Questões de Concurso Sobre redação - reescritura de texto em português

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Q3302073 Português
Observe a seguinte frase: “A moral criou verdadeiramente um princípio, a liberdade, que tem a sua contrapartida, o princípio da responsabilidade.” As alternativas abaixo apresentam alterações processadas na frase acima. Assinale aquela cuja forma de estruturação é a única sintaticamente compatível com as ideias defendidas na frase acima:
Alternativas
Q3300922 Português
Texto I.


A Escrita 


A nossa civilização é marcada pela linguagem gráfica. A escrita domina a nossa vida; é uma instituição social tão forte quanto a nação e o Estado. Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros. Pela escrita acumulamos conhecimentos, transmitimos ideias, fixamos nossa cultura.

Nossas religiões derivam de livros: o islamismo vem do Corão, escrito por Maomé; os Dez Mandamentos de Moisés foi um livro escrito em pedra. Nosso cristianismo está contido em um livro, a Bíblia. É a cartilha, é o livro escolar, é a literatura expressa graficamente, é o jornal. Mesmo a televisão – e mais do que ela o cinema – lança mão dos recursos da linguagem escrita (legenda) para facilitar a comunicação.

Na engrenagem da sociedade moderna, a comunicação escrita senta-se em trono. São as certidões, os atestados, os relatórios, são os diplomas. O documento é basicamente um documento gráfico, e a simples expressão gráfica vale mais do que todas as evidências.

Numa quase caricatura podemos dizer que o atestado de óbito é mais importante que o cadáver, o diploma mais do que a habilitação. Sem a linguagem escrita é praticamente impossível a existência no seio da civilização. O analfabeto é um pária que não se comunica com o mundo, não influi e pouco é influenciado. 


AMARAL VIEIRA, R. A. O futuro da comunicação. Ed. Achiame. 1981. 
Leia a frase a seguir.

“Na engrenagem da sociedade moderna, a comunicação escrita senta-se em trono.”

Assinale a opção que mostra a forma de reescrever essa frase que modifica o seu sentido original. 
Alternativas
Q3297277 Português
Uma professora reparou que em sua turma há grande dificuldade com pontuação em textos dissertativos. Os alunos produzem longos parágrafos sem pausas adequadas, e isso prejudica a compreensão. Ela iniciou um projeto de reescrita, mas percebeu resistência devido à falta de exemplos concretos. Nesse cenário, qual ação conduz a resultados mais eficazes?
Alternativas
Q3293443 Português

        Defendemos que a divulgação científica (DC) é produzida pela esfera da cultura científica em colaboração com outras esferas de atividades humanas. Assim, a DC é um produto gerado na interseção de esferas de criação ideológicas, cujas atividades disputam motivos, propósitos, regras, agentes, ferramentas culturais, entre tantos outros elementos.


        Em uma análise a partir da cultura científica, teremos a apropriação da comunicação, do jornalismo, da mídia e suas técnicas como ferramentas culturais para a produção da DC, enquanto o universo de referência, os princípios e os valores continuam sendo próprios da cultura científica. Por outro lado, se partirmos da esfera da mídia, teremos a apropriação de conhecimentos, fatos e histórias da ciência, enquanto as formas de produção do suporte são próprias da esfera midiática. Podemos estender esse exercício para todas as esferas que atuam na DC, como a educação, por exemplo, condição que reforça nossa compreensão de que a DC é produzida em meio à interseção da cultura científica com outras esferas de atuação humana.


        Embora existam coerções e interseções com outros campos, não há como deslocar princípios ontológicos da cultura científica que são inerentes aos conceitos, às metodologias e às práticas da ciência — fato que sustenta e fortalece a interpretação do divulgador como um representante da cultura científica. A DC, portanto, é produzida em meio a uma interseção de esferas de criação ideológica; a cultura científica, no entanto, exerce maior influência sobre o produto gerado. Tal concepção evidencia que a interseção na qual a DC é produzida não é composta por esferas equipolentes.


        Ainda que a cultura científica tenha maior influência na determinação dos produtos da DC, trata-se de produtos gerados em meio a disputas, cujos escopos variam de acordo com os suportes de DC e os meios de comunicação em que são veiculados. Não é preciso ser um especialista em DC para notar as diferenças entre veículos de DC que, por vezes, sustentam coerções da indústria cultural e, por isso, usufruem livremente do sensacionalismo e da fetichização do conhecimento científico, visando ao aumento das vendas, e veículos que claramente têm interesse em ensinar conceitos científicos que estão fortemente baseados em coerções provenientes da educação científica. 


Guilherme da Silva Lima e Marcelo Giordan.

Da reformulação discursiva a uma práxis da cultura científica: reflexões sobre a divulgação científica.

In: História, Ciências, Saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro,

v. 28, n.º 2, abr.-jun./2021, p. 389 (com adaptações). 

Considerando os aspectos linguísticos do texto apresentado e as ideias nele veiculadas, julgue o próximo item. 


O segmento “visando ao aumento das vendas” (último período do último parágrafo) poderia ser reescrito, sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, da seguinte maneira: tendo em vista o aumento das vendas

Alternativas
Q3291867 Português
   A humanidade produz 400 milhões de toneladas de plástico por ano, e apenas 10% dele é reaproveitado, até mesmo porque a reciclagem de alguns tipos é econômica ou tecnicamente inviável. Mas pode haver solução.

   Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, liderados pela engenheira química e ambiental Kandis Abdul-Aziz, criou um método que transforma o plástico em fertilizante: ele é misturado a palha de milho e se torna um tipo de carvão extremamente poroso, ideal para fertilizar o solo.

   Para transformar o plástico em carvão, a equipe utiliza plásticos como o PET, empregado em garrafas, e o isopor, misturados a resíduos de milho — restos de talos, folhas, cascas e espigas. Os pesquisadores aquecem essa mistura em um reator, sem oxigênio, para romper a estrutura molecular original e obter carbono elementar, que dá origem ao carvão. Esse processo de decomposição por altas temperaturas, chamado pirólise, já é frequentemente usado com outros restos agrícolas.

