Questões de Concurso Sobre português
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MICHAEL STIVELMAN
Empresário, 84 anos. É presidente do banco Cédula. Sobrevivente do Holocausto, escreveu os livros A marca dos genocídios e A marcha.
“Eu não só vi o Holocausto: eu o vivi. E sobrevivi para contar. Fui um dos poucos de uma família de 79 pessoas. Foi em julho de 1941 que os soldados alemães chegaram ao nosso povoado: Secureni, que ficava na então Bessarábia (hoje território da Ucrânia). Não demorou a vir pelos altofalantes a ordem para que todos os judeus se reunissem na manhã seguinte, na praça próxima ao cemitério judaico. Devíamos levar nossos pertences e mantimentos. Quem não obedecesse seria fuzilado. Começou ali nossa marcha de 1.500 quilômetros – que fizemos sujos, doentes e famintos. Marchar longas distâncias era uma das formas que os nazistas usavam para exterminar os judeus. Aprendemos a aceitar a morte, de tão corriqueira.
Como sobrevivi? Graças aos valentes do povo ucraniano, que correram risco para salvar inocentes. Já em outubro daquele ano, na Ucrânia, minha mãe perdeu as forças em decorrência do tifo, uma doença comum durante a guerra. Conseguimos nos esconder numa vala. Com medo de que fôssemos descobertos, ela me pediu para abandoná-la. A decisão era complicada – me salvar, abandonando-a, ou ficar e correr o risco de ser capturado e morto. Eu fiquei. Ao anoitecer, vimos luzes em um povoado. Batemos numa porta, que foi aberta por uma mulher e sua filha, as duas cristãs. Comovidas com nossa história, elas nos acolheram e ficamos escondidos.
Em setembro de 1941, eu, minha mãe e meu pai passávamos perto de uma floresta. Lembro ainda das trincheiras cavadas e do cheiro de corpos em decomposição. Soldados convocavam homens mais velhos para ajudar na limpeza da estrada. Era mentira. Meu pai foi. Estava magro, com semblante abatido – lembro ainda que conversou alguns minutos com minha mãe. Beijou-me várias vezes e pediu que cuidasse dela. Nunca mais o vi. Foi fuzilado e jogado numa vala comum. Em 1944, depois de o Exército russo libertar os judeus, voltei ao lugar onde ele tinha morrido. Era primavera e tudo florescia na floresta – mas eu só me lembrava do dia cinza de anos atrás. Disse então um kadish, a prece milenar dos órfãos e enlutados judeus, com três anos de atraso.
Mas este não é um depoimento só de tristeza. Hitler quis construir um império de 1.000 anos. Não durou nem 15. Eu pude reconstruir minha vida no Brasil, esta terra abençoada. Minha história é prova de que é possível seguir em frente, mesmo que tenha lembranças tão terríveis como a do Holocausto. Como se faz isso? Vivendo um dia de cada vez, apoiando-se no amor que sentimos por nossa família. Não me esqueci do que passei. Ainda tenho pesadelos. Mas isso não encerrou minha vida. Encontrei o amor, tive meus filhos e reencontrei a alegria. Vim para o Brasil com minha mãe, quando eu tinha 20 anos. Parte de minha família já tinha se estabelecido no Recife e no Rio de Janeiro desde 1906. Escolhi o Rio. Quando cheguei, trabalhei como vendedor ambulante, batendo de porta em porta. Ainda me lembro da primeira venda: um cordão de ouro com uma medalha e um relógio. A dívida era registrada num cartão, com a data da cobrança.
Passei 50 anos sem falar nesse assunto. Hoje, penso que tenho obrigação de divulgar as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus, ciganos e outros povos. Histórias como a que vivi são uma bandeira para lutarmos por um mundo que respeite as diferenças.”
Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2012/01/vivi- depois-do-holocausto.html
Em “Minha história é prova...” o termo destacado exerce função de
MICHAEL STIVELMAN
Empresário, 84 anos. É presidente do banco Cédula. Sobrevivente do Holocausto, escreveu os livros A marca dos genocídios e A marcha.
