Questões de Português - Pronomes pessoais oblíquos para Concurso

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Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2019 - TJ-SP - Contador Judiciário |
Q967840 Português

                                       Carta-Poema


                                Excelentíssimo Prefeito

                                Senhor Hildebrando de Góis,

                                Permiti que, rendido o preito

                                A que faz jus por quem sois,


                                Um poeta já sexagenário,

                                Que não tem outra aspiração

                                Senão viver de seu salário

                                Na sua limpa solidão,


                                 Peça vistoria e visita

                                 A este pátio para onde dá

                                 O apartamento que ele habita

                                 No Castelo há dois anos já.


                                  É um pátio, mas é via pública,

                                  E estando ainda por calçar,

                                  Faz a vergonha da República

                                  Junto à Avenida Beira-Mar!


                                   Indiferentes ao capricho

                                   Das posturas municipais,

                                   A ele jogam todo o seu lixo

                                   Os moradores sem quintais.

      (Manuel Bandeira, As cidades e as musas. Org. Antonio Carlos Secchin)

Assinale a alternativa cujo enunciado atende aos sentidos do texto, em conformidade com a norma-padrão.
Alternativas
Q967533 Português

                                     Assassinos culturais


      Sou um assassino cultural, e você também é. Sei que é romântico chorar quando uma livraria fecha as portas. Mas convém não abusar do romantismo – e da hipocrisia. Fomos nós que matamos aquela livraria e o crime não nos pesa muito na consciência.

      Falo por mim. Os livros físicos que entram lá em casa são cada vez mais ofertas – de amigos ou editoras.

      Aos 20, quando viajava por territórios estranhos, entrava nas livrarias locais como um faminto na capoeira. Comprava tanto e carregava tanto que desconfio que o meu problema de ciática é, na sua essência, um problema livresco.

      Hoje? Gosto da flânerie*. Mas depois, fotografo as capas com o meu celular antes de regressar para o psicanalista – o famoso dr. Kindle. Culpado? Um pouco. E em minha defesa só posso afirmar que pago pelos meus vícios.

      E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Eu também ajudei a matar a Tower Records e a Virgin Megastore. Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra?

      Hoje, com alguns aplicativos, tenho uma espécie de discoteca de Alexandria onde, a meu bel-prazer, escuto meus clássicos e descubro novos.

      Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos.

      Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. Mas não é apenas a cultura que se desmaterializa e tem deixado as nossas salas e estantes mais vazias. É a nossa relação com ela. Não somos mais proprietários de “coisas”; somos apenas consumidores e, palavra importante, assinantes.

      O livro “Subscribed”, de Tien Tzuo, analisa a situação. É uma reflexão sobre a “economia de assinaturas” que conquista a economia global. Conta o autor que mais de metade das empresas da famosa lista da “Fortune” já não existiam em 2017. O que tinham em comum? O objetivo meritório de vender “coisas” – muitas coisas, para muita gente, como sempre aconteceu desde os primórdios do capitalismo.

      Já as empresas que sobreviveram e as novas que entraram na lista souberam se adaptar à economia digital, vendendo serviços (ou, de forma mais precisa, acessos).

      Claro que na mudança algo se perde. O desaparecimento das livrarias não acredito que seja total no futuro (e ainda bem). Além disso, ler no papel não é o mesmo que ler na tela. Mas o interesse do livro de Tzuo não está apenas nos números; está no retrato de uma nova geração para quem a experiência cultural é mais importante do que a mera posse de objetos.

      Há quem veja aqui um retrocesso, mas também é possível ver um avanço – ou, para sermos bem filosóficos, o triunfo do espírito sobre a matéria. E não será essa, no fim das contas, a vocação mais autêntica da cultura?

          (João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 28.08.2018. Adaptado)

* Flânerie: ato de passear, de caminhar sem compromisso.

De acordo com a norma-padrão, a expressão destacada no trecho do texto está corretamente substituída pela expressão entre parênteses na alternativa:
Alternativas
Q966367 Português
O pronome oblíquo “lhe” (linha 9), retirado do Texto, faz referência à seguinte pessoa gramatical do discurso:
Alternativas
Q965560 Português

Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e das construções linguísticas do texto apresentado.


As formas pronominais “Estas” (ℓ.4) e “las” (ℓ.7) referem-se a “necessidades dos seres humanos” (ℓ. 2 e 3).

Alternativas
Q965316 Português

Leia o texto 2 e responda à questão


A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (com abstenção dos seis países do antigo bloco soviético, da Arábia Saudita e da África do Sul). Nela consta que todos os seres humanos nascem livres e iguais em direitos e dignidade, e que as liberdades e os direitos especificados na declaração devem ser garantidos a todos, sem discriminação de raça, cor, sexo, língua, opinião política e religião. Os direitos enumerados incluem os direitos civis (tais como liberdade de expressão, de consciência, de movimento, de se reunir e associar pacificamente) e os direitos econômicos e sociais (direito ao trabalho, a um padrão de vida adequado, à educação e à participação na vida cultural). O exercício dos direitos e liberdades individuais só é limitado pelo respeito aos direitos e liberdades de outrem.

Direitos do Homem. Nova Enciclopédia Ilustrada Folha. São Paulo: Empresa Folha da Manhã, 1996.

“...e que as liberdades e os direitos especificados na declaração devem ser garantidos a todos.”


A substituição da expressão em destaque pelo pronome pessoal está CORRETA, de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, em:

Alternativas
Respostas
1121: E
1122: B
1123: C
1124: C
1125: D