Questões de Concurso Sobre português

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Q2790468 Português

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 05.


Amizades focalizadas na coerência


Analisar anúncio de classificados de jornal impresso da seção Amizades é particularizar mais um gênero, muito usual nos dias de hoje, com o diferencial de colocar em cena questões de ordem social e um tema de delicado tratamento no âmbito das relações familiares.
No gênero textual classificados de jornal, integrante do campo jornalístico (impresso), encontram-se várias seções: emprego, carro, celular, imóvel, amizades, entre outras. Percebe-se que ao analisar a seção Amizades, observa-se o fenômeno da focalização, mais especificadamente como a câmara do produtor do texto direciona o olhar do leitor a fim de que este aceite e realize o objetivo comunicativo daquele.
No gênero classificados de jornal, o narrador argumenta geralmente por meio da descrição (valendo-se de vários recursos como, por exemplo, da adjetivação) e, em geral, assume e simula situações que quer alcançar. Em suma, a quantidade e a qualidade da informação veiculada chamam a atenção do público a que se destina o texto. Nesse sentido, a focalização, como fator de coerência, tem dupla face, ou seja, tanto é produto de manipulação informativa quanto instância manipuladora. Além disso, ela é totalizadora - dá conta até da intimidade das pessoas que se anunciam (caracterizam seus atributos físicos, principalmente) e permite ao leitor criar imagens do que é anunciado. Neste particular, o que se percebe é uma “imagem de si”, ou seja, o anunciante (narrador) tece o texto conforme a imagem que deseja para si e em consonância com sua preocupação de conquistar o leitor. Assim, o narrador restringe o campo perceptivo e/ou informativo, quer por assumir uma visão exterior ao narrado (focalização externa), quer por assumir a percepção de uma “personagem” de cujos pensamentos eventualmente dão conta (focalização interna).


Essa análise permite dois exemplos, conforme os dois textos abaixo, retirados do jornal O Liberal do dia 20 de maio de 2007:




(ALVES, João Paulo Costa. Amizades focalizadas na coerência. Belém: UFPA, 2008)

De acordo com o texto 2, Anjo Gatinho, a exploração da argumentação está expressa em qual excerto:

Alternativas
Q2790460 Português

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 05.


Amizades focalizadas na coerência


Analisar anúncio de classificados de jornal impresso da seção Amizades é particularizar mais um gênero, muito usual nos dias de hoje, com o diferencial de colocar em cena questões de ordem social e um tema de delicado tratamento no âmbito das relações familiares.
No gênero textual classificados de jornal, integrante do campo jornalístico (impresso), encontram-se várias seções: emprego, carro, celular, imóvel, amizades, entre outras. Percebe-se que ao analisar a seção Amizades, observa-se o fenômeno da focalização, mais especificadamente como a câmara do produtor do texto direciona o olhar do leitor a fim de que este aceite e realize o objetivo comunicativo daquele.
No gênero classificados de jornal, o narrador argumenta geralmente por meio da descrição (valendo-se de vários recursos como, por exemplo, da adjetivação) e, em geral, assume e simula situações que quer alcançar. Em suma, a quantidade e a qualidade da informação veiculada chamam a atenção do público a que se destina o texto. Nesse sentido, a focalização, como fator de coerência, tem dupla face, ou seja, tanto é produto de manipulação informativa quanto instância manipuladora. Além disso, ela é totalizadora - dá conta até da intimidade das pessoas que se anunciam (caracterizam seus atributos físicos, principalmente) e permite ao leitor criar imagens do que é anunciado. Neste particular, o que se percebe é uma “imagem de si”, ou seja, o anunciante (narrador) tece o texto conforme a imagem que deseja para si e em consonância com sua preocupação de conquistar o leitor. Assim, o narrador restringe o campo perceptivo e/ou informativo, quer por assumir uma visão exterior ao narrado (focalização externa), quer por assumir a percepção de uma “personagem” de cujos pensamentos eventualmente dão conta (focalização interna).


