Questões de Português - Redação - Reescritura de texto para Concurso

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Ano: 2010 Banca: FEPESE Órgão: SEFAZ-SC
Q1233319 Português
S.O.S. Português
O sistema ortográfico em português é misto, ou seja, algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético – a pronúncia –, enquanto outras são escritas com base na etimologia. Obsessão, obcecar e obcecado são exemplos de palavras que seguem o critério etimológico, pois obedecem à grafia latina, de onde provieram. Ocorre que obcecado e obsessão não têm a mesma origem, ou seja, não provêm da mesma raiz latina, diferentemente de obcecar e obcecado. [...] Em síntese, obcecado e obsessão têm origens diversas, daí as grafias diferentes.
Outras palavras da língua portuguesa costumam despertar esse mesmo tipo de dúvida, como acender (atear fogo) e ascender (subir). A primeira provém do latim accendere, e a segunda do latim ascendere. As duas têm exatamente a mesma pronúncia, mas são escritas de modo diferente porque a raiz delas não é a mesma. A melhor maneira de ter certeza sobre a grafia de uma palavra, então, é a consulta a um bom dicionário, em que se encontra também a origem dela.
TERRA, Ernani. Nova Escola. São Paulo: Abril, p. 22, mar. 2010.
Considere as afirmativas abaixo, relacionadas ao Texto.  
1. Na frase “Outras palavras da língua portuguesa costumam despertar esse mesmo tipo de dúvida…”, a palavra sublinhada funciona como um substantivo, porque pode aceitar o artigo definido, como no exemplo: “o despertar da dúvida”.
2. Na frase “…algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético – a pronúncia –, enquanto outras são escritas com base na etimologia.” ocorre um caso de ambiguidade, pela omissão do termo “palavras”, na segunda oração, permitindo que se dê ao enunciado interpretações alternativas.
3. Se o primeiro período do texto fosse reescrito como segue: “O sistema ortográfico em português é misto: algumas palavras são grafadas de acordo com o critério fonético, a pronúncia, enquanto outras são escritas com base na etimologia.”, ele estaria pontuado corretamente, de acordo com as regras da gramática normativa.
4. Se o sujeito (sublinhado) das orações do seguinte período “Ocorre que obcecado e obsessão não têm a mesma origem, ou seja, não provêm da mesma raiz latina…” fosse substituído por “obsessão”, a grafia dos demais elementos da frase resultante não se alteraria.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Peruíbe - SP
Q1232729 Português
De princípio a interessou o nome da aeronave: não “zepelim” nem dirigível; o grande fuso de metal brilhante chamava-se modernissimamente blimp. Pequeno como um brinquedo, independente, amável. A algumas centenas de metros da sua casa ficava a base aérea dos soldados americanos e o poste de amarração dos dirigíveis. E de vez em quando eles deixavam o poste e davam uma volta, como pássaros mansos que abandonassem o poleiro num ensaio de voo. Assim, aos olhos da menina, o blimp1 existia como um animal de vida própria; fascinava-a como prodígio mecânico que era, e principalmente ela o achava lindo, todo feito de prata, librando-se2 majestosamente pouco abaixo das nuvens. Não pensara nunca em entrar nele; não pensara sequer que pudesse alguém andar dentro dele. Verdade que via lá dentro umas cabecinhas espiando, mas tão minúsculas que não davam impressão de realidade. O seu primeiro contato com a tripulação do dirigível começou de maneira puramente ocasional. Acabara o café da manhã; a menina tirara a mesa e fora à porta que dá para o laranjal, sacudir da toalha as migalhas de pão. Lá de cima um tripulante avistou aquele pano branco tremulando entre as árvores espalhadas e a areia, e o seu coração solitário comoveu-se. Vivia naquela base como um frade no seu convento – sozinho entre soldados e exortações patrióticas. E ali estava, juntinho ao oitão da casa, sacudindo um pano, uma mocinha de cabelo ruivo. O marinheiro agitou-se todo com aquele adeus. Várias vezes já sobrevoara aquela casa, vira gente entrando e saindo; e pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens, quão indiferentes passam entre si, cada um trancado na sua vida. Ele estava voando por cima das pessoas, vendo-as e, se algumas erguiam os olhos, nenhuma pensava no navegador que ia dentro; queriam só ver a beleza prateada vogando pelo céu. Mas agora aquela menina tinha para ele um pensamento, agitava no ar um pano, como uma bandeira; decerto era bonita – o sol lhe tirava fulgurações de fogo do cabelo. Seu coração atirou-se para a menina num grande impulso agradecido; debruçou-se à janela, agitou os braços, gritou: “Amigo!, amigo!” – embora soubesse que o vento, a distância, o ruído do motor não deixariam ouvir-se nada. Gostaria de lhe atirar uma flor, um mimo. Mas que podia haver dentro de um dirigível da Marinha que servisse para ser oferecido a uma pequena? O objeto mais delicado que encontrou foi uma grande caneca de louça branca, pesada como uma bala de canhão. E foi aquela caneca que o navegante atirou; atirou, não: deixou cair a uma distância prudente da figurinha iluminada, num gesto delicado, procurando abrandar a força da gravidade, a fim de que o objeto não chegasse sibilante como um projétil, mas suavemente, como uma dádiva.
(Os cem melhores contos brasileiros do século. Org. Italo Moriconi – Objetiva, 2001. Adaptado) 1. blimp: dirigível 2. librando-se: flutuando, equilibrando-se 3. vogando: flutuando
Considere a frase elaborada a partir de ideias do segundo parágrafo.
Lá de cima, depois que o tripulante ________________ aquele pano branco tremulante, seu coração solitário comoveu-se, pois _____________ naquela base militar recluso como um religioso em um convento.
