Questões de Concurso Sobre português

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Q2880039 Português
Levando em consideração o raciocínio construído no quinto parágrafo pelo autor do texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2880038 Português
Levando em consideração o terceiro parágrafo do texto e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2880007 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

São recursos utilizados pelo autor na composição desse texto, EXCETO:

Alternativas
Q2880006 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

Leia este trecho.

Assinale a alternativa em que o termo destacado no enunciado introduz a circunstância identificada nos parênteses.

Alternativas
Q2880005 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

O pronome “isso” retoma a palavra ou a expressão em destaque, EXCETO em:

Alternativas
Q2880004 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

Considerando o emprego da crase, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Q2880003 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

Assinale a alternativa em que a substituição da palavra ou expressão destacada pela que está entre parênteses altera o sentido original do enunciado no texto.

Alternativas
Q2880002 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

Nos trechos a seguir, os verbos sublinhados são transitivos diretos, EXCETO em:

Alternativas
Q2880001 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

Leia este trecho

O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

Nesse trecho, as vírgulas foram empregadas para

Alternativas
Q2880000 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

Leia este trecho: “Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.”

Com base nesse trecho, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) Muitos jovens têm uma visão errada do que seria “ajudar os outros”, no contexto da sociedade atual.

( ) Ao utilizar o enunciado em destaque, o autor quer dizer que profissões como sapateiro são pouco importantes no contexto da sociedade atual.

( ) Nos dias atuais, muitos jovens têm o ideal de trabalhar de graça para lutar contra o capitalismo.

( ) O enunciado em destaque é uma sugestão para que os jovens experimentem, com uma ação concreta, o que afirmam.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

Alternativas
Q2879999 Português

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 devem ser respondidas com base no texto 1 Leia-o atentamente, antes de respondê-las.

TEXTO 1

Fazer o que se gosta

     A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.

      Empresas pagam profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, não aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que, normalmente, é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.

     Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer?

      Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor, porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar desse capitalismo selvagem." Nesses casos, peço que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.

    É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de graça.

     As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu faço de graça. O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.

    O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam"? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manhã. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos não porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.

     Empresas, hospitais, entidades beneficentes estão aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

   Então teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do que se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

    Aliás, isso não é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá não ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.

   Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão que realize seu trabalho com distinção e o colocarão à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque não se prepararam adequadamente, não 4 estudaram o suficiente, não sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.

   Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.

   Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

   Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrirão. Começará a ser criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer. Faça seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patrão, seus colegas, seu país e a si mesmo.

KANITZ, Stephen. Disponível em < http://veja.abril.com.br/241104/ponto_de_vista.htm>. Acesso em: 9 maio 2014. (fragmento adaptado)

De acordo com o texto, muitos profissionais

Alternativas
Q2879960 Português

Cientistas brasileiros e indianos contestaram a tese de que as florestas tropicais seriam o “pulmão do mundo”, exibindo pesquisas nas quais se mostra que um hectare de gramínea absorve mais carbono do que vários hectares das grandes latifoliáceas, e que cabe aos plânctons da superfície marinha a liberação de quase todo o oxigênio que o mundo consome. O efeito estufa nada tem a ver com a cobertura vegetal do solo. É claro que o solo deve estar coberto, mas são as queimadas e o uso de combustíveis fósseis que estão mudando o clima do mundo. Devemos nos preocupar muito mais com os oceanos do que com as florestas.

Idem, ibidem.


Quanto às idéias do texto acima, assinale a opção correta.


Alternativas
Q2879939 Português

Conhecer sutilezas vocabulares é uma das formas de alcançar melhores resultados na comunicação.

Tendo em vista esse preceito, assinale a alternativa em que haja um par de parônimos.

Alternativas
Q2879938 Português

Figura de linguagem de emprego legítimo em certos casos, mas considerada condenável quando resulta de ignorância ou negligência, o pleonasmo é encontrado na expressão:

Alternativas
Q2879774 Português

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO


Costuma-se definir nossa era como a era do conhecimento.