Essa análise permite dois exemplos, conforme os dois textos abaixo, retirados do jornal O Liberal do dia 20 de maio de 2007:




(ALVES, João Paulo Costa. Amizades focalizadas na coerência. Belém: UFPA, 2008)

Considere o seguinte enunciado: “...a fim de que este aceite e realize o objetivo comunicativo daquele.”. As palavras destacadas assumem que valor sintático.

Alternativas
Q2790456 Português

TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 01 A 05.


Amizades focalizadas na coerência


Analisar anúncio de classificados de jornal impresso da seção Amizades é particularizar mais um gênero, muito usual nos dias de hoje, com o diferencial de colocar em cena questões de ordem social e um tema de delicado tratamento no âmbito das relações familiares.
No gênero textual classificados de jornal, integrante do campo jornalístico (impresso), encontram-se várias seções: emprego, carro, celular, imóvel, amizades, entre outras. Percebe-se que ao analisar a seção Amizades, observa-se o fenômeno da focalização, mais especificadamente como a câmara do produtor do texto direciona o olhar do leitor a fim de que este aceite e realize o objetivo comunicativo daquele.
No gênero classificados de jornal, o narrador argumenta geralmente por meio da descrição (valendo-se de vários recursos como, por exemplo, da adjetivação) e, em geral, assume e simula situações que quer alcançar. Em suma, a quantidade e a qualidade da informação veiculada chamam a atenção do público a que se destina o texto. Nesse sentido, a focalização, como fator de coerência, tem dupla face, ou seja, tanto é produto de manipulação informativa quanto instância manipuladora. Além disso, ela é totalizadora - dá conta até da intimidade das pessoas que se anunciam (caracterizam seus atributos físicos, principalmente) e permite ao leitor criar imagens do que é anunciado. Neste particular, o que se percebe é uma “imagem de si”, ou seja, o anunciante (narrador) tece o texto conforme a imagem que deseja para si e em consonância com sua preocupação de conquistar o leitor. Assim, o narrador restringe o campo perceptivo e/ou informativo, quer por assumir uma visão exterior ao narrado (focalização externa), quer por assumir a percepção de uma “personagem” de cujos pensamentos eventualmente dão conta (focalização interna).


Essa análise permite dois exemplos, conforme os dois textos abaixo, retirados do jornal O Liberal do dia 20 de maio de 2007:




(ALVES, João Paulo Costa. Amizades focalizadas na coerência. Belém: UFPA, 2008)

Os exemplos dado pelo autor do texto intitulados de Texto 1 e Texto 2 possuem como focalização:

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Q2790366 Português

UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA


(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.

(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.

(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].

(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.

(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.

(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.

(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]


(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)

Marque os parágrafos que iniciam, respectivamente, com as características estruturais: palavra adverbial; conjunção subordinativa concessiva; uso de ênclise.

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Q2790365 Português

UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA


(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.

(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.

(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].

(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.

(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.

(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.

(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]


(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)

Sobre os componentes linguísticos do texto, analise as proposições com V (Verdadeiro) ou F (Falso). Em seguida, marque a sequência correta.


( ) No (1º§), as palavras: “reais” e “ideais” exemplificam uso de paradoxo ou oximoro.

( ) No (2º§) e no (3º§), há explicação do sentido semântico de termos usados no parágrafo que inicia o texto.

( ) Em: “um registro adequado à situação” — a crase é imposta pela regência nominal.

( ) No segmento: “espera que o falante diga numa situação de formalidade” — destacamos conjunção subordinativa integrante que introduz oração subordinada substantiva objetiva direta.

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Q2790364 Português

UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA


(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.

(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.

(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].

(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.

(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.

(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.

(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]


(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)

Sobre a estrutura do (3º§), marque a alternativa incorreta.

Alternativas
Q2790363 Português

UM PADRÃO IDEAL DA LÍNGUA


(1º§) Existem, na língua, padrões reais e padrões ideais de linguagem.

(2º§) Padrão ideal é o que se espera que o falante diga numa situação de formalidade.

(3º§) Padrão real é o que o falante diz em situações informais ou em situações em que o falante recusa ou ignora a formalidade. O que se ensina na escola, nas aulas de português, são padrões ideais [...].

