Questões de Concurso Sobre regência em português

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Q687191 Português

SONETO DA HORA FINAL

              Vinícius De Morais 

Será assim, amiga! Um certo dia

Estando nós a contemplar o poente

Sentiremos no rosto de repente

O beijo leve de uma aragem fria. 


Tu me olharás silenciosamente

E eu te olharei, também, com nostalgia.

E partiremos tontos de poesia

Para a porta de treva aberta em frente.


Ao transpor as fronteiras do Segredo

Tu calma me dirás: Não tenhas medo.

E eu calmo te direi: Sê forte.


E como dois antigos namorados

Noturnamente tristes e enlaçados

Nós entraremos nos jardins da morte.

Observando a regência verbal, marque a única alternativa CORRETA:
Alternativas
Q685866 Português
Com o uso do verbo preferir, é correta a regência verbal em
Alternativas
Q685458 Português
    A rapidez da Internet e o fácil acesso à troca de informação começam a tornar obrigatória uma revisão das relações trabalhistas. Hoje bastam um computador e uma conexão wi-fi para estabelecer uma relação profissional. Munidos de smartphones, tablets e notebooks, profissionais passam a trabalhar de qualquer lugar, seja em casa, seja no parque ou no escritório – ambiente cada vez mais descartável. É uma mudança radical, já nomeada de “revolução do emprego flexível”. O risco, para os críticos desse movimento, pode ser o início de uma peleja entre empregadores e funcionários, com a deterioração das condições de trabalho. A cada ano, a adoção desse novo método aumenta em até 70%, em substituição à forma tradicional de bater ponto.
    O economista inglês Guy Standing, autor de O Precariado: a Nova Classe Perigosa, livro sobre as atuais condições instáveis de trabalho, afirma que o novo método tem espalhado insegurança. Ele calcula que, em cinco anos, uma em cada três relações trabalhistas será realizada on-line. Para Standing, é urgente achar uma forma de fazer a transição sem que, no caminho, funcionários tenham direitos desrespeitados.
   Já os defensores do trabalho on-line apostam que a transformação aliviará crises de desemprego, eliminará a ideia de escassez de mão de obra e fundará o conceito de meritocracia global. Funcionários não serão avaliados por quão bem se relacionam com chefes. No trabalho on-line, ninguém tem rosto e, por isso, todos passam a ser julgados apenas pela eficiência. Gostemos ou não, é irreal combatê-lo. Nas palavras do escritor George Bernard Shaw: “O homem razoável se adapta ao mundo; o insensato persiste em tentar adaptar o mundo a ele.”
(Veja. 28.10.2015. Adaptado)
As lacunas da frase “O homem provido de razoabilidade adapta-se________ circunstâncias; os que resistem ________ elas persistem em _______adaptadas a eles.” estão, correta e respectivamente, preenchidas, de acordo com a norma-padrão, em:
Alternativas
Q684704 Português
Txt: o futuro do app?
Luli Radfahrer

O futuro é mesmo imprevisível. Enquanto muita gente sonha com carros voadores e realidades aumentadas, as mensagens de texto persistem, telegráficas. O protocolo de troca de mensagens curtas (Short Message Service, ou SMS em inglês), criado em 1992 e a princípio usado apenas por adolescentes para se exprimir por meio de siglas – LOL, VDD, CTZ, OMG, AMG, FTW, SDDS, FLW, BJS, CMG, BFF etc. – cresceu. Serviço indispensável nos dispositivos móveis, a troca de bilhetes digitais é considerada por muitos mais importante do que a própria chamada de voz.

Ao misturar conveniência, simplicidade e disponibilidade, o texto se tornou sinônimo de comunicação em tempo real. Sua popularidade é tamanha que, em 2010, o serviço era o que mais transferia dados pela rede, usado por cerca de 80% dos usuários de telefones móveis. Daí surgiu o smartphone. E, com ele, muitos se apressaram a decretar a morte de um serviço tão primário. No entanto, apesar do crescimento de outros canais de comunicação por voz e vídeo, o envio de mensagens de texto, seja por SMS ou por aplicativos baseados na internet, como WhatsApp, Facebook Messenger, Apple iMessage e Skype (que tenta recuperar o sucesso que um dia teve o MSN Messenger) ainda é muito popular.

