Questões de Português - Pronomes pessoais oblíquos para Concurso

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Q1786245 Português

Com  relação  aos  aspectos  linguístico‐estruturais  do  texto,  julgue o item.


Na linha 8, mantém a correção gramatical e os sentidos textuais a supressão do elemento "-se" que acompanha a forma verbal "constitui" e do vocábulo "em" contraído na forma "no", restando a expressão constitui o.

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Q1785488 Português

    Se eu pudesse, hoje, varria, isto mesmo, varria as pessoas todas com vassouras, como se fossem cisco. Limpava o chão, passava pano molhado para refrescar, ia chorar e dormir. Meu coração agora faz diferença nenhuma de coração de galinha ou barata que galinha come. Não tem amor nele, nem de mãe, nem de esposa, nem de nada. Tá seco, raivoso e antipático, quer é sossego, quer é lembrar o morto horas a fio, espernear em cima de vida tão sem graça e cinzenta. Gosto de ir até no fundo da cisterna e revirar o lodo, tirar ele com a mão, me emporcalhar bastante, só pra depois ver água minando clarinha de novo. Gosto da cesta sobre a mesa com mamões e bananas, gosto de lavar o filtro todo o sábado, encher as talhas com água nova, gosto. Gosto, mas exaspero-me esquecida dos dons, e parto, como hoje, o pão sem reparti-lo.


(PRADO, Adélia. Solte os cachorros. Rio de Janeiro/São Paulo.

Editora Record, 2006. p.71)

A construção “ tirar ele com a mão”, presente no texto, é típica do registro oral. Quanto à observação de sua estrutura e de sua análise morfossintática, é correto afirmar que:
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Q1785247 Português
Texto CG1A1-I

   Há relações diversas e fundamentais entre o discurso e as verdades. Ao longo da história, já se acreditou que a verdade existiria independentemente da linguagem, que nada mais seria, além de sua mera expressão. Também já se afirmou que as coisas ditas seriam entraves ou acessos à verdadeira essência dos seres e fenômenos. Já foi dito ainda que as verdades consistiriam em construções históricas dos fatos, para as quais o discurso é decisivo. Mais recentemente, vimos multiplicarem-se as alegações de que os fatos não existem, de sorte que haveria apenas versões e interpretações alternativas.
   No que se refere às tendências contemporâneas de conceber as relações entre discurso e verdade, elas são frequentemente consideradas um movimento libertário, uma vez que nos permitem desprender-nos de dogmas, ortodoxias e autoridades exclusivas de pesadas e passadas tradições. Assim, domínios e instituições que antes nos guiavam, com base em suas verdades fundamentais e numa quase cega fé que depositávamos nelas, tornam-se cada vez mais suscetíveis às nossas dúvidas e críticas. A religião, a política, a mídia e a ciência já não são mais do mesmo modo consideradas como fontes das quais brotariam a certeza dos fatos e os devidos caminhos a seguir. Com frequência e intensidade aparentemente inéditas, a crença e a confiança que nelas assentávamos passaram a ser ladeadas ou suplantadas por suspeitas e por ceticismos, por postura crítica e por emancipações.

Carlos Piovezani, Luzmara Curcino e Vanice Sargentini. O discurso e as verdades: relações entre a fala, os feitos e os fatos. In: Luzmara Curcino, Vanice Sargentini e Carlos Piovezani. Discurso e (pós)verdade. São Paulo: Parábola, 2021, p.7-18 (com adaptações).  
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue os próximos itens.
I No primeiro período do segundo parágrafo, a supressão da forma pronominal “nos” empregada imediatamente antes de “permitem” preservaria a correção gramatical do texto e as informações nele veiculadas. II No terceiro período do segundo parágrafo, a supressão do vocábulo “como” empregado imediatamente após “consideradas” preservaria a correção gramatical do texto. III No segundo período do segundo parágrafo, a supressão de “antes” preservaria a coerência do texto.
Assinale a opção correta.
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Q1785045 Português
No texto, o pronome “o” (linha 41) faz referência ao
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Q1784386 Português
A ciência compartilhada na rede