   Esse carvão pode aumentar o teor de nutrientes como potássio e nitrogênio no solo, além de melhorar a retenção deles. Mas uma de suas aplicações mais promissoras é o uso dele para diminuir a chamada lixiviação de nitrogênio (remoção ou dissolução desse nutriente pela ação da água sobre o solo) e aumentar o teor de carbono orgânico presente no solo, o que otimizaria sua saúde e o crescimento das plantações.

   Quanto aos próximos passos para o desenvolvimento da técnica, a equipe liderada por Kandis Abdul-Aziz está pensando em combinar os plásticos com outros resíduos agrícolas comuns na Califórnia, além da palha de milho. O estado é um dos maiores produtores de frutas cítricas dos Estados Unidos da América, mas a maioria dos resíduos, como cascas, sementes e polpa, é descartada e acaba em aterros sanitários. Além de produzir uma mercadoria valiosa como o carvão, o processo desenvolvido pelos pesquisadores pode fornecer uma alternativa sustentável para elementos que geralmente são considerados lixo.


Nova tecnologia transforma plástico em adubo. Revista Superinteressante, 16/2/2023. Internet: : <super.abril.com.b> (com adaptações)

Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.  


No trecho “Os pesquisadores aquecem essa mistura em um reator” (segundo período do terceiro parágrafo), a forma verbal “aquecem” poderia ser substituída por esquentão, sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto.  

Alternativas
Q3291865 Português
   A humanidade produz 400 milhões de toneladas de plástico por ano, e apenas 10% dele é reaproveitado, até mesmo porque a reciclagem de alguns tipos é econômica ou tecnicamente inviável. Mas pode haver solução.

   Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, liderados pela engenheira química e ambiental Kandis Abdul-Aziz, criou um método que transforma o plástico em fertilizante: ele é misturado a palha de milho e se torna um tipo de carvão extremamente poroso, ideal para fertilizar o solo.

   Para transformar o plástico em carvão, a equipe utiliza plásticos como o PET, empregado em garrafas, e o isopor, misturados a resíduos de milho — restos de talos, folhas, cascas e espigas. Os pesquisadores aquecem essa mistura em um reator, sem oxigênio, para romper a estrutura molecular original e obter carbono elementar, que dá origem ao carvão. Esse processo de decomposição por altas temperaturas, chamado pirólise, já é frequentemente usado com outros restos agrícolas.

   Esse carvão pode aumentar o teor de nutrientes como potássio e nitrogênio no solo, além de melhorar a retenção deles. Mas uma de suas aplicações mais promissoras é o uso dele para diminuir a chamada lixiviação de nitrogênio (remoção ou dissolução desse nutriente pela ação da água sobre o solo) e aumentar o teor de carbono orgânico presente no solo, o que otimizaria sua saúde e o crescimento das plantações.

   Quanto aos próximos passos para o desenvolvimento da técnica, a equipe liderada por Kandis Abdul-Aziz está pensando em combinar os plásticos com outros resíduos agrícolas comuns na Califórnia, além da palha de milho. O estado é um dos maiores produtores de frutas cítricas dos Estados Unidos da América, mas a maioria dos resíduos, como cascas, sementes e polpa, é descartada e acaba em aterros sanitários. Além de produzir uma mercadoria valiosa como o carvão, o processo desenvolvido pelos pesquisadores pode fornecer uma alternativa sustentável para elementos que geralmente são considerados lixo.


Nova tecnologia transforma plástico em adubo. Revista Superinteressante, 16/2/2023. Internet: : <super.abril.com.b> (com adaptações)

Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.  


No primeiro período do terceiro parágrafo, a palavra “misturados” está flexionada no masculino e no plural para concordar com os termos “garrafas” e “isopor”.  

Alternativas
Q3291864 Português
   A humanidade produz 400 milhões de toneladas de plástico por ano, e apenas 10% dele é reaproveitado, até mesmo porque a reciclagem de alguns tipos é econômica ou tecnicamente inviável. Mas pode haver solução.

   Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, liderados pela engenheira química e ambiental Kandis Abdul-Aziz, criou um método que transforma o plástico em fertilizante: ele é misturado a palha de milho e se torna um tipo de carvão extremamente poroso, ideal para fertilizar o solo.

   Para transformar o plástico em carvão, a equipe utiliza plásticos como o PET, empregado em garrafas, e o isopor, misturados a resíduos de milho — restos de talos, folhas, cascas e espigas. Os pesquisadores aquecem essa mistura em um reator, sem oxigênio, para romper a estrutura molecular original e obter carbono elementar, que dá origem ao carvão. Esse processo de decomposição por altas temperaturas, chamado pirólise, já é frequentemente usado com outros restos agrícolas.

   Esse carvão pode aumentar o teor de nutrientes como potássio e nitrogênio no solo, além de melhorar a retenção deles. Mas uma de suas aplicações mais promissoras é o uso dele para diminuir a chamada lixiviação de nitrogênio (remoção ou dissolução desse nutriente pela ação da água sobre o solo) e aumentar o teor de carbono orgânico presente no solo, o que otimizaria sua saúde e o crescimento das plantações.

   Quanto aos próximos passos para o desenvolvimento da técnica, a equipe liderada por Kandis Abdul-Aziz está pensando em combinar os plásticos com outros resíduos agrícolas comuns na Califórnia, além da palha de milho. O estado é um dos maiores produtores de frutas cítricas dos Estados Unidos da América, mas a maioria dos resíduos, como cascas, sementes e polpa, é descartada e acaba em aterros sanitários. Além de produzir uma mercadoria valiosa como o carvão, o processo desenvolvido pelos pesquisadores pode fornecer uma alternativa sustentável para elementos que geralmente são considerados lixo.


Nova tecnologia transforma plástico em adubo. Revista Superinteressante, 16/2/2023. Internet: : <super.abril.com.b> (com adaptações)

Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.  


No trecho “A humanidade produz 400 milhões de toneladas de plástico por ano, e apenas 10% dele é reaproveitado” (primeiro parágrafo), o vocábulo “e” poderia ser substituído por mas, sem prejuízo da correção gramatical e da coerência das ideias do texto. 

