Questões de Concurso
Comentadas sobre pronomes relativos em português
Foram encontradas 884 questões
Leia o texto a seguir:
Rússia anuncia vacina contra o câncer, e prevê distribuição gratuita em 2025
Avanço tecnológico inclui mRNA e vírus oncolíticos desenvolvidos por centros de pesquisa russos
A Rússia anunciou o desenvolvimento de uma vacina mRNA contra o câncer, que será disponibilizada gratuitamente aos pacientes no país. Segundo o diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa Radiológica do Ministério da Saúde da Rússia, Andrey Kaprin, o lançamento para uso geral está previsto para o início de 2025. A informação foi divulgada pela agência estatal TASS nesta semana.
O desenvolvimento é resultado de esforços conjuntos entre centros de pesquisa, incluindo o Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. De acordo com Alexander Gintsburg, diretor do Gamaleya, os testes pré-clínicos da vacina já demonstraram eficácia na supressão do desenvolvimento de tumores e no potencial controle de metástases.
A abordagem mRNA utiliza a análise genética individual para criar vacinas personalizadas que programam o sistema imunológico a identificar e destruir células cancerígenas. Esse método analisa o perfil mutacional do tumor (neoantígenos) e projeta vacinas direcionadas, permitindo um combate específico a cada tipo de tumor.
Além disso, o país estuda uma frente de vacinas oncolítica chamada de EnteroMix, desenvolvida em colaboração com o Instituto Engelhardt. Ela utiliza um conjunto de quatro vírus não patogênicos capazes de destruir células malignas e, ao mesmo tempo, ativar a imunidade antitumoral do paciente. De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa Radiológica, os estudos pré-clínicos do EnteroMix já foram concluídos, confirmando sua segurança e eficácia.
Os cientistas russos informam que os testes clínicos e o recrutamento de pacientes para as fases iniciais do EnteroMix começarão entre o final de 2024 e o início de 2025. Enquanto isso, a vacina mRNA avança para os testes finais de eficácia e deve ser liberada ao público em 2025.
Fonte: https://www.jb.com.br/mundo/2024/12/1053478-russia-anuncia-vacinacontra-o-cancer-e-preve-distribuicao-gratuita-em-2025.html. Acesso em 27/12/2024
Na frase acima, o uso do pronome relativo “cujo” está correto. Assinale a alternativa em que o trecho sublinhado traz correção gramatical.
Escola do crime: a operação que desmontou um curso online para aplicar golpes
Por Fantástico
(Disponível em: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/01/05/escola-do-crime-a-operacao-quedesmontou-um-curso-online-para-aplicar-golpes.ghtml – texto adaptado especialmente para esta prova).
I. No trecho “Depois de um ano e meio de investigação, BG foi preso em dezembro de 2024”, a locução conjuntiva em destaque introduz uma ideia de consequência em relação à investigação policial.
II. Em “‘Tudo o que eu vendo eu procuro vender com garantia e regras para que vocês estejam sempre assegurados’, diz BG em uma gravação”, a locução conjuntiva destacada expressa a finalidade das ações do criminoso.
III. O pronome relativo “que” presente em “A perícia descobriu que BG tinha no computador um total de 180 mil cartões clonados” retoma o termo “perícia” e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Quais estão corretas?
“Oh! Recanto estremecido / Que guardo em meu coração!” (última estrofe).
O termo destacado deve ser classificado corretamente como:

( ) Na linha 08, o “que” em destaque é classificado como pronome relativo.
( ) Na linha 12, o “que” em destaque introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva.
( ) Na linha 13, o “que” em destaque é classificado como conjunção integrante.
( ) Na linha 34, o “que” em destaque está retomando “órgão”.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
No tocante a pronome, relacione a Coluna I com a Coluna II e indique a alternativa correta.
Coluna I.
A- Pronome substantivo.
B- Pronome adjetivo.
C- Pronome de tratamento.
D- Pronome relativo.
Coluna II.
1- Este moço é meu irmão.
2- O preconceito racial é um problema que faz parte da Sociedade Brasileira.
3- Nem tudo está perdido.
4- Sua Excelência volta hoje para São Paulo.
Assinale a frase em que essa nova forma se mostra inadequada.
