Questões de Português - Regência para Concurso

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Q2233513 Português
Está CORRETO o emprego dos elementos sublinhados em:
Alternativas
Q2233500 Português
O presságio de minha sogra

    Dizem que Clara era a alegria em pessoa. Fazia amizades no clube, na igreja e até na parada de ônibus. Todos a conheciam pela erudição e simpatia. Foi professora e catequista.
     Ela faleceu de fulminante leucemia duas semanas depois do meu início de namoro com Beatriz.
     Eu somente tive a alegria de falar com ela por telefone. Foi meio de susto. Estávamos no saguão de um teatro em São Paulo. Beatriz falava com sua mãe ao celular enquanto eu esperava que terminasse a ligação para procurar nossos assentos, e ela, do nada, me passou o aparelho:
      — Minha mãe quer falar com você!
      Eu estranhei, já que o gesto era meio precoce para um relacionamento que recém havia começado. Parecia uma oficialização do namoro antes da hora, antes do pedido formal entre nós.
    Fiquei sabendo que a sogra lia meus textos e que meu livro pousava como predileto na sua cabeceira. Talvez viesse estudando o temperamento do futuro genro.
      A ligação foi profética, nem um pouco comum e banal. Até hoje, lembro-me exatamente do que ouvi. Ela me encorajou, ela me incentivou, ela me amparou. Não se restringiu a uma troca amistosa de palavras entre dois desconhecidos. Existia uma mensagem poderosa sendo ditada para mim:
      — Você é um sonhador, Fabrício. Você enxerga longe. Leve Beatriz para seus sonhos: ela está precisando de uma nova realidade.
       Pego de surpresa com tamanha intimidade, eu apenas consenti, apenas aceitei a missão: “Pode deixar!”.
        Aquilo mexeu comigo por dentro. Como alguém que não me conhecia me conhecia tão bem?
       Nunca iria imaginar que seria o nosso primeiro e último diálogo. Mas, possivelmente, eu senti algo de diferente no ar. Um aviso do destino.
       Fiquei transtornado naquela noite. Beatriz questionou meu olhar perdido. Era um olhar voando para longe.
        Na manhã seguinte, eu acordei e logo a chamei para conversar:
        — Não sei explicar, mas a sua mãe precisa de você. Volte para Belo Horizonte hoje.
     Beatriz não entendeu a urgência. Ela ficaria em São Paulo por mais uma semana, de férias. Imaginou que Clara tivesse dito algo para mim em particular.
        — De onde isso? 
        Esclareci que se tratava de um pressentimento, não existiu nenhuma confidência.
      O mais incrível é que Beatriz acatou o meu conselho. Confiou em mim. Trocou as passagens e chegou à capital mineira na mesma noite. Voltei para Porto Alegre, onde morava.
        Ao desembarcar, Beatriz descobriu que a mãe não se encontrava em casa. Havia sido internada no hospital por tontura e fraqueza naquele dia. 
      Ela teve a chance de se despedir de sua mãe, de permanecer ao lado dela nos seus últimos momentos. Pôde cuidá-la, viver mais um pouco o seu brilho para se abastecer de saudade e não sofrer da culpa da distância.
          Eu compareci ao enterro, já como namorado de Beatriz.
          Coloquei a minha mão no caixão e reafirmei a promessa para Clara:
      — Pode deixar comigo. Vá em paz, minha sogra sonhadora!

(Fonte: Fabrício Carpinejar — adaptado.)
Em “Como alguém que não me conhecia me conhecia tão bem?”, se a primeira ocorrência de “me conhecia”, destacada em itálico, for substituída por “confiava”, o trecho sublinhado deverá assumir a seguinte redação: 
Alternativas
Q2233497 Português
O presságio de minha sogra