Alternativas
Q3291863 Português
   A humanidade produz 400 milhões de toneladas de plástico por ano, e apenas 10% dele é reaproveitado, até mesmo porque a reciclagem de alguns tipos é econômica ou tecnicamente inviável. Mas pode haver solução.

   Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, liderados pela engenheira química e ambiental Kandis Abdul-Aziz, criou um método que transforma o plástico em fertilizante: ele é misturado a palha de milho e se torna um tipo de carvão extremamente poroso, ideal para fertilizar o solo.

   Para transformar o plástico em carvão, a equipe utiliza plásticos como o PET, empregado em garrafas, e o isopor, misturados a resíduos de milho — restos de talos, folhas, cascas e espigas. Os pesquisadores aquecem essa mistura em um reator, sem oxigênio, para romper a estrutura molecular original e obter carbono elementar, que dá origem ao carvão. Esse processo de decomposição por altas temperaturas, chamado pirólise, já é frequentemente usado com outros restos agrícolas.

   Esse carvão pode aumentar o teor de nutrientes como potássio e nitrogênio no solo, além de melhorar a retenção deles. Mas uma de suas aplicações mais promissoras é o uso dele para diminuir a chamada lixiviação de nitrogênio (remoção ou dissolução desse nutriente pela ação da água sobre o solo) e aumentar o teor de carbono orgânico presente no solo, o que otimizaria sua saúde e o crescimento das plantações.

   Quanto aos próximos passos para o desenvolvimento da técnica, a equipe liderada por Kandis Abdul-Aziz está pensando em combinar os plásticos com outros resíduos agrícolas comuns na Califórnia, além da palha de milho. O estado é um dos maiores produtores de frutas cítricas dos Estados Unidos da América, mas a maioria dos resíduos, como cascas, sementes e polpa, é descartada e acaba em aterros sanitários. Além de produzir uma mercadoria valiosa como o carvão, o processo desenvolvido pelos pesquisadores pode fornecer uma alternativa sustentável para elementos que geralmente são considerados lixo.


Nova tecnologia transforma plástico em adubo. Revista Superinteressante, 16/2/2023. Internet: : <super.abril.com.b> (com adaptações)

Com relação à tipologia, às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.  


Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto, o trecho “a reciclagem de alguns tipos é econômica ou tecnicamente inviável” (primeiro parágrafo) poderia ser reescrito da seguinte forma: a reciclagem de alguns tipos é inviável do ponto de vista econômico ou técnico.

Alternativas
Q3290115 Português
Leia o Texto II e responda à questão.

Texto II

Teste genético ajuda a prevenir câncer de mama e de ovário

Detecção por amostra de sangue viabiliza intervenção antes de a doença surgir

    O teste genético para saber se uma pessoa tem chances de desenvolver câncer é feito a partir da coleta de uma simples amostra de sangue ou saliva e pode salvar mais de uma vida – a do paciente e a dos que compartilham com ele o mesmo histórico genético. O procedimento existe há cerca de uma década, mas, segundo especialistas, houve avanço expressivo no entendimento sobre os códigos revelados, permitindo resultados mais rápidos e tratamento preventivo mais preciso.
    “O que mudou foi a leitura dos genes, que se tornou mais completa. Lemos [agora] parte dos genes que antigamente não conseguíamos. Além disso, como mais pessoas estão fazendo o teste, conhecemos um maior número de mutações e podemos classificá-las melhor”, afirma a médica Bruna Zucchetti, oncologista especialista em câncer de mama do Hospital Nove de Julho.
    A profilaxia vai desde o uso de medicações para cada tipo de mutação encontrada até a indicação de cirurgia redutora de risco. No caso de mutações BRCA1 e BRCA2, o médico pode solicitar a remoção de ovários (ooforectomia), glândulas mamárias (adenomastectomia), tubas uterinas e útero (histerectomia) para evitar o desenvolvimento de um câncer agressivo.
    A mutação de BRCA 1 e 2 pode ser apresentada por homens e mulheres, sendo indicativa de risco genético para câncer de mama (masculino e feminino), ovários, pâncreas e próstata. “O teste genético não faz diagnóstico de câncer. Nas pacientes que já têm [a doença], é feito para orientar o seguimento e a necessidade de cirurgias profiláticas para reduzir o risco de novo câncer”, explica Zucchetti. O exame, portanto, ajuda a definir o melhor tratamento e orienta a testagem de outros membros da família.
    O DNA para pesquisa de mutação de BRCA1 e 2 é extraído das células de uma amostra de sangue, que pode ser coletada por qualquer pessoa e sem necessidade de nenhum preparo prévio. Arecomendação da Sociedade Americana de Oncologia é que todas as mulheres com menos de 65 anos que tenham diagnóstico de câncer de mama, independentemente do histórico familiar, façam o teste genético.
    “A cirurgia redutora de risco – ou profilática – reduz consideravelmente a chance de desenvolver um tumor de mama e ovário”, diz Zuchetti. A remoção das glândulas mamárias, nesses casos, é feita dos dois lados e antes dos 40 anos. Já os ovários têm recomendação de remoção também bilateral, mas após os 40 anos. “É indicado que todas as mulheres com diagnóstico de mutação de BRCA1 ou 2 realizem essas duas cirurgias profiláticas”, aponta a oncologista.
    Zuchetti diz que os exames genéticos têm ficado mais acessíveis, mas ainda encontram barreiras para serem realizados via rede pública e até por convênios, mas que a expectativa para o futuro é que mais pacientes tenham acesso e possam realizar o teste.