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Até breve
Há temperamentos urbanos por nascimento, mas há, igualmente, os temperamentos rurais. Uns só podem viver no asfalto, embalam-se com o escapamento das lambretas, escutam a voz dos anjos no rádio do vizinho e vão para a fila da carne como para festinha de aniversário. O rural, ao contrário, só consegue viver na cidade como escafandrista debaixo d’água: de vez em quando carece ir à tona, a fim de se livrar da pressão; doses ilimitadas de cidade são, para tal gente, perigo de morte certa, bolha de ar no sangue, pulmão achatado, colapso periférico. Que fazer se sou um desses — se aqui em casa somos rurais?
Eis por que esta semana me parto, em procura do retiro sertanejo de todos os anos. Alguns meses passaremos entre céu e terra, sem edifícios nem ruas, nem lotações, nem política, nem literatos, nem teatro, nem cinema; nenhum dos encantos da civilização a prejudicar o indispensável recolhimento pelo qual a alma chora e que o corpo não dispensa, sob pena de morrer ou enloucar e sair brizolando por aí, atirando pedra em quem não merece.
Dirá quem não gosta de mim que isso é folga, que lugar de cronista é no asfalto, e que só se podem comentar acontecimentos estando no meio deles. E eu responderei que folgados têm muitos, mas não sou desses, minha lei e minha fé é o esforço e o sofrimento; e lembrarei também a verdade elementar de que não há perspectiva sem distância, e se há uma coisa neste país de que carecemos tanto quanto de divisas fortes, é de perspectiva. Vivemos dentro demais dos acontecimentos, somos absorvidos por eles, sugestionados por eles, exacerbados por eles. Eles é que nos arrastam, não somos nós que os esmiuçamos. [...] Envolvida pela fofoca, o transitório, o gás néon, perde a gente aqui os olhos de ver as grandes coisas.
E tem mais: lembremo-nos de que hoje em dia já não há isolamento campestre que nos afaste do noticiário. Na selva mais perdida basta um pequeno transistor para nos transformar na testemunha auditiva da história. [...] Que vale a distância quando temos as asas do rádio? [...]
Vocês aqui, e nas outras cidades grandes, pensam que são os únicos seres vivos do mundo — ou pelo menos do só mundo que interessa. Talvez, talvez contudo, ainda sobre muito mundo por aí. Vocês são os dançarinos no palco e não enxergam a plateia no escuro, por causa dos holofotes que só botam luz no pessoal do balé. Porém, há mais gente do lado de lá do que do lado de cá. Deixem-me ir para lá um pouquinho, para ver se lhes mando o eco do que vocês cantam, para lhes dizer na verdade se vocês funcionam e estão vivos. Lá para onde eu vou tem milhões, sim, milhões mais de povo do que aqui. Vocês não sabem deles, mas eles sabem de vocês. A comparação da plateia é certa: lindo pode ser o espetáculo, mas sem plateia não tem razão de ser; só da plateia é que parte a ovação ou a pateada.
Meu Deus, estou falando tão bobo, cheia de imagens e de charadas, mas é isso — preciso mesmo sair de baixo da pressão, limpar o sangue. Sentiram o drama? O doutor bota aqui a lei do arroz, do açúcar ou da carne — deixem a gente ir ver como é que essa lei funciona lá no roçado onde o arroz nasce! [...] Enfim, enfim, as desculpas são muitas, mas a verdade é uma: está chovendo no Ceará que é uma beleza... Adeus, Guanabara, adeus!
QUEIROZ, R. de. Até breve. O cruzeiro. (Adaptado).
Disponível em:
<https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/19085/atebreve>.
I. Ana falou com um atendente que disse que este produto tem garantia vitalícia.
II. Ela e o namorado, que estava amedrontado, foram para casa às pressas.
III. Os móveis que foram restaurados ficaram ainda mais bonitos.
Texto CB1A1
O renomado linguista e filósofo Noam Chomsky e outros dois especialistas em linguística, Ian Roberts e Jeffrey Watumull, escreveram um artigo para o jornal The New York Times, em março de 2023, compartilhando sua visão sobre os avanços que vêm ocorrendo no campo da inteligência artificial (IA).
Para os intelectuais, os avanços “supostamente revolucionários” apresentados pelos desenvolvedores da IA são motivo “tanto para otimismo como para preocupação”.
No primeiro caso, porque as ferramentas de IA podem ser úteis para resolver certas problemáticas, ao passo que, no segundo, “tememos que a variedade mais popular e em voga da inteligência artificial (aprendizado automático) degrade nossa ciência e deprecie nossa ética ao incorporar à tecnologia uma concepção fundamentalmente errônea da linguagem e do conhecimento”.