Se for pela importância dada hoje ao conhecimento,

em todos os setores, pode-se dizer que se vive

mesmo na era do conhecimento, na sociedade do

5 conhecimento, sobretudo em conseqüência da

informatização e do processo de globalização das

telecomunicações a ela associado. Pode ser que, de fato,

já se tenha ingressado na era do conhecimento, mesmo

admitindo que grandes massas da população estejam

10 excluídas dele. Todavia, o que se constata é a predominância

da difusão de dados e informações e não de

conhecimentos. Isso está sendo possível graças às

novas tecnologias que estocam o conhecimento, de

forma prática e acessível, em gigantescos volumes de

15 informações, que são armazenadas inteligentemente,

permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito

simples, amigável e flexível. É o que já acontece com a

Internet: para ser “usuário”, basta dispor de uma linha

telefônica e um computador. “Usuário” não significa aqui

20 apenas receptor de informações, mas também emissor

de informações. Pela Internet, a partir de qualquer sala

de aula do planeta, podem-se acessar inúmeras bibliotecas

em muitas partes do mundo. As novas tecnologias

permitem acessar conhecimentos transmitidos não apenas

25 por palavras, mas também por imagens, sons, fotos,

vídeos (hipermídia), etc. Nos últimos anos, a informação

deixou de ser uma área ou especialidade para se tornar

uma dimensão de tudo, transformando profundamente a

forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que

30 está em andamento uma Revolução da Informação, como

ocorreram no passado a Revolução Agrícola e a Revolução

Industrial. (...)

As novas tecnologias criaram novos espaços do

conhecimento. Agora, além da escola, também a

35 empresa, o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se

educativos. (...) Esses espaços de formação têm tudo

para permitir maior democratização da informação e do

conhecimento, portanto, menos distorção e menos

manipulação, menos controle e mais liberdade.(...)

40 ___ O conhecimento é o grande capital da humanidade.

Não é apenas o capital da transnacional que precisa dele

para a inovação tecnológica. Ele é básico para a sobrevivência

de todos e, por isso, não deve ser vendido ou comprado,

mas sim disponibilizado a todos. Esta é a função

45 de instituições que se dedicam ao conhecimento

apoiado nos avanços tecnológicos. Espera-se que a educação

do futuro seja mais democrática, menos excludente.

Essa é ao mesmo tempo nossa causa e nosso desafio.

Infelizmente, diante da falta de políticas públicas no

50 setor, acabaram surgindo “indústrias do conhecimento”,

prejudicando uma possível visão humanista, tornando-o

instrumento de lucro e de poder econômico.(...)

Neste contexto de impregnação do conhecimento,

cabe à escola: amar o conhecimento como espaço

55 de realização humana, de alegria e de contentamento

cultural; selecionar e rever criticamente a informação;

formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser

provocadora de mensagens e não pura receptora; produzir,

construir e reconstruir conhecimento elaborado.

60 E mais: numa perspectiva emancipadora da educação, a

escola tem que fazer tudo isso em favor dos excluídos,

não discriminando o pobre. Ela não pode distribuir poder,

mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber,

que é poder. Numa perspectiva emancipadora da educação,

65 a tecnologia contribui muito pouco para a emancipação

dos excluídos se não for associada ao exercício da

cidadania.(...)

Em geral, temos a tendência de desvalorizar o que

fazemos na escola e de buscar receitas fora dela quando

70 é ela mesma que deveria governar-se. É dever dela ser

cidadã e desenvolver na sociedade a capacidade de

governar e controlar o desenvolvimento econômico e o

mercado. A cidadania precisa controlar o Estado e o

mercado, verdadeira alternativa ao capitalismo neoliberal

75 e ao socialismo burocrático e autoritário. A escola precisa

dar o exemplo, ousar construir o futuro. Inovar é mais

importante do que reproduzir com qualidade o que existe.

A matéria-prima da escola é sua visão do futuro.(...)

GADOTTI, Moacir. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?

Acesso em abr 2008

Conforme o texto, é INCORRETO afirmar que "ser cidadão" é

Alternativas
Q2879773 Português

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO


Costuma-se definir nossa era como a era do conhecimento.

