Questões de Português para Concurso

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Ano: 2016 Banca: SUGEP - UFRPE Órgão: UFRPE Prova: SUGEP - UFRPE - 2016 - UFRPE - Físico |
Q2783660 Português

TEXTO 1


A leitura


Várias vezes, no decorrer do último século, previu-se a morte dos livros e do hábito de ler. O avanço do cinema, da televisão, dos videogames, da internet, tudo isso iria tornar a leitura obsoleta. No Brasil da virada do século XX para o século XXI, o vaticínio até parecia razoável: o sistema de ensino em franco declínio e sua tradição de fracasso na missão de formar leitores, o pouco apreço dado à instrução como valor social fundamental e até dados muito práticos, como a falta e a pobreza de bibliotecas públicas e o alto preço dos exemplares impressos aqui, conspiravam (conspiram, ainda) para que o contingente de brasileiros dados aos livros minguasse de maneira irremediável. Contra todas as perspectivas, porém, vem surgindo uma nova e robusta geração de leitores no país, movida – entre outras iniciativas – por sucessos televisivos, como as séries Harry Potter e Crepúsculo.

Também para os cidadãos mais maduros abriram-se largas portas de entrada à leitura. A autoajuda (e os romances com fortes tintas de autoajuda) é uma delas; os volumes que às vezes caem nas graças do público, como A menina que roubava livros, ou os autores que têm o dom de fisgar o público com suas histórias, são outra. E os títulos dedicados a recuperar a história do Brasil, como 1808, 1822, ou Guia politicamente incorreto da História do Brasil, são uma terceira, e muito acolhedora, dessas portas.

É mais fácil tornar a leitura um hábito, claro, quando ela se inicia na infância. Mas qualquer idade é boa, é favorável para adquirir esse gosto. Basta sentir aquela comichão do prazer, da curiosidade – e então fazer um esforço para não se acomodar a uma zona de conforto, mas seguir adiante e evoluir na leitura.


Bruno Meier. In: Graça Sette et al. Literatura – trilhas e tramas. Excerto adaptado.

O tema abordado ao longo do Texto 1 tem como ponto central:

Alternativas
Q2783459 Português

Leia as frases abaixo para responder às questões de 8 a 10.


I. Margarete simpatiza muito com Alexandre.

II. A pesquisa científica foi realizada há doze anos.

III. Débora namorava secretamente com Ricardo.

Ainda em relação às frases, a

Alternativas
Q2783458 Português

Leia as frases abaixo para responder às questões de 8 a 10.


I. Margarete simpatiza muito com Alexandre.

II. A pesquisa científica foi realizada há doze anos.

III. Débora namorava secretamente com Ricardo.

Ao reescrever as frases, elas estariam corretas em:

Alternativas
Q2783452 Português

Leia as frases abaixo para responder às questões de 8 a 10.


I. Margarete simpatiza muito com Alexandre.

II. A pesquisa científica foi realizada há doze anos.

III. Débora namorava secretamente com Ricardo.

É correto o que se afirma em

Alternativas
Q2783448 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 1 a 7.


O eterno impulso de criar


O que inspira os seres humanos a deixarem sua marca no mundo? A busca por imortalidade? O temor de ser esquecido?

Seja qual for a resposta, esse impulso já existia há dezenas de milhares de anos, conforme atestam pinturas rupestres na ilha Sulawesi, na Indonésia. Uma nova pesquisa, cujos detalhes foram publicados na "Nature", sugere que essas pinturas têm pelo menos 39.900 anos.

Anteriormente, pensava-se que a arte rupestre surgira há no máximo 10 mil anos, porém os pesquisadores usaram uma técnica de datação com urânio para analisar as pinturas de 12 mãos humanas e duas representações figurativas de animais. Conforme explicou o Times, as novas datas "desafiam a antiga opinião" de que a Europa Ocidental era o centro de criatividade naquela época.

Independentemente da origem, a expressão criativa é um elemento central na experiência humana, e três designers de joias recentemente entrevistados pelo Times encamparam a missão de atualizar uma antiga tradição artística.

Amedeo Scognamiglio e Wilfredo Rosado estão transformando uma forma de arte que existe há séculos: esculpir imagens para camafeus em conchas, corais e pedras vulcânicas do Mediterrâneo.

Essa forma de arte antigamente era usada "para representar deuses romanos, animais exóticos, buquês florais ou a aristocracia nobre europeia", observou o Times. Hoje em dia, Scognamiglio vende suas criações, como anéis, colares e fivelas de cintos, em suas lojas em Nova York e Tóquio.

[...]

Para muitos artistas e escritores, a arte de criar não só envolve alma, como também aspectos práticos como prazos a cumprir e perseverança. Conforme escreveu recentemente o colunista David Brooks, do Times, o pensamento imaginativo frequentemente é resultado de rotina e disciplina.

Maya Angelou, por exemplo, que sempre acorda às 6h, fica escrevendo em seu escritório doméstico das 7h até pelo menos a hora do almoço. John Cheever e Anthony Trollope também seguiam rotinas para escrever, citou Brooks. Esses criadores "pensam como artistas, porém trabalham como contadores", comparou ele.

"As pessoas que levam uma vida minuciosa e rotineira são mal consideradas em nossa cultura", comentou Brooks. "No entanto, a vida é paradoxal."

Sem dúvida. A poesia pode vir à mente em instantes fugazes. Mas às vezes a inspiração precisa ter um prazo.


Tess Felder

The New York Times/Folha de S.Paulo, 28/10/2014

“Às vezes a inspiração precisa ter um prazo”, conclui o texto. Assinale a alternativa em que há o uso correto do acento grave indicador de crase, como na frase citada.

Alternativas
Respostas
1006: D
1007: A
1008: B
1009: C
1010: A