Questões de Concurso Sobre português
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Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.
A realidade do trabalho infantil
Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria desassistidas, desnutridas, sem educação básica, caminhando a um futuro incerto e infeliz.
Os menores no Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, caindo nas malhas da prostituição e da exploração do trabalho infantil - — que constitui um grave problema social.
A Constituição proíbe qualquer trabalho antes de a criança completar 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, situação permitida apenas a partir dos 12 anos. Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve, excluindo-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias, nas oficinas e na agricultura.
Além disso, é fundamental que a criança e o adolescente que trabalham, tenham garantido o acesso à educação. As crianças e os adolescentes não aparecem nas estatísticas oficiais e não têm direitos trabalhistas e benefícios previdenciários garantidos - constituem o que se costuma chamar de “mão de obra invisível”.
Mas, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), essa mão de obra invisível forma no Brasil um exército silencioso de 7,5 milhões de menores, que não têm infância e trabalham como adultos. A tragédia infanto-juvenil no campo deve ser hoje a grande preocupação do governo federal. As crianças ingressam no trabalho a partir de 6 ou 7 anos. Trabalham em média dez horas, em troca de uma remuneração que varia de 2 a 6 reais por dia. Tais valores são ainda menores se a mão de obra for feminina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente veio trazer, nesse contexto, uma grande contribuição, ao garantir direitos específicos para a criança e para o adolescente e propor políticas integradas de atendimento.
Dentro de uma ação global, vale destacar o apoio à infância no campo da educação, a exemplo da bolsa-escola, implantada pelo governo do Distrito Federal, que garante a permanência da criança em sala de aula através da remuneração à família. Não devemos nunca nos esquecer de um princípio fundamental: lugar de criança é junto à família e na escola.
(Benedita da Silva, artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo. Apud Gilberto Dimenstein, Aprendiz do futuro - Cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Ática, 2000. p. 35)
A expressão “nesse contexto”, colocada no 6o parágrafo, refere-se a quem?
Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.
A realidade do trabalho infantil
Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria desassistidas, desnutridas, sem educação básica, caminhando a um futuro incerto e infeliz.
Os menores no Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, caindo nas malhas da prostituição e da exploração do trabalho infantil - — que constitui um grave problema social.
A Constituição proíbe qualquer trabalho antes de a criança completar 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, situação permitida apenas a partir dos 12 anos. Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve, excluindo-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias, nas oficinas e na agricultura.
Além disso, é fundamental que a criança e o adolescente que trabalham, tenham garantido o acesso à educação. As crianças e os adolescentes não aparecem nas estatísticas oficiais e não têm direitos trabalhistas e benefícios previdenciários garantidos - constituem o que se costuma chamar de “mão de obra invisível”.
Mas, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), essa mão de obra invisível forma no Brasil um exército silencioso de 7,5 milhões de menores, que não têm infância e trabalham como adultos. A tragédia infanto-juvenil no campo deve ser hoje a grande preocupação do governo federal. As crianças ingressam no trabalho a partir de 6 ou 7 anos. Trabalham em média dez horas, em troca de uma remuneração que varia de 2 a 6 reais por dia. Tais valores são ainda menores se a mão de obra for feminina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente veio trazer, nesse contexto, uma grande contribuição, ao garantir direitos específicos para a criança e para o adolescente e propor políticas integradas de atendimento.
Dentro de uma ação global, vale destacar o apoio à infância no campo da educação, a exemplo da bolsa-escola, implantada pelo governo do Distrito Federal, que garante a permanência da criança em sala de aula através da remuneração à família. Não devemos nunca nos esquecer de um princípio fundamental: lugar de criança é junto à família e na escola.
(Benedita da Silva, artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo. Apud Gilberto Dimenstein, Aprendiz do futuro - Cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Ática, 2000. p. 35)
O texto apresenta uma frase que resume o ponto de vista defendido pela autora com relação ao trabalho infantil. Marque a alternativa que aponta a defesa proposta:
Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.
A realidade do trabalho infantil
Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria desassistidas, desnutridas, sem educação básica, caminhando a um futuro incerto e infeliz.
Os menores no Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, caindo nas malhas da prostituição e da exploração do trabalho infantil - — que constitui um grave problema social.
A Constituição proíbe qualquer trabalho antes de a criança completar 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, situação permitida apenas a partir dos 12 anos. Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve, excluindo-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias, nas oficinas e na agricultura.
Além disso, é fundamental que a criança e o adolescente que trabalham, tenham garantido o acesso à educação. As crianças e os adolescentes não aparecem nas estatísticas oficiais e não têm direitos trabalhistas e benefícios previdenciários garantidos - constituem o que se costuma chamar de “mão de obra invisível”.
