Questões de Português - Pronomes relativos para Concurso

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Q2111638 Português
Texto 2A1-I

     O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente, superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas de inteligência artificial.

       Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura necessário para a responsabilização com base na culpa. 


B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência
artificial e responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca
da atribuição de personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos
Fundamentais & Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações). 

No que se refere a aspectos gramaticais do texto 2A1-I, julgue o seguinte item. 


No segundo parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas” (antepenúltimo período) e “que hackers interfiram no sistema” (penúltimo período), pertence à mesma classe gramatical. 

Alternativas
Q2110900 Português
Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra (3º parágrafo).
No trecho acima, o pronome relativo “que” retoma o seguinte termo antecedente:
Alternativas
Q2110779 Português

Leia a crônica de Moacyr Scliar para responder à questão.


Quando eu tinha a tua idade


   Ai, Senhor, não nos deixe cair na tentação de dizer ao nosso filho ou à nossa filha qualquer coisa que comece com “Quando eu tinha a tua idade...”

   Dificilmente haverá, nas sempre difíceis relações entre pais e filhos, frase mais perigosa. Para começar, ela alarga o gap entre as gerações, este fosso que separa adultos de crianças ou adolescentes, e cuja largura, nesta era de rápidas transformações, se mede em anos-luz. No entanto, os pais a usam, é uma coisa automática. Olhamos o quarto desarrumado e observamos: “Quando eu tinha a tua idade, fazia a cama sozinho”. Examinamos a redação feita para a escola e sacudimos a cabeça: “Quando eu tinha a tua idade, não cometia esses erros de ortografia. E a minha letra era muito melhor”. Sim, a nossa letra era melhor. Sim, íamos sozinhos até o centro da cidade.

   Sim, aos dez anos já trabalhávamos e sustentávamos toda a família. Sim, éramos mais cultos, mais politizados, mais atentos. Conhecíamos toda a obra de Balzac, entoávamos todas as sinfonias de Beethoven. Éramos o máximo.

   Mas éramos mesmo? Se entrássemos na máquina do tempo e recuássemos algumas décadas, será que teríamos a mesma impressão? Sim, íamos até o centro da cidade, mas a cidade era menor, mais fácil de ser percorrida. Sim, trabalhávamos – mas havia outra alternativa?

   Cada geração recorre às habilidades de que necessita. Sabíamos usar um martelo ou consertar um abajur, mas eles dedilham um computador com a destreza de um virtuose. Nós jogávamos futebol na várzea, mas agora que a febre imobiliária acabou com os terrenos baldios, os garotos fazem prodígios com o skate nuns poucos metros quadrados.

   Bem, mas então não podemos falar aos nossos filhos sobre a nossa infância? Longe disso. Há uma coisa que podemos compartilhar com eles; os sonhos que tivemos, e que, na maioria irrealizados (ai, as limitações da condição humana), jazem intactos, num cantinho da nossa alma. São estes sonhos que devemos mobilizar como testemunhas de nosso diálogo com os jovens.

   Fale a uma criança sobre aquilo que você esperava ser; fale de suas fantasias:

– Quando eu tinha a tua idade, meu filho, eu era criança como tu. E era bom.


(Coleção melhores crônicas: Moacyr Scliar.

Org. Luís Augusto Fischer. Global Editora. Adaptado)

No segundo parágrafo, em – e cuja largura, nesta era de rápidas transformações, se mede em anos-luz –, o termo destacado é um pronome relativo.
Considerando essa categoria de pronomes, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, a frase a seguir.
Infelizmente, vivemos em uma sociedade _____ ainda há crianças _____ dia a dia se limita ao esforço para enfrentar a miséria _____ elas sonham escapar. 
Alternativas
Q2107271 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

O Cupido original não era um bebê com asas

Por Leo Caparroz






(Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/o-cupido-original-nao-era-um-bebe-com-asas-conheca-suahistoria/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando o emprego de recursos coesivos, analise as assertivas a seguir:
I. Na linha 12, o referente do pronome relativo “que” é a palavra “pai”, na mesma linha. II. Na linha 16, a palavra “a” é pronome oblíquo e tem como referente a palavra “Psiquê”, na mesma linha. III. Na linha 18, o pronome “esse” é empregado porque a palavra “marido” já havia sido anteriormente mencionada.
Quais estão corretas?
Alternativas
Q2104311 Português


CLAVÉ, Christophe. Disponível em: https://dasculturas.com/2020/12/20/o-qi-medio-da-populacao-mundial-diminuiu-nos-ultimos-vinte-anoschristophe-clave/ (acesso em 28/04/2022).
1“Em 1982, James Flynn, um filósofo e psicólogo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, analisou os manuais americanos para testes de QI e percebeu que esses testes eram revisados a cada 25 anos ou mais – assim, os organizadores conseguiram observar um cenário que colocasse lado a lado os testes antigos e os novos”. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150304_testes_qi_inteligencia_rm; acesso em 28/04/2022 (nota da banca elaboradora). 
No tocante aos pronomes empregados no último parágrafo (da l. 21 à l. 23), qual é a proposição cujo teor apresenta correção quanto à classificação de tais pronomes?
Alternativas
Respostas
231: E
232: E
233: C
234: E
235: A