Para que a frase mantenha o sentido do texto, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, pelas formas verbais:
Alternativas
Q1232181 Português
Pais e filhos: tão perto, tão longe Valdeli Vieira
    A sociedade contemporânea se assenta, segundo vários pensadores das ciências humanas, por uma polaridade: de um lado o excesso, de outro a falta. No entanto, há muitos anos a psicanálise nos ensina: todo excesso esconde uma falta. Vivemos um momento sócio-histórico de excessos de trabalho, compromissos, desejos, expectativas e estímulos que atingem indistintamente crianças, adolescentes e adultos.   Vivemos ocupados, com agendas cheias de cursos, reuniões, compromissos e atividades extracurriculares. Não há tempo a perder e nunca antes tivemos tanto a sensação de estarmos correndo em busca do tempo perdido. A excelência de desempenho acompanha a todos na escola, no trabalho, nos demais ambientes em que estamos inseridos. Estamos conectados permanentemente e devemos estar disponíveis todo o tempo.     Esse ambiente de estimulação e exigências constantes, no qual às vezes damos conta das demandas que nos são impostas por nós mesmos ou pelo outro, e outras vezes não, tem uma única consequência a todos: a exaustão.     Exaustos, ao chegarmos a casa, só queremos ficar mergulhados no nosso mundo, para de certa forma termos (ainda que na nossa fantasia) uma compensação pelas frustrações enfrentadas ao longo do dia. E é nesse ponto que começamos a nos distanciar do nosso parceiro e dos nossos filhos, porque passamos a nos tornar indisponíveis ao outro.     Educar filhos, formá-los, é tarefa para a vida inteira e exige disposição, tempo, vitalidade e dedicação, e o fato é que, embora na teoria estejamos todos comprometidos com isso, na prática nem sempre estamos dispostos. Terceirizamos essas tarefas para professores, psicólogos, avós e babás. E, quando não temos essas pessoas à disposição, silenciamos as crianças dando-lhes a possibilidade de passar horas diante de alguma telinha: se antes era a televisão, hoje vemos crianças em idades cada vez mais precoces com um Ipad na mão. Não queremos ser perturbados no nosso mundo, no nosso silêncio e, sem percebermos, vamos criando abismos nas nossas relações.
(Valdeli Vieira Pais e filhos: tão perto, tão longe (adaptado) REVISTA E: https://www.sescsp.org.br/online/artigo/13291_PAISEFILHOS. Acesso 10.06.2019)
A alternativa que apresenta o trecho reescrito preservando o sentido das reflexões da autora e o respeito à norma-padrão de emprego da pontuação é:
Alternativas
Ano: 2006 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SP
Q1224525 Português
Acerca do bem e do mal 
  Fulano é “do bem”, Sicrano é “do mal”. Não, não são crianças comentando um filme de mocinho e bandido; são frases de adultos, reiteradas a propósito das mais diferentes pessoas, nas mais diversas situações. O julgamento definitivo e em preto e branco que elas implicam parece traduzir o esforço de adotar, em meio ao caldeirão de valores da sociedade moderna, um princípio básico de qualificação moral e ética. Essa oposição rudimentar revela a necessidade que temos de estabelecer algum juízo de valor para a orientação da nossa própria conduta. Tal busca de discernimento é antiga, e em princípio é legítima: está na base de todas as culturas, dá sustentação a religiões e inspira ideologias, provoca os filósofos, os juristas, os políticos. O perigo está em que o movimento de busca cesse e dê lugar à paralisia dos valores estratificados.
  O exemplo pode vir de cima: quando um chefe de poderosa nação passa a classificar países inteiros como integrantes do “eixo do mal”, está-se proclamando como representante dos que constituiriam o “eixo do bem”. Essa divisão tosca é, de fato, muito conveniente, pois faculta ao mais forte a iniciativa de intervir na vida e no espaço do mais fraco, sob a alegação de que o faz para preservar os chamados “valores fundamentais da humanidade”. Interesses estratégicos e econômicos são, assim, mascarados pela suposta preservação de princípios da civilização. A História já nos mostrou, sobejamente, a que levam tais ideologias absolutistas, que se atribuem o direito de julgar o outro segundo o critério da religião que este professa, do regime político que adota, da etnia a que pertence. A intolerância em relação às diferenças culturais, por exemplo, acaba levando o mais forte à subjugação das pessoas “diferentes” – e mais fracas. É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.   A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é “do mal” traz consigo um dilema: por um lado, não podemos dispensar alguma bússola de orientação ética e moral, que aponte para o que parece ser o justo, o correto, o desejável; por outro lado, se o norteamento dos nossos juízos for inflexível como o teimoso ponteiro, comprometemos de vez a dinâmica que é própria da história e dos valores humanos. Não há, na rota da civilização, leis eternas, constituições que não admitam revisões, costumes inalteráveis. A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida, quando responsável; dispensando-se, porém, a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível fatalidade dos dogmas. Lembrando o instigante paradoxo de um filósofo francês, “estamos condenados a ser livres”. Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo, a escolha entre o que é “do bem” e o que é “do mal” é uma questão sempre viva, que merece ser analisada e enfrentada em suas particulares manifestações históricas. Se assim não for, estará garantido um espaço cada vez maior para a ação dos fundamentalistas de todo tipo.  (Cândido Otoniel de Almeida)
A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida, quando responsável; dispensando-se, porém, a responsabilidade dessa escolha, restará a terrível fatalidade dos dogmas.