Se for pela importância dada hoje ao conhecimento,

em todos os setores, pode-se dizer que se vive

mesmo na era do conhecimento, na sociedade do

5 conhecimento, sobretudo em conseqüência da

informatização e do processo de globalização das

telecomunicações a ela associado. Pode ser que, de fato,

já se tenha ingressado na era do conhecimento, mesmo

admitindo que grandes massas da população estejam

10 excluídas dele. Todavia, o que se constata é a predominância

da difusão de dados e informações e não de

conhecimentos. Isso está sendo possível graças às

novas tecnologias que estocam o conhecimento, de

forma prática e acessível, em gigantescos volumes de

15 informações, que são armazenadas inteligentemente,

permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito

simples, amigável e flexível. É o que já acontece com a

Internet: para ser “usuário”, basta dispor de uma linha

telefônica e um computador. “Usuário” não significa aqui

20 apenas receptor de informações, mas também emissor

de informações. Pela Internet, a partir de qualquer sala

de aula do planeta, podem-se acessar inúmeras bibliotecas

em muitas partes do mundo. As novas tecnologias

permitem acessar conhecimentos transmitidos não apenas

25 por palavras, mas também por imagens, sons, fotos,

vídeos (hipermídia), etc. Nos últimos anos, a informação

deixou de ser uma área ou especialidade para se tornar

uma dimensão de tudo, transformando profundamente a

forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que

30 está em andamento uma Revolução da Informação, como

ocorreram no passado a Revolução Agrícola e a Revolução

Industrial. (...)

As novas tecnologias criaram novos espaços do

conhecimento. Agora, além da escola, também a

35 empresa, o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se

educativos. (...) Esses espaços de formação têm tudo

para permitir maior democratização da informação e do

conhecimento, portanto, menos distorção e menos

manipulação, menos controle e mais liberdade.(...)

40 ___ O conhecimento é o grande capital da humanidade.

Não é apenas o capital da transnacional que precisa dele

para a inovação tecnológica. Ele é básico para a sobrevivência

de todos e, por isso, não deve ser vendido ou comprado,

mas sim disponibilizado a todos. Esta é a função

45 de instituições que se dedicam ao conhecimento

apoiado nos avanços tecnológicos. Espera-se que a educação

do futuro seja mais democrática, menos excludente.

Essa é ao mesmo tempo nossa causa e nosso desafio.

Infelizmente, diante da falta de políticas públicas no

50 setor, acabaram surgindo “indústrias do conhecimento”,

prejudicando uma possível visão humanista, tornando-o

instrumento de lucro e de poder econômico.(...)

Neste contexto de impregnação do conhecimento,

cabe à escola: amar o conhecimento como espaço

55 de realização humana, de alegria e de contentamento

cultural; selecionar e rever criticamente a informação;

formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser

provocadora de mensagens e não pura receptora; produzir,

construir e reconstruir conhecimento elaborado.

60 E mais: numa perspectiva emancipadora da educação, a

escola tem que fazer tudo isso em favor dos excluídos,

não discriminando o pobre. Ela não pode distribuir poder,

mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber,

que é poder. Numa perspectiva emancipadora da educação,

65 a tecnologia contribui muito pouco para a emancipação

dos excluídos se não for associada ao exercício da

cidadania.(...)

Em geral, temos a tendência de desvalorizar o que

fazemos na escola e de buscar receitas fora dela quando

70 é ela mesma que deveria governar-se. É dever dela ser

cidadã e desenvolver na sociedade a capacidade de

governar e controlar o desenvolvimento econômico e o

mercado. A cidadania precisa controlar o Estado e o

mercado, verdadeira alternativa ao capitalismo neoliberal

75 e ao socialismo burocrático e autoritário. A escola precisa

dar o exemplo, ousar construir o futuro. Inovar é mais

importante do que reproduzir com qualidade o que existe.

A matéria-prima da escola é sua visão do futuro.(...)

GADOTTI, Moacir. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?

Acesso em abr 2008

Para o autor, na atualidade, a era do computador promove a(o)

Alternativas
Q2879772 Português

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO


Costuma-se definir nossa era como a era do conhecimento.

