Questões de Português para Concurso

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Q2752576 Português

Texto para as questões de 1 a 7.


1 Se a ciência está certa e nossa felicidade é

determinada por nosso sistema bioquímico, então a única

maneira de assegurar um contentamento duradouro é

4 equipar esse sistema. Esqueçamos o crescimento

econômico, as reformas sociais e as revoluções políticas:

para elevar os níveis globais de felicidade, precisamos

7 manipular a bioquímica humana. E foi exatamente isso que

começamos a fazer durante as últimas décadas. Cinquenta

anos atrás, as drogas psiquiátricas carregavam em seu bojo

10 um grave estigma. Hoje esse estigma foi quebrado. Para o

bem ou para o mal, uma porcentagem crescente da

população toma remédios psiquiátricos regularmente, não

13 apenas para curar doenças mentais debilitantes, mas

também para enfrentar depressões mais corriqueiras e

melancolias ocasionais.

16 Um número crescente de crianças em idade escolar

toma estimulantes neurológicos. Em 2011, 3,5 milhões de

crianças americanas tomaram medicamentos para o

19 transtorno de deficit de atenção e hiperatividade. No Reino

Unido, o número se elevou de 92 mil crianças em 1997 para

786 mil em 2012. O objetivo original consistia em tratar

22 distúrbios de atenção, mas hoje crianças totalmente

saudáveis ingerem esses remédios para melhorar o

desempenho e atender às crescentes expectativas de pais e

25 professores. Muitos se opõem a isso e alegam que o

problema está no sistema educacional, e não nas crianças.

Se existem alunos que sofrem de transtornos de atenção e

28 de estresse e tiram notas baixas, talvez o problema deva ser

atribuído aos métodos de ensino antiquados, às classes

lotadas e a um ritmo de vida que não é natural. Talvez

31 devamos modificar as escolas, e não as crianças. É

interessante observar como esses argumentos evoluíram.

Os métodos educacionais têm sido motivo de discussão há

34 milhares de anos. Tanto na China como na Grã‐Bretanha

vitoriana, cada um tinha um método de sua preferência e se

opunha veementemente às alternativas existentes. Mas há

37 um ponto com que todos sempre concordaram: para poder

melhorar a educação, era preciso mudar as escolas. Hoje,

pela primeira vez na história, algumas pessoas pensam que

40 seria mais eficaz mudar a bioquímica dos alunos.


Yuval Noah Harari (trad. Paulo Geiger). Homo Deus: uma

breve história do amanhã. São Paulo: Companhia

das Letras, 2016, p. 47‐8 (com adaptações).

Assinale a alternativa correta em relação a aspectos linguísticos do texto.

Alternativas
Q2752575 Português

Texto para as questões de 1 a 7.


1 Se a ciência está certa e nossa felicidade é

determinada por nosso sistema bioquímico, então a única

maneira de assegurar um contentamento duradouro é

4 equipar esse sistema. Esqueçamos o crescimento

econômico, as reformas sociais e as revoluções políticas:

para elevar os níveis globais de felicidade, precisamos

7 manipular a bioquímica humana. E foi exatamente isso que

começamos a fazer durante as últimas décadas. Cinquenta

anos atrás, as drogas psiquiátricas carregavam em seu bojo

10 um grave estigma. Hoje esse estigma foi quebrado. Para o

bem ou para o mal, uma porcentagem crescente da

população toma remédios psiquiátricos regularmente, não

13 apenas para curar doenças mentais debilitantes, mas

também para enfrentar depressões mais corriqueiras e

melancolias ocasionais.

16 Um número crescente de crianças em idade escolar

toma estimulantes neurológicos. Em 2011, 3,5 milhões de

crianças americanas tomaram medicamentos para o

19 transtorno de deficit de atenção e hiperatividade. No Reino

Unido, o número se elevou de 92 mil crianças em 1997 para

786 mil em 2012. O objetivo original consistia em tratar

22 distúrbios de atenção, mas hoje crianças totalmente

saudáveis ingerem esses remédios para melhorar o

desempenho e atender às crescentes expectativas de pais e

25 professores. Muitos se opõem a isso e alegam que o

problema está no sistema educacional, e não nas crianças.

Se existem alunos que sofrem de transtornos de atenção e

28 de estresse e tiram notas baixas, talvez o problema deva ser

atribuído aos métodos de ensino antiquados, às classes

lotadas e a um ritmo de vida que não é natural. Talvez

31 devamos modificar as escolas, e não as crianças. É

interessante observar como esses argumentos evoluíram.

Os métodos educacionais têm sido motivo de discussão há

34 milhares de anos. Tanto na China como na Grã‐Bretanha

vitoriana, cada um tinha um método de sua preferência e se

opunha veementemente às alternativas existentes. Mas há

37 um ponto com que todos sempre concordaram: para poder

melhorar a educação, era preciso mudar as escolas. Hoje,

pela primeira vez na história, algumas pessoas pensam que

40 seria mais eficaz mudar a bioquímica dos alunos.


Yuval Noah Harari (trad. Paulo Geiger). Homo Deus: uma

breve história do amanhã. São Paulo: Companhia

das Letras, 2016, p. 47‐8 (com adaptações).

Assinale a alternativa em que o emprego da vírgula justifica‐se por separar elementos em enumeração.

Alternativas
Q2752574 Português

Texto para as questões de 1 a 7.