“Eu não só vi o Holocausto: eu o vivi. E sobrevivi para contar. Fui um dos poucos de uma família de 79 pessoas. Foi em julho de 1941 que os soldados alemães chegaram ao nosso povoado: Secureni, que ficava na então Bessarábia (hoje território da Ucrânia). Não demorou a vir pelos altofalantes a ordem para que todos os judeus se reunissem na manhã seguinte, na praça próxima ao cemitério judaico. Devíamos levar nossos pertences e mantimentos. Quem não obedecesse seria fuzilado. Começou ali nossa marcha de 1.500 quilômetros – que fizemos sujos, doentes e famintos. Marchar longas distâncias era uma das formas que os nazistas usavam para exterminar os judeus. Aprendemos a aceitar a morte, de tão corriqueira.
Como sobrevivi? Graças aos valentes do povo ucraniano, que correram risco para salvar inocentes. Já em outubro daquele ano, na Ucrânia, minha mãe perdeu as forças em decorrência do tifo, uma doença comum durante a guerra. Conseguimos nos esconder numa vala. Com medo de que fôssemos descobertos, ela me pediu para abandoná-la. A decisão era complicada – me salvar, abandonando-a, ou ficar e correr o risco de ser capturado e morto. Eu fiquei. Ao anoitecer, vimos luzes em um povoado. Batemos numa porta, que foi aberta por uma mulher e sua filha, as duas cristãs. Comovidas com nossa história, elas nos acolheram e ficamos escondidos.
Em setembro de 1941, eu, minha mãe e meu pai passávamos perto de uma floresta. Lembro ainda das trincheiras cavadas e do cheiro de corpos em decomposição. Soldados convocavam homens mais velhos para ajudar na limpeza da estrada. Era mentira. Meu pai foi. Estava magro, com semblante abatido – lembro ainda que conversou alguns minutos com minha mãe. Beijou-me várias vezes e pediu que cuidasse dela. Nunca mais o vi. Foi fuzilado e jogado numa vala comum. Em 1944, depois de o Exército russo libertar os judeus, voltei ao lugar onde ele tinha morrido. Era primavera e tudo florescia na floresta – mas eu só me lembrava do dia cinza de anos atrás. Disse então um kadish, a prece milenar dos órfãos e enlutados judeus, com três anos de atraso.
Mas este não é um depoimento só de tristeza. Hitler quis construir um império de 1.000 anos. Não durou nem 15. Eu pude reconstruir minha vida no Brasil, esta terra abençoada. Minha história é prova de que é possível seguir em frente, mesmo que tenha lembranças tão terríveis como a do Holocausto. Como se faz isso? Vivendo um dia de cada vez, apoiando-se no amor que sentimos por nossa família. Não me esqueci do que passei. Ainda tenho pesadelos. Mas isso não encerrou minha vida. Encontrei o amor, tive meus filhos e reencontrei a alegria. Vim para o Brasil com minha mãe, quando eu tinha 20 anos. Parte de minha família já tinha se estabelecido no Recife e no Rio de Janeiro desde 1906. Escolhi o Rio. Quando cheguei, trabalhei como vendedor ambulante, batendo de porta em porta. Ainda me lembro da primeira venda: um cordão de ouro com uma medalha e um relógio. A dívida era registrada num cartão, com a data da cobrança.
Passei 50 anos sem falar nesse assunto. Hoje, penso que tenho obrigação de divulgar as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus, ciganos e outros povos. Histórias como a que vivi são uma bandeira para lutarmos por um mundo que respeite as diferenças.”
Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2012/01/vivi- depois-do-holocausto.html
Considerando as normas gramaticais, assinale a alternativa correta.
MICHAEL STIVELMAN
Empresário, 84 anos. É presidente do banco Cédula. Sobrevivente do Holocausto, escreveu os livros A marca dos genocídios e A marcha.
