Questões de Português - Problemas da língua culta para Concurso

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Q2646668 Português

Quanto ao uso dos “porquês”, na tirinha acima, podemos dizer que:

Alternativas
Q2637423 Português

Texto 1.


Sono e envelhecimento

........... medida que a idade avança, é comum passar a “dormir com as galinhas”, deitando-se cada vez mais cedo e acordando antes de o sol nascer. Essa mudança no relógio biológico é natural e começa.......partir dos 40 anos. Segundo estudos publicados em revistas científicas americanas, os ciclos biológicos se adiantam em aproximadamente meia hora a cada década após a meia idade. Por isso, com 60 anos, é comum sentir sono algumas horas mais cedo, além de dormir um pouco menos. Ao longo da vida, também.............a tendência de tirar cada vez mais cochilos de menor duração.

Com o envelhecimento, é comum ter um sono mais leve e desenvolver algumas dificuldades para dormir. A aposentada Renata Santos, 65, começou a ter problemas com ansiedade quando fez 60 anos, o que afetou muito seu sono: “Fiz tratamento com psicóloga e resolveu pouco, então comecei a tomar remédios para dormir e para a ansiedade. Hoje, já cortei os medicamentos para dormir e só tomo meus chás.”

Estudos americanos estimam que entre 40% e 70% de adultos acima de 60 anos tenham problemas crônicos que atrapalham o sono. Para melhorar o sono de idosos, a organização SleepFoundation recomenda, além do tratamento médico para essas condições, ........... prática de exercícios leves e a criação de uma rotina que se encaixe nos novos horários de sono.

Manter um padrão de noites bem dormidas não afeta apenas a qualidade de vida, mas acumula efeitos positivos que são sentidos no corpo e na mente. Por outro lado, a insônia pode trazer consequências negativas ao longo da vida.............curto prazo, ela prejudica a memória recente e a concentração, e estimula a irritabilidade e a impulsividade................ longo prazo, afeta as memórias profundas e pode aumentar o risco de hipertensão, diabetes, aumento de gordura na corrente sanguínea e doenças cardiovasculares que, por sua vez, são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson.

Estudos recentes publicados pelo American College of Cardiology também apontam que 8% das mortes podem ser atribuídas ..............complicações causadas pelo sono de baixa qualidade. Segundo a Associação Brasileira do Sono, cerca de 73 milhões de brasileiros sofrem com a insônia, que na maior parte das vezes é secundária, ou seja, um sintoma ou consequência de outro problema, como a ansiedade ou maus hábitos antes de dormir.

ND, 20 de setembro de 2023. Ano 17, no 5.458. Adaptado.

Assinale a alternativa em que o hífen está empregado de forma correta segundo a nova ortografia.

Alternativas
Q2632830 Português

Considerando a ortografia das palavras dentro do Novo Acordo Ortográfico, assinale a alternativa abaixo em que todas as palavras estão grafadas corretamente.

Alternativas
Q2628726 Português

A palavra “aonde” é formada pela união da preposição “a” e do advérbio, ou pronome relativo “onde”. Portanto, só usamos esse termo quando ele vem acompanhado de outro termo que exija a preposição “a”. Apresenta noção de movimento, não apresenta ideia de permanência, mas de movimento, transporte. “Onde” é um advérbio de lugar e também pode exercer a função de pronome relativo (quando se refere a um lugar mencionado anteriormente na frase). Possui noção de lugar, mas sempre no sentido estático, permanente, isto é, sem movimento.


Sobre o uso de onde e aonde, assinale a alternativa indevida.

Alternativas
Q2626917 Português

Analise as afirmações a seguir:


I.Em "ESTA é a verdade: todos nós precisamos um dos outros", o pronome demonstrativo ESTA foi corretamente empregado.

II.Na frase "ATÉ que enfim você entendeu minha pergunta", a palavra ATÉ foi acentuada por ser um monossílabo tônico terminado em E.

III.Em "Luan Santana, cantor brasileiro, faz sucesso no gênero sertanejo universitário", as vírgulas foram usadas para isolar o aposto do restante da oração.