Por mais que a tecnologia pareça antiquada em tempos de conexão 4G e streaming de vídeo, a troca de bilhetinhos se tornou parte essencial da vida contemporânea. A interação é intuitiva, rápida, divertida, íntima, descritiva e consistente, de forma que a voz e outras interfaces dificilmente conseguem ser. Ela funciona bem tanto em comunicações individuais quanto para enviar mensagens para grupos, mandar alertas ou compartilhar links. Conteúdos escritos por esse meio podem ser facilmente classificados, organizados, traduzidos, copiados, pesquisados, citados e consumidos em velocidades diferentes. Em um mundo hiperconectado, o texto é, quem diria, o sinônimo de comunicação assíncrona.

A natureza das mensagens de texto é diferente da conversa por telefone: seu formato, velocidade e discrição são adequados para pequenas explosões de comunicação funcional, mais do que para conversas extensas. Ampliadas pelo uso de emojis, elas permitem uma relação de natureza instintiva, quase telepática, que pode ocorrer simultaneamente com outros tipos de comunicação, alguns até ao vivo. Ferramentas de conversação são tecnologias sociais, em que as regras de etiqueta e os códigos do grupo costumam ser mais importantes do que os recursos tecnológicos. Um dos motivos de seu enorme sucesso em um ambiente de assistentes virtuais como Siri e Google Now está no conteúdo de mensagens que podem não ser adequadas ao vivo. O texto é rápido, privativo e poderoso, tanto que a melhor alternativa para ele até hoje ainda tem sido outra forma de texto.

Aplicativos de troca de mensagens em vídeo, como Skype, Vine e SnapChat, buscam ser o próximo passo. Eles tentam criar uma comunicação mais intensa, que valorize tons de voz, expressões faciais e linguagem corporal para exprimir sutilezas em que o texto não é fluente. Apesar de seu sucesso em determinados grupos e faixas etárias, até hoje não conseguiram atingir uma parcela da popularidade do singelo texto. O velho SMS, de tão seguro e confiável, se transformou em uma ferramenta poderosa de autenticação, usado por vários serviços para garantir a identidade e a segurança de seus usuários. Ele é usado até por tecnologias extremamente inovadoras como a comunicação máquina a máquina (M2M), que usa o protocolo para envio de dados de telemetria para usuários e centros de controle a partir de lugares em constante movimento ou cuja conexão de dados não seja confiável. Há até quem aposte no texto como alternativa para um mundo pós-apps. Diferentemente de interfaces que criam regras de interação a cada serviço, website ou aplicativo, conversas baseadas em texto são confortavelmente familiares. Na China, o popular WeChat incorpora muita interação na interface do aplicativo. Pode-se falar com serviços públicos, empresas e marcas na mesma tela com que se conversa com os amigos ou com o chefe.

Bancos, concessionárias de telefonia, jornais, hospitais, lojas e serviços públicos podem ser consultados dessa forma, em busca de transações imediatas de forma bem prática. Seus usuários consultam saldos, pagam cartões, enviam dinheiro, pedem táxis, reservam mesas em restaurantes e acompanham a entrega de pedidos comprados on-line em simples conversas. Algumas vezes a interação é feita por um ser humano, outras por um robô, outras por um sistema de menus. Tudo da forma mais natural e transparente possível. Pode soar estranho interagir com o banco por texto, mas a realidade é que essa troca de mensagens é mais confortável, mesmo que às vezes seja inconveniente. E é certamente mais fácil, segura e familiar do que os complicados aplicativos de hoje e suas camadas múltiplas de senhas e tokens. Imagine a simplicidade de mandar mensagens como "pague o condomínio" ou "mande R$ 1500 para minha mãe" comparado com a forma com que tais serviços são feitos hoje. De certa forma, essa é a maneira como os privilegiados que têm assistentes pessoais interagem com eles no mundo real.

