Questões de Concurso
Sobre problemas da língua culta em português
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I. Não entendi ________ ele não quis comprar marmita no horário do almoço. II. Está fazendo essa cara de alegria para mim ________? III. ________ você está usando roupas de frio nesse calor? ________ estou com febre.
A sequência que preenche corretamente os espaços é:
Monkeypox: histórico e chegada no Brasil
O vírus da varíola de macacos (nome que será alterado, segundo orientações da OMS), também chamado de monkeypox, espalhou-se por mais de 40 países nos últimos meses e chegou ao Brasil no início de junho. Após a detecção de 10 casos suspeitos em várias cidades, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da cidade de São Paulo, confirmou, no início de junho, a identificação do vírus em um homem de 41 anos que havia viajado à Espanha e Portugal, países com número alto de casos, e sido internado no próprio hospital com sintomas da doença.
No dia 7 de junho de 2022, uma equipe do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenada pela médica Ester Sabino, fez o sequenciamento genético - o primeiro no país - do vírus coletado das lesões de pele desse paciente. Completado em 18 horas, o resultado foi entregue às autoridades médicas e confirmado por análises laboratoriais. Publicado dois dias depois no site virological.org, o genoma foi comparado com outros 81 já registrados na base de dados GenBank e mostrou grande semelhança com os vírus que circulavam em Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Espanha.
De origem ainda incerta, o monkeypox está solto pelo mundo - e infectando pessoas - há muito tempo. Identificado nos anos 1970 na República Democrática do Congo (RDC), chegou nas décadas seguintes à Nigéria e a outros países da África Ocidental. Em 2003, emergiu nos Estados Unidos e em 2018 e 2019 no Reino Unido, em Singapura e Israel.
De 2010 a 2019, em comparação com a década de 1970, o número de casos aumentou 10 vezes e as crianças cederam o lugar de grupo predominante de pessoas atingidas para os adultos com idade entre 20 e 40 anos. De maio até o dia 24 de junho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 4.106 pessoas com esse vírus na Europa, Américas, Oriente Médio e Austrália.
"A disseminação do vírus era previsível porque os casos na África estavam aumentando e quase ninguém dava a devida atenção", comenta a virologista Clarissa Damaso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e assessora do conselho da OMS para pesquisa com o vírus da varíola, erradicada mundialmente em 1980. "Houve uma negligência completa com o que se passa na África, como ocorreu antes com o vírus ebola, que causa surtos desde 1976 e só ganhou atenção em 2016, quando chegou à Europa e aos Estados Unidos".
O que ninguém esperava, segundo ela, é a chamada transmissão sustentada - ou comunitária - do vírus da varíola de macacos de uma pessoa para outras, ampliando o número de casos.
Descoberto em macacos em um laboratório da Dinamarca em 1958, embora infecte também roedores silvestres, o monkeypox causa uma doença similar à varíola, embora de menor gravidade, que começa com dor de cabeça e no corpo, febre e inchaço dos gânglios linfáticos debaixo do maxilar ou na nuca e culmina com a formação de pústulas - bolhas na pele - que liberam milhões de vírus quando se rompem. Como a varíola, também deixa marcas na pele.
O vírus da varíola de macacos é transmitido principalmente pelo contato com fluidos respiratórios, lesões, roupas ou objetos de pessoas infectadas. A letalidade (número de mortes em relação ao total de casos) varia de 10% na África Central a 3,6% na região oeste do continente. É menos que a letalidade média de 30% da varíola humana, de acordo com um estudo de revisão feito por pesquisadores da Holanda, Suíça, Alemanha e Estados Unidos, publicado em fevereiro deste ano na PLOS Neglected Tropical Diseases.
Os autores desse trabalho atribuem o avanço do monkeypox nas últimas décadas ao fim da imunização contra a varíola, em 1979. A vacina promovia uma proteção cruzada, que barrava também outros vírus do gênero Orthopoxvirus - quem não a recebeu, portanto, está mais suscetível que os vacinados.