IV.Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário e super-resistente.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas
Q2625962 Português

Assinalar a alternativa em que a palavra sublinhada está empregada de forma CORRETA:

Alternativas
Q2625110 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 41 a 47.

A escuta nas práticas de leitura

Mesmo antes do surgimento da escrita, o homem lia o mundo com o seu olhar, com suas experiências sensoriais. Utilizando-se da linguagem oral e das imagens, trocava ideias, refletindo sobre tudo o que o cercava. E, mesmo depois da invenção da escrita, continua utilizando-se da palavra oral e das imagens para fazer observações, construir conhecimentos, partilhar suas impressões sobre a vida e discutir as questões que ocorrem a sua volta.

A produção de sentidos a partir da leitura, seja pela criança, pelo leitor jovem ou adulto, está relacionada a vários elementos, entre os quais podemos destacar: o ambiente de leitura; a formação histórico-cultural do leitor; sua disposição pessoal para a leitura; as leituras anteriores feitas pelo leitor; a forma como a leitura é mediada etc.

Na escola, especificamente, as apropriações feitas pelo aluno são múltiplas, com diversas interpretações, valorizações que estão ligadas aos elementos mencionados, como também ao trabalho desenvolvido em sala de aula, na biblioteca, na totalidade da escola ou fora dela. A leitura com envolvimento proporciona uma simbiose entre o leitor e o livro, mas quando esta não é acompanhada e orientada pode não atingir os seus objetivos. Um sujeito que tem uma história de mediação afetivamente positiva com relação a essas práticas de leitura desenvolverá a capacidade de "ouvir" nas entrelinhas dos textos.

O livro Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura, da pesquisadora argentina Cecilia Bajour, trata justamente dessas discussões sobre o papel do mediador e a qualidade de suas intervenções, tendo como propósito principal refletir sobre a escuta como vínculo pedagógico entre docentes e alunos em diversas práticas de leitura literária [...].

Para Bajour, a tarefa do professor é "escutar e se nutrir de leituras e saberes", a fim de descobrir como ocorre a construção de mundos com palavras e imagens. O mediador deve esboçar perguntas que instiguem a discussão, o pensamento sobre o lido. Para isso, entra a necessidade primeira de se conhecerem a fundo os textos que serão escolhidos. Somente assim tem-se uma escuta apurada no momento da conversa.

No primeiro capítulo do livro, a autora [...] discorre sobre a importância da escuta para o sucesso no trabalho com a leitura e enfatiza o papel do mediador como sujeito ativo na interlocução entre o texto e o leitor. Destaca, ainda, o potencial da conversação literária como possibilidade de mudança nos métodos tradicionais de leitura adotados na escola e aponta a seleção de textos como sendo um dos pilares no trabalho de formação de leitores [...].

No segundo capítulo, o texto debruça-se sobre a conversa literária como uma situação de ensino. A partir da análise de falas dos professores que participaram do curso de especialização em Literatura Infantil e Juvenil, a autora ressalta que diversas experiências relatadas mostraram a necessidade de um posicionamento crítico por parte dos professores a respeito da relação entre seleção de textos e teoria. Quanto mais esses mediadores conhecerem a respeito dos textos e das maneiras de lê-los, menos ficarão presos a receitas, esquemas, critérios fixos etc. no momento de fazer escolhas. Esses pontos de partida muitas vezes desprezam a importância do estético e propõem classificações e tipologias que deixam o literário e o artístico em segundo plano [...].

O título que introduz o terceiro capítulo traz uma indagação provocativa: "O que a promoção da leitura tem a ver com a escola?". Inicialmente, a autora tece críticas sobre algumas versões que são dadas ao conceito de "promoção", associando-o à ideia de "animação", "espetáculo", "show", que acabam deixando o livro e a leitura em segundo plano ou, em casos mais graves, nos quais eles quase não aparecem. Por outro lado, ela mostra-se a favor de muitas práticas artísticas ligadas ao campo da "promoção" que colocam a leitura e os livros como o centro das propostas. Artes como o teatro, a narração oral, o cinema e as canções podem oferecer novas possibilidades sempre que valorizam esteticamente os textos e os colocam em destaque.