Fonte: CASTRO, Danielle. Folha de S. Paulo, 08 abril 2024, B4, com adaptações.
O período “No caso de mutações BRCA1 e BRCA2, o médico pode solicitar a remoção de ovários (ooforectomia), glândulas mamárias (adenomastectomia), tubas uterinas e útero (histerectomia) para evitar o desenvolvimento de um câncer agressivo” (3º§) pode ser reorganizado, com correção gramatical e atenção à delimitação dos constituintes oracionais, em:

I- No caso de mutações BRCA1 e BRCA2, o médico pode solicitar para evitar o desenvolvimento de um câncer agressivo a remoção de ovários (ooforectomia), glândulas mamárias (adenomastectomia), tubas uterinas e útero (histerectomia).
II- O médico pode, no caso de mutações BRCA1 e BRCA2, solicitar a remoção de ovários (ooforectomia), glândulas mamárias (adenomastectomia), tubas uterinas e útero (histerectomia) para evitar o desenvolvimento de um câncer agressivo.
III- No caso de mutações BRCA1 e BRCA2, para evitar o desenvolvimento de um câncer agressivo, o médico pode solicitar a remoção de ovários (ooforectomia), glândulas mamárias (adenomastectomia), tubas uterinas e útero (histerectomia).

É CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q3289908 Português

Leia o texto a seguir:


Rússia anuncia vacina contra o câncer, e prevê distribuição gratuita em 2025


Avanço tecnológico inclui mRNA e vírus oncolíticos desenvolvidos por centros de pesquisa russos


    A Rússia anunciou o desenvolvimento de uma vacina mRNA contra o câncer, que será disponibilizada gratuitamente aos pacientes no país. Segundo o diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa Radiológica do Ministério da Saúde da Rússia, Andrey Kaprin, o lançamento para uso geral está previsto para o início de 2025. A informação foi divulgada pela agência estatal TASS nesta semana.

    O desenvolvimento é resultado de esforços conjuntos entre centros de pesquisa, incluindo o Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. De acordo com Alexander Gintsburg, diretor do Gamaleya, os testes pré-clínicos da vacina já demonstraram eficácia na supressão do desenvolvimento de tumores e no potencial controle de metástases.

    A abordagem mRNA utiliza a análise genética individual para criar vacinas personalizadas que programam o sistema imunológico a identificar e destruir células cancerígenas. Esse método analisa o perfil mutacional do tumor (neoantígenos) e projeta vacinas direcionadas, permitindo um combate específico a cada tipo de tumor.

    Além disso, o país estuda uma frente de vacinas oncolítica chamada de EnteroMix, desenvolvida em colaboração com o Instituto Engelhardt. Ela utiliza um conjunto de quatro vírus não patogênicos capazes de destruir células malignas e, ao mesmo tempo, ativar a imunidade antitumoral do paciente. De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa Radiológica, os estudos pré-clínicos do EnteroMix já foram concluídos, confirmando sua segurança e eficácia.

    Os cientistas russos informam que os testes clínicos e o recrutamento de pacientes para as fases iniciais do EnteroMix começarão entre o final de 2024 e o início de 2025. Enquanto isso, a vacina mRNA avança para os testes finais de eficácia e deve ser liberada ao público em 2025.



Fonte: https://www.jb.com.br/mundo/2024/12/1053478-russia-anuncia-vacinacontra-o-cancer-e-preve-distribuicao-gratuita-em-2025.html. Acesso em 27/12/2024

“A informação foi divulgada pela agência estatal TASS nesta semana” (1º parágrafo). Na voz ativa, essa frase seria reescrita da seguinte forma:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2025 - EAM - Aprendiz Marinheiro |
Q3288857 Português
Texto 1


Literacura 


    Antipatizo com trocadilhos, mas não pude evitar a pérola que dá título a esta crônica. Conheci a expressão "literacura" através do professor Sílvio Volpato, de Parobé, e agora o comentário de um leitor me fez colocá-la em uso. Disse o rapaz que não entende a razão de nos mobilizarmos pelo setor livreiro do Rio Grande do Sul quando há categorias mais importantes a socorrer, como hospitais. É o mesmo assunto, caro leitor. Se na sua mesa de cabeceira, ao lado da cama, há remédios para colesterol, pressão alta e ansiolíticos que ajudam a pegar no sono, coloque também um livro, pois uma hora você terá que acordar. Não há saúde mental, espiritual e mesmo física que prescinda da literatura.  

    Livro combate a arrogância, um dos males do século. O leitor tem acesso aos sofrimentos dos personagens, se identifica com suas dores e percebe que é tão miserável! quanto. Menos um nariz em pé no mundo. 

    Livro é perfeito contra o narcisismo, que é outra praga moderna. O leitor é capturado pela história de uma escravizada ou pela biografia de um atleta, e claro que cairá no delírio de julgar sua própria história mais interessante, mas, pelo menos por meia hora, ficará focado na leitura em vez de tagarelar sobre si mesmo. Aliás, livro protege contra calos nas cordas vocais. Bendito hábito silencioso.  

    Vivemos uma pandemia de depressão, que tem atacado jovens sem perspectiva, com a moral em baixa, já que a tecnologia os instiga a se comparar com um monte de boçais comunicativos. A vacina se chama literatura, que os reconecta com seus valores, preenche a alma em vez dos lábios e resgata a autoconfiança, salvando-os de sucumbirem a amostragens superficiais de popularidade. 

    [...]

    Livro minimiza a solidão. Enquanto lemos, um povaréu nos habita. 

    Livro salva até da morte, sem exagero. Deu no Jornal Nacional, anos atrás. Um cidadão escapou de um tiro no peito por carregar um exemplar de capa dura por debaixo do terno. Portanto, doem livros para bibliotecas arrasadas pelas enchentes do sul, comprem livros das editoras gaúchas que ficaram com o estoque submerso e ajudem a manter a cabeça dos gaúchos à tona.