Mas, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), essa mão de obra invisível forma no Brasil um exército silencioso de 7,5 milhões de menores, que não têm infância e trabalham como adultos. A tragédia infanto-juvenil no campo deve ser hoje a grande preocupação do governo federal. As crianças ingressam no trabalho a partir de 6 ou 7 anos. Trabalham em média dez horas, em troca de uma remuneração que varia de 2 a 6 reais por dia. Tais valores são ainda menores se a mão de obra for feminina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente veio trazer, nesse contexto, uma grande contribuição, ao garantir direitos específicos para a criança e para o adolescente e propor políticas integradas de atendimento.
Dentro de uma ação global, vale destacar o apoio à infância no campo da educação, a exemplo da bolsa-escola, implantada pelo governo do Distrito Federal, que garante a permanência da criança em sala de aula através da remuneração à família. Não devemos nunca nos esquecer de um princípio fundamental: lugar de criança é junto à família e na escola.
(Benedita da Silva, artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo. Apud Gilberto Dimenstein, Aprendiz do futuro - Cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Ática, 2000. p. 35)
No texto há um parágrafo que apresenta uma verdadeira discriminação com relação a algumas crianças. Aponte nos itens abaixo a alternativa correta para tal situação:
Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.
A realidade do trabalho infantil
Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria desassistidas, desnutridas, sem educação básica, caminhando a um futuro incerto e infeliz.
Os menores no Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, caindo nas malhas da prostituição e da exploração do trabalho infantil - — que constitui um grave problema social.
A Constituição proíbe qualquer trabalho antes de a criança completar 14 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, situação permitida apenas a partir dos 12 anos. Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve, excluindo-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias, nas oficinas e na agricultura.
Além disso, é fundamental que a criança e o adolescente que trabalham, tenham garantido o acesso à educação. As crianças e os adolescentes não aparecem nas estatísticas oficiais e não têm direitos trabalhistas e benefícios previdenciários garantidos - constituem o que se costuma chamar de “mão de obra invisível”.
Mas, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), essa mão de obra invisível forma no Brasil um exército silencioso de 7,5 milhões de menores, que não têm infância e trabalham como adultos. A tragédia infanto-juvenil no campo deve ser hoje a grande preocupação do governo federal. As crianças ingressam no trabalho a partir de 6 ou 7 anos. Trabalham em média dez horas, em troca de uma remuneração que varia de 2 a 6 reais por dia. Tais valores são ainda menores se a mão de obra for feminina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente veio trazer, nesse contexto, uma grande contribuição, ao garantir direitos específicos para a criança e para o adolescente e propor políticas integradas de atendimento.
Dentro de uma ação global, vale destacar o apoio à infância no campo da educação, a exemplo da bolsa-escola, implantada pelo governo do Distrito Federal, que garante a permanência da criança em sala de aula através da remuneração à família. Não devemos nunca nos esquecer de um princípio fundamental: lugar de criança é junto à família e na escola.
(Benedita da Silva, artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo. Apud Gilberto Dimenstein, Aprendiz do futuro - Cidadania hoje e amanhã. São Paulo: Ática, 2000. p. 35)
Para a autora Benedita da Silva, o que significa a expressão “mão de obra invisível”?
Assinale a alternativa que está de acordo com a norma padrão.
Identifique a ordem correta das idéias que dão continuidade ao texto iniciado acima.
( ) A permanência no continente era para durar apenas um dia.
( ) Foram visitar a Antártida a convite da Marinha e acabaram presos pelo mau tempo.
( ) Mas até a noite de terça-feira, eles já haviam ficado seis dias, aguardando o tempo abrir e o pouso do avião de resgate.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta, de cima para baixo.
O texto a seguir é referência para as questões 11 e 12.
Foi com o objetivo de obter um acordo de paz entre palestinos e israelenses que George W. Bush fez uma visita oficial de oito dias a diversos países da região do conflito e patrocinou a reabertura das negociações. _________, menos de 24 horas após o fim da visita americana, a crise recrudesceu, e guerrilheiros atacaram agentes israelenses que investigavam uma casa em Gaza de onde teriam sido lançados mísseis contra Israel.O termo "recrudesceu" pode ser substituído, no texto, por:
O texto a seguir é referência para as questões 11 e 12.
Foi com o objetivo de obter um acordo de paz entre palestinos e israelenses que George W. Bush fez uma visita oficial de oito dias a diversos países da região do conflito e patrocinou a reabertura das negociações. _________, menos de 24 horas após o fim da visita americana, a crise recrudesceu, e guerrilheiros atacaram agentes israelenses que investigavam uma casa em Gaza de onde teriam sido lançados mísseis contra Israel.Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima:
O texto abaixo é referência para as questões 07 e 08.