Em 20 de maio, a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), braço da OMS, distribuiu um alerta epidemiológico com recomendações para a identificação do vírus e os cuidados médicos a serem tomados com as pessoas infectadas. Nos países com casos já registrados, os órgãos da saúde enfatizam que o atual surto pode ser contido com medidas de prevenção, que incluem o isolamento das pessoas infectadas e a higienização de suas roupas com água quente. O tratamento é feito com antivirais e medicamentos para combater os sintomas.
Seguindo a recomendação da OMS, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido começaram a usar a vacina contra varíola humana para imunizar as pessoas próximas a um caso confirmado e deter o monkeypox, de acordo com a revista Nature, de 8 de junho.
Retirado e adaptado de: FIORAVANTI, Carlos. Varíola de macaco chega
ao Brasil.Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.
fapesp.br/variola-de-macaco-chega-ao-brasil/ Acesso em 28 jun. 2022.
I-A maioria das pessoas que tem varíola não fica muito doente. No entanto, a OMS descreveu o risco como moderado porquê a varíola está se espalhando em locais onde nunca havia sido relatada antes. Portanto, esse novo padrão de transmissão é preocupante e está se movendo muito rapidamente. II-Neste momento em que um novo vírus está circulando pelo mundo, refletimos a respeito questões como: Quem está em risco e por que devemos nos preocupar neste momento? III-O município do Rio de Janeiro confirmou que os dois casos de varíola dos macacos identificados na cidade configuram um cenário de transmissão local. Isso por que não se trata de pacientes que retornaram do exterior recentemente, ou que tiveram contato com alguém que veio de outro país.
Está correto o emprego dos porquês em:
A carteira (fragmento)
De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira.
Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la foi obra de alguns instantes.
Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja,
e que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
– Olhe, se não dá por ela, perdia-a de uma vez.
– É verdade, concordou Honório envergonhado.
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia aborrecida da solidão; baile daqui, jantar dali, chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma voragem.
– Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.
– Agora vou, dizia o Honório.
A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta,
e constituintes remissos; por desgraça perdera ultimamente um
processo, em que fundara grandes esperanças. Não só recebeu
pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação
jurídica; em todo caso, andavam mofinas nos jornais.
D. Amélia não sabia nada; ele não contava nada à mulher,
bons ou maus negócios. Não contava nada a ninguém. Fingia-se
tão alegre como se nadasse em um mar de prosperidades. Quando
o Gustavo, que ia todas as noites à casa dele, dizia uma ou duas
pilhérias, ele respondia com três e quatro; e depois iam ouvir os
trechos de música alemã, que D. Amélia tocava muito bem ao
piano, e que o Gustavo escutava com indizível prazer, ou
jogavam cartas, ou simplesmente falavam de política.
Um dia, a mulher foi achá-lo dando muitos beijos à filha,
criança de quatro anos, e viu-lhe os olhos molhados; ficou
espantada, e perguntou-lhe o que era.
– Nada, nada.
Compreende-se que era o medo do futuro e o horror da
miséria. Mas as esperanças voltavam com facilidade. A ideia de
que os dias melhores tinham de vir dava-lhe conforto para a luta.
Estava com trinta e quatro anos; era o princípio da carreira: todos
os princípios são difíceis. E toca a trabalhar, a esperar, a gastar,
pedir fiado ou: emprestado, para pagar mal e a más horas.
ASSIS, Machado de. “A carteira” (fragmento). Disponível em:ASSIS, Machado de. “A carteira” (fragmento). Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000169.pdf>
Releia estes trechos:
“Olhe, se não dá por ela, perdia-a de uma vez.”
“(...) não havia remédio senão ir descontando o futuro.”
Neles, a grafia dos termos destacados está correta, assim
como o está nas alternativas a seguir, EXCETO em


Na oração “onde vou arranjar o dinheiro?”, repetida ao longo do texto, considera-se gramaticalmente incorreto o emprego de “onde”, pois o verbo ir rege complemento introduzido pela preposição a, logo a forma pronominal correta seria aonde.
Não estudou _______ precisava ajudar a família. Esse é o ______ de não ter finalizado o Ensino Médio.