No rápido desenvolvimento tecnológico, logo se entrará no mundo pós-aplicativo. Enquanto muitos especulam a respeito de máquinas vestíveis, óculos de realidade virtual e agentes por comando de voz, talvez a resposta esteja em uma tecnologia com quase 25 anos de idade, para que poucos dão a devida atenção.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/2015/10/1695904-txt-o-futuro-do-app.shtml Acesso em: 23 out. 2015. Adaptado.
Observe: “Pode-se falar com serviços públicos, empresas e marcas na mesma tela com que se conversa com os amigos ou com o chefe.”. Identifique a alternativa em que as alterações (destacadas) desse trecho mantiveram a obediência às normas de regência e os sentidos originais.
Alternativas
Q684703 Português
Txt: o futuro do app?
Luli Radfahrer

O futuro é mesmo imprevisível. Enquanto muita gente sonha com carros voadores e realidades aumentadas, as mensagens de texto persistem, telegráficas. O protocolo de troca de mensagens curtas (Short Message Service, ou SMS em inglês), criado em 1992 e a princípio usado apenas por adolescentes para se exprimir por meio de siglas – LOL, VDD, CTZ, OMG, AMG, FTW, SDDS, FLW, BJS, CMG, BFF etc. – cresceu. Serviço indispensável nos dispositivos móveis, a troca de bilhetes digitais é considerada por muitos mais importante do que a própria chamada de voz.

Ao misturar conveniência, simplicidade e disponibilidade, o texto se tornou sinônimo de comunicação em tempo real. Sua popularidade é tamanha que, em 2010, o serviço era o que mais transferia dados pela rede, usado por cerca de 80% dos usuários de telefones móveis. Daí surgiu o smartphone. E, com ele, muitos se apressaram a decretar a morte de um serviço tão primário. No entanto, apesar do crescimento de outros canais de comunicação por voz e vídeo, o envio de mensagens de texto, seja por SMS ou por aplicativos baseados na internet, como WhatsApp, Facebook Messenger, Apple iMessage e Skype (que tenta recuperar o sucesso que um dia teve o MSN Messenger) ainda é muito popular.

Por mais que a tecnologia pareça antiquada em tempos de conexão 4G e streaming de vídeo, a troca de bilhetinhos se tornou parte essencial da vida contemporânea. A interação é intuitiva, rápida, divertida, íntima, descritiva e consistente, de forma que a voz e outras interfaces dificilmente conseguem ser. Ela funciona bem tanto em comunicações individuais quanto para enviar mensagens para grupos, mandar alertas ou compartilhar links. Conteúdos escritos por esse meio podem ser facilmente classificados, organizados, traduzidos, copiados, pesquisados, citados e consumidos em velocidades diferentes. Em um mundo hiperconectado, o texto é, quem diria, o sinônimo de comunicação assíncrona.

A natureza das mensagens de texto é diferente da conversa por telefone: seu formato, velocidade e discrição são adequados para pequenas explosões de comunicação funcional, mais do que para conversas extensas. Ampliadas pelo uso de emojis, elas permitem uma relação de natureza instintiva, quase telepática, que pode ocorrer simultaneamente com outros tipos de comunicação, alguns até ao vivo. Ferramentas de conversação são tecnologias sociais, em que as regras de etiqueta e os códigos do grupo costumam ser mais importantes do que os recursos tecnológicos. Um dos motivos de seu enorme sucesso em um ambiente de assistentes virtuais como Siri e Google Now está no conteúdo de mensagens que podem não ser adequadas ao vivo. O texto é rápido, privativo e poderoso, tanto que a melhor alternativa para ele até hoje ainda tem sido outra forma de texto.

