Questões de Português para Concurso

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Q3046470 Português

Atenção! Leia o texto para responder à próxima questão.



      Com um estilo calculadamente racional e enxuto de subjetividade, João Cabral de Melo Neto (1920-1999) nunca pretendeu desnudar a própria vida em seus poemas.

      Nascido em Recife, nos braços de uma família pertencente à elite açucareira, repleta de bacharéis e advogados, João Cabral passou a infância nas paisagens de engenhos das cidades de São Lourenço da Mata e Moreno. Antes de se entregar à poesia, sonhou com o futebol profissional e foi um craque juvenil. No final da adolescência, frequentou a vida intelectual do Recife e depois partiu para o Rio de Janeiro, onde conheceu Carlos Drummond de Andrade, que se tornaria seu grande amigo e referência. Foi lá também que publicou o primeiro livro, A pedra do sono, em 1942.

      Sem interesse em ocupar posições tradicionais das elites, tais como as proporcionadas pelo curso de Direito da prestigiosa Faculdade do Recife, não frequenta nenhuma universidade. Após breve passagem pelo Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp), passa a integrar o quadro de diplomatas brasileiros, a partir de 1946, um ano depois de publicar O engenheiro. Faz assim da diplomacia sua carreira, com estabilidade para se dedicar à poesia e possibilidade de conhecer outras culturas.


PRADO, Luiz. Biografia entrelaça vida e obra de João Cabral de Melo Neto. Disponível em: https://jornal.usp.br/. Acesso em 21 jul. 2024. Adaptado.

No que se refere aos tipos de coesão presentes no texto, avalie se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F).

( ) Há coesão por elipse em “Sem interesse em ocupar posições tradicionais das elites, tais como as proporcionadas pelo curso de Direito”.
( ) Há coesão pelo emprego de palavras do mesmo campo semântico , como “açucareira” e “engenho”; “futebol” e “craque”.
( ) Há coesão sequencial por meio de operadores lógicos que estabelecem relações de conclusão em “Após breve passagem pelo Departamento” e “Faz assim da diplomacia sua carreira”.

As afirmativas são, respectivamente, 
Alternativas
Q3046469 Português

Atenção! Leia a crônica para responder à próxima questão.


      Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que, agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade. Além do que leio pouco: só li muito, e li avidamente o que me caísse nas mãos, entre os treze e os quinze anos de idade. Depois passei a ler esporadicamente, sem ter a orientação de ninguém. Isto sem confessar que – dessa vez digo-o com alguma vergonha – durante anos eu só lia romance policial. Hoje em dia, apesar de ter muitas vezes preguiça de escrever, chego de vez em quando a ter mais preguiça de ler do que de escrever.

      Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros “uma profissão”, nem uma “carreira”. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis.

      O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.


LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. Adaptado.

Assinale a alternativa em que a palavra ou expressão em destaque pode ser corretamente substituída por aquela entre parênteses, sem prejuízo da correção gramatical da frase e do sentido original. 
Alternativas
Q3046468 Português

Atenção! Leia a crônica para responder à próxima questão.


      Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que, agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade. Além do que leio pouco: só li muito, e li avidamente o que me caísse nas mãos, entre os treze e os quinze anos de idade. Depois passei a ler esporadicamente, sem ter a orientação de ninguém. Isto sem confessar que – dessa vez digo-o com alguma vergonha – durante anos eu só lia romance policial. Hoje em dia, apesar de ter muitas vezes preguiça de escrever, chego de vez em quando a ter mais preguiça de ler do que de escrever.

      Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros “uma profissão”, nem uma “carreira”. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis.

      O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.


LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. Adaptado.

A respeito do emprego dos sinais de pontuação no trecho, é correto afirmar que, em 
Alternativas
Q3046467 Português

Atenção! Leia a crônica para responder à próxima questão.


      Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que, agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade. Além do que leio pouco: só li muito, e li avidamente o que me caísse nas mãos, entre os treze e os quinze anos de idade. Depois passei a ler esporadicamente, sem ter a orientação de ninguém. Isto sem confessar que – dessa vez digo-o com alguma vergonha – durante anos eu só lia romance policial. Hoje em dia, apesar de ter muitas vezes preguiça de escrever, chego de vez em quando a ter mais preguiça de ler do que de escrever.

      Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros “uma profissão”, nem uma “carreira”. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis.

      O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.


LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. Adaptado.