1 Se a ciência está certa e nossa felicidade é

determinada por nosso sistema bioquímico, então a única

maneira de assegurar um contentamento duradouro é

4 equipar esse sistema. Esqueçamos o crescimento

econômico, as reformas sociais e as revoluções políticas:

para elevar os níveis globais de felicidade, precisamos

7 manipular a bioquímica humana. E foi exatamente isso que

começamos a fazer durante as últimas décadas. Cinquenta

anos atrás, as drogas psiquiátricas carregavam em seu bojo

10 um grave estigma. Hoje esse estigma foi quebrado. Para o

bem ou para o mal, uma porcentagem crescente da

população toma remédios psiquiátricos regularmente, não

13 apenas para curar doenças mentais debilitantes, mas

também para enfrentar depressões mais corriqueiras e

melancolias ocasionais.

16 Um número crescente de crianças em idade escolar

toma estimulantes neurológicos. Em 2011, 3,5 milhões de

crianças americanas tomaram medicamentos para o

19 transtorno de deficit de atenção e hiperatividade. No Reino

Unido, o número se elevou de 92 mil crianças em 1997 para

786 mil em 2012. O objetivo original consistia em tratar

22 distúrbios de atenção, mas hoje crianças totalmente

saudáveis ingerem esses remédios para melhorar o

desempenho e atender às crescentes expectativas de pais e

25 professores. Muitos se opõem a isso e alegam que o

problema está no sistema educacional, e não nas crianças.

Se existem alunos que sofrem de transtornos de atenção e

28 de estresse e tiram notas baixas, talvez o problema deva ser

atribuído aos métodos de ensino antiquados, às classes

lotadas e a um ritmo de vida que não é natural. Talvez

31 devamos modificar as escolas, e não as crianças. É

interessante observar como esses argumentos evoluíram.

Os métodos educacionais têm sido motivo de discussão há

34 milhares de anos. Tanto na China como na Grã‐Bretanha

vitoriana, cada um tinha um método de sua preferência e se

opunha veementemente às alternativas existentes. Mas há

37 um ponto com que todos sempre concordaram: para poder

melhorar a educação, era preciso mudar as escolas. Hoje,

pela primeira vez na história, algumas pessoas pensam que

40 seria mais eficaz mudar a bioquímica dos alunos.


Yuval Noah Harari (trad. Paulo Geiger). Homo Deus: uma

breve história do amanhã. São Paulo: Companhia

das Letras, 2016, p. 47‐8 (com adaptações).

O texto constitui uma proposta de reflexão crítica acerca

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Ano: 2018 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2018 - UNIFESP - Pedagogo |
Q2752529 Português

Veja e leia o grafite abaixo:


Imagem associada para resolução da questão


(ITO, Paulo. São Paulo, Vila Madalena, Março 2014.)


A imagem mostra o dirigente de uma companhia falando a seus colaboradores. O líder procura motivar os comandados ao afirmar que “o ser humano está acima de tudo”, é a preocupação central da empresa. Mas se o discurso é motivador, o gesto de sentar sobre um empregado é desalentador. Esse conflito entre o falar e o agir faz com que a cena seja:

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Ano: 2018 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2018 - UNIFESP - Pedagogo |
Q2752528 Português

A aliança


Esta é uma história exemplar, só não está muito claro qual é o exemplo. De qualquer jeito, mantenha-a longe das crianças. Também não tem nada a ver com a crise brasileira, o apartheid, a situação na América Central ou no Oriente Médio ou a grande aventura do homem sobre a Terra. Situase no terreno mais baixo das pequenas aflições da classe média. Enfim. Aconteceu com um amigo meu.

Fictício, claro.

Ele estava voltando para casa como fazia, com fidelidade rotineira, todos os dias à mesma hora. Um homem dos seus 40 anos, naquela idade em que já sabe que nunca será o dono de um cassino em Samarkand, com diamantes nos dentes, mas ainda pode esperar algumas surpresas da vida, como ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o carro no meiofio e preparouse para a batalha contra o macaco, não um dos grandes macacos que o desafiavam no jângal dos seus sonhos de infância, mas o macaco do seu carro tamanho médio, que provavelmente não funcionaria, resignação e reticências... Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu o carro, trocou o pneu e já estava fechando o porta-malas quando a sua aliança escorregou pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele deu um passo para pegar a aliança do asfalto, mas sem querer a chutou. A aliança bateu na roda de um carro que passava e voou para um bueiro. Onde desapareceu diante dos seus olhos, nos quais ele custou a acreditar. Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou no carro e seguiu para casa. Começou a pensar no que diria para a mulher. Imaginou a cena. Ele entrando em casa e respondendo às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.

— Você não sabe o que me aconteceu!

— O quê?

— Uma coisa incrível.

— O quê?

— Contando ninguém acredita.

— Conta!

— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?

— Não.

— Olhe.

E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.

— O que aconteceu?

E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.

— Que coisa - diria a mulher, calmamente.

— Não é difícil de acreditar?

— Não. E perfeitamente possível.

— Pois é. Eu...

— SEU CRETINO!

— Meu bem...

— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. E ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.

— Mas, meu bem...

— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!

E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:

— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:

— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.

Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceríam.

— O mais importante é que você não mentiu pra mim. E foi tratar do jantar.


FONTE: http://www.releituras.com/lfverissiino_alianca.asp. Acesso 20 mar 2018.


Na crônica de Luís Fernando Veríssimo, a estratégia que gera o humor é o resultado

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Respostas
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992: A
993: C
994: D
995: B