(4º§) Quando alguém, com exagero, afirma que determinado orador “assassina” o português, o que ele está dizendo é que esse orador não aprendeu ou não respeita os padrões ideais de um registro adequado à situação de formalidade em que o discurso se realiza.

(5º§) Embora uma pessoa entre na escola respirando, ouvindo ou enxergando, não é exagero dizer que ela ainda não sabe respirar, ouvir ou enxergar adequadamente em certas situações. O mesmo ocorre com a língua.

(6º§) Entra-se na escola falando-se o português. Mas é aprendendo a falar a própria língua que um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala.

(7º§) A língua não tem apenas uma função social. [...]


(Por: Dr. José Augusto Carvalho. Doutor em Letras. Língua Portuguesa, ano 8, dez. 2012.)

Sobre o trecho: “Mas é aprendendo a1 falar a2 própria língua que3 um falante consegue mudar os registros linguísticos de acordo com a situação da fala”. - Marque a alternativa com afirmação incorreta.

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Q2790266 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 10.


Dona Ana


Até a última batida do coração do marido, dona Ana esteve ao lado.

Não foi fácil. Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os dois filhos. Dava a impressão de que as interações com pessoas pouco íntimas esgotavam na rua seu estoque de tolerância.

Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam. Aos quinze, veio sozinho para São Paulo com a obrigação de ganhar o sustento da família. Dormiu três dias na rua, antes de conseguir emprego num depósito de ferro velho.

Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária para administrar os imóveis de sua propriedade.

Dona Ana tinha três irmãs e um pai militar que proibia as filhas de chegar depois de escurecer e que só permitia que ela saísse com o noivo aos domingos, desde que acompanhada pela irmã caçula, rotina mantida até a semana anterior ao casamento.

Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte. Deu à luz dois filhos criados com o rigor do pai e a dedicação abnegada da mãe, num ambiente doméstico que beirava a esquizofrenia: alegre e descontraído na presença dela, sisudo e silencioso à chegada do pai.

Quando nasceu o casal de netos, a avó os cobriu de carinho. Passava os dias de semana com eles para que as noras pudessem trabalhar; nos fins de semana em que ficava sem vê-los, morria de saudades.

A doença do patriarca mudou a rotina. Com o marido em casa e os filhos ocupados na condução dos negócios do pai, coube a ela cuidar e atender às solicitações do doente, que exigia sua presença dia e noite e não aceitava um copo d´água das mãos de outra pessoa.

Nas fases finais, oito quilos mais magra, abatida e sonolenta, parecia mais debilitada do que o marido.

Viúva, fez questão de permanecer no mesmo apartamento, apesar da insistência dos filhos e das noras para que fosse morar com eles.

Os familiares estranharam quando pediu que não deixassem mais os netos com ela. Acharam que a perda do marido havia causado um trauma que lhe roubara a felicidade e a disposição para a lida com os pequenos, suspeita que se agravou quando constataram que a mãe não os procurava. Nos fins de semana, era inútil convidá-la para as refeições, ir ao cinema ou viajar com eles. Quando as crianças queriam vê-la, os pais precisavam levá-las até ela.

Numa dessas ocasiões, filhos e noras tentaram convencê-la a procurar um psiquiatra, um medicamento antidepressivo a livraria daquela tristeza solitária. A resposta foi surpreendente:

― Vocês acham que mulher deprimida sai de casa para comprar este vestido lindo que estou usando?

Além do que, explicou, não se sentia nem estava solitária: descobrira no Facebook várias amigas dos tempos de solteira, viúvas como ela. Reuniam-se a cada dois ou três dias para cozinhar, tomar vinho e dar risada. Às terças e quintas, iam ao cinema; aos sábados, lotavam uma van que as levava ao teatro.

No carro, a caminho de casa, os filhos estavam desolados:

― Como pode? Essa alegria toda, três meses depois da morte do papai?

― Deve estar em processo de negação, acrescentou a nora mais nova.

Nos meses seguintes, voltaram a insistir tantas vezes no tratamento psiquiátrico, que ela os proibiu de tocar no assunto, sob pena de não recebê-los mais.