    Dizem que Clara era a alegria em pessoa. Fazia amizades no clube, na igreja e até na parada de ônibus. Todos a conheciam pela erudição e simpatia. Foi professora e catequista.
     Ela faleceu de fulminante leucemia duas semanas depois do meu início de namoro com Beatriz.
     Eu somente tive a alegria de falar com ela por telefone. Foi meio de susto. Estávamos no saguão de um teatro em São Paulo. Beatriz falava com sua mãe ao celular enquanto eu esperava que terminasse a ligação para procurar nossos assentos, e ela, do nada, me passou o aparelho:
      — Minha mãe quer falar com você!
      Eu estranhei, já que o gesto era meio precoce para um relacionamento que recém havia começado. Parecia uma oficialização do namoro antes da hora, antes do pedido formal entre nós.
    Fiquei sabendo que a sogra lia meus textos e que meu livro pousava como predileto na sua cabeceira. Talvez viesse estudando o temperamento do futuro genro.
      A ligação foi profética, nem um pouco comum e banal. Até hoje, lembro-me exatamente do que ouvi. Ela me encorajou, ela me incentivou, ela me amparou. Não se restringiu a uma troca amistosa de palavras entre dois desconhecidos. Existia uma mensagem poderosa sendo ditada para mim:
      — Você é um sonhador, Fabrício. Você enxerga longe. Leve Beatriz para seus sonhos: ela está precisando de uma nova realidade.
       Pego de surpresa com tamanha intimidade, eu apenas consenti, apenas aceitei a missão: “Pode deixar!”.
        Aquilo mexeu comigo por dentro. Como alguém que não me conhecia me conhecia tão bem?
       Nunca iria imaginar que seria o nosso primeiro e último diálogo. Mas, possivelmente, eu senti algo de diferente no ar. Um aviso do destino.
       Fiquei transtornado naquela noite. Beatriz questionou meu olhar perdido. Era um olhar voando para longe.
        Na manhã seguinte, eu acordei e logo a chamei para conversar:
        — Não sei explicar, mas a sua mãe precisa de você. Volte para Belo Horizonte hoje.
     Beatriz não entendeu a urgência. Ela ficaria em São Paulo por mais uma semana, de férias. Imaginou que Clara tivesse dito algo para mim em particular.
        — De onde isso? 
        Esclareci que se tratava de um pressentimento, não existiu nenhuma confidência.
      O mais incrível é que Beatriz acatou o meu conselho. Confiou em mim. Trocou as passagens e chegou à capital mineira na mesma noite. Voltei para Porto Alegre, onde morava.
        Ao desembarcar, Beatriz descobriu que a mãe não se encontrava em casa. Havia sido internada no hospital por tontura e fraqueza naquele dia. 
      Ela teve a chance de se despedir de sua mãe, de permanecer ao lado dela nos seus últimos momentos. Pôde cuidá-la, viver mais um pouco o seu brilho para se abastecer de saudade e não sofrer da culpa da distância.
          Eu compareci ao enterro, já como namorado de Beatriz.
          Coloquei a minha mão no caixão e reafirmei a promessa para Clara:
      — Pode deixar comigo. Vá em paz, minha sogra sonhadora!

(Fonte: Fabrício Carpinejar — adaptado.)
Em “Beatriz falava com sua mãe ao celular”, o verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do sublinhado está na frase:
Alternativas
Q2230180 Português
Menino de Lapedo: o esqueleto que reforça teoria de que neandertais e humanos cruzaram

No Lagar Velho, no vale do Lapedo, a cerca de 150 km de Lisboa, foi descoberto em 1998 o esqueleto conhecido como menino de Lapedo. Com cerca de 4 anos, foi enterrado nesse local em Portugal há cerca de 29 mil anos. Algo diferente em seu corpo chamou a atenção dos arqueólogos que começaram a escavar o local. “Havia algo estranho na anatomia da criança. Quando encontramos a mandíbula, sabíamos que seria um humano moderno, mas quando expusemos o esqueleto completo (...) vimos que tinha as proporções corporais de um Neandertal”, explicou à BBC João Zilhão, arqueólogo e líder da equipe que trabalhou na descoberta. “A única coisa que poderia explicar essa combinação de características é que a criança era, de fato, evidência de que os neandertais e os humanos modernos se cruzaram.”