Se for pela importância dada hoje ao conhecimento,

em todos os setores, pode-se dizer que se vive

mesmo na era do conhecimento, na sociedade do

5 conhecimento, sobretudo em conseqüência da

informatização e do processo de globalização das

telecomunicações a ela associado. Pode ser que, de fato,

já se tenha ingressado na era do conhecimento, mesmo

admitindo que grandes massas da população estejam

10 excluídas dele. Todavia, o que se constata é a predominância

da difusão de dados e informações e não de

conhecimentos. Isso está sendo possível graças às

novas tecnologias que estocam o conhecimento, de

forma prática e acessível, em gigantescos volumes de

15 informações, que são armazenadas inteligentemente,

permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito

simples, amigável e flexível. É o que já acontece com a

Internet: para ser “usuário”, basta dispor de uma linha

telefônica e um computador. “Usuário” não significa aqui

20 apenas receptor de informações, mas também emissor

de informações. Pela Internet, a partir de qualquer sala

de aula do planeta, podem-se acessar inúmeras bibliotecas

em muitas partes do mundo. As novas tecnologias

permitem acessar conhecimentos transmitidos não apenas

25 por palavras, mas também por imagens, sons, fotos,

vídeos (hipermídia), etc. Nos últimos anos, a informação

deixou de ser uma área ou especialidade para se tornar

uma dimensão de tudo, transformando profundamente a

forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que

30 está em andamento uma Revolução da Informação, como

ocorreram no passado a Revolução Agrícola e a Revolução

Industrial. (...)

As novas tecnologias criaram novos espaços do

conhecimento. Agora, além da escola, também a

35 empresa, o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se

educativos. (...) Esses espaços de formação têm tudo

para permitir maior democratização da informação e do

conhecimento, portanto, menos distorção e menos

manipulação, menos controle e mais liberdade.(...)

40 ___ O conhecimento é o grande capital da humanidade.

Não é apenas o capital da transnacional que precisa dele

para a inovação tecnológica. Ele é básico para a sobrevivência

de todos e, por isso, não deve ser vendido ou comprado,

mas sim disponibilizado a todos. Esta é a função

45 de instituições que se dedicam ao conhecimento

apoiado nos avanços tecnológicos. Espera-se que a educação

do futuro seja mais democrática, menos excludente.

Essa é ao mesmo tempo nossa causa e nosso desafio.

Infelizmente, diante da falta de políticas públicas no

50 setor, acabaram surgindo “indústrias do conhecimento”,

prejudicando uma possível visão humanista, tornando-o

instrumento de lucro e de poder econômico.(...)

Neste contexto de impregnação do conhecimento,

cabe à escola: amar o conhecimento como espaço

55 de realização humana, de alegria e de contentamento

cultural; selecionar e rever criticamente a informação;

formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser

provocadora de mensagens e não pura receptora; produzir,

construir e reconstruir conhecimento elaborado.

60 E mais: numa perspectiva emancipadora da educação, a

escola tem que fazer tudo isso em favor dos excluídos,

não discriminando o pobre. Ela não pode distribuir poder,

mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber,

que é poder. Numa perspectiva emancipadora da educação,

65 a tecnologia contribui muito pouco para a emancipação

dos excluídos se não for associada ao exercício da

cidadania.(...)

Em geral, temos a tendência de desvalorizar o que

fazemos na escola e de buscar receitas fora dela quando

70 é ela mesma que deveria governar-se. É dever dela ser

cidadã e desenvolver na sociedade a capacidade de

governar e controlar o desenvolvimento econômico e o

mercado. A cidadania precisa controlar o Estado e o

mercado, verdadeira alternativa ao capitalismo neoliberal

75 e ao socialismo burocrático e autoritário. A escola precisa

dar o exemplo, ousar construir o futuro. Inovar é mais

importante do que reproduzir com qualidade o que existe.

A matéria-prima da escola é sua visão do futuro.(...)

GADOTTI, Moacir. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?

Acesso em abr 2008

O alargamento dos espaços do conhecimento, referido no segundo parágrafo, traz, como conseqüência,

Alternativas
Q2879771 Português

SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO


Costuma-se definir nossa era como a era do conhecimento.