Mantêm-se o sentido e a correção da frase caso se substitua
Alternativas
Q1217999 Português
Instrução: Leia atentamente a charge abaixo e responda à questão. 

Em relação a aspectos linguísticos nas falas dos personagens, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) A fala do guri pode ser reescrita corretamente da seguinte maneira: A professora disse que melhoramos em matemática, porém não em leitura. ( ) A segunda parte da fala do homem pode ser reescrita em registro formal da seguinte maneira: Para votar, você precisa conhecer somente os números. ( ) O pronome isso, na primeira parte da fala do homem, retoma a fala do guri. ( ) A fala do guri compõe-se de duas orações, uma principal e outra subordinada.
Assinale a sequência correta.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UFMT Órgão: COREN-MT Prova: UFMT - 2019 - COREN-MT - Administrador |
Q1217934 Português

      A musicoterapia é uma forma de tratamento que utiliza a música para ajudar no tratamento de problemas, tanto de ordem física quanto de ordem emocional ou mental.

      A musicoterapia como disciplina teve início no século 20, após as duas guerras mundiais, quando músicos amadores e profissionais passaram a tocar nos hospitais de vários países da Europa e Estados Unidos, para os soldados veteranos. Logo os médicos e enfermeiros puderam notar melhoras no bemestar dos pacientes.

      De lá para cá, a música vem sendo cada vez mais incorporada às práticas alternativas e terapêuticas. [...]

      O musicoterapeuta pode utilizar apenas um som, recorrer a apenas um ritmo, escolher uma música conhecida e até mesmo fazer com que o paciente crie sua própria música. Tudo depende da disponibilidade e da vontade do paciente e dos objetivos do musicoterapeuta. A música ajuda porque é um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve, e ainda tem, a música em sua vida.

      A música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo, através da pulsação, dá suporte para a improvisação de movimentos, para a expressão corporal, ou seja, respostas motoras.

(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude. Acesso em: 20/09/2019.) 