Entretanto, Bajour não defende a desescolarização da leitura. De acordo com a autora, "não há motivo para que a responsabilidade da escola de propiciar aos alunos experiências culturais ricas e variadas seja concebida de forma apartada da responsabilidade de ensinar".

No quarto e último capítulo, a autora, no intuito de ampliar as discussões sobre as escolhas, trata da questão do cânone referente à literatura infantil. Ela propõe uma forma possível de mudar essa ideia de cânone, concebido como algo totalitário, sagrado, surdo e autorreferencial, que consagra os textos e define sua circulação. Bajour aponta que se deve pensar em um cânone que escute, que se ofereça ao diálogo, que se abra para a cultura que corre fora das instituições e que não se reduza a seus ditames.

A partir da leitura da obra, pode-se concluir que a literatura na escola deve se pautar em textos que possibilitem o desenvolvimento do senso crítico. Os alunos devem ser percebidos como leitores plurais e as mediações necessitam de critérios e ações capazes de levar o leitor iniciante a valorizar a leitura e a reconhecê-la como um processo de escuta que conduz a novos horizontes.

Retirado e adaptado de: Revista Presença Pedagógica. A escuta nas práticas de leitura. Editora Pulo do Gato. Disponível em: http://www.editorapulodogato.com.br/pagina.php?id=102 Acesso em: 05 nov., 2023.


Fonte: Revista Presença Pedagógica.

Assinale a alternativa que apresenta a regência correta, segundo a norma culta da língua portuguesa:

Alternativas
Q2611943 Português
TEXTO III

A Natureza Das Coisas

Compositor: Accioly Neto

Ô, xalalalalalalá
Ô, xalalalalalalá
Ô, xalalalalalalá
Ô, coisa boa é namorar
Se avexe não
Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada
Se avexe não
A lagarta rasteja até o dia em que cria asas
Se avexe não
Que a burrinha da felicidade nunca se atrasa
Se avexe não
Amanhã ela para na porta da sua casa
Se avexe não
Toda caminhada começa no primeiro passo
A natureza não tem pressa, segue seu compasso
Inexoravelmente chega lá
Se avexe não
Observe quem vai subindo a ladeira
Seja princesa ou seja lavadeira
Pra ir mais alto, vai ter que suar

Disponível em: https://www.letras.mus.br/flavio-jose/200188/.
5. Em relação ao uso das palavras mas e mais, analise as assertivas a seguir:
I. “Estava mais angustiado que o goleiro na hora do gol”. (Bechior) II. Gostei da camisa, mas o preço não agrada. III. Para efetivarem a adição dos números utilizem o mais.
Assinale a alternativa que define a classe de palavras a qual cada uma delas pertence em suas respectivas orações
Alternativas
Q2611930 Português
TEXTO I

O lixo

Luís Fernando Veríssimo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranquilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros.
O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7243
Ainda no TEXTO I, encontramos as palavras, MAS e MÁS. Assinale a alternativa que define, correta e respectivamente, a qual classe de palavra cada uma pertence.
Alternativas
Q2605212 Português
As três bonecas