“Eu não só vi o Holocausto: eu o vivi. E sobrevivi para contar. Fui um dos poucos de uma família de 79 pessoas. Foi em julho de 1941 que os soldados alemães chegaram ao nosso povoado: Secureni, que ficava na então Bessarábia (hoje território da Ucrânia). Não demorou a vir pelos altofalantes a ordem para que todos os judeus se reunissem na manhã seguinte, na praça próxima ao cemitério judaico. Devíamos levar nossos pertences e mantimentos. Quem não obedecesse seria fuzilado. Começou ali nossa marcha de 1.500 quilômetros – que fizemos sujos, doentes e famintos. Marchar longas distâncias era uma das formas que os nazistas usavam para exterminar os judeus. Aprendemos a aceitar a morte, de tão corriqueira.
Como sobrevivi? Graças aos valentes do povo ucraniano, que correram risco para salvar inocentes. Já em outubro daquele ano, na Ucrânia, minha mãe perdeu as forças em decorrência do tifo, uma doença comum durante a guerra. Conseguimos nos esconder numa vala. Com medo de que fôssemos descobertos, ela me pediu para abandoná-la. A decisão era complicada – me salvar, abandonando-a, ou ficar e correr o risco de ser capturado e morto. Eu fiquei. Ao anoitecer, vimos luzes em um povoado. Batemos numa porta, que foi aberta por uma mulher e sua filha, as duas cristãs. Comovidas com nossa história, elas nos acolheram e ficamos escondidos.
Em setembro de 1941, eu, minha mãe e meu pai passávamos perto de uma floresta. Lembro ainda das trincheiras cavadas e do cheiro de corpos em decomposição. Soldados convocavam homens mais velhos para ajudar na limpeza da estrada. Era mentira. Meu pai foi. Estava magro, com semblante abatido – lembro ainda que conversou alguns minutos com minha mãe. Beijou-me várias vezes e pediu que cuidasse dela. Nunca mais o vi. Foi fuzilado e jogado numa vala comum. Em 1944, depois de o Exército russo libertar os judeus, voltei ao lugar onde ele tinha morrido. Era primavera e tudo florescia na floresta – mas eu só me lembrava do dia cinza de anos atrás. Disse então um kadish, a prece milenar dos órfãos e enlutados judeus, com três anos de atraso.
Mas este não é um depoimento só de tristeza. Hitler quis construir um império de 1.000 anos. Não durou nem 15. Eu pude reconstruir minha vida no Brasil, esta terra abençoada. Minha história é prova de que é possível seguir em frente, mesmo que tenha lembranças tão terríveis como a do Holocausto. Como se faz isso? Vivendo um dia de cada vez, apoiando-se no amor que sentimos por nossa família. Não me esqueci do que passei. Ainda tenho pesadelos. Mas isso não encerrou minha vida. Encontrei o amor, tive meus filhos e reencontrei a alegria. Vim para o Brasil com minha mãe, quando eu tinha 20 anos. Parte de minha família já tinha se estabelecido no Recife e no Rio de Janeiro desde 1906. Escolhi o Rio. Quando cheguei, trabalhei como vendedor ambulante, batendo de porta em porta. Ainda me lembro da primeira venda: um cordão de ouro com uma medalha e um relógio. A dívida era registrada num cartão, com a data da cobrança.
Passei 50 anos sem falar nesse assunto. Hoje, penso que tenho obrigação de divulgar as atrocidades cometidas pelos nazistas contra os judeus, ciganos e outros povos. Histórias como a que vivi são uma bandeira para lutarmos por um mundo que respeite as diferenças.”
Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Vida-util/noticia/2012/01/vivi- depois-do-holocausto.html
É característica do gênero apresentado a marcação cronológica. Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma marcação cronológica.
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e
comprar pacotes turísticos para o espaço será corri-
queiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regu-
larmente com máquinas e robôs, que também deve-
5 rão tomar o lugar das pessoas em algumas funções
de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros te-
rão um sistema de direção automatizada. Apesar dis-
so, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos
não serão comuns, assim como o uso de membros e
10 outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasilei
ros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa
da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca
de mil pessoas em todo o país entre setembro e ou-
tubro do ano passado. [...]