Em relação a aspectos linguísticos no texto, assinale a afirmativa correta.
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Q1215487 Português
TEXTO

PREFÁCIO DE O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Aldous Huxley

   Todos os moralistas estão de acordo com que o remorso crônico é um sentimento dos mais indesejáveis. Se uma pessoa procedeu mal, arrependa-se, faça as reparações que puder e trate de comportar-se melhor na próxima vez. Não deve, de modo nenhum, pôr-se a remoer suas más ações. Espojar-se na lama não é a melhor maneira de ficar limpo.
“Não deve, de modo nenhum”; a forma de reescrever-se essa frase do texto que tem o mesmo sentido é:
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Ano: 2014 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: Prefeitura de Jucurutu - RN
Q1208527 Português
Relações interpessoais no trabalho
Yeda Oswaldo
No ambiente de trabalho, onde passamos cerca de um terço de nossa vida, é fundamental saber conviver com as pessoas e respeitá-las em suas individualidades. Caso contrário, somente o fato de pensar em ir para o trabalho passa a ser insuportável e sofrível.
A contribuição que é recebida das pessoas no trabalho equivale à forma com que elas são tratadas e respeitadas em suas diferenças e particularidades. Com isso, é possível receber como retorno o apoio e um bom trabalho dos profissionais.
Outro fator de destaque e que merece reflexão é o perfil do líder, que, no processo das relações interpessoais, requer habilidades assertivas, humanizadas e conciliadoras, conduzindo a equipe de forma harmoniosa e coesa. Por outro lado, se o líder for conflituoso, autoritário, isolado, invejoso e soberbo, só acumulará discórdias, desentendimentos e falta de união.
Alguns indivíduos não conseguem lidar com a adversidade nem com opiniões diferentes da sua, deixando-se levar por uma impressão negativa das pessoas, sem ao menos procurar compreendê-las ou conhecê-las. Com esses sujeitos, ficam difíceis a convivência e o diálogo, pois eles se fecham em suas ideias e convicções e se isolam do restante da equipe.
Para que o clima organizacional seja harmonioso e as pessoas tenham um bom relacionamento interpessoal, é necessário que cada um deixe de agir de forma individualizada e egoísta, promovendo relações amigáveis, construtivas e duradouras.
Disponível em:<http://yedaoswaldo.blogspot.com.br/2012/10/relacoes -interpessoais-no-trabalho.html>.Acesso em: 2 ago. 2014.[Adaptado]
Leia o seguinte trecho:
“Alguns indivíduos não conseguem lidar com a adversidade nem com opiniões diferentes da sua, deixando-se levar por uma impressão negativa das pessoas [...]”.
Sem mudar o sentido desse trecho, a expressão destacada pode ser substituída por
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Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEPLAG-DF
Q1207952 Português
Por suas características inerentes ao gênero, a transcrição apresenta repetições de palavras ou trechos, hesitações, sinal de reticências onde o falante faz pausa ao falar, dois-pontos onde alonga um som, estratégias que devem desaparecer na escrita comum, usada no cotidiano. Considere o seguinte trecho de transcrição da fala de uma pessoa entrevistada:
o cinema brasileiro... na década de trinta... o cinema brasileiro foi quase sempre um cinema MARGINAL... o... filme brasileiro foi TRADICIONALMENTE... considerado... pelo comércio cinematográfico... pelos exibidores... pelos donos de filmes... o filme brasileiro foi considerado... um:::... um penetra...
A linguagem culta falada na cidade de São Paulo. Elocuções formais. São Paulo: T. A. Queiroz, 1986, p. 90 (com adaptações).
Ao ser passado para a escrita padrão, o trecho transcrito deverá receber um tratamento de acordo com as regras dessa escrita. Julgue o trecho seguinte, quanto à adequação desse trecho à nova modalidade de texto e às regras da escrita padrão.
O cinema brasileiro, na década de trinta, foi quase sempre um cinema marginal. O filme brasileiro foi, tradicionalmente, considerado, pelo comércio cinematográfico, pelos exibidores, pelos donos de filmes, um penetra.
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Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DETRAN-RS
Q1205533 Português
Da alegria Fico comovido toda vez que ouço o finalzinho da música que Chico Buarque escreveu para a filha recém-nascida, dizendo o seu melhor desejo: “... e que você seja da alegria sempre uma aprendiz...” Haverá coisa maior que se possa desejar? Acho que não. E penso que Beethoven concordaria: ao final de sua maior obra, a Nona Sinfonia, o que o coral canta são versos da “Ode à alegria” de Schiller. Já o filósofo Nietzsche não se envergonhava de tratar desse assunto de tão pouca respeitabilidade acadêmica (em nossas escolas a alegria não é tópico de nenhum currículo), ele dizia que o nosso único pecado original é a falta de alegria. (Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 41)
Ele não se envergonhava de tratar desse assunto tão desprestigiado.
Uma nova e aceitável redação da frase acima, em que se mantenham sua correção e seu sentido básico, será:
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Q1197694 Português
Assinale a alternativa em que a reescrita não modifica o sentido original da sentença “embora conscientes de suas chances menores, disseram que assim sentiam ter mais chances”.
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Q1191470 Português
Texto I