Assinale a alternativa cujo trecho está redigido na voz passiva. 
Alternativas
Q3046466 Português
Considere os seguintes grupos de palavras:

1. científico – exército – revólver
2. heroína – ânimo – jornalístico.
3. pôr – Paraná – jacaré

Em relação às regras de acentuação gráfica, é correto afirmar que, 
Alternativas
Q3046465 Português
Considere o trecho reescrito:
(...) um dia correu até minha mãe e pediu ____ ela que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que queria dar fim ____ própria vida. (...) Pádua obedeceu; confessou que acharia forças para submeter-se ____ vontade de minha mãe.
A alternativa que completa as lacunas, respectivamente, em conformidade com a norma-padrão de emprego do acento indicativo de crase é: 
Alternativas
Q3046464 Português
No trecho “Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir à minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria matar”, os pronomes átonos destacados estão empregados em posição 
Alternativas
Q3046463 Português
      Mas, tanto lhe ouviu falar em morte que teve medo, e um dia correu a pedir à minha mãe que lhe fizesse o favor de ver se lhe salvava o marido que se queria matar. Minha mãe foi achá-lo à beira do poço, e intimou-lhe que vivesse. Que maluquice era aquela de parecer que ia ficar desgraçado, por causa de uma gratificação menos, e perder um emprego interino? Não, senhor, devia ser homem, pai de família, imitar a mulher e a filha... Pádua obedeceu; confessou que acharia forças para cumprir a vontade de minha mãe.       — Vontade minha, não; é obrigação sua.
DE ASSIS, Machado. Dom Casmurro. Disponível em: https://machado.mec.gov.br/. Acesso em 20 jul. 2024.

No que se refere aos tipos de discurso e seus efeitos, é correto afirmar que o trecho 
Alternativas
Q3046462 Português
Assinale a alternativa em que o gerúndio, em destaque, foi empregado com função adjetiva. 
Alternativas
Q3046461 Português

Atenção! Leia o texto para responder à próxima questão.


Imperceptivelmente (1977)


      Agora toda essa preocupação com o ano 2000! Só pode ser a velha mania ou superstição da conta redonda.

      Se vocês estão bem lembrados, ao aproximar-se o Ano Mil já se pensava que era o FIM DO MUNDO. Assim mesmo, com todas as letras maiúsculas. Tanto que, para adiantar serviço, muitos se mataram antes. Como exemplo, eis um ponto em que hoje todos estão concordes: o famoso Século XIX só foi terminar em 1914. E parece que o danado só começou depois da batalha de Waterloo...

      Pois não é que uma dessas entrevistadoras veio indagar de mim um dia destes se estávamos no fim de uma Era?! Não sou nenhum Nostradamus, de modo que vaticinei — menos obscuramente que este — que nunca se saberá, nunca se notará, nunca se verá o fim de coisa nenhuma. E isto simplesmente porque a vida é contínua. Não uma projeção imóvel de slides, mas o desenrolar de um filme em câmara lenta.

      E a transformação da face do mundo é como a transformação da cara da gente, que muda tanto durante toda a vida — mas que, dia a dia, de ontem para hoje, de hoje para amanhã, sempre nos parece a mesma cara no espelho. Deixemos, pois, o Ano Dois Mil chegar imperceptivelmente como um ano qualquer.


QUINTANA, Mario. A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2012.

Assinale a alternativa que apresenta informação correta a respeito dos elementos linguísticos do texto. 
Alternativas
Q3046460 Português

Atenção! Leia o texto para responder à próxima questão.


Imperceptivelmente (1977)


      Agora toda essa preocupação com o ano 2000! Só pode ser a velha mania ou superstição da conta redonda.

      Se vocês estão bem lembrados, ao aproximar-se o Ano Mil já se pensava que era o FIM DO MUNDO. Assim mesmo, com todas as letras maiúsculas. Tanto que, para adiantar serviço, muitos se mataram antes. Como exemplo, eis um ponto em que hoje todos estão concordes: o famoso Século XIX só foi terminar em 1914. E parece que o danado só começou depois da batalha de Waterloo...

      Pois não é que uma dessas entrevistadoras veio indagar de mim um dia destes se estávamos no fim de uma Era?! Não sou nenhum Nostradamus, de modo que vaticinei — menos obscuramente que este — que nunca se saberá, nunca se notará, nunca se verá o fim de coisa nenhuma. E isto simplesmente porque a vida é contínua. Não uma projeção imóvel de slides, mas o desenrolar de um filme em câmara lenta.

      E a transformação da face do mundo é como a transformação da cara da gente, que muda tanto durante toda a vida — mas que, dia a dia, de ontem para hoje, de hoje para amanhã, sempre nos parece a mesma cara no espelho. Deixemos, pois, o Ano Dois Mil chegar imperceptivelmente como um ano qualquer.


QUINTANA, Mario. A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2012.

Assinale a alternativa que contém uma oração com sujeito oculto. 
Alternativas
Q3046459 Português
As palavras “caminhar”, “homem” e “dissimulado” possuem, respectivamente, 
Alternativas
Q3046458 Português
De acordo com o art. 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente, “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. Portanto, a violação dos direitos infantojuvenis, seja por ação ou por omissão dos seus direitos, pode levar à responsabilidade civil e administrativa do agente.
Direitos da Criança e do Adolescente. Disponível em: https://servicosocialca.paginas.ufsc.br/. Acesso em: 19 jul. 2024. Avalie se as afirmativas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) A expressão “de acordo com” é um conectivo que expressa a ideia de conclusão.
( ) A palavra “infantojuvenil” é formada por um processo de derivação sufixal.
( ) A vírgula em “violação dos direitos infantojuvenis, seja por ação ou por omissão” é considerada opcional e pode ser eliminada, mantendo-se as demais vírgulas do trecho, sem prejuízo da norma-padrão.