15 De acordo com o levantamento, para quase me
tade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá
pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49%
acham que será normal comprar pacotes turísticos
para o espaço. Em ambos os casos, os homens es-
20 tão um pouco mais confiantes do que as mulheres,
tendência que se repete quando levadas em conta a
escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da
população tem acompanhado com interesse esses
25 temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteli
gência Estratégica da OThink. – E isso também é
um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de
informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada
30 e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas
vão manter esse ritmo de inovação nos próximos
anos – comenta Pereira. – Hoje, o Brasil tem
quase 80 milhões de internautas e a revolução que a
internet produziu no nosso modo de viver, como esse
35 acesso maior à informação, contribui muito para esta
visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é
modificar o corpo humano é natural, analisa o exe-
cutivo. De acordo com o levantamento, apenas 28%
40 dos ouvidos creem que a evolução da tecnologia vai
levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo
artificiais que funcionarão melhor do que as naturais,
enquanto 40% acham que usaremos implantes ele-
trônicos para fins de identificação, informações sobre
45 histórico médico e realização de pagamentos, por
exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos
brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barrei-
50 ra entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo,
ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo,
14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e
comprar pacotes turísticos para o espaço será corri-
queiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regu-
larmente com máquinas e robôs, que também deve-
5 rão tomar o lugar das pessoas em algumas funções
de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros te-
rão um sistema de direção automatizada. Apesar dis-
so, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos
não serão comuns, assim como o uso de membros e
10 outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasilei
ros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa
da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca
de mil pessoas em todo o país entre setembro e ou-
tubro do ano passado. [...]
15 De acordo com o levantamento, para quase me
tade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá
pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49%
acham que será normal comprar pacotes turísticos
para o espaço. Em ambos os casos, os homens es-
20 tão um pouco mais confiantes do que as mulheres,
tendência que se repete quando levadas em conta a
escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da
população tem acompanhado com interesse esses
25 temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteli
gência Estratégica da OThink. – E isso também é
um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de
informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada
30 e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas
vão manter esse ritmo de inovação nos próximos
anos – comenta Pereira. – Hoje, o Brasil tem
quase 80 milhões de internautas e a revolução que a
internet produziu no nosso modo de viver, como esse
35 acesso maior à informação, contribui muito para esta
visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é
modificar o corpo humano é natural, analisa o exe-
cutivo. De acordo com o levantamento, apenas 28%
40 dos ouvidos creem que a evolução da tecnologia vai
levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo
artificiais que funcionarão melhor do que as naturais,
enquanto 40% acham que usaremos implantes ele-
trônicos para fins de identificação, informações sobre
45 histórico médico e realização de pagamentos, por
exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos
brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barrei-
50 ra entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo,
ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo,
14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
A palavra segundo é empregada com a mesma classe gramatical e com o mesmo sentido da que se emprega no título do texto em:
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e
comprar pacotes turísticos para o espaço será corri-
queiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regu-
larmente com máquinas e robôs, que também deve-
5 rão tomar o lugar das pessoas em algumas funções
de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros te-
rão um sistema de direção automatizada. Apesar dis-
so, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos
não serão comuns, assim como o uso de membros e
10 outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasilei
ros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa
da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca
de mil pessoas em todo o país entre setembro e ou-
tubro do ano passado. [...]
15 De acordo com o levantamento, para quase me
tade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá
pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49%
acham que será normal comprar pacotes turísticos
para o espaço. Em ambos os casos, os homens es-
20 tão um pouco mais confiantes do que as mulheres,
tendência que se repete quando levadas em conta a
escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da
população tem acompanhado com interesse esses
25 temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteli
gência Estratégica da OThink. – E isso também é
um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de
informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada
30 e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas
vão manter esse ritmo de inovação nos próximos
anos – comenta Pereira. – Hoje, o Brasil tem
quase 80 milhões de internautas e a revolução que a
internet produziu no nosso modo de viver, como esse
35 acesso maior à informação, contribui muito para esta
visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é
modificar o corpo humano é natural, analisa o exe-
cutivo. De acordo com o levantamento, apenas 28%
40 dos ouvidos creem que a evolução da tecnologia vai
levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo
artificiais que funcionarão melhor do que as naturais,
enquanto 40% acham que usaremos implantes ele-
trônicos para fins de identificação, informações sobre
45 histórico médico e realização de pagamentos, por
exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos
brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barrei-
50 ra entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo,
ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo,
14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
No texto, cibernéticos (l. 10) significa
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e
comprar pacotes turísticos para o espaço será corri-
queiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regu-
larmente com máquinas e robôs, que também deve-
5 rão tomar o lugar das pessoas em algumas funções
de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros te-
rão um sistema de direção automatizada. Apesar dis-
so, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos
não serão comuns, assim como o uso de membros e
10 outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasilei
ros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa
da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca
de mil pessoas em todo o país entre setembro e ou-
tubro do ano passado. [...]