Descaso com saneamento
deixa rios em estado de alerta

          A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d’água azuis se multiplicaram por telhados, lajes e até em garagens. Em regiões mais nobres, jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização de água de reúso. As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções.
       As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspectos, saíram dos setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses corpos de água recebem diariamente.
         É como se não precisássemos de cada gota de água desses rios urbanos e como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de mágica, voltasse a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o luxo de continuar a poluir centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças de veiculação hídrica.
          Dados do monitoramento da qualidade da água – que realizamos em rios, córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
        Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março), com base nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios.

(MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias, abril/2016.)

“A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades paulistas.”

Assinale a opção que indica a forma inadequada de reescrever-se essa frase.
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Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Várzea Paulista - SP
Q1190899 Português
Leia o texto para responder à questão.
A surpresa
Olhar-se ao espelho e dizer-se deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência. Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo.
(Clarice Lispector. Aprendendo a viver. São Paulo, Rocco, 2004) 
O período do texto – A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. – está corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão de pontuação, em: 
Alternativas
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Bragança Paulista - SP
Q1189077 Português
Mas o que é isso?
Outro dia apresentei um dos espetáculos do meu grupo de dança para pessoas com deficiência em um teatro aqui de Brasília e, logo após a apresentação, fizemos um bate-papo com o pessoal que foi assistir.
Entendo que essa ideia de um grupo de dança que mistura pessoas com e sem deficiência no palco ainda é um tanto recente aqui em Brasília e poucas pessoas viram espetáculos assim. Por isso, acho curioso esse bate-papo final. Surgem tantas questões e comentários interessantes que daria para escrever um livro só com eles.
Um dos comentários mais comuns é em relação à superação. As pessoas ficam muito emocionadas e dizem que é muito lindo ver a superação das pessoas com deficiência dançando. Com o passar do tempo e conforme fomos trabalhando, começamos a nos questionar: por que quando eu danço, eu apenas trabalhei e estudei para aprender aquilo e, por isso, estou dançando, mas a pessoa com deficiência superou limites? Ela não pode ter apenas trabalhado muito para adquirir aquele conhecimento, assim como todos nós?
As pessoas também costumam elogiar muito o trabalho dos professores, dizendo que o que a gente faz é maravilhoso. Já chegaram até a dizer que é quase milagroso! Ah, se essas pessoas imaginassem o quanto a gente aprende com nossos alunos que têm deficiência, elas elogiariam o trabalho deles, o esforço deles, pois para a gente não é esforço nenhum estar com eles!
Bom, mas nessa última apresentação surgiram umas perguntas diferentes. Primeiro perguntaram o que é dança para a gente. Bom, o que é dança? Dança é movimento. Como todos nós, que estamos vivos, nos mexemos – pois piscamos, respiramos, nossos corações batem –, todos nós podemos dançar! Dança nada mais é do que fazer poesia com o corpo. E então surgiu a outra pergunta que rendeu um belo debate para o resto da noite: E então, o que é poesia?
O que é poesia? Dentre tantas respostas e discussões, acho que poesia pode ser o que você quiser que seja! O nosso dia, se quisermos, pode ser repleto de poesia! Alguns vão para o trabalho focados apenas no trânsito e em chegar logo, outros vão observando a luz do sol refletida na poça de água que foi formada pela chuva, sorriem e se sentem presenteados quando aquela música que adoram começa a tocar na rádio! Atos corriqueiros, que fazemos sem prestar atenção, um dia, podem nos proporcionar uma experiência nova. Essa experiência pode ser poesia, não pode?
(Clara Braga, www.cronicadodia.com.br, 26.06.2013. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o trecho destacado em – Atos corriqueiros, que fazemos sem prestar atenção, um dia, podem nos proporcionar uma experiência nova. – está corretamente reescrito, seguindo a norma-padrão da língua portuguesa, e sem alteração de sentido.
Alternativas
Q1179287 Português
Leia o texto para responder a questão.