A harmonia familiar desandou de vez num domingo de verão. Sem conseguir falar com a mãe por dois dias, os filhos decidiram procurá-la. O zelador do prédio avisou que não adiantava subir, dona Ana saíra com a mala na quinta-feira, sem revelar quando voltaria.

Segunda-feira depois do jantar, os filhos foram vê-la. Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno, achavam que a perda do marido com quem havia convivido quase meio século, comprometera sua sanidade mental.

Num tom mais calmo do que o dos rapazes, a mãe contou que, na volta do enterro, abriu uma garrafa de vinho pela primeira vez na vida, sentou naquele sofá em que se achavam e pensou em voz alta:

― Vou fazer setenta anos. De hoje em diante não dou satisfação para mais ninguém.

VARELLA, Dráuzio. Dona Ana. Drauzio Varella. 4 abr. 2016. Disponível em: < http://drauziovarella.com.br/drauzio/dona-ana/ >. Acesso em: 20 abr. 2016 (Adaptação).

A ideia final que se depreende do texto é de que dona Ana

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Q2790252 Português

Texto para responder às questões de 01 a 14.


Uma velhinha


___Quem me dera um pouco de poesia, esta manhã, de simplicidade, ao menos para descrever a velhinha do Westfália! É uma velhinha dos seus setenta anos, que chega todos os dias ao Westfália (dez e meia, onze horas), e tudo daquele momento em diante começa a girar em torno dela. Tudo é para ela. Quem nunca antes a viu, chama o garçom e pergunta quem ela é. Saberá, então, que se trata de uma velhinha “de muito valor”, professora de inglês, francês e alemão, mas “uma grande criadora de casos”.

___Não é preciso perguntar de que espécie de casos, porque, um minuto depois, já a velhinha abre sua mala de James Bond, de onde retira, para começar, um copo de prata, em seguida, um guardanapo, com o qual começa a limpar o copo de prata, meticulosamente, por dentro e por fora. Volta à mala e sai lá de dentro com uma faca, um garfo e uma colher, também de prata. Por último o prato, a única peça que não é de prata. Enquanto asseia as “armas” com que vai comer, chama o garçom e manda que leve os talheres e a louça da casa. Um gesto soberbo de repulsa.

___O garçom (brasileiro) tenta dizer alguma coisa amável, mas ela repele, por considerar (tinha razão) a pronúncia defeituosa. E diz, em francês, que é uma pena aquele homem tentar dizer todo dia a mesma coisa e nunca acertar. Olha-nos e sorri, absolutamente certa de que seu espetáculo está agradando, Pede um filete recomenda que seja mais bem do que malpassado. Recomenda pressa, enquanto bebe dois copos de água mineral. Vem o filet e ela, num resmungo, manda voltar, porque está cru. Vai o filet, volta o filet e ela o devolve mais uma vez alegando que está assado demais. Vem um novo filet e ela resolve aceitar, mas, antes, faz com os ombros um protesto de resignação.

___Pela descrição, vocês irão supor que essa velhinha é insuportável. Uma chata. Mas não. É um encanto. Podia ser avó da Grace Kelly. Uma mulher que luta o tempo inteiro pelos seus gostos. Não negocia sua comodidade, seu conforto. Não confia nas louças e nos talheres daquele restaurante de aparência limpíssima. Paciência, traz de sua casa, lavados por ela, a louça, os talheres e o copo de prata. Um dia o garçom lhe dirá um palavrão? Não acredito. A velhinha tão bela e frágil por fora, magrinha como ela é, se a gente abrir, vai ver tem um homem dentro. Um homem solitário, que sabe o que quer e não cede “isso” de sua magnífica solidão.

(MARIA, Antônio. “Com Vocês, Antônio Maria”. Rio de Janeiro: Editora Paze Terra, 1964, p. 262.)

A respeito do texto são feitas as seguintes afirmações.


I. S partir do momento em que, toda manhã, a velhinha, de cerca de setenta anos, chega ao restaurante Westfália, tudo começa a girar em torno dela.

II. A resposta do garçom a quem não conhece a velhinha e quer saber a respeito dela é que se trata de uma pessoa consentânea, pois, não obstante sua qualificação como professora de línguas estrangeiras, é dada a hábitos incomuns.