MEDEIROS, Martha Disponível em:<https:/oglobo.oglobo.com/ela/marthamedeiros/colunar2024/06/literatura ghtml>- Acesso em 25 ago. 2024 - Adaptado.  
Assinale a opção em que a reescritura do período “Deu no Jorna! Nacional, anos atrás. Um cidadão escapou de um tiro no peito por carregar um exemplar de capa dura por debaixo do terno.” (6º §) está em conformidade com a norma culta e mantém o sentido original do texto. 
Alternativas
Ano: 2025 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMBRAPA Provas: CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico - Área: Gestão da Informação - Subárea: Tecnologia da Informação | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico - Área: Gestão de Pessoas - Subárea: Segurança e Saúde do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Bioquímica E Biologia Molecular | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Laboratório | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Animal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Florestal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Vegetal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Mecânica – Subárea: Mecânica De Precisão | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Aquicultura | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Orçamento E Finanças – Subárea: Contabilidade | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Ativos Patrimoniais E Imobiliários | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Monitoramento Preditivo | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Novas Tecnologias | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Suporte À Gestão | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Transferência De Tecnologia E Comunicação – Subárea: Técnico Audiovisual |
Q3288770 Português

Texto CG1A1        


        Duas ideias recentes que considerei fantásticas fizeram-me refletir sobre o conceito de sustentabilidade. A primeira foi de uma entrevista com Don Tapscott, um dos mais respeitados estudiosos do impacto das tecnologias nas empresas e na sociedade, autor e coautor de 14 livros. Na entrevista, ele afirma que a Internet não muda o que aprendemos, mas o modo como aprendemos — e o impacto dessa revolução terá a mesma intensidade que a invenção dos tipos móveis de Gutenberg: “Não vivemos na era da informação. Estamos na era da colaboração. A era da inteligência conectada”.


        A segunda ideia é da empresária americana Lisa Ganski, fundadora de várias empresas na Internet. Em sua ousada teoria, ela defende que o futuro dos negócios é o compartilhamento de produtos e serviços. Segundo sua tese, as pessoas não vão mais possuir coisas, vão apenas ter acesso a elas. Para que comprar um carro, gastar com seguro e manutenção se você pode alugar o do vizinho? Para que investir em roupas caras para o seu bebê (que espicha rápido) se você pode trocar peças com mamães de filhos já grandinhos? Lisa aposta que, com a ajuda das mídias sociais e da tecnologia, pessoas, serviços e empresas vão encontrar-se com mais facilidade para trocar ou compartilhar.


        A ideia do consumo compartilhado dirige-se aos bens de consumo de maior ociosidade. Por exemplo, nos Estados Unidos da América, a média de utilização de um automóvel é de 8%. Os 92% restantes são de ociosidade nos estacionamentos. Então, por que não alugar o carro em vez de comprar? Ganski sugere que sejam, cada vez mais, criados sistemas de locação para alguns bens de consumo de maior ociosidade.


        Na produção compartilhada, além da redução dos custos de produção por menores encargos trabalhistas, maior eficiência da mão de obra e menor consumo de energia, há em tese uma redução dos impactos ambientais pela redução de resíduos e dispersão destes em áreas distantes umas das outras. Logicamente há também uma maior geração de empregos e melhor distribuição de renda.


        Segundo esses pensadores, esta pode ser uma nova opção para o empresariado e para a sociedade segundo o moderno conceito de sustentabilidade. O meio ambiente agradece.


Raimundo Nonato Brabo Alves.

Compartilhar a produção e o consumo de bens em busca da sustentabilidade.

In: Crônicas ambientais ecos da floresta. Brasília, DF: Embrapa, 2015. p. 62-64 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, referente a aspectos linguísticos do texto CG1A1. 


O trecho “Segundo sua tese, as pessoas não vão mais possuir coisas, vão apenas ter acesso a elas.” (terceiro período do segundo parágrafo) poderia ser reescrito, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, da seguinte forma: De acordo com sua teoria, as pessoas vão ter acesso apenas às coisas e não mais possuí-las. 

Alternativas
Ano: 2025 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMBRAPA Provas: CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico - Área: Gestão da Informação - Subárea: Tecnologia da Informação | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico - Área: Gestão de Pessoas - Subárea: Segurança e Saúde do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Bioquímica E Biologia Molecular | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Laboratório | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Animal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Florestal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Vegetal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Mecânica – Subárea: Mecânica De Precisão | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Aquicultura | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Orçamento E Finanças – Subárea: Contabilidade | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Ativos Patrimoniais E Imobiliários | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Monitoramento Preditivo | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Novas Tecnologias | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Suporte À Gestão | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Transferência De Tecnologia E Comunicação – Subárea: Técnico Audiovisual |
Q3288765 Português

Texto CG1A1        


        Duas ideias recentes que considerei fantásticas fizeram-me refletir sobre o conceito de sustentabilidade. A primeira foi de uma entrevista com Don Tapscott, um dos mais respeitados estudiosos do impacto das tecnologias nas empresas e na sociedade, autor e coautor de 14 livros. Na entrevista, ele afirma que a Internet não muda o que aprendemos, mas o modo como aprendemos — e o impacto dessa revolução terá a mesma intensidade que a invenção dos tipos móveis de Gutenberg: “Não vivemos na era da informação. Estamos na era da colaboração. A era da inteligência conectada”.


        A segunda ideia é da empresária americana Lisa Ganski, fundadora de várias empresas na Internet. Em sua ousada teoria, ela defende que o futuro dos negócios é o compartilhamento de produtos e serviços. Segundo sua tese, as pessoas não vão mais possuir coisas, vão apenas ter acesso a elas. Para que comprar um carro, gastar com seguro e manutenção se você pode alugar o do vizinho? Para que investir em roupas caras para o seu bebê (que espicha rápido) se você pode trocar peças com mamães de filhos já grandinhos? Lisa aposta que, com a ajuda das mídias sociais e da tecnologia, pessoas, serviços e empresas vão encontrar-se com mais facilidade para trocar ou compartilhar.


        A ideia do consumo compartilhado dirige-se aos bens de consumo de maior ociosidade. Por exemplo, nos Estados Unidos da América, a média de utilização de um automóvel é de 8%. Os 92% restantes são de ociosidade nos estacionamentos. Então, por que não alugar o carro em vez de comprar? Ganski sugere que sejam, cada vez mais, criados sistemas de locação para alguns bens de consumo de maior ociosidade.


        Na produção compartilhada, além da redução dos custos de produção por menores encargos trabalhistas, maior eficiência da mão de obra e menor consumo de energia, há em tese uma redução dos impactos ambientais pela redução de resíduos e dispersão destes em áreas distantes umas das outras. Logicamente há também uma maior geração de empregos e melhor distribuição de renda.


        Segundo esses pensadores, esta pode ser uma nova opção para o empresariado e para a sociedade segundo o moderno conceito de sustentabilidade. O meio ambiente agradece.