Disciplina

    Qual a diferença entre um atleta excepcional e um medíocre? Entre um artista admirado e um ator anônimo? Entre um sedentário obeso e alguém com uma barriga enxuta e bem definida? Entre uma família próspera e outra com problemas financeiros?
    Nada de sorte, genética ou dom. O que diferencia as conquistas dos fracassos é a dedicação, que pode ser traduzida em disciplina para estabelecer metas e persegui-las.
   A diferença entre sonhar e realizar está na ação que empregamos em direção ao sonho. Já dizia Peter Drucker que a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.
   Enquanto alguns sonham com uma promoção, outros dedicam horas a cursos de especialização para agregar valor a seu currículo.
  Enquanto alguns sonham em viajar para o exterior , outros agendam suas férias e mergulham nas pesquisas de promoções de agências de viagem.
   Planejar é muito mais do que organizar e fazer contas. Envolve questionar, ver e rever suas escolhas, estudar alternativas, debater dúvidas e soluções, enfim, focar em seus objetivos e ajustar regularmente suas ações, com base em novos conhecimentos.
  Esse pacote de ações pode ser traduzido como disciplina. Com ela, ficam mais curtos os caminhos para alcançarmos todos os nossos objetivos, sejam eles profissionais ou não.
  O fato é que cultivar a disciplina em nossa rotina pessoal e familiar pode trazer grandes ganhos.
  Pais disciplinados com a hora das refeições e do banho criam filhos disciplinados em todas as áreas – da alimentação às finanças pessoais –, e que serão mais capazes de plane - jar a superação de adversidades.
 Não se deve confundir, porém, o incentivo à disciplina com a anulação da individualidade e da personalidade. O que não pode servir de desculpa é afirmar que não temos pro - pensão natural à disciplina. Um dia perceberemos que essa desculpa nos custará caro.
(Gustavo Cerbasi. Folha de S.Paulo, 13.09.2010. Adaptado)
Com base na última frase do texto, assinale a alternativa que preserva o sentido original e apresenta a pontuação correta.
Alternativas
Q1178441 Português

Texto


Fuga

(Fernando Sabino)


Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.

    - Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.

Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.

    - Pois então para de empurrar a cadeira.

    - Eu vou embora – foi a resposta.

Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão as suas coisinhas, enrolandoas num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? - a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.

A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão:

    - Viu um menino saindo desta casa? – gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.

    - Saiu agora mesmo com a trouxinha – informou ele.

Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o botão, o pedaço de biscoito e – saíra de casa prevenido – uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à Avenida, como disposto a atirar-se diante do ônibus que surgia a distância.

    - Meu filho, cuidado!

O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o braço como a um animalzinho:

    - Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito, comovido.

- Deixa eu descer, papai. Você está me machucando.

Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:

     - Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai.

    - Me larga. Eu quero ir embora.

Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa.

    - Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.

    - Fico, mas vou empurrar esta cadeira.

E o barulho recomeçou. 

Assinale a opção que apresenta uma forma reescrita do trecho abaixo na qual, alterando-se a pontuação, ocorra também alteração de sentido.


“Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de

lhe dar umas palmadas:” (15º§)

Alternativas
Q1176633 Português

Texto para o item. 




Elisa Campos Machado. Bibliotecas comunitárias como prática
social no Brasil. 2008. Tese (Doutorado em Ciência
da Informação), Escola de Comunicações e Artes,
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2008,
p. 77‐78. Internet: <www.teses.usp.br>
(com adaptações).



Julgue o item em relação aos aspectos linguísticos do texto.


Prejudica a correção gramatical a inserção, antes de “A partir de 2003,” (linha 8), da forma verbal Foi, mesmo com a adaptação da letra inicial “A” para a, além da substituição da vírgula por que.



Alternativas
Q1174335 Português
Brasil conquista 3 bronzes na Olimpíada Internacional de Astrofísica



Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144968-brasil-conquista-tres-bronzes-olimpiada-internacional-astrofisica.htm/. Acesso em: 28/11/2019




Assinale a única alternativa em que o trecho abaixo, retirado do Texto, mantém o mesmo sentido que apresenta em sua forma original.