15 De acordo com o levantamento, para quase me
tade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá
pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49%
acham que será normal comprar pacotes turísticos
para o espaço. Em ambos os casos, os homens es-
20 tão um pouco mais confiantes do que as mulheres,
tendência que se repete quando levadas em conta a
escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da
população tem acompanhado com interesse esses
25 temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteli
gência Estratégica da OThink. – E isso também é
um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de
informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada
30 e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas
vão manter esse ritmo de inovação nos próximos
anos – comenta Pereira. – Hoje, o Brasil tem
quase 80 milhões de internautas e a revolução que a
internet produziu no nosso modo de viver, como esse
35 acesso maior à informação, contribui muito para esta
visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é
modificar o corpo humano é natural, analisa o exe-
cutivo. De acordo com o levantamento, apenas 28%
40 dos ouvidos creem que a evolução da tecnologia vai
levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo
artificiais que funcionarão melhor do que as naturais,
enquanto 40% acham que usaremos implantes ele-
trônicos para fins de identificação, informações sobre
45 histórico médico e realização de pagamentos, por
exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos
brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barrei-
50 ra entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo,
ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo,
14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e
comprar pacotes turísticos para o espaço será corri-
queiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regu-
larmente com máquinas e robôs, que também deve-
5 rão tomar o lugar das pessoas em algumas funções
de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros te-
rão um sistema de direção automatizada. Apesar dis-
so, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos
não serão comuns, assim como o uso de membros e
10 outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasilei
ros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa
da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca
de mil pessoas em todo o país entre setembro e ou-
tubro do ano passado. [...]
15 De acordo com o levantamento, para quase me
tade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá
pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49%
acham que será normal comprar pacotes turísticos
para o espaço. Em ambos os casos, os homens es-
20 tão um pouco mais confiantes do que as mulheres,
tendência que se repete quando levadas em conta a
escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da
população tem acompanhado com interesse esses
25 temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteli
gência Estratégica da OThink. – E isso também é
um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de
informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada
30 e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas
vão manter esse ritmo de inovação nos próximos
anos – comenta Pereira. – Hoje, o Brasil tem
quase 80 milhões de internautas e a revolução que a
internet produziu no nosso modo de viver, como esse
35 acesso maior à informação, contribui muito para esta
visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é
modificar o corpo humano é natural, analisa o exe-
cutivo. De acordo com o levantamento, apenas 28%
40 dos ouvidos creem que a evolução da tecnologia vai
levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo
artificiais que funcionarão melhor do que as naturais,
enquanto 40% acham que usaremos implantes ele-
trônicos para fins de identificação, informações sobre
45 histórico médico e realização de pagamentos, por
exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos
brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barrei-
50 ra entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo,
ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo,
14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
A concordância está de acordo com a norma-padrão em:
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e
comprar pacotes turísticos para o espaço será corri-
queiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regu-
larmente com máquinas e robôs, que também deve-
5 rão tomar o lugar das pessoas em algumas funções
de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros te-
rão um sistema de direção automatizada. Apesar dis-
so, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos
não serão comuns, assim como o uso de membros e
10 outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasilei
ros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa
da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca
de mil pessoas em todo o país entre setembro e ou-
tubro do ano passado. [...]