Raimundo Nonato Brabo Alves.

Compartilhar a produção e o consumo de bens em busca da sustentabilidade.

In: Crônicas ambientais ecos da floresta. Brasília, DF: Embrapa, 2015. p. 62-64 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, referente a aspectos linguísticos do texto CG1A1. 


A substituição do segmento “refletir sobre” (primeiro período do primeiro parágrafo) por pensar preservaria a coerência das ideias do texto e sua correção gramatical. 

Alternativas
Q3288490 Português
PROFETA DO BEM E DO MAL
VILMA GRYZINSKI
Alexander Soljenítsin enfrentou a URSS e detestou o Ocidente

        Dentro da grande tradição russa, Alexander Soljenítsin foi um fabuloso escritor, mas também um profeta, uma combinação de mente e espírito capazes de captar os círculos da água eterna que se projetam para o que achamos ser o futuro. “Na percepção do meu coração, não existe espaço para um conflito Rússia-Ucrânia e se, Deus nos livre, a questão chegar a isso, posso afirmar com certeza: jamais, em nenhuma circunstância, tomarei parte num confronto russo-ucraniano ou permitirei que meus filhos o façam - não importa o quanto os imprudentes destemperados tentem nos arrastar para isso.” Ele escreveu isso em 1981. Tinha convivido com prisioneiros ucranianos no Gulag e aprendido com seu sofrimento sob Stálin.

        Era também impossível. Expulso pela União Soviética em 1974, ele deveria ter se extasiado com o Ocidente, chorado diante da fartura das prateleiras de um supermercado americano - aconteceu com outros exilados do comunismo - e louvado o papel dos Estados Unidos na defesa das liberdades. Fez exatamente o contrário. Sua crítica ao modelo de democracia liberal é uma das mais radicais que existem. No famoso discurso de abertura do ano letivo em Harvard, em 1978, ele fez considerações que merecem ser lembradas cada vez que procuramos um olhar complexo e diversificado sobre o mundo. Numa crítica premonitória, anotou que, em reação ao passado de colonialismo, “as relações com o antigo mundo colonial viraram para o extremo oposto e o mundo ocidental agora frequentemente exibe um excesso de obsequiosidade” com os ex-colonizados - alguém já viu a nova onda “descolonizadora” nos círculos intelectuais das esquerdas hoje em dia? Enfiando a faca mais fundo, o escritor anotou que “um declínio da coragem pode ser a característica mais marcante que um observador de fora nota no Ocidente hoje”. Mencionou a coragem cívica. Imaginem a cara da fina flor de Harvard ao ouvir que “esse declínio na coragem é particularmente perceptível entre as elites governantes e intelectuais”. Teve mais: “A defesa dos direitos individuais atingiu tais extremos que tornam a sociedade como um todo indefesa diante de certos indivíduos”. Na sua visão, havia um excesso de condescendência com o crime - alguém já ouviu falar em tratar criminosos como vítimas da sociedade?

        Teria o grande Soljenítsin deixado de perceber as nuances do pensamento ocidental, as fraquezas que fazem sua força e sua criatividade, a capacidade de regeneração mesmo de sociedades altamente consumistas ou excessivamente indulgentes? “A inclinação da liberdade na direção do mal aconteceu gradualmente, mas evidentemente deriva de um conceito humanista segundo o qual o homem - o mestre desse mundo - não carrega nenhum mal dentro de si e todos os defeitos da vida são causados por sistemas sociais equivocados que, portanto, precisam ser corrigidos.”

        Qual intelectual hoje ousaria falar em mal ou bem? Soljenítsin falava. Escreveu ele em Arquipélago Gulag: “Gradualmente me foi revelado que a linha separando o bem do mal passa, não entre estados, não entre classes, nem entre partidos políticos - mas diretamente através de cada coração humano. Dentro de nós, oscila com o passar dos anos. E mesmo nos corações tomados pelo mal, uma pequena cabeça de ponte do bem permanece. E mesmo no melhor dos corações, permanece um canto intacto do mal”. Não é de arrepiar?

Revista Veja – 27/09/2024 
No segundo parágrafo do texto, a autora cita a seguinte frase de Alexander: “as relações com o antigo mundo colonial viraram para o extremo oposto e o mundo ocidental agora frequentemente exibe um excesso de obsequiosidade”. Assinale a única alternativa que a reescreve mantendo seu sentido original.
Alternativas
Q3287436 Português
Texto I.

O Cidadão de Papel

Está provado que a violência só gera mais violência. A rua serve para a criança como uma escola preparatória. Do menino marginal esculpe-se o adulto marginal, talhado diariamente por uma sociedade violenta que lhe nega condições básicas de vida.
Por trás de um garoto abandonado existe um adulto abandonado.
E o garoto abandonado de hoje é o adulto abandonado de amanhã. É um círculo vicioso, onde todos são, em maior ou menor escala, vítimas. São vítimas de uma sociedade injusta que não consegue garantir um mínimo de paz social.
Paz social significa poder andar na rua sem ser incomodado por pivetes. Isso porque num país civilizado não existe pivete. Existem crianças desenvolvendo suas potencialidades. Paz não é ter medo de sequestradores. É nunca desejar comprar uma arma para se defender ou querer se refugiar em Miami. É não considerar normal a ideia de que o extermínio de crianças ou adultos garanta a segurança.
Entender a infância marginal significa entender por que um menino vai para a rua e não para a escola. Essa é, em essência, a diferença entre o garoto que está dentro do carro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete ou pedir esmola. E essa é a diferença entre um país desenvolvido e um país de Terceiro Mundo.

DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel. São Paulo. Ed. Ática. 1994. 
“Entender a infância marginal significa entender por que um menino vai para a rua e não para a escola.”
A forma adequada de reescrever a oração reduzida – entender por que um menino vai para a rua – em uma oração desenvolvida é
Alternativas
Q3285450 Português
A psicologia da inteligência artificial no mercado financeiro









SOUZA, Ronaldo. A psicologia da inteligência artificial no mercado financeiro. Disponível em: https://www.gov.br/ investidor/pt-br/penso-logo-invisto/. Acesso em: 7 jan. 2025. Adaptado.
Em “a IA se destaca por sua capacidade de tomar decisões baseadas exclusivamente em algoritmos e dados objetivos, eliminando o impacto de vieses cognitivos que frequentemente prejudicam a tomada de decisões humanas” (parágrafo 2), o trecho em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de seu significado, por:
Alternativas
Q3283638 Português
Texto CB2A1


    Ordenar e nomear a vida não é uma ciência esotérica. Nas últimas décadas, estudos mostraram que selecionar e batizar o mundo natural é uma atividade humana universal e fundamental para compreender o mundo vivo, bem como nosso lugar nele.

    Os antropólogos foram os primeiros a reconhecer que a taxonomia poderia ser mais do que a ciência oficialmente fundada pelo botânico sueco Carl Linnaeus no século XVIII. Estudando como não cientistas ordenam e nomeiam a vida, criando as chamadas taxonomias populares, eles começaram a perceber que, quando as pessoas criam grupos ordenados e dão nomes às coisas vivas, elas seguem padrões altamente estereotipados, aparentemente guiando-se, de modo inconsciente, por regras não escritas.

    Por exemplo, Cecil Brown, antropólogo norte-americano que estudou taxonomias populares em 188 línguas, concluiu que os seres humanos reconhecem repetidamente as mesmas categorias básicas, que incluem peixes, aves, cobras, mamíferos, árvores e wugs, termo que significa vermes e insetos. Os wugs não são um grupo coeso, do ponto de vista evolutivo ou ecológico. Mesmo assim, as pessoas repetidamente os reconhecem e os nomeiam.

    Da mesma forma, as pessoas consistentemente usam epítetos com duas palavras para designar organismos específicos dentro de um grupo maior, apesar de haver infinitos métodos potencialmente mais lógicos. Isso é tão familiar que mal percebemos. Em português, entre os carvalhos, distinguimos o carvalho americano; entre os ursos, os ursos cinzentos. Quando os maias, familiarizados com os javalis, conheceram os porcos espanhóis, apelidaram-nos de javalis de aldeia.  

    A prova mais surpreendente de quão arraigada é a taxonomia vem de pacientes que, por acidente ou doença, sofreram traumas cerebrais. Nesse sentido, destaca-se o caso de um universitário que foi vítima de um inchaço cerebral causado por herpes. Ao se recuperar, ele era capaz de reconhecer objetos inanimados, como lanterna, bússola e chaleira, mas não coisas vivas, como canguru e cogumelo. Médicos de todo o mundo encontraram pacientes com a mesma dificuldade. Recentemente, cientistas que estudaram esses pacientes notaram lesões numa região do lóbulo temporal, o que levou à hipótese de que pode existir uma parte específica do cérebro dedicada à taxonomia.  

    Sem a capacidade de ordenar e nomear a vida, uma pessoa simplesmente não sabe como viver no mundo e como entendê-lo. Se abandonarmos a taxonomia, perderemos uma conexão com o mundo vivo. Quando você começa a notar os organismos e encontrar um nome para bichos e flores específicos, não é possível deixar de ver a vida e a ordem que nela existe, bem onde sempre esteve: ao seu redor.


Carol Kaesuk Yoon. A arte de nomear o mundo. In: Naming Nature: The Clash Between Instinct and Science. W. W. Norton & Company, 2009. Trecho traduzido e publicado na Folha de São Paulo, 2009.
Internet: <www1.folha.uol.com.br/fsp> (com adaptações)
Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto CB2A1.

No último período do texto, a substituição do trecho “não é possível” por não pode alteraria as relações sintáticas originalmente estabelecidas no texto, mas não prejudicaria nem a correção gramatical nem a coerência textual.
Alternativas
Q3283637 Português
Texto CB2A1


    Ordenar e nomear a vida não é uma ciência esotérica. Nas últimas décadas, estudos mostraram que selecionar e batizar o mundo natural é uma atividade humana universal e fundamental para compreender o mundo vivo, bem como nosso lugar nele.

    Os antropólogos foram os primeiros a reconhecer que a taxonomia poderia ser mais do que a ciência oficialmente fundada pelo botânico sueco Carl Linnaeus no século XVIII. Estudando como não cientistas ordenam e nomeiam a vida, criando as chamadas taxonomias populares, eles começaram a perceber que, quando as pessoas criam grupos ordenados e dão nomes às coisas vivas, elas seguem padrões altamente estereotipados, aparentemente guiando-se, de modo inconsciente, por regras não escritas.

    Por exemplo, Cecil Brown, antropólogo norte-americano que estudou taxonomias populares em 188 línguas, concluiu que os seres humanos reconhecem repetidamente as mesmas categorias básicas, que incluem peixes, aves, cobras, mamíferos, árvores e wugs, termo que significa vermes e insetos. Os wugs não são um grupo coeso, do ponto de vista evolutivo ou ecológico. Mesmo assim, as pessoas repetidamente os reconhecem e os nomeiam.

    Da mesma forma, as pessoas consistentemente usam epítetos com duas palavras para designar organismos específicos dentro de um grupo maior, apesar de haver infinitos métodos potencialmente mais lógicos. Isso é tão familiar que mal percebemos. Em português, entre os carvalhos, distinguimos o carvalho americano; entre os ursos, os ursos cinzentos. Quando os maias, familiarizados com os javalis, conheceram os porcos espanhóis, apelidaram-nos de javalis de aldeia.  

    A prova mais surpreendente de quão arraigada é a taxonomia vem de pacientes que, por acidente ou doença, sofreram traumas cerebrais. Nesse sentido, destaca-se o caso de um universitário que foi vítima de um inchaço cerebral causado por herpes. Ao se recuperar, ele era capaz de reconhecer objetos inanimados, como lanterna, bússola e chaleira, mas não coisas vivas, como canguru e cogumelo. Médicos de todo o mundo encontraram pacientes com a mesma dificuldade. Recentemente, cientistas que estudaram esses pacientes notaram lesões numa região do lóbulo temporal, o que levou à hipótese de que pode existir uma parte específica do cérebro dedicada à taxonomia.  