As afirmativas são, respectivamente, 
Alternativas
Q3046457 Português
      O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um superior e visível, que é o passado, outro inferior e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são estes instantes do presente que imos vivendo, onde o passado se termina e o futuro começa.
VIEIRA, Pe. Antonio. História do Futuro, vol. 1, 1718. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/. Acesso em 19 jul. 2024

No trecho, é possível identificar o emprego das seguintes figuras de linguagem: 
Alternativas
Q3046456 Português
Assinale a alternativa em que todas as palavras e expressões foram empregadas de modo adequado. 
Alternativas
Q3046455 Português
Atenção! Leia o trecho da obra O alienista (1882), de Machado de Assis, para responder à próxima questão.


      As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.
      — A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.
      Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele (...) admirou-se de semelhante escolha e disselho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.

DE ASSIS, Machado. O alienista. Porto Alegre: L&PM, 1998. Adaptado.
Assinale a alternativa que apresenta o valor semântico do termo destacado na frase. 
Alternativas
Q3046454 Português
Atenção! Leia o trecho da obra O alienista (1882), de Machado de Assis, para responder à próxima questão.


      As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.
      — A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.
      Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele (...) admirou-se de semelhante escolha e disselho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.

DE ASSIS, Machado. O alienista. Porto Alegre: L&PM, 1998. Adaptado.
Assinale a alternativa em que o pronome destacado se refere a uma oração. 
Alternativas
Q3046453 Português
Atenção! Leia o trecho da obra O alienista (1882), de Machado de Assis, para responder à próxima questão.


      As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a universidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.
      — A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.
      Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as leituras e demonstrando os teoremas com cataplasmas. Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele (...) admirou-se de semelhante escolha e disselho. Simão Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além dessas prendas, únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.

DE ASSIS, Machado. O alienista. Porto Alegre: L&PM, 1998. Adaptado.
No que se refere ao modo de organização discursiva, é correto afirmar que o trecho é 
Alternativas
Q3046452 Português
Leia o seguinte trecho da transcrição de uma entrevista oral a uma influenciadora digital:

      “O ponto negativo é que eu não tenho estúdio, né? Eu trabalho na minha casa, e toda a estrutura pra gravar vídeo e tal é montada aqui no meu quarto basicamente. Então assim, eu preciso organizar tudo, então um aspecto negativo dessa rotina é isso. Você perde um pouco a questão do que é lazer e do que é trabalho. Tudo de lazer acaba virando trabalho, porque você acaba gravando, tal. E você não tem meio que dia de lazer, tipo, dificilmente eu vou tirar um dia para não fazer nada sobre o canal”.
Giulianna Bueno Denari, LUZ, CÂMERA E LIKES: o trabalho dos youtubers nas mídias digitais. 2023. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br. Acesso em: 11 jul. 2024.

Considerando o emprego das variedades linguísticas da língua portuguesa, pode-se afirmar que, na entrevista, 
Alternativas
Q3046451 Português
Atenção! Considere a seguinte proposta de atividade em sala de aula para responder à próxima questão.


      Em grupo, escolham um tema geral (cultura, ciência, esporte etc) e elaborem por escrito três notícias, levando em consideração seus elementos essenciais: o quê, quem, onde, quando, como e por quê. Em seguida, ouçam um noticiário radiofônico. Na introdução, há uma saudação ao público e são mencionados o nome do jornal e as notícias principais? Como o noticiário é finalizado? Nas notícias há mais palavras conhecidas ou desconhecidas? As frases são curtas ou longas? As informações básicas sobre o fato são retomadas ou transmitidas uma só vez? Como é o tom de voz do locutor: sempre o mesmo ou há variação? Ele faz pausas longas ou breves? Depois de analisar o noticiário, retomem as notícias que vocês escreveram para revisá-las, tendo em vista a adequação às características do gênero e a alguns dos elementos observados no noticiário. Para a transmissão do jornal, a turma deve escolher um âncora, que vai abrir e fechar o noticiário, e os repórteres, que apresentarão as notícias. Ensaiem a apresentação das notícias. Observem o tempo de fala. Trabalhem a entonação da voz, destacando as informações principais. Com a ajuda do professor, organizem a transmissão. Como o jornal é oral, o público não poderá vê-la, mas deverá ouvir tudo adequadamente.

COSTA, C. L.; NOGUEIRA, E.; MARCHETTI, G. Geração Alpha Língua Portuguesa. Ensino Fundamental: anos finais: 6º ano. São Paulo: Edições SM, 2018. Adaptado. 
Considere os seguintes objetos de conhecimento.

I. Produção de textos orais: representação de textos dramáticos.
II. Estratégias de produção: planejamento e produção de textos jornalísticos orais.
III. Oralização de texto literário.

Os objetos de conhecimento presentes na proposta de atividade são: 
Alternativas
Respostas
1841: E
1842: C
1843: D
1844: A
1845: C
1846: D
1847: A
1848: C
1849: A
1850: E
1851: E
1852: C
1853: A
1854: D
1855: B
1856: E
1857: E
1858: A
1859: C
1860: E