III. Ao abrir sua mala, estilo James Bond, e dela retirar copo e talheres de prata e começar a limpá-los cuidadosamente com um guardanapo, a velhinha demonstra aos presentes no restaurante em que consistem os casos que cria.

IV. O gesto de solicitar ao garçom que recolha os talheres e louça do restaurante, enquanto limpa as peças com que vai comer, vai de encontro à sua arrogante aversão aos talheres e pratos do restaurante.

V. Depois de impedir que o garçom tente dizer-lhe um agrado, humilhando-o por causa da pronúncia, pelo olhar e sorriso mostra-se consciente de que suas atitudes são de agrado geral.

VI. Em vista do que foi descrito, a despeito da suposição de ser uma criatura abominável, a velhinha é uma graça, haja vista ser uma mulher que preza seus gostos e que não negocia seu bem-estar.


Das afirmações acima, estão de acordo com o texto apenas:

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Q2790231 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace (palavra que quer dizer tanto gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa.Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk potlatch, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.


(RIBEIRO, Renato J. <http://www.renatojanine.pro.br/FiloPol/elosocial.html>)

Grafam-se com Z – como “socializar” (§ 2), “civilizar” (§ 5) e “minimizar” (§ 6) – todas as formas verbais relacionadas em:

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Q2790229 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace (palavra que quer dizer tanto gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa.Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk potlatch, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.


(RIBEIRO, Renato J. <http://www.renatojanine.pro.br/FiloPol/elosocial.html>)

Consideradas as normas de pontuação vigentes (e feitos, quando necessários, os ajustes de maiúsculas e minúsculas), é inaceitável a substituição do sinal usado no texto proposta em:

Alternativas
Q2790228 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace (palavra que quer dizer tanto gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa.Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk potlatch, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.


(RIBEIRO, Renato J. <http://www.renatojanine.pro.br/FiloPol/elosocial.html>)

Ao substituir o complemento verbal em destaque pelo pronome pessoal átono, infringe-se norma de colocação pronominal, segundo nossas gramáticas, na seguinte alternativa:

Alternativas
Q2790227 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace (palavra que quer dizer tanto gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa.Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk potlatch, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.


(RIBEIRO, Renato J. <http://www.renatojanine.pro.br/FiloPol/elosocial.html>)

A alternativa em que ambos os substantivos terminados em ÃO flexionam-se em número como “cortesão” (§ 4) é:

Alternativas
Q2790226 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões que se seguem.


O que constrói o elo social, o que faz existirem tantos vínculos? Está ficando cada vez mais difícil viver em sociedade, bem sabemos. Nossos tempos privatizaram muito do que era público. “A praça é do povo, como o céu é do condor”: o verso de Castro Alves parece, hoje, estranho. Quem vai à praça? A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas.

Mas mesmo a praça, na acepção de espaço em que as pessoas se socializam, se enfraqueceu. É significativo que Roberto DaMatta, ao analisar a oposição entre o mundo doméstico e o público na sociedade brasileira, oponha à casa a rua, e não a praça. A praça favorece a circulação, no sentido quase etimológico, do círculo, da ida e vinda, do encontro e reencontro: quem se lembra do que se chamava footing nas cidades do interior (os rapazes e moças dando voltas na praça, uns no sentido do relógio e outros no contrário, de modo a se cruzarem seguidas vezes) sabe do que falo. Já a rua é caminho de ida sem volta. Fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se.

Ou tomemos outro lado da mesma questão. Como puxamos assunto com um estranho? Alfred Jarry, o autor de Ubu rei, dizia que um dia encontrou uma moça linda, na sala de espera de um médico. Não sabia como abordá-la – como iniciar a conversa. Sacou então de um revólver, deu um tiro no espelho que havia ali, voltou-se para ela e disse: Mademoiselle, agora que quebramos la glace (palavra que quer dizer tanto gelo quanto o espelho)... É óbvio que era uma brincadeira; a piada valia mais para ele do que a conquista amorosa; imagino a moça gritando, fugindo; mas a questão fica: como quebrar o gelo, como criar um elo?