Um quilo pode ter menos de um quilo? Pode. Por isso o Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), na França, decidiu trocar o padrão original da medida. A referência atual para o quilo, um cilindro de 39 milímetros de diâmetro e igual altura, composto de platina e irídio (um metal), existe há 118 anos. Nos últimos meses, porém, o órgão detectou a perda de alguns microgramas. A nova referência será uma esfera de 93 milímetros de diâmetro composta de átomos de silício 28. Segundo o BIPM, o silício seria mais estável que o metal.
(
Época, 15 out. 2007.)De acordo com o texto, considere as seguintes afirmativas:
1. A nova referência para o quilo vai ter alguns microgramas a menos.
2. O cilindro original que serve de referência para o quilo perdeu peso nos últimos meses.
3. O Escritório Internacional de Pesos e Medidas observou apenas nos últimos meses que o padrão original do quilo perdeu peso e vai trocá-lo por outro, composto de material mais estável.
4. A referência para o quilo tinha 39 milímetros de diâmetro e 39 milímetros de altura.
5. O silício será utilizado no novo padrão do quilo por ser mais estável que a composição de platina e irídio.
Assinale a alternativa correta.
O texto abaixo é referência para as questões 07 e 08.
Um quilo pode ter menos de um quilo? Pode. Por isso o Escritório Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), na França, decidiu trocar o padrão original da medida. A referência atual para o quilo, um cilindro de 39 milímetros de diâmetro e igual altura, composto de platina e irídio (um metal), existe há 118 anos. Nos últimos meses, porém, o órgão detectou a perda de alguns microgramas. A nova referência será uma esfera de 93 milímetros de diâmetro composta de átomos de silício 28. Segundo o BIPM, o silício seria mais estável que o metal.
(
Época, 15 out. 2007.)Assinale a alternativa cujos termos podem substituir, respectivamente, as palavras sublinhadas do texto sem alterar o sentido da frase?
A estabilidade de um veículo depende do contato entre os pneus e o solo. À medida que a velocidade aumenta, esse contato diminui, devido à penetração de ar entre a pista e o veículo, podendo vir a desaparecer em dias de chuva, com maior volume d'água ou poças no pavimento.
A falta de aderência do pneu com a pista faz com que o veículo derrape e o condutor perca o controle. Esse processo é chamado hidroplanagem ou aquaplanagem, que significa que o pneu está rodando sobre o topo d'água, ao invés de rodar sobre o pavimento. O desafio do motorista no dia-a-dia é manter aderência suficiente para combater a inércia, que puxa o automóvel para a frente numa freada, ou para fora da pista, em uma curva.Alta velocidade, pista molhada, pneus mal-calibrados e em mau estado de conservação são os elementos comumente presentes em ocorrência de aquaplanagem.
(
Manual básico de segurança no trânsito, 2000, p. 35.)Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:
1. Em dias de chuva, além do ar, água pode penetrar entre a pista e os pneus do veículo, aumentando a perda de aderência do carro em relação ao chão.
2. A hidroplanagem é o processo de aderência do veículo ao solo.
3. A força da inércia faz o carro tender a manter sua direção original numa freada ou numa curva.
4. O contato do pneu com o solo é fundamental para o motorista vencer a força da inércia e manter a estabilidade do carro.
Assinale a alternativa correta.
"Certa manhã, um homem andava por uma praça com seu filho e resolveu ______________ algumas lições de vida. Encostando-se numa árvore, olhou para o filho e _____________ o que ele estava ouvindo. Depois de fixar a atenção no ambiente, o menino _____________: 'Escuto o barulho do vento batendo nas folhas das árvores e o canto dos pássaros'".
Assinale a alternativa que apresenta os termos que, respectivamente, completam de modo correto as lacunas acima.É correto concluir do texto que
RECOMEÇOS PASSADOS E PRESENTES
01 ____ Em 2010 completam-se 100 anos da morte de Joaquim Nabuco e Brasília faz cinquenta anos. São duas efemérides
02 que dizem dos destinos da pátria de forma semelhante – ambas têm a ver com recomeços, ou tentativas de recomeço. Lembrar
03 de Nabuco é lembrar da abolição da escravatura, movimento do qual ele foi talvez o principal dos agentes, e com certeza o
04 mais elegante. Com a abolição pretendeu-se um recomeço. Com Brasília, 72 anos depois da abolição, pretendeu-se outro. Era a
05 aurora de um país destemido, porque avançava por sertões ignotos; dinâmico, porque ousara um empreendimento que só em
06 sonho outros ousariam; justo, porque na nova capital as diferenças de classe e de hierarquia se dissolveriam na homogeneidade
07 das superquadras e das vias expressas; e moderno, porque os terrenos baldios daquele naco do Planalto Central seriam
08 preenchidos por uma arquitetura de riscos deslumbrantemente avançados.