        Ju morava numa rua tranquila com nome de heroína: Anita Garibaldi. Dali, das amigas da mãe, guarda boas lembranças: colos, cafunés, filhos, mimos, conselhos e broncas. Uma, ao ver Ju lavando alface como quem esfrega roupa, havia lhe ensinado a delicadeza das folhas. Outra, Marieta, lhe deixou uma lição. Numa visita, aproximou-se de Ju, que brincava de bonecas. E disse:
         – Tenho uma boneca pra você!
         Um forte desejo se acendeu na menina.
         – Grande, como um bebê! Cabelos claros e curtos. Enroladinhos.
         A menina sorriu. Mais tarde, folheando uma revista, adivinhou a boneca.
         – É assim! – disse, abraçada à revista.
       Deu-lhe o nome de Cecília. Chamaria as amigas, cada uma traria sua filha e fariam um lanche. Brincariam no jardim e ririam um bocado, até tarde. Cansadas, iriam cedo pra cama. Adormecer com Cecília seria melhor que mil mundos.
      Foi uma espera em vão. Ainda lidava com a frustração, quando a mulher retornou. A claridade, que vinha do corredor, marcava a comprida silhueta que entrou falando:
         – Tua boneca está lá guardada, esperando.
         “Esperando o quê?”.
         – Podia ter trazido. Comprei outra.
        “Agora são duas bonecas!”, empolgou-se.
         A mulher continuava:
        – É moreninha, bem escura, cabelos compridos, arrumados em trança até a cintura. “Seria cor de jabuticaba?” Ju amava. Imaginou a boneca. “Será de pano? Fofa? Tem pano que tem cheiro bom, fino e macio, gostoso de pegar. Tem pano que é mais duro e pinica… Carmela!” Agora, numa só festa, apresentaria Cecília e Carmela às amigas. Já as via juntas, duas irmãs, cada uma de uma cor.
       “Mas por que ela não trouxe logo as bonecas?”; “Vai ver que ela não sabia que ia passar aqui.”; “Vai ver que, outro dia, traz as duas.”; “Vai ver que…”; “vai ver…” Pensou durante a aula, em casa e antes de dormir.
     Sonhou com Cecília e Carmela. Andaram de roda gigante, tão alto… Tocando as nuvens, Ju pegou um pedaço e experimentou. Azeda demais! Torceu o nariz, as outras riram. Ao acordar, procurou as bonecas e não achou. Onde estavam? Embaixo da cama? Dentro do armário? Na gaveta? Ou na casa de Marieta? Será que ela entregou para depois sequestrá-las? Se ela ia tirar, pra quê iria dar? Além de tudo, era amiga da mãe, por que faria isso? Só se a mãe não soubesse quem era a verdadeira Marieta…
       Meses depois, ela chegou. A boneca não, Marieta! E falou pela terceira vez:
     – Tenho outra boneca pra você. Podia ter trazido.
    “Três? Sério?”
    Daqui a pouco, só um reboque pra tanta promessa. Ju não se deixou enrolar. Um dia, fantasiou com Anita. Com nome de guerreira, lutaria, salvaria todas do cativeiro. A essa altura, era o que pensava: cativeiro.
    Volta e meia, acontecia de sonhar com as três. Faziam estripulias, criavam brincadeiras e danças malucas e rolavam de rir. Um dia, Ju rolou pro chão mesmo. Doeu cotovelo, doeu bumbum, doeu tudo! Até a alma.
    O tempo passou, tanto e mais um tico. Ju cresceu e se mudou da Rua Anita Garibaldi. De Marieta, ficou a lição: heroína mesmo era a criança que sobrevivia a certos adultos…

(Crônicas da infância: lembranças, afetos e reflexões [livro eletrônico] / organização Rosana Rios, Flávia Côrtes, Severino Rodrigues; ilustração Sandra Ronca. 1. ed. São Paulo: Edições AEILIJ: RR Literatura, 2021. PDF. Vários autores.)
É fato que o uso correto dos porquês é essencial para a coerência e coesão textuais. Considere, portanto, o trecho “Além de tudo, era amiga da mãe, por que faria isso?” (16º§) e suas possíveis reescritas. A alternativa que corretamente dispõe uma reescrita adequada da frase de modo a contemplar o uso correto do “porquê” se dá em:
Alternativas
Q2594948 Português
Em qual alternativa o uso do porquê está INCORRETO?
Alternativas
Q2593733 Português

Sobre o uso de ONDE, de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, está correta a frase:

Alternativas
Q2590528 Português

Sobre a forma exata das palavras, onde talvez more sua beleza


1 Vivo em descompasso com meu tempo. Uma declaração como essa poderia se completar com todo tipo de

contravenções e antinomias, mas hoje me refiro a uma coisa mesquinha, irrelevante, a uma dessas

implicâncias bestas que tão bem nos definem. Tenho uma atenção obstinada à grafia das palavras, e sofro com

o descaso que vai se alastrando por aí, em quase toda escrita. Sinto que cada palavra forma um desenho na

página, um desenho incompleto se lhe usurpam uma letra, um desenho disforme se lhe agregam um desatino.

Como se um mero deslize do dedo pudesse turvar toda a mensagem, deslocando o foco em direção à falha,

àquilo que jamais o mereceria.

