta estabelecida para 2020.
     Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da Conferência do Clima de Paris, que em dezembro reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento constante da temperatura global a um máximo de 2°C desde o início da Revolução Industrial.
      O Brasil, que possui 12% da água doce do planeta, é um atorchave para um acordo bem-sucedido em Paris. Mas em meio a uma recessão econômica grave que irradia para todas as atividades, o país deve lutar para superar as barreiras estruturais, como a proliferação de organismos de controle do meio ambiente, a falta de capacitação profissional e a expansão urbana e agrícola, disse a OCDE.
(UOL Notícias, novembro de 2015) 

Mas os desafios permanecem, pouco antes do início da Conferência do Clima de Paris, que em dezembro reunirá 195 delegações a fim de manter o aumento constante da temperatura global.

Nesse segmento do texto, o vocábulo “a fim” é grafado em duas palavras, o que tem um sentido diferente do vocábulo “afim”, grafado como uma só palavra.

Assinale a opção que indica a frase cujo termo sublinhado apresenta grafia correta.

Alternativas
Q613999 Português
Chicungunha

     Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo mesmo mosquito.
     No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro, número que saltou para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre Oiapoque, no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia.
      A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à distribuição dos mosquitos- -vetores capazes de transmitir o vírus: Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos da dengue.
    O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de “homem que anda arqueado", referência às dores articulares da enfermidade.
      Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do comportamento humano. O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África 5000 anos forçaram espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se_________ ambientes___________ os homens armazenavam água.
    A febre chicungunha, que emergiu na África, chegou__________ Ásia e______________ Américas.
    O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de disseminação na Bahia e no Amapá.

(Folha de S.Paulo, 15 nov. 2014. Adaptado)
Assinale a alternativa em que é correto completar a frase com a forma verbal , assim como em – O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África 5000 anos forçaram espécies ancestrais…
Alternativas
Q612188 Português
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, observe os termos destacados e, em seguida, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q611571 Português
Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte

    O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos animais que a avalanche de lama soterrou no começo de novembro, após o rompimento da barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das casas, das árvores e dos pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio marrom domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram levadas viraram escombros.  
   Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e documentos espalhados, motos soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme   pós‐apocalíptico. Com direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado caprichosamente sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas de pessoas se abrigaram à espera do resgate. 
     A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo‐australiana BHP Billiton, devastou também outras áreas próximas de Mariana. A pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal – os bancos e as árvores deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago de Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca mais vão existir casas, bairros ou a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento em outro lugar. Ali talvez vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as casas e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
    Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22 dias, essas pessoas vivem sob as regras do hotel, com horário pré‐determinado para comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam não só a casa e o bairro. Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E volta e meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa para falar sobre indenização ou oferecer uma casa alugada. 
    Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a Samarco perde poder ou moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da mineradora – e muitos ainda a defendem. “Não fala mal da Samarco por aí que o pessoal fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se antes o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é ligada direta ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a maior parte da população trabalha lá e tem medo de perder a única fonte de renda. Mas enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a cidade segue pobre e corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos). 
    E essa “mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos eles ao perigo. Passou anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e ainda aumentou a produção de rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de pessoas. Agora a Samarco trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às vítimas (sem qualquer questionamento do governo municipal ou estadual: o acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá, espera‐se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o mesmo fim que a outra.
(Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐rodrigues‐tem‐cor‐de‐tragedia‐e‐cheiro‐de‐morte.   Acesso em: 01/12/2015.)

Só algumas poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas de pessoas se abrigaram à espera do resgate.” (2º§) No trecho anterior, “onde” está corretamente empregado. Assinale a alternativa em que o seu uso está INCORRETO.
Alternativas
Q609735 Português

                                                   Felizes para sempre? Quem dera...

 

Gláucia Leal (Revista Mente e Cérebro).

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, na ordem em que aparecem:
Alternativas
Q608708 Português
instrução : A questão refere-se ao texto abaixo.

                                                                                Extensões dos nossos corpos

 

             (MAUTNFR. Anna Verônica. Extensões dos nosso* corpos. Folha de. São Paulo. 6 dc novembro dc 2012.)

Assinale a alternativa que preenche correia e respectivamente as lacunas do texto, nas linhas 02. 06 e 10.
Alternativas
Q604663 Português
Assinale a série que preenche corretamente as lacunas:

I. Encontraram a criança na ......................... de brinquedos.

II. A escalação do time saiu na ....................... de esportes do jornal.

III. Os pais concordaram com a ...................... de livros à biblioteca.

IV. A ................... da câmara de vereadores durou duas horas. 
Alternativas
Q604662 Português
Assinale a alternativa que melhor preenche as lacunas:

I. Ainda ..... pouco, o professor falou sobre a prova.

II. O gaúcho gosta de andar ...... cavalo.

III. Os alunos obedecem ........ todas as regras.

IV. Voltou para casa já ........ noitinha. 
Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SUPEL-RO Prova: FUNCAB - 2014 - SUPEL-RO - Engenharia Civil |
Q598201 Português
Notícia de jornal

       Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante 72 horas, para finalmente morrer de fome. 
       Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos e comentários, uma ambulância do Pronto-Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome. 
       Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome. 
     O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Anatômico sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. 
      Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.  
      Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome. 
     E o homem morre de fome. De 30 anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. 
    E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, um homem morreu de fome. 
     Morreu de fome.