Stendhal, no seu ensaio “A comédia é impossível em 1836”, diz que os cortesãos, reunidos em Versalhes por Luís XIV, obrigados a ficar lá o dia todo, ou achavam assunto – ou morreriam de tédio. Assim, diz ele, nasceu a arte da conversa.Temas pequenos, leves, mas sobretudo agradáveis começaram a constituir um ponto de encontro de seus desejos e interesses. É nesse mesmo século XVII, segundo Peter Burke [...], que franceses, ingleses e italianos reivindicam a invenção da conversa como arte. Regra suprema: não falar de negócios ou trabalho. Regra suplementar: agradar às mulheres. A arte da conversa é uma retórica do dia a dia. Ela se abre até mesmo para uma dimensão segunda, que é a arte da sedução. Casanova era grande conversador e sedutor renomado.

Eis a questão: uma sociedade que se civiliza precisa de assuntos que sirvam de ponto de encontro para as pessoas, e sobretudo para os estranhos que assim entram em contato. No campo, conheço quase todos os vizinhos; na cidade grande, porém, a maioria é de estranhos. Sai-se do mundo rural quando se começa a conhecer o diferente, o outro – e a aceitá-lo. Isso se dá mediante a oferta de assuntos que abram uma conversa.

Daí a importância de expressões que minimizam ou mesmo aparentemente humilham essa conversa mole, como o small talk potlatch, o papo furado ou a bela expressão “jogar conversa fora”, que é muitíssimo sutil, porque dilapidamos palavras justamente para construir amizades, isto é, dissipamos nosso tempo, como num indígena, precisamente para criar o que há de melhor na vida.


(RIBEIRO, Renato J. <http://www.renatojanine.pro.br/FiloPol/elosocial.html>)

O verbo destacado em: “É significativo que Roberto DaMatta [...] OPONHA à casa a rua...” (§ 2) está empregado com ERRO de flexão no seguinte início de frase:

Alternativas
Q2790185 Português
Com relação ao conteúdo do texto em análise, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2790180 Português

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 10:


O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela escola latino-americana


INTRODUÇÃO


A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.


http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm - acesso em 03/05/2016.

Analise a citação abaixo e substitua o termo grifado por outro que não altere seu sentido. Desta forma, estudar as mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais.

Alternativas
Q2790179 Português

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 10:


O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela escola latino-americana


INTRODUÇÃO


A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.


http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm - acesso em 03/05/2016.

Assinale a alternativa correta. Ao ler o texto acima podemos identificar que se trata de um texto:

Alternativas
Q2790178 Português

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 10:


O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela escola latino-americana


INTRODUÇÃO


A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.


http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm - acesso em 03/05/2016.

Leia a citação abaixo e assinale a correta substituição MATEMÁTICA do gerúndio:

Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a entrada do século XXI.

Alternativas
Q2790177 Português

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 10:


O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela escola latino-americana


INTRODUÇÃO


A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.


http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm - acesso em 03/05/2016.

Leia as opções abaixo e indique a que altera a conjugação para o tempo futuro de maneira correta. É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado.

Alternativas
Q2790176 Português

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 10:


O estudo científico da comunicação: avanços teóricos e metodológicos ensejados pela escola latino-americana


INTRODUÇÃO


A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de comunicação. Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos os povos em qualquer parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de informação e da comunicação é indispensável no mundo globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do século XX e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o ser humano vive momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade contemporânea estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade da informação e o processo comunicacional tomam-se cada vez mais complexos e conseqüentemente de mais difícil compreensão.

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios de comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável a importância dos meios de comunicação social e sua influência na complexa sociedade globalizada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais. É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar abrir algumas brechas que possam contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do processo de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos e das suas experiências.


http://www2.metodista.br/unesco/PCLA/revista6/artiao%206-3.htm - acesso em 03/05/2016.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

O termo destacado abaixo indica a seguinte classe gramatical:_________

No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução industrial.

Alternativas
Respostas
13841: C
13842: C
13843: B
13844: B
13845: A
13846: B
13847: C
13848: B
13849: D
13850: B
13851: E
13852: C
13853: B
13854: C
13855: B
13856: C
13857: A
13858: B
13859: A
13860: D