Aplicativos de troca de mensagens em vídeo, como Skype, Vine e SnapChat, buscam ser o próximo passo. Eles tentam criar uma comunicação mais intensa, que valorize tons de voz, expressões faciais e linguagem corporal para exprimir sutilezas em que o texto não é fluente. Apesar de seu sucesso em determinados grupos e faixas etárias, até hoje não conseguiram atingir uma parcela da popularidade do singelo texto. O velho SMS, de tão seguro e confiável, se transformou em uma ferramenta poderosa de autenticação, usado por vários serviços para garantir a identidade e a segurança de seus usuários. Ele é usado até por tecnologias extremamente inovadoras como a comunicação máquina a máquina (M2M), que usa o protocolo para envio de dados de telemetria para usuários e centros de controle a partir de lugares em constante movimento ou cuja conexão de dados não seja confiável. Há até quem aposte no texto como alternativa para um mundo pós-apps. Diferentemente de interfaces que criam regras de interação a cada serviço, website ou aplicativo, conversas baseadas em texto são confortavelmente familiares. Na China, o popular WeChat incorpora muita interação na interface do aplicativo. Pode-se falar com serviços públicos, empresas e marcas na mesma tela com que se conversa com os amigos ou com o chefe.

Bancos, concessionárias de telefonia, jornais, hospitais, lojas e serviços públicos podem ser consultados dessa forma, em busca de transações imediatas de forma bem prática. Seus usuários consultam saldos, pagam cartões, enviam dinheiro, pedem táxis, reservam mesas em restaurantes e acompanham a entrega de pedidos comprados on-line em simples conversas. Algumas vezes a interação é feita por um ser humano, outras por um robô, outras por um sistema de menus. Tudo da forma mais natural e transparente possível. Pode soar estranho interagir com o banco por texto, mas a realidade é que essa troca de mensagens é mais confortável, mesmo que às vezes seja inconveniente. E é certamente mais fácil, segura e familiar do que os complicados aplicativos de hoje e suas camadas múltiplas de senhas e tokens. Imagine a simplicidade de mandar mensagens como "pague o condomínio" ou "mande R$ 1500 para minha mãe" comparado com a forma com que tais serviços são feitos hoje. De certa forma, essa é a maneira como os privilegiados que têm assistentes pessoais interagem com eles no mundo real.

No rápido desenvolvimento tecnológico, logo se entrará no mundo pós-aplicativo. Enquanto muitos especulam a respeito de máquinas vestíveis, óculos de realidade virtual e agentes por comando de voz, talvez a resposta esteja em uma tecnologia com quase 25 anos de idade, para que poucos dão a devida atenção.

Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luliradfahrer/2015/10/1695904-txt-o-futuro-do-app.shtml Acesso em: 23 out. 2015. Adaptado.
Identifique a alternativa em que as relações de concordância estão em conformidade com a norma formal da língua portuguesa.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: ESAF Órgão: FUNAI Prova: ESAF - 2016 - FUNAI - Conhecimentos Gerais |
Q684198 Português
O texto abaixo foi transcrito com erros. Assinale a opção em que o trecho está gramaticalmente correto.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: ESAF Órgão: FUNAI Prova: ESAF - 2016 - FUNAI - Conhecimentos Gerais |
Q684194 Português
Assinale a opção que apresenta análise correta de aspecto gramatical do texto.
Alternativas
Q683337 Português
Diante da Lei está um porteiro. Um homem que vem do campo acerca-se dele e pede para entrar na Lei. O porteiro, porém, responde que naquele momento não pode deixá-lo entrar. O homem medita e pergunta se mais tarde terá autorização para entrar. “É possível”, responde o porteiro, “mas agora não pode ser”. Como o portão que dá acesso à Lei se encontra, como sempre, aberto, e o porteiro se afasta um pouco para o lado, o homem inclina-se a fim de olhar para o interior. Assim que o porteiro percebe isso, desata a rir e diz: “se te sentes tão atraído, experimenta entrar, apesar da minha proibição. Contudo, repara: sou forte. E ainda assim sou o mais ínfimo dos porteiros. De sala para sala, há outros sentinelas, cada um mais forte que o outro. Eu não posso sequer suportar o olhar do terceiro.”
O camponês não esperava encontrar tais dificuldades, “a Lei devia ser sempre acessível a toda a gente”, pensa ele. Porém, ao observar melhor o porteiro envolto no seu capote de peles, o seu grande nariz afilado, a longa barba rala e negra à tártaros, acha que é melhor esperar até lhe darem autorização para entrar. O porteiro dá ao jovem um banquinho e o faz sentar-se a um lado, frente à porta. Durante anos ele permanece sentado. Faz diversas diligências para entrar e fatiga o porteiro com os seus pedidos. Às vezes, o sentinela o submetia a pequenos interrogatórios sobre a sua terra e muitas outras coisas, mas de uma maneira indiferente, como fazem os grandes senhores, e no fim, diz-lhe sempre que ainda não pode deixá-lo entrar. O homem, que se provera bem para a viagem, emprega tudo, por mais valioso que fosse, para subornar o porteiro. Este aceita tudo, mas diz: “só aceito o que me dás para que te convenças de que nada omitiste.”
Durante todos aqueles longos anos, o homem olha quase ininterruptamente para o porteiro. Esquece-se dos outros porteiros; parece-lhe que o porteiro é o único obstáculo que se opõe à sua entrada na Lei. Amaldiçoa em voz alta o infeliz acaso dos primeiros anos; mais tarde, à medida que envelhece, já não faz outra coisa senão resmungar. Torna-se acriançado e, como durante anos a fio estudou o porteiro, acaba também por conhecer as pulgas da gola do seu capote; assim, pede-lhes que o ajudem a demover o porteiro. Por fim, a sua vista torna-se tão fraca que já nem sabe se escurece realmente à sua volta ou se é apenas ilusão dos seus olhos. Agora, em meio às trevas, percebe um raio de luz inextinguível através da porta da Lei. Mas ele já não tem muito tempo de vida.
Antes de morrer, todas as experiências por que passara durante esse tempo convergem para uma pergunta que, até essa altura, ainda não formulara. Faz um sinal ao porteiro para que se aproxime, pois não podia mover o seu corpo já arrefecido. O porteiro tem de curvar-se profundamente, visto que a diferença das estaturas se modificara bastante. “Que queres tu ainda saber?”, pergunta o porteiro. “És insaciável.”Se todos aspiram à Lei”, diz o homem, “como é que, durante todos esses anos, ninguém mais, além de mim, pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está às portas da morte, de modo que para alcançar o seu ouvido moribundo, berra: “Aqui, ninguém, a não ser tu, podia entrar, pois esta entrada era apenas destinada a ti. Agora, vou-me embora e a fecho.”
KAFKA, F. O Processo. Biblioteca Visão. p. 152-153. Tradução Gervásio Álvaro. (Fragmento adaptado)
Assinale a alternativa em que a regra de regência verbal é a mesma empregada em: “Esquece-se dos outros porteiros.”
Alternativas
Q683240 Português
“Os meios de transportes, e comunicação em massa, as mercadorias, casa, alimento e roupa, a produção irresistível da indústria de diversões e informação trazem atitudes e hábitos prescritos, certas reações intelectuais e emocionais que prendem os consumidores mais ou menos agradavelmente aos produtores e, através destes, ao todo.” (texto 3)
Quanto à regência, os verbos destacados são respectivamente:
Alternativas
Q683230 Português

                                                            TEXTO 1

                                           AFOGANDO-SE NO “SELFIE

   Recentemente, em uma exposição de fotografias de Henri Cartier-Bresson, li sua breve definição sobre o ofício do fotógrafo comparando-o com um caçador. Todavia, no entendimento de um dos maiores fotógrafos do século 20, não seria a imagem propriamente dita o objeto da caça, mas sim todo um significado, o contexto capaz de ser trazido à tona por tal imagem. A título de exemplo, pensa-se no jornalismo, na maneira como uma imagem pode ser veiculada, entrando em questão, neste caso, a legenda, o contexto social, econômico ou político etc. A apreensão de determinado instante sugere, portanto, não mais observá-lo unicamente sob a lógica de um momento passado, outrora capturado pela lente fotográfica, devendo inseri-lo em algo potencialmente muito maior, como, neste caso, a realidade de quem vê a fotografia. Creio não ser diferente com o selfie.