2 Acabo de assistir a uma série um tanto tola sobre uma mulher que acossa um homem com insistência doentia,

com grande violência, inclusive mandando-lhe centenas de mensagens obscenas e hostis num só dia. Minha

sensação era de que nunca poderia me relacionar com alguém assim, não por sua insanidade, sua psicopatia.

O que eu não conseguiria relevar numa mulher como ela seria a sintaxe absurda e a infinidade de erros

ortográficos a me atingir a cada instante. Quando me dei conta disso, da aflição menor que até superava as

aflições maiores, temi que a loucura pudesse estar em mim.

3 Vivo em descompasso com meu tempo, é o que digo, na contramão da pressa e da displicência, do desleixo

escancarado, ou de um jovial descompromisso. Por um tempo pensei que me sentisse assim por ser escritor,

por ver nas palavras meu instrumento de trabalho, por confiar a elas o sentido da minha existência, ou, se não

tanto, ao menos o meu sustento. Mas fui me deparando com uns quantos exemplos de escritores distraídos,

escritores admiráveis e no entanto desleixados, conformados com a imprecisão das frases que propagam por

aí.

4 Li com aflição uma crônica de Lima Barreto em que ele conta de sua letra sofrível, indecifrável, e dos

embaraços que lhe cria quando envia aos jornais seus manuscritos. A letra é sua inimiga, é a traição em suas

próprias mãos, "esse abutre que me devora diariamente a fraca reputação e a apoucada inteligência", ele se

martiriza. Sofre, sim, diz que lê seus textos no dia seguinte com vontade de chorar, de matar, de suicidar-se.

Pensa até em se casar para resolver o problema, e se apaixona por uma jovem apenas por sua cursiva

irrepreensível. Mas nada faz de fato, aceita sua sina. Nem sequer passa a escrever na máquina, por julgar

cansativo, por querer fugir ao trabalho de escrever à mão e passar a limpo. Aí já não me compadeço, passo a

sofrer sozinho.

5 Lendo isso, lembro dos primeiros romancistas, os primeiros profissionais das letras que de fato vendiam seus

livros, que não viviam de mecenato. Diz-se que eram longos os primeiros romances, como os de Defoe e seus

conterrâneos, porque seus autores recebiam por quantidade e acabavam sendo rentáveis os detalhes a esmo,

as páginas prescindíveis. Conta-se que entregavam os manuscritos ainda talhados de incorreções, e que

cobravam mais caro caso os editores quisessem originais reescritos e revisados. Eu ouço essas histórias e sinto

que não pertenço à mesma linhagem, procuro outra tradição a que possa me vincular, uma corrente de

romancistas preocupados com as minúcias da linguagem. E, no entanto, sei bem que jamais escreverei uma

frase que perdure como a desses sujeitos, e aceito o meu limite.



Extraído de: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2024/05/18/sobre-a-forma-exata-das-palavras-onde-talvez-more-suabeleza.htm?cmpid=copiaecola (adaptado)

Segundo o texto, o sentido da expressão “se lhe usurpam uma letra” (1º parágrafo) é:

Alternativas
Q2589140 Português

Marque a alternativa com erro de pontuação:

Alternativas
Q2588656 Português

Há desvio da norma culta em:

Alternativas
Q2588626 Português

Em apenas um ano, Rio Grande do Sul enfrentou dez episódios de chuvas extremas, analisa especialista em recursos hídricos da Unesp.

Rodrigo Manzione diz que construção de cidades próximas a rios teve por base sensação de segurança da população que se revelou equivocada, e explica os fatores atmosféricos e geográficos que contribuiram para os estragos que as chuvas e as cheias têm causado no estado desde 2023. "Políticos precisam aceitar que o Brasil necessita de investimentos pesados na área de contenção de riscos e desastres”, diz.

Em 08/05/2024

Renato Coelho

[...]

O governo do RS afirmou que 790 escolas de 216 municípios foram afetadas: 388 sofreram danos e 52 servem de abrigo. Também foram registrados problemas de transporte e de acesso, e estima-se que 273 mil estudantes foram impactados. As regiões de Porto Alegre, São Leopoldo, Estrela, Guaíba, Cachoeira do Sul e Canoas não têm previsão de retomada das aulas. O

governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Dessa forma, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais. A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.