09 ____ Joaquim Nabuco (1849-1910) forma, com José Bonifácio, o Patriarca da Independência (1763-1838), a dupla de
10 maiores estadistas da história do Brasil. Eles merecem esse título não só pelo que fizeram, mas também pela ideia geral que os
11 movia – a ideia rara, lúcida e generosa de construção de uma nação. José Bonifácio está fora das datas redondas que serão
12 lembradas neste ano, mas é outro que personifica um recomeço – merece uma carona neste texto, por isso. Ele personifica a
13 independência, assim como Nabuco personifica a abolição. Ambos venceram, no sentido de que, em grande parte pelas
14 manobras de Bonifácio, o Brasil em 1822 se tornou independente, assim como, em grande parte pela pregação de Nabuco, a
15 escravidão foi legalmente abolida em 1888. Ambos perderam, porém, no que propunham como sequência necessária de tais
16 objetivos.
17 ____ Bonifácio ousou querer dotar o jovem estado brasileiro de um povo. Ora, um povo não podia ser formado por uma
18 sociedade dividida entre senhores e escravos. Daí que, três gerações antes de Nabuco, ele já propusesse a abolição da
19 escravidão. Falaram mais alto os interesses dos traficantes e dos senhores de escravos. Nabuco, se pegou a fortaleza escravista
20 já mais desgastada, pronta para o assalto final, não teve êxito na segunda parte de sua pregação: a distribuição de terras entre os
21 antigos escravos (ele dizia que a questão da “democratização do solo” era inseparável da emancipação) e o investimento num
22 sistema de educação abrangente o bastante para abrigá-los. Tal qual o de José Bonifácio, o recomeço pretendido por Nabuco
23 ficou pela metade.
24 ____ Que dizer do recomeço representado por Brasília? Há versões segundo as quais, entre os motivos que levaram o
25 presidente Juscelino Kubitschek a projetá-la, estaria a estratégia de fugir da pressão popular presente numa metrópole como o
26 Rio de Janeiro. Uma espúria síndrome de Versalhes contaminaria, desse modo, as nobres razões oficiais para a mudança da
27 capital. Mais perverso que a eventual mancha de origem, no entanto, é o destino que estava reservado à “capital da esperança”.
28 Meros quatro anos depois de inaugurada, ela viraria, com seu isolamento dos grandes centros e suas avenidas tão propícias à
29 investida dos tanques, a capital dos sonhos da ditadura militar. Hoje, é identificada com a corrupção e a tramoia. Pode ser
30 injusto. Falta demonstrar que, em outra cidade, a corrupção e a tramoia teriam curso menos desimpedido. Não importa. Para a
31 desgraça de Brasília, o estigma grudou-lhe na pele.
32 ____ “Falo, falo, e não digo o essencial”, costumava escrever Nelson Rodrigues. O essencial é o seguinte: nunca antes neste
33 país houve um governo tão imbuído da ideia de que veio para recomeçar a história. Embalado por um lado em seus próprios
34 mitos, e por outro em festivos, se não interesseiros, louvores internacionais, chega a esta quadra acreditando que preside a uma
35 inédita mudança de estruturas, na ordem interna, ao mesmo tempo em que é premiado com uma promoção pela comunidade
36 internacional. Assim como ocorreu pelo menos duas vezes, em décadas recentes – com o “desenvolvimentismo” de JK e com o
37 “milagre econômico” dos militares –, propaga-se a ideia de que “desta vez vai”. A noção de que se está reinaugurando o país
38 traz o duplo prejuízo de poder ser interpretada como um embuste, de um lado, e induzir ao autoengano, de outro. Não há
39 refundação possível. Raras são as oportunidades de recomeço. O poder das continuidades é sempre maior.
40 ____ P.S.: É ano novo. Bom recomeço, para quem acredita neles.
TOLEDO, R. P. Recomeços Passados e Presentes. Veja. São Paulo, ed. 2146, ano 43, n. 1, p. 102, 06 jan. 2010.
Embora o texto apresente pontos de vista secundários, a tese central é a ideia de que:
INSTRUÇÃO – As questões de 1 a 10 referem-se ao texto abaixo. Leia-o com atenção antes de responder a elas.