  Definitivamente, ele veio para ficar. É uma novidade e, enquanto novo, carece de entendimento. Não proponho desvendá-lo, apresentar um tratado ou compreensão sua. Nem mesmo criticá-lo. Desejo refletir. Confesso que o seu sentido ainda não chegou a mim – algo notável todas as vezes que vejo pessoas, independente da idade e cultura, realizando selfies. O cúmulo de minha incompreensão se deu recentemente quando presenciei um jovem turista, passeando integradamente em um grupo (integração essa perceptível pelas risadas e brincadeiras feitas com os outros e com ele mesmo), fazendo uma autofoto diante de um monumento. Ou seja, tirava a fotografia de si mesmo, enquanto os outros olhavam, sem pedir a ajuda a qualquer um de seus pares. Isso me fez perceber a complexidade da coisa, devendo ser vista como não mais sendo simplesmente fotografar ou ser fotografado.

    Desconfio ser uma das chaves de sua compreensão perceber o quão importante é a posse do aparelho eletrônico, a máquina, smartphone, tablet ou qualquer coisa parecida. Ter o aparelho, em si, faz toda a diferença no momento de se realizar uma fotografia. Não se vai mais a um determinado lugar, se vai a este lugar com o seu aparato fotográfico. Deseja-se, sempre, estar com o captador de imagens à mão, de maneira que possa retratar aquele momento. Entretanto, assim como uma fotografia jornalística leva em conta os elementos a comporem o seu quadro social, tal como o contexto da notícia e da fotografia, a foto derivada do selfie também. Ademais, compreendo este contexto como sendo aquele em que apresenta o fotografado como alguém integrado no universo do fazer a foto por si mesmo, a partir do momento em que se tem um aparelho diretamente conectado às principais redes sociais – por isso o aparelho é importante, pois é a chave para a conexão imediata com o mundo virtual.

   Logo, questionariam: “Mas, neste caso, pensando nas redes sociais, o contexto da foto não seria absurdamente amplo?”. Em meu entendimento – digno de críticas –, sim. A razão da fotografia estaria condicionada à exposição praticamente instantânea nas redes sociais que, como se sabe, possui uma dinâmica própria, rápida, a exigir um acompanhamento constante e ininterrupto de quem dela faz parte. O interessante, neste caso, é que o selfie sempre posiciona o fotografado em primeiro plano, fazendo com que nada o ofusque. Neste caso, tudo passaria, a meu ver, ao plano do secundário, do circunstancial.

  Quando era mais novo, sempre me questionei sobre o momento em que aquelas pessoas que fotografavam tudo em um passeio, indiscriminadamente, fariam uma sessão para ver o que vivenciaram. Imaginava a sala escura de suas residências com a projeção das fotos e os possíveis comentários derivados de cada imagem. Em alguns casos, visualizava a presença de amigos e familiares – que, naturalmente, não puderam fazer a mesma viagem – com questionamentos sobre como é tal ou qual lugar, povo, monumento, boneco de neve, cardápios etc. Parecia um verdadeiro desespero tentar captar tudo, em uma espécie de ansiedade em controlar todo aquele ambiente sumamente estranho, avesso à sua cultura. Talvez, imagino, ao colocar todos os fatos, acontecimentos, deste mundo tão diferente, em um filtro fotográfico, disquete, ou qualquer dispositivo semelhante, seria uma forma de controlar este algo estranho.