Esqueleto quase intacto

A comunidade à qual o menino pertencia era de caçadores-coletores e de natureza nômade. Conforme explicou à BBC Reel a arqueóloga Ana Cristina Araújo, quando o menino morreu, o grupo cavou um buraco no chão, queimou um galho de pinheiro e depositou seu corpo envolto em uma mortalha tingida de ocre sobre as cinzas. “Não sabemos (com certeza) se era menino ou menina, mas há indícios de que era menino.” Sobre a causa da morte, a arqueóloga diz que não há pistas que apontem para uma doença ou queda. Portanto, é possível imaginar uma diversidade de cenários. “O menino pode ter comido um cogumelo venenoso ou pode ter se afogado.” Seu corpo permaneceu enterrado por milênios até que, em 1998, foi descoberto por acaso e estava com o esqueleto quase intacto quando os donos do terreno começaram a escavar para construir uma série de estruturas em terraços. Depois de transferido para o Museu Nacional de Lisboa, começaram a estudá-lo detalhadamente. “Os ossos das pernas eram mais curtos do que o normal para uma criança da idade dele. Como as pernas poderiam parecer de um neandertal? Alguns dentes também pareciam de um neandertal, enquanto outros pareciam de um humano moderno. Como explicar isso?”, questionou Zilhão. Os pesquisadores lidaram com duas hipóteses. Uma delas era que a criança era o resultado de um cruzamento entre um neandertal e um humano moderno. Zilhão, porém, não se convenceu disso. Se esse foi um evento único, raro e esporádico, a possibilidade de encontrá-lo 30 mil anos depois era quase impossível. A segunda hipótese sugeria que os neandertais e os sapiens mantinham relações sexuais regulares entre si. “Sabíamos que na Península Ibérica o momento do contato (entre os dois) foi (...) há cerca de 37 mil anos. Se o esqueleto pertencesse a essa época, a primeira teoria poderia funcionar. Mas se o menino era de um período muito mais tardio, as implicações tinham que ser que estávamos olhando para um processo em nível populacional, não um encontro casual entre dois indivíduos”, diz Zilhão. A datação por radiocarbono resolveu a questão: a criança de Lapedo tinha 29 mil anos. “Se tantos milênios após o tempo de contato, as pessoas que vivem nesta parte do mundo ainda apresentam evidências anatômicas dessa população ancestral de neandertais, deve ser porque o cruzamento não aconteceu apenas uma vez, foi a norma”, apontou o arqueólogo. A força das evidências encontradas pela equipe em Portugal fez com que outros especialistas tivessem que considerar seriamente essa hipótese. Graças a essa descoberta, houve uma mudança em nossa compreensão dos neandertais como espécie. A pesquisa dá a entender que os neandertais não são uma espécie diferente. “Nós superinterpretamos pequenas diferenças no esqueleto facial ou na robustez do esqueleto”, diz Zilhão. Outras descobertas de fósseis feitas posteriormente com características semelhantes às do menino de Lapedo deram mais peso à teoria do cruzamento, que mais tarde foi reforçada quando os pesquisadores sequenciaram todo o genoma neandertal. É assim que sabemos que é possível que europeus e asiáticos tenham até 4% de DNA neandertal. “Isso não quer dizer que em cada um de nós 2% ou 4% seja (neandertal). Na verdade, se você juntar todas as partes do genoma neandertal que ainda persistem, isso é quase 50% ou 70% do que era especificamente neandertal. Portanto, o genoma neandertal persistiu quase em  sua totalidade”, explica o pesquisador. Esse conhecimento “enriquece a nossa compreensão da evolução humana”, diz Zilhão, em vez de “pensar que apenas descendemos de uma população muito pequena que viveu em algum lugar da África há 250 mil anos e que todo o resto das pessoas que viveram nessa época simplesmente desapareceram.” 


BBC News
Considere as sentenças:
I. Tenho medo de fantasmas. II. Ele sofria de alergia a camarão desde criança. III. A turma tinha admiração pela professora.
Em relação à regência nominal, assinale a alternativa que apresenta, para cada uma das sentenças dadas, os termos regentes e seus respectivos termos regidos. 
Alternativas
Q2229726 Português
A norma-padrão de regência verbal e nominal foi observada em:
Alternativas
Respostas
511: E
512: D
513: E
514: A
515: A