Analise as afirmativas a seguir, a respeito do quarto parágrafo.

I. A preposição SEM, no contexto, é um elemento de composição de palavras que indica privação ou negação.

II. A palavra SENÃO estabelece ideia de condição.

III. A preposição DE que antecede a palavra fome, nas duas ocorrências, estabelece sentido de causa.

Está(ão) correta(s) somente a(s) afirmativa(s): 
Alternativas
Q595535 Português
                       Reflexões sobre a escassez da água

      Osvaldo Ferreira Valente (Engenheiro florestal, professor aposentado da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e especialista em hidrologia e manejo de pequenas bacias hidrográficas)

Publicação: 05/08/2015 04:00

     
   Tenho 48 anos de atividades pertinentes à produção de água. Tudo começou quando, em 1967, na antiga Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, hoje UFV, tive a oportunidade de criar e lecionar a primeira disciplina de hidrologia e manejo de bacias hidrográficas no Brasil para o curso de engenharia florestal. Num tempo em que a água, com exceção do semiárido, era abundante e classificada como bem livre e sem valor econômico, já foi uma aventura. A experiência acumulada carrega, entretanto, a angústia atual de ver o assunto sendo tratado com visão muito pouco fundamentada por conhecimentos científicos da hidrologia e do manejo de bacias hidrográficas. Mas quase sempre, quando um assunto entra na ordem do dia, aparece uma profusão de palpites e os que têm argumentos mais sólidos acabam sufocados pela pilha de soluções oportunistas, advindas dos “especialistas de plantão".

      Depois desses 48 anos, muitas coisas estão mudadas: nova legislação sobre recursos hídricos, a água sendo considerada um bem escasso e de valor econômico, as bacias hidrográficas sendo nomeadas como unidades básicas de produção e gestão da água, o surgimento dos comitês e das agências de bacias, muitas escolas oferecendo a disciplina de hidrologia e manejo de bacias hidrográficas e muito mais conhecimentos científicos acumulados. De onde vem, então, a minha angústia? Vem da percepção de que está faltando objetividade e embasamento científico e tecnológico (da hidrologia e do manejo de bacias) nos procedimentos propostos para combater a escassez.

      É uma temeridade, para a hidrologia de pequenas bacias, esperar que o reflorestamento ciliar seja sempre capaz de aumentar quantidade de água produzida por nascentes e córregos. Onde estão as pesquisas científicas que comprovam isso? Se as matas ciliares fossem suficientes, estaria muito fácil sanar a escassez. Outra temeridade é acreditar que o combate à falta de água está na dependência exclusiva dos reflorestamentos. O primeiro obstáculo a isso é que o aumento populacional, com ocupação intensa das superfícies das bacias, não permitirá mais aumentar substancialmente as áreas florestadas; o segundo obstáculo é que a ação positiva da floresta no aumento de quantidade de água, se implantada nos locais certos, só virá após 30 ou 40 anos. Até lá o seu efeito poderá ser o contrário. Dá para esperar? 

      Soluções objetivas e racionais para a crise atual englobam o abastecimento artificial de aquíferos subterrâneos por meio da construção de terraços, de caixas de infiltração e de barraginhas, no meio rural, e na assistência técnica aos produtores rurais, que ocupam e exploram as superfícies das bacias para que eles possam reter mais e mais as enxurradas. Também o meio urbano deve colaborar, coletando água de chuva para tarefas domésticas e industriais, construindo cisternas e valas de infiltração e mantendo o máximo possível de áreas permeáveis em seus domínios. Tudo planejado de acordo com as especificidades ambientais e com a capacitação dos envolvidos.

      Concluindo, é um erro concentrar as atenções somente no saneamento básico. É evidente a sua importância, mas ele depende da existência prévia de quantidade suficiente de água nos mananciais. Outro erro é pensar que a conservação de nascentes e córregos é uma operação a ser feita apenas nos seus entornos, com cercamento e reflorestamento das áreas isoladas. Nascentes e córregos são produtos do comportamento de todas as superfícies das pequenas bacias que, antes de estudos hidrológicos específicos, são potenciais áreas de recarga.

Disponível em http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2015/08/05/interna_opiniao,157381/reflexoessobre-a-escassez-de-agua.shtml Acesso em 04 set. 2015.
Considere o texto

O avanço rumo ___ um desenvolvimento sustentável depende de diversos fatores, entre os quais estão o estímulo ___ novas tecnologias e o compromisso ético de empresas que tenham como prioridade o respeito ___ causas ambientais.

 A sequência que completa adequadamente as lacunas é
Alternativas
Q594085 Português
Observe a charge abaixo:


Imagem associada para resolução da questão 

“Que porcaria de operadora! Se fosse na cadeia aposto que tava funcionando!"

Essa fala do preso mostra o emprego coloquial da língua portuguesa; em variante de norma culta, essa mesma frase seria:

Alternativas
Q591669 Português
Analise as duas frases e escolha a alternativa incorreta:


I) antigamente, nas grandes cidades, havia bondes.

II) naquela estrada já houve muitos acidentes com vítimas.

Alternativas
Respostas
621: C
622: B
623: D
624: A
625: A
626: B
627: C
628: C
629: D
630: E
631: B
632: D
633: C
634: B
635: B
636: B
637: E
638: A
639: B
640: D