Rodrigo Lilla Manzione, professor e especialista em gestão de recursos hídricos da Unesp em Ourinhos, faz um panorama do estado de devastação que o Rio Grande do Sul enfrenta, e aponta aspectos geográficos, climáticos e administrativos que geram desastres dessa magnitude.

Manzione relata que o Rio Grande do Sul, especificamente, sofreu dez eventos de chuvas extremas apenas no último ano, entre junho de 23 e maio de 24, sendo um em junho, um em julho, dois em setembro, um em outubro, dois em novembro, um em janeiro e outro agora em abril / maio. Porém, as centenas de municípios afetados na última semana equivalem a três vezes o montante impactado pelo evento ocorrido em setembro, que já foi catastrófico.

"Existem cidades que estão passando pela quarta vez consecutiva por eventos como esse, de chuvas extremas e consequentes alagamentos. Os eventos citados primeiro ocorreram em regiões específicas, alguns mais concentrados. Mas, o que chama atenção nesse evento que está ocorrendo agora é a dimensão. Ele se espalhou por vários municípios. Já são, infelizmente, quase 100 óbitos segundo números oficiais, e muitos desaparecidos. Esses óbitos são por diferentes razões: soterramento, afogamento, choque elétrico. É realmente uma barbaridade o que está acontecendo no RS. Sem contar as 12 barragens sob pressão, duas em estado de emergência, cinco em estado de alerta e cinco em atenção. Uma delas, a Barragem 14 de Julho, rompeu parcialmente, e houve necessidade de evacuar dez municípios.”

De acordo com o pesquisador da Unesp, a calamidade ocorre porque a região possui muitos rios meandrantes e também muitos rios de serra. Essas características acabam dando uma velocidade para essas águas maior do que rios de planície. E quando eles encontram a planície, ali próximo da Baía dos Patos, na região de Porto Alegre, a água para, pois os rios de planície têm uma vazão menor. E quando a água para, a tendência é que ela se espalhe.

"Vários municípios do Rio Grande do Sul acabaram sendo criados nas curvas desses rios. Com as barragens e as benfeitorias ao longo do tempo, foi passada uma falsa sensação de segurança para a população. E esses municípios foram aumentando sem que medidas próprias e adequadas para a contenção das cheias fossem feitas. E, nesse evento específico, é possível ver um daqueles cenários em que vários componentes se unem para aumentar sua potência”, explica. [...]

O pesquisador compara os acontecimentos no estado gaúcho à destruição ocasionada pelo furacão Katrina nos EUA, em Nova Orleans, em 2005. "Só que o Katrina teve em torno de 2000 óbitos oficiais e foi concentrado numa região. Esse evento no Rio Grande do Sul, embora não tenha causado tantas vítimas fatais, acabou destruindo a infraestrutura do Estado. Devido ao imenso impacto gerado na economia, agricultura e indústria, as cidades vão demorar para serem reconstruídas, e o custo será muito alto”, diz.

[...]

Adaptado - https://jornal.unesp.br

Há desvio da norma culta em:

Alternativas
Q2588059 Português

Observe os enunciados a seguir e marque a alternativa que não apresenta nenhum erro em sua construção.

Alternativas
Q2587135 Português

Baseando-se nas regras de uso dos porquês, relacionar as colunas e assinalar a sequência correspondente.


(1) Porque.

(2) Por que.

(3) Porquê.

(4) Por quê.


( ) Os organizadores cancelaram o espetáculo _________?

( ) Eu fiquei em casa hoje _________ estou doente.

( ) Ela precisa explicar o _________ de suas ações.

( ) _________ você não veio à festa ontem?

Alternativas
Q2586257 Português

Assinale a alternativa que apresenta uma frase com erro de ortografia:

Alternativas
Q2583905 Português

Assinale a opção cuja sentença está incorreta:

Alternativas
Respostas
181: D
182: A
183: C
184: B
185: E
186: A
187: B
188: D
189: C
190: C
191: D
192: B
193: C
194: D
195: B
196: B
197: C
198: B
199: B
200: B