O padrão ouro da avaliação dos artigos científicos até a década passada era a citação. Quando olhamos para as citações que um artigo recebeu, estamos considerando um grupo relativamente limitado de pessoas que o usaram: aquele grupo que se interessou, leu e utilizou aquele texto para construir e publicar o seu próprio trabalho. Mas a citação não é o único uso que um artigo científico pode ter. Profissionais, pacientes, gestores, ativistas, amadores, wikipedistas, curiosos, muita gente pode se interessar pela literatura científica, pelos mais diversos motivos. Hoje, nas redes sociais, encontramos traços desses interesses por artigos científicos e pela ciência. O biólogo compartilha seu artigo novo no Facebook. A astrônoma explica sua pesquisa em um vídeo no YouTube. A doutoranda cria seu caderno de pesquisa em formato de blogue. O observador de pássaros publica uma série de fotos no Instagram para identificar uma possível espécie nova. A cientista social escreve uma sequência no Twitter mostrando com o que a pesquisa acadêmica pode contribuir para a sociedade. São atos que não necessariamente geram citações, mas mostram que a utilidade da ciência não se resume ao que é publicado formalmente em periódicos consagrados. E observar a repercussão do que foi publicado nesses ambientes digitais é cada dia mais viável por conta dos identificadores persistentes de documentos. Alguns dos identificadores mais conhecidos são o DOI (Digital Object Identifier), o PMID (usado na PubMed) e o sistema Handle, entre outros.
As métricas da disseminação de trabalhos científicos nas redes sociais, que chamamos altmetrias, vão aos poucos se incorporando ao nosso cotidiano. Em alguns periódicos e repositórios, encontramos junto aos dados de download informações sobre quantas vezes o arquivo foi compartilhado. Mas quais seriam essas medidas? Pode-se dizer que hoje usamos alguns tipos de métricas alternativas, e que, a partir delas, podemos fazer diferentes estudos. Podemos lançar o olhar para a disseminação dos conteúdos em tuítes e posts de divulgação, ver a interação dos usuários a partir desses posts, os downloads dos artigos e sua incorporação em gestores de referência como o Mendeley e a geração de conteúdo a partir do uso dos artigos em documentos como blogues, sites e Wikipedia. Podemos avaliar quantitativamente as diferentes reações (no caso do Facebook), redes de relações e compartilhamentos dos usuários, ler os comentários e respostas, enfim, ver todo esse processo que vai da divulgação científica ao diálogo entre pares, em um olhar sobre a ciência e sua disseminação e comunicação.
Há que se considerar que as altmetrias estão sujeitas a formas de uso equivocadas, ou mesmo fraudulentas. Porém, observamos hoje uma crescente reflexão para se buscar um uso adequado de todas as métricas. Precisamos fugir de números mágicos que prometem resumir em um único indicador todo o valor de uma pesquisa. É muito importante que os processos de avaliação sejam focados em uma multiplicidade de formas de se medir resultados, e que esses resultados sejam devidamente contextualizados. Mas, principalmente, o importante é identificar se a ciência que está sendo produzida é de qualidade teórico-metodológica para além da repercussão por si só. Ciência se produz construindo caminhos, com sucessos e insucessos, não é uma sequência de acertos contada em uma saga do herói. Pode ser que as altmetrias passem por um período mais ‘violento’ de interação com a ciência, com erros e acertos na sua exploração. Mas, com o tempo, cremos que o monitoramento necessário das repercussões nas mídias sociais trará mais pontos positivos que negativos.

GOUVEIA, F. C.; SOUZA, I. V. P. de. Disponível em: <https://cienciahoje.org.br/artigo/a-ciencia-compartilhada-na-rede/>. Acesso: 03/set/2018. [Adaptado]
Assinale a alternativa correta, com base no texto.
Alternativas
Respostas
581: C
582: E
583: E
584: E
585: A