A Sustentável Leveza do Ser
Brasília é fruto do apogeu do processo criativo de Niemeyer, aquele em que a originalidade superou a teoria e os dogmas de uma escola arquitetônica, permitindo a ele atingir o patamar de arte, com obras que vão ficar para sempre dialogando com as gerações. Arte que faz sentir e faz pensar, que deixa uns perplexos e outros embriagados de prazer estético, arte que produz no observador ansiedade, temor e hostilidade. A Brasília de Niemeyer está longe de ser unanimidade, mas, como o autor de seus prédios, não deixa ninguém indiferente. [...]
Como ocorreu em Brasília, a Pampulha fora encomendada do amigo e então prefeito da capital mineira, Juscelino Kubitschek. O futuro presidente desenvolvimentista encontrou seu arquiteto na Pampulha. Seu arquiteto encontrou na Pampulha um estilo. Juntos, e depois na companhia do urbanista Lúcio Costa, estruturaram o modernismo brasileiro, que romperia com o passado colonial e barroco do País. Eles desenharam não apenas uma cidade, mas uma nação, resultado de uma aventura rumo ao centro-oeste que exigiu uma visão de mundo corajosa e ousada, como a que levou o homem às grandes navegações e à conquista do espaço.
A obra de Niemeyer foi idealizada para flutuar. Para vencer a gravidade, o traço do arquiteto expresso em concreto conseguiu “traduzir em espaços a vontade de uma época” na definição de seu colega alemão Mies van der Rohe. Niemeyer traduziu a vontade de alguns brasileiros de fazer um país maior do que o Brasil. [...] Em Le Corbusier, Niemeyer encontrou a interseção da política com a arquitetura. Corbusier pregava a funcionalidade máxima: a forma deveria subordinar-se à função. A “Carta de Atenas”, manifesto urbanístico redigido pelo franco-suíço em 1933, defendia uma cidade funcional, na qual deveriam predominar a austeridade, a simplicidade, a lógica e a separação dos espaços de trabalho e lazer. A contrapor-se à turma de Le Corbusier, havia os organicistas do americano Frank Lloyd Wright, para os quais todo edifício, tal qual um organismo vivo, embora funcional, precisa crescer a partir de seu meio, do que já existe. Niemeyer, que na questão ideológica era discípulo do europeu, dizia que: “A vida pode mudar a arquitetura. No dia em que o mundo for mais justo, ela será mais simples”. Ele escapou de ser um mero seguidor da escola de Le Corbusier por acrescentar à equação dele a beleza. A forma deveria, sim, servir à função desde que ambas criassem beleza. [...] À retidão das linhas do mestre, o brasileiro agregou a curva, que deixava loucos os calculistas escolhidos para enfrentar o desafio de construir a paradoxal leveza feita de concreto e ferro. [...]
Uma geração de arquitetos que hoje dominam a cena internacional diz ter bebido na fonte de Oscar Niemeyer. Muitos foram influenciados pela arquitetura que se fez arte. Todos os edifícios de Niemeyer, os públicos e os residenciais, marcam as cidades onde foram erguidos. De tão fortes seu esplendor e originalidade, as criações arquitetônicas de Niemeyer teriam, na visão de muitos, tido um efeito congelante sobre a arquitetura brasileira. Quem não podia ter um Niemeyer encomendava um sub-Niemeyer, no tocante à sua exigência de extraordinária beleza e aos complexos avanços da engenharia. [...]
Veja. 12/12/2012. pp. 129-136 (texto adaptado)
O texto atribui à obra de Niemeyer, sobretudo, um caráter de
"Uma velha disputa latino-americana ganhou fôlego novo na semana passada. O presidente do Peru anunciou que vai processar o Chile no Tribunal Internacional de Haia, na Holanda. A intenção é recuperar uma área marítima de 39.000 km2 entregue num acordo em 1950. Para o presidente Alan Garcia, o documento não era de cumprimento obrigatório". (Revista Época,21 jan. 2008.)
Com base no texto, considere as seguintes afirmativas:
1. A área marítima em disputa está atualmente em poder do Chile.
2. A área marítima em disputa está atualmente em poder do Peru.
3. Antes de 1950, a área marítima em disputa pertencia ao Chile.
4. Antes de 1950, a área marítima em disputa pertencia ao Peru.
5. Antes de 1950, a área não pertencia a nenhum dos dois países.
Assinale a alternativa correta.
Na fala do personagem Cebolinha (primeiro quadrinho da tira), a vírgula é usada para
Assinale a alternativa em que a palavra destacada foi empregada na forma diminutiva, expressando noção de intensidade.
Em relação ao uso do verbo haver, assinale a alternativa CORRETA.