“Dos dias 2 a 10 deste mês, 254 estudantes de 47 países foram submetidos a provas práticas, teóricas e de análise de dados.” (l. 5-6)

Alternativas
Q1166596 Português

Pessoas instáveis são mais propensas ao uso excessivo do celular


      Embora ainda não exista um consenso sobre a existência ou não da dependência em smartphones, ninguém pode negar que o uso excessivo pode trazer problemas. E um novo estudo encontrou um grupo especialmente propenso a cair nessa cilada: pessoas consideradas instáveis emocionalmente.

      A pesquisa foi feita por uma equipe de psicólogos da Universidade de Derby e da Universidade Nottingham Trent por meio de um questionário on-line com 640 usuários de smartphones de idades entre 13 e 69 anos. O que mais chamou a atenção dos autores foi o fato de que, à medida que os níveis de ansiedade aumentam em um indivíduo, mais ele usa seu smartphone – até como forma de tentar se sentir melhor.

      Alguns especialistas acreditam que o uso do celular pode ser benéfico ao permitir a interação com outras pessoas, mas esse não se mostrou o caso no estudo. É que os usuários mais propensos a um uso excessivo do celular eram justamente aqueles mais “fechados” em relação aos seus sentimentos e emoções.

      “Eles podem estar envolvidos em uso passivo da rede social – que ocorre quando você passa muito tempo no Facebook, Twitter e Instagram vendo comentários, fotos e postagens de outras pessoas, e não publicando nada próprio nem se envolvendo em conversas. Então, não há uma interação social positiva real nas redes sociais para essas pessoas”, diz Zaheer Hussain, um dos autores do estudo.

(Adaptado de: PRADO, Ana. Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br)

Alguns especialistas acreditam que o uso do celular pode ser benéfico (...), mas esse não se mostrou o caso no estudo.


Esse trecho está reescrito com o sentido preservado e conforme a norma-padrão da língua em:

Alternativas
Q1164769 Português

      Uma declaração política que definiu uma geração, uma epifania de paz, três caóticos dias que transformaram a história da música: os símbolos que cercam Woodstock são muitos, e às vezes é difícil separar o mito da realidade. O festival tem um peso cultural significativo, mas o legado de meio milhão de jovens festejando na chuva é menos sentido como uma subcultura revolucionária e mais como um clichê da cultura pop.

      Em 1969, a sociedade americana estava se recuperando de vários acontecimentos, entre eles os protestos contra a guerra do Vietnã, os distúrbios raciais e os assassinatos de figuras como Martin Luther King e Robert Kennedy, o que implicitamente colocou a paz e o amor de Woodstock como antídoto contra a raiva. “O estado de ânimo no país era um pouco como hoje. Havia uma sensação de violência, de verdadeiro ódio e divisão”, disse Martha Bayles, acadêmica do Boston College.

      Apesar de o Woodstock ter incluído canções de protesto, Bayles descartou a noção popular de que o festival foi político, o que considera um “mal-entendido”. “Nem o movimento contra a guerra, nem o movimento do poder negro… ninguém desse lado viu o Woodstock como algo além de uma piada”. “Foi visto pela militância política mais rígida como algo bobo e autoindulgente”.

      A artista mais ativa politicamente do evento foi Joan Baez, que recorda Woodstock como “um festival de alegria”. Os três dias “foram algo importante, mas não uma revolução”, disse ao jornal The New York Times. “Uma revolução ou mesmo uma mudança social não acontecem sem a vontade de correr riscos. E o único risco em Woodstock era não ser convidado para o evento”, afirmou.

(“Cinco décadas depois de Woodstock, ainda é difícil separar o mito da realidade”. AFP, https://gauchazh.clicrbs.com.br, 14.08.2019. Adaptado)

“O estado de ânimo no país era um pouco como hoje. Havia uma sensação de violência, de verdadeiro ódio e divisão…” (2° parágrafo)


Ao reescrever esse trecho do texto, mantém-se a correção, conforme a norma-padrão da língua, e preserva-se o sentido original com a substituição do ponto final pela vírgula e da forma verbal destacada por:

Alternativas
Respostas
1261: B
1262: E
1263: B
1264: E
1265: A
1266: A
1267: A
1268: C
1269: C
1270: A
1271: B
1272: C
1273: B
1274: A
1275: B
1276: B
1277: E
1278: D
1279: B
1280: C