    Em minhas lembranças, estes nervosos fotógrafos não apareciam na maioria de suas próprias fotos. Os selfies, sim. Aliás, a existência do selfie está condicionada à presença do fotógrafo-fotografado, dono da conta na rede social, num primeiro plano. Se antes se mostrava, em sua viagem a Roma, o Coliseu, hoje a fala, implícita ou explícita, é “este sou eu no Coliseu”. O ver e o ser visto (con)fundem-se. Fico apenas sentido com o fato de o mesmo Coliseu, e seus congêneres monumentos histórico-artísticos, estarem condenados ao segundo plano, no fundo da fotografia, compondo uma espécie de cenário para a atração principal: o fotógrafo.

    Continuando no exemplo do Coliseu. Alguém poderia acompanhar as suas transformações ao longo do tempo ao olhar diversas fotografias suas, tiradas em diversos momentos da história, ainda que elas não tenham como objetivo final retratar as possíveis mudanças. Entretanto, acho difícil um acompanhamento como este ser possível se se tomar como referência somente selfies. Ou, pelo menos, as dimensões das transformações não serão totalmente expressas, tendo em vista a condição de segundo plano à qual o Coliseu foi relegado. E, sendo um pouco catastrófico, não seria apenas o monumento romano de Vespasiano a ser condenado como algo secundário, ocorrendo o mesmo com toda a arquitetura da Roma Antiga na capital italiana.

   Alguém diria: “são os tempos, os novos tempos, em que a pós-modernidade romperia com uma narrativa pré-estabelecida da História e, por sua vez, as coisas perderiam o seu sentido original, no caso, o sentido desejado pelo artista. Está escrito em Jean François-Lyotard.” Bem, pode até ser. De toda forma, vejo de maneira interessante que essa suposta ressignificação é feita por meio de uma transposição de valores, de sentidos, saindo o sentido original, aquele ansiado pelo artista, em nome de um indivíduo. Por sua vez, neste tipo de fotografia, o selfie, desponta cada vez mais a ideia de indivíduo, mais do que o indivíduo retratado propriamente dito, tal como suas idiossincrasias.

   Imagine um católico diante da parede da Capela Sistina. Pressionado perante a ideia do pecado, ele, como indivíduo, sente-se tocado, ansioso pelo perdão de Deus. Pode ser que veja, em si mesmo, seus pecados, seus defeitos. O indivíduo ao fazer o selfie, em sua essência, ficando de costas para a obra de Michelangelo, simplesmente transmite a ideia de indivíduo. O único diferencial é o fato de estar na Capela Sistina. E, depois, na Basílica São Pedro. Depois, na praça São Pedro. Trata-se, sempre, de fulano em algum lugar. O pôr-do-sol no Solar do Unhão, em Salvador, não faz sentido se não tiver a presença marcada.

   À guisa de conclusão, retomo o que escrevi acima, nos primeiros parágrafos. Não se trata de apresentar uma explicação, um tratado, sobre o selfie. Aqui, encontram-se expressas as minhas sensações todas as vezes que vejo alguém tirando uma foto sozinho e, em seguida, volta-se quase instintivamente para a tela de seu dispositivo, digita algo e... pronto! Está no ar! Tais inquietações, obviamente, podem ser frutos de alguma espécie de anacronismo derivado de incompatibilidade geracional – no qual não creio. De toda forma, acentuo o espanto de tudo isso a ponto de me causar um gigantesco estranhamento. Caetano Veloso disse que Narciso achava feio o que não fosse espelho. Bem, espero somente que ninguém anseie se tornar a narcísica e belíssima flor, pois, para isso, é preciso se afogar.

(RODRIGUES, Faustino da Rocha. Disponível em: http// www. observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em 04 nov. 2014)

A regência verbal apresenta-se de modo inteiramente correto na sentença:
Alternativas
Q683125 Português
“Diga ______ Sua Excelência que não tenho nada _____ acrescentar _______ palavras que já disse.”
Marque a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas, de acordo com a norma culta:
Alternativas
Q681800 Português

Na charge lida, pode‐se identificar que:

I. A expressão “tomar um táxi” foi empregada no sentido denotativo.

II. A expressão “tomar um táxi” foi interpretada da mesma maneira pelos personagens.

III. O verbo “tomar” é transitivo e exige como complemento um objeto direto.

IV. O verbo “tomar” não pertence a mesma conjugação do verbo “misturar”.

Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Q681778 Português

Leia o texto abaixo para responder a questão.