Se for pela importância dada hoje ao conhecimento,

em todos os setores, pode-se dizer que se vive

mesmo na era do conhecimento, na sociedade do

5 conhecimento, sobretudo em conseqüência da

informatização e do processo de globalização das

telecomunicações a ela associado. Pode ser que, de fato,

já se tenha ingressado na era do conhecimento, mesmo

admitindo que grandes massas da população estejam

10 excluídas dele. Todavia, o que se constata é a predominância

da difusão de dados e informações e não de

conhecimentos. Isso está sendo possível graças às

novas tecnologias que estocam o conhecimento, de

forma prática e acessível, em gigantescos volumes de

15 informações, que são armazenadas inteligentemente,

permitindo a pesquisa e o acesso de maneira muito

simples, amigável e flexível. É o que já acontece com a

Internet: para ser “usuário”, basta dispor de uma linha

telefônica e um computador. “Usuário” não significa aqui

20 apenas receptor de informações, mas também emissor

de informações. Pela Internet, a partir de qualquer sala

de aula do planeta, podem-se acessar inúmeras bibliotecas

em muitas partes do mundo. As novas tecnologias

permitem acessar conhecimentos transmitidos não apenas

25 por palavras, mas também por imagens, sons, fotos,

vídeos (hipermídia), etc. Nos últimos anos, a informação

deixou de ser uma área ou especialidade para se tornar

uma dimensão de tudo, transformando profundamente a

forma como a sociedade se organiza. Pode-se dizer que

30 está em andamento uma Revolução da Informação, como

ocorreram no passado a Revolução Agrícola e a Revolução

Industrial. (...)

As novas tecnologias criaram novos espaços do

conhecimento. Agora, além da escola, também a

35 empresa, o espaço domiciliar e o espaço social tornaram-se

educativos. (...) Esses espaços de formação têm tudo

para permitir maior democratização da informação e do

conhecimento, portanto, menos distorção e menos

manipulação, menos controle e mais liberdade.(...)

40 ___ O conhecimento é o grande capital da humanidade.

Não é apenas o capital da transnacional que precisa dele

para a inovação tecnológica. Ele é básico para a sobrevivência

de todos e, por isso, não deve ser vendido ou comprado,

mas sim disponibilizado a todos. Esta é a função

45 de instituições que se dedicam ao conhecimento

apoiado nos avanços tecnológicos. Espera-se que a educação

do futuro seja mais democrática, menos excludente.

Essa é ao mesmo tempo nossa causa e nosso desafio.

Infelizmente, diante da falta de políticas públicas no

50 setor, acabaram surgindo “indústrias do conhecimento”,

prejudicando uma possível visão humanista, tornando-o

instrumento de lucro e de poder econômico.(...)

Neste contexto de impregnação do conhecimento,

cabe à escola: amar o conhecimento como espaço

55 de realização humana, de alegria e de contentamento

cultural; selecionar e rever criticamente a informação;

formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser

provocadora de mensagens e não pura receptora; produzir,

construir e reconstruir conhecimento elaborado.

60 E mais: numa perspectiva emancipadora da educação, a

escola tem que fazer tudo isso em favor dos excluídos,

não discriminando o pobre. Ela não pode distribuir poder,

mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber,

que é poder. Numa perspectiva emancipadora da educação,

65 a tecnologia contribui muito pouco para a emancipação

dos excluídos se não for associada ao exercício da

cidadania.(...)

Em geral, temos a tendência de desvalorizar o que

fazemos na escola e de buscar receitas fora dela quando

70 é ela mesma que deveria governar-se. É dever dela ser

cidadã e desenvolver na sociedade a capacidade de

governar e controlar o desenvolvimento econômico e o

mercado. A cidadania precisa controlar o Estado e o

mercado, verdadeira alternativa ao capitalismo neoliberal

75 e ao socialismo burocrático e autoritário. A escola precisa

dar o exemplo, ousar construir o futuro. Inovar é mais

importante do que reproduzir com qualidade o que existe.

A matéria-prima da escola é sua visão do futuro.(...)

GADOTTI, Moacir. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?

Acesso em abr 2008

A "Revolução da Informação" a que se refere o autor exerce influência na organização social, utilizando instrumentos que

Alternativas
Q2879429 Português

"desenvolvem-se os sintomas sociais da drogadição"; a forma verbal desse segmento do texto pode ser substituída adequadamente por:

Alternativas
Q2879428 Português

Nos itens abaixo há uma junção de substantivo + adjetivo; o item em que o adjetivo mostra uma opinião do autor do texto é:

Alternativas
Respostas
11921: C
11922: A
11923: C
11924: C
11925: C
11926: B
11927: C
11928: D
11929: C
11930: A
11931: C
11932: D
11933: B
11934: A
11935: C
11936: E
11937: B
11938: C
11939: C
11940: E