1. Por qual razão você não foi na consulta?
2. Não vamos ir ao show uma vez que não temos dinheiro.
3. Este é o motivo de eu não frequentar salões de beleza.
4. Dividi com ela o problema pelo qual estou passando.
Uma organização de trabalho é uma entidade holística, um sistema integrado que se baseia na interação dos indivíduos que dela fazem parte. O desempenho de cada um afeta toda a empresa. Por isso é tão importante para o sucesso da organização que os funcionários não apenas tenham o melhor desempenho possível, mas também ajudem os outros a fazer o mesmo.
No contexto da inteligência emocional, isso significa ajudar os demais a controlar as emoções, a se comunicar eficazmente, a solucionar seus problemas, resolver conflitos e permanecer motivados.
Usar a inteligência emocional no ambiente de trabalho é um processo que exige tempo e bastante prática. Temos que aprender certas técnicas; em muitos casos, precisaremos aprender a fazer de outro modo certas coisas que temos feito de determinada maneira há muitos anos (como lidar com a raiva, por exemplo). Precisamos estar cônscios das muitas atividades subconscientes, tais como comportamentos que possam comunicar uma impressão incorreta.
Não é preciso dizer que ajudar outra pessoa a agir e reagir de modo emocionalmente inteligente é ainda mais difícil, por diversas razões: você está lidando com uma pessoa a quem conhece menos do que a si mesmo; uma pessoa que pode não ter tido a oportunidade de aprender a usar a inteligência emocional. Além disso, há, nessa situação, uma dinâmica adicional: o relacionamento de vocês.
Embora seja algo extremamente complicado, ajudar as pessoas a se ajudarem é uma das práticas mais gratificantes da inteligência emocional: ajudar uma pessoa a aprender, crescer, ser mais produtiva e desenvolver um relacionamento baseado na confiança e na lealdade – duas qualidades essenciais no mundo profissional.
(Fonte: PROEDU - adaptado.)

Instrução: Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.
Pela janela
Reparei pela primeira vez naquele apartamento quando passava de carro, enfrentando o trânsito lento do fim da tarde, na Lagoa. Pelas cortinas entreabertas, conseguia ver apenas uma parede, banhada pela luz indireta de um abajur. Mas nessa parede havia uma estante que me chamou atenção por sua beleza e solidez: estava repleta de livros, com suas lombadas multicoloridas. Alguns eram encadernados, outros não. Muitos pareciam antigos. Mas o importante é que a estante não tinha enfeites nem plantas, nada – apenas livros.
Imediatamente, comecei a imaginar quem seria o morador daquele apartamento. Não sei por quê, mas achei que os livros pertenciam a um homem. E fui além. Pensei num historiador, um apaixonado por pesquisa, alguém de mais de 40 anos, talvez ruivo, de cabelos encaracolados, usando óculos de aro fino para leitura. Imaginei um homem sensível, mas um pouco ranzinza, sempre implicando com a empregada por tirar do lugar os papéis da escrivaninha, e logo depois dizendo alguma coisa engraçada, para que ela o perdoasse. Alguém que vivesse sozinho – e feliz.
Mas o sinal abriu lá na frente, perto da Fonte da Saudade, e eu segui, deixando para trás meu amigo imaginário. [...]
(SEIXAS, Heloísa. O amigo do vento. São Paulo: Moderna, 2015.)
I - Na frase Estude muito, porque a prova não será fácil., a palavra porque tem função de conjunção e seu valor semântico é de pois, uma vez que.
II - Na frase Ele queria saber simplesmente por que ela não o atendia., a palavra por que está presente no interior de uma pergunta indireta, seu valor semântico é por qual razão, por qual motivo.
III - Na frase Todos estavam curiosos sobre o porquê da suspensão do concurso., a palavra porquê, acentuada, está precedida por artigo e tem valor de substantivo.
IV - Na frase A coisa virou confusão por que todos gritavam muito e ao mesmo tempo., a palavra por que é junção da preposição por com um pronome relativo.
Estão corretas as afirmativas