Embora os linguistas reconheçam que as IA são eficazes na tarefa de armazenar imensas quantidades de informação, que não necessariamente são verídicas, elas não possuem uma “inteligência” como a das pessoas. “Por mais úteis que esses programas possam ser em alguns campos específicos (como na programação de computadores, por exemplo, ou na sugestão de rimas para versos rápidos), sabemos, pela ciência da língua e pela filosofia do conhecimento, que diferem profundamente do modo como os seres humanos raciocinam e utilizam a linguagem”, alertaram. “Essas diferenças impõem limitações significativas ao que podem fazer, que pode ser codificado com falhas inerradicáveis”.
Nesse sentido, os autores detalharam que, diferentemente de mecanismos de aplicativos como o ChatGPT, que operam com base na coleta de inúmeros dados, a mente humana pode funcionar com pequenas quantidades de informação, por meio das quais “não busca inferir correlações abruptas entre pontos (...), mas, sim, criar explicações”.
Nessa linha, manifestam que esses aplicativos não são realmente “inteligentes”, pois carecem de capacidade crítica. Embora possam descrever e prever “o que é”, “o que foi” e “o que será”, não são capazes de explicar “o que não é” e “o que não poderia ser”.
Internet: <ihu.unisinos.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.
No quinto parágrafo, o pronome relativo empregado no segmento “por meio das quais” faz referência a “pequenas quantidades de informação”.
1. Comprei um casaco de veludo em São Paulo. 2. O preço do casaco foi alto.
Se juntarmos as duas frases com o auxílio de um pronome relativo, a forma adequada será:
Leia o Texto 1 para responder a questão.
Texto 1
Do abandono
Dormiram juntos. Fizeram refeições juntos. Sentaram num banco público e falaram do laboratório que era defendido pelo irmão dele como um dos melhores do país. Falaram por telefone e escreveram cartas. Viajaram de carro e ele comprou água para ela. Deram algumas risadas e ela até chorou. Até o dia em que ele decidiu sozinhar. Ela não entendeu e insistiu muito. Depois, do último andar, lançou tudo que era dele pela janela, começando pelo computador. Deve ter acreditado que era culpa dele. O telefone tocou e ele foi informado pelo porteiro: ela jogou tudo e está atrapalhando a entrada dos outros moradores. Calmamente, como o pai dele costuma agir, pegou um por um dos lançamentos feitos por ela e retirou-se
CARVALHO, C. Saída para lugar nenhum. Goiânia: Ed. Martelo, 2024, p. 105.
Leia o Texto 3 para responder à questão.
Texto 3
Menos plástico, mais amor
Eu provavelmente estava distraída quando os guardanapos das lanchonetes começaram a vir em invólucros de plástico. Você precisa abri-los antes de sujar as mãos, senão pode ser complicado demais. Embora essa questão seja importantíssima, o que me intriga de fato é em que momento e por que começamos a exagerar tanto no uso das coisas plásticas.
Vou chamar o fenômeno de hiperassepsia. Será que alguém morreu por um guardanapo contaminado, e eu não fiquei sabendo? E quanto ao copo descartável que acompanha a garrafa também descartável, nós precisamos mesmo dele? Talvez eu possa esboçar duas razões para esse excesso de itens destinados às lixeiras.
Em tempos de álcool gel, é natural que um dispensador de canudos nos pareça uma monstruosa colônia de germes. Melhor embalá-los um a um. No entanto, nesse exato momento, na França, há um funcionário recebendo uma nota de cinco euros e depois entregando um sanduíche a alguém com as mesmas mãos sem luvas. Isso pode causar nojo, mas revela mais sobre diferenças culturais do que reais riscos à saúde.
E o mais importante: o exagero dos plásticos parece estar ligado à tendência de querer agradar a qualquer custo. Só isso explica o que observo cotidianamente nos caixas de supermercado. Embora a maioria de nós seja capaz de pôr objetos dentro de uma sacola, temos empacotadores, instruídos a não colocar no mesmo saco uma pasta de dente e um pacote de biscoitos. A consequência é o uso de uma quantidade absurda de sacolas.
Na minha sacola de pano, sob os olhos atônitos do empacotador que acabo de dispensar, é claro que tudo vai misturado. Continuo viva.
Disponível em: <https://www.escrevendoofuturo.org.br/blog/literatura-em-movimento/menos-plastico-mais-amor/>. Acesso em: 19 set. 2024. [Adaptado].