    Sem a capacidade de ordenar e nomear a vida, uma pessoa simplesmente não sabe como viver no mundo e como entendê-lo. Se abandonarmos a taxonomia, perderemos uma conexão com o mundo vivo. Quando você começa a notar os organismos e encontrar um nome para bichos e flores específicos, não é possível deixar de ver a vida e a ordem que nela existe, bem onde sempre esteve: ao seu redor.


Carol Kaesuk Yoon. A arte de nomear o mundo. In: Naming Nature: The Clash Between Instinct and Science. W. W. Norton & Company, 2009. Trecho traduzido e publicado na Folha de São Paulo, 2009.
Internet: <www1.folha.uol.com.br/fsp> (com adaptações)
Julgue o item a seguir, relativo aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto CB2A1.

Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do primeiro período do último parágrafo, o vocábulo “e”, em “e como entendê-lo”, poderia ser substituído por nem. 
Alternativas
Q3282607 Português

Texto CB1A1


     O debate sobre o futuro da Amazônia depende essencialmente de como se define desenvolvimento. Diversas iniciativas governamentais — e privadas, muitas vezes ilegais — desde os anos 1970 estão centradas na ideia de ocupação do território para atividades agropecuárias e de mineração, além do uso dos rios para geração de energia elétrica, mesmo que isso implique a derrubada descontrolada da floresta. Na região Norte, o desmatamento contínuo, que já consumiu 20% da área original da floresta no Brasil, afeta negativamente o clima regional, com impacto no continente e no restante do planeta.


     A floresta amazônica exerce um papel fundamental na chamada química atmosférica: é uma gigantesca fonte de vapor d’água, que leva chuva da região Norte até a bacia do rio da Prata, favorecendo, por exemplo, a atividade agropecuária da região Centro-Oeste. Um estudo mostra que o desmatamento total ou parcial das três grandes florestas tropicais do mundo — a da bacia do Congo e a do Sudeste Asiático, além da amazônica, a maior delas — causaria um aumento da temperatura do planeta de 0,7 °C, o que equivale a boa parte do aquecimento gerado pela ação humana desde a Revolução Industrial.


   O ecossistema rico e delicado da Amazônia demanda um modelo de desenvolvimento próprio que privilegie as particularidades da floresta, aproveitando sua imensa biodiversidade e respeitando a população local — indígenas, ribeirinhos e moradores das cidades. A discussão deve contemplar questões como o manejo sustentável de recursos como pesca, madeira e frutos, a oferta de infraestrutura para seus habitantes (na região que concentra 20% de água doce de toda a Terra, 30% da população não tem acesso à água potável e 87% vive sem coleta de esgoto), o combate ao desmatamento ilegal, a grilagem de terras públicas, entre outros pontos. A ciência tem a contribuir no estudo da biodiversidade; na domesticação de espécies nativas com relevância comercial; e na recuperação de pastagens abandonadas para uso em uma agricultura mais tecnológica e uma pecuária mais intensiva, ou realizada em floresta.


Alexandra O. de Almeida. Revista Pesquisa FAPESP, edição 285, nov./2019 (com adaptações).

Em relação ao texto CB1A1 e a seus aspectos linguísticos, julgue o item seguinte.

Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a expressão “por exemplo” poderia ser deslocada para o final do primeiro período do segundo parágrafo, da seguinte forma: ... favorecendo a atividade agropecuária da região Centro-Oeste, por exemplo.
Alternativas
Q3281728 Português

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 



     A pobreza existe em toda parte, mas sua definição é relativa a uma determinada sociedade. Estamos lidando com uma noção historicamente determinada. É por isso que comparações entre diferentes séries temporais frequentemente levam à confusão. A combinação de variáveis, assim como sua definição, muda ao longo do tempo; a definição dos fenômenos resultantes também muda.


      De que adianta afirmar que um indivíduo é menos pobre agora, em comparação à situação de dez anos atrás, ou que é menos pobre na cidade em comparação à sua situação no campo, se esse indivíduo já não possui o mesmo padrão de valores — inclusive no que se refere aos bens materiais? A única medida válida é a atual, dada pela situação relativa do indivíduo na sociedade a que pertence.


    Segundo Bachelard, é mais importante compreender um fenômeno do que medi-lo. A medida da pobreza é dada, antes de mais nada, pelos objetivos que a sociedade determinou para si própria. É inútil procurar uma definição numérica para uma realidade cujas dimensões — agora e no futuro — serão definidas pela influência recíproca dos fatores econômicos e sociais peculiares a cada país. Além do mais, um indivíduo não é mais pobre ou menos pobre apenas porque consome um pouco menos ou um pouco mais.


    A definição de pobreza deve ir além das pesquisas estatísticas, para situar o homem na sociedade global à qual pertence, porquanto a pobreza não é apenas uma categoria econômica, mas também — e acima de tudo — uma categoria política. Estamos lidando com um problema social.


    Há, na verdade, diferentes tipos de pobreza, tanto em nível internacional quanto dentro de cada país. Por isso, não faz sentido procurar uma definição matemática ou estática. Conforme acentuou L. Buchanan, “o termo ‘pobreza’ não só implica um estado de privação material como também um modo de vida — e um conjunto complexo e duradouro de relações e instituições sociais, econômicas, culturais e políticas criadas para encontrar segurança dentro de uma situação insegura”.


(Adaptado de: SANTOS, Milton. Pobreza Urbana. 3ão Paulo: Edusp, 3.ed., 2009, pp. 18-19) 


A definição de pobreza deve ir além das pesquisas estatísticas para situar o homem na sociedade global à qual pertence, porquanto a pobreza não é apenas uma categoria econômica, mas também uma categoria política acima de tudo.
Uma nova redação para o trecho acima, em que se mantêm a correção e, em linhas gerais, o sentido original, encontra-se em:  
Alternativas
Respostas
1: A
2: D
3: C
4: C
5: E
6: E
7: C
8: C
9: D
10: A
11: D
12: E
13: C
14: A
15: C
16: A
17: C
18: C
19: C
20: B