15 De acordo com o levantamento, para quase me
tade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá
pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49%
acham que será normal comprar pacotes turísticos
para o espaço. Em ambos os casos, os homens es-
20 tão um pouco mais confiantes do que as mulheres,
tendência que se repete quando levadas em conta a
escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da
população tem acompanhado com interesse esses
25 temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteli
gência Estratégica da OThink. – E isso também é
um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de
informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada
30 e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas
vão manter esse ritmo de inovação nos próximos
anos – comenta Pereira. – Hoje, o Brasil tem
quase 80 milhões de internautas e a revolução que a
internet produziu no nosso modo de viver, como esse
35 acesso maior à informação, contribui muito para esta
visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é
modificar o corpo humano é natural, analisa o exe-
cutivo. De acordo com o levantamento, apenas 28%
40 dos ouvidos creem que a evolução da tecnologia vai
levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo
artificiais que funcionarão melhor do que as naturais,
enquanto 40% acham que usaremos implantes ele-
trônicos para fins de identificação, informações sobre
45 histórico médico e realização de pagamentos, por
exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos
brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barrei-
50 ra entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo,
ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo,
14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
Na frase “Os brasileiros encaram o futuro com otimismo”, que forma verbal substitui encaram, mantendo-se grafada corretamente?
O futuro segundo os brasileiros
Em 2050, o homem já vai ter chegado a Marte, e
comprar pacotes turísticos para o espaço será corri-
queiro. Em casa e no trabalho, vamos interagir regu-
larmente com máquinas e robôs, que também deve-
5 rão tomar o lugar das pessoas em algumas funções
de atendimento ao público, e, nas ruas, os carros te-
rão um sistema de direção automatizada. Apesar dis-
so, os implantes corporais de dispositivos eletrônicos
não serão comuns, assim como o uso de membros e
10 outros órgãos cibernéticos. Na opinião dos brasilei
ros, este é o futuro que nos aguarda, revela pesquisa
da empresa de consultoria OThink, que ouviu cerca
de mil pessoas em todo o país entre setembro e ou-
tubro do ano passado. [...]
15 De acordo com o levantamento, para quase me
tade das pessoas ouvidas (47%) um homem terá
pisado em Marte até 2050. Ainda nesse ano, 49%
acham que será normal comprar pacotes turísticos
para o espaço. Em ambos os casos, os homens es-
20 tão um pouco mais confiantes do que as mulheres,
tendência que se repete quando levadas em conta a
escolaridade e a classe social.
As respostas demonstram que a maioria da
população tem acompanhado com interesse esses
25 temas – avalia Wagner Pereira, gerente de inteli
gência Estratégica da OThink. – E isso também é
um sinal de que aumentou o acesso a esse tipo de
informação pelos brasileiros. [...]
– Nossa vida está cada vez mais automatizada
30 e isso ajuda o brasileiro a vislumbrar que as coisas
vão manter esse ritmo de inovação nos próximos
anos – comenta Pereira. – Hoje, o Brasil tem
quase 80 milhões de internautas e a revolução que a
internet produziu no nosso modo de viver, como esse
35 acesso maior à informação, contribui muito para esta
visão otimista do futuro.
Já a resistência do brasileiro quando o tema é
modificar o corpo humano é natural, analisa o exe-
cutivo. De acordo com o levantamento, apenas 28%
40 dos ouvidos creem que a evolução da tecnologia vai
levar ao desenvolvimento e uso de partes do corpo
artificiais que funcionarão melhor do que as naturais,
enquanto 40% acham que usaremos implantes ele-
trônicos para fins de identificação, informações sobre
45 histórico médico e realização de pagamentos, por
exemplo.
– Esse preconceito não é exclusividade dos
brasileiros – considera Pereira. – Muitos grupos
não gostam desse tipo de inovação. Romper a barrei-
50 ra entre o artificial e o natural, a tecnologia e o corpo,
ainda é um tabu para muitas pessoas. [...]
BAIMA, Cesar. O futuro segundo os brasileiros. O Globo,
14 fev. 2012. 1o Caderno, Seção Ciência, p. 30. Adaptado.
O trecho “Em ambos os casos” (l. 19) se refere a
Predominam no texto I e no texto II respectivamente
São palavras acentuadas pelo mesmo motivo exceto