Texto 1

FICHAMENTO

    O Fichamento é uma parte importante na organização para a efetivação da pesquisa de documentos. Ele permite um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do trabalho.
    Os registros e a organização das fichas dependerão da capacidade de organização de cada um. Os registros não são feitos necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Podem ser feitos em folhas de papel comum ou, mais modernamente, em qualquer programa de banco de dados de um computador. O importante é que elas estejam bem organizadas e de acesso fácil para que os dados não se percam.
    Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o fichamento de resumo ou de conteúdo, e o fichamento de citações.
     FICHA BIBLIOGRÁFICA: é a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.
    FICHA DE RESUMO OU CONTEÚDO: é uma síntese das principais ideias contidas na obra. O pesquisador elabora esta síntese com suas pró­ prias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra. Observação: Existem dois tipos de resumos:
    a) Informativo: são as informações específicas contidas no documento. Nesta ficha pode-se relatar sobre objetivos, métodos, resultados e conclusões. Sua precisão pode substituir a leitura do documento original.
    b) Indicativo: são descrições gerais do documento, sem entrar em detalhes da obra analisada. FICHA DE CITAÇÕES: é a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do trabalho.
BELLO, 2004, apud GONÇALVES, Jonas Rodrigo. Metodologia Científica e Redação Acadêmica. 7. ed. Brasília: JRG, 2015, passim. (com adaptações)]

Analise as assertivas a seguir com base no trecho: "Os registros e a organização das fichas dependerão da capacidade de organização de cada um.”

I. "registros” e "organização” funcionam como núcleos do sujeito determinado composto.

II. "dependerão” funciona como verbo transitivo direto.

III. "dependerão” funciona como verbo transitivo indireto.

IV. Trata-se de predicado verbo-nominal.

Com base nas proposições acima, encontre a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNRIO Órgão: IF-PI Prova: FUNRIO - 2014 - IF-PI - Revisor de Textos |
Q681702 Português

Um candidato a emprego foi convidado a escrever, em língua padrão, um texto sobre “Ética e Democracia”, tendo produzido o seguinte parágrafo inicial:

“A democracia e a ética andam juntas, apartir do momento que você tem sua opinião própria, valores e normas e sabe respeitar os valores e opiniões de outros indivíduos você está exercendo a democracia e a ética.”

O avaliador do texto anotou que esse trecho tem problemas:

I – de progressão sequencial: agrupa elementos sintáticos que deveriam estar em períodos separados;

II – de registro: “você” com valor indefinido é marca de oralidade.

III – de ortografia e de regência: “a partir” e “do momento em que”;

IV – de pontuação: falta uma vírgula depois de “indivíduos”;

Devemos reconhecer que são pertinentes quantas das anotações do avaliador?

Alternativas
Ano: 2014 Banca: FUNRIO Órgão: IF-PI Prova: FUNRIO - 2014 - IF-PI - Revisor de Textos |
Q681694 Português

A questão tomará por base o seguinte texto:

O DESPERTAR DA BELA ADORMECIDA DO SISTEMA SOLAR

    Às 8h de ontem no horário de Brasília, um alarme tocou no centro de operações da Agência Espacial Europeia (ESA) em Darmstadt, Alemanha. Na mesma hora e a 673 milhões de quilômetros dali, a sonda Rosetta despertou de uma hibernação de quase três anos. O clima de expectativa entre os cientistas da ESA, no entanto, durou mais de oito horas, tempo que levou para os instrumentos da sonda se reaquecerem e para o sinal enviado por ela percorrer à velocidade da luz a distância até a Terra. A confirmação do sucesso da operação só veio às 16h18m, quando as antenas da estação de Goldstone, da Nasa, na Califórnia, receberam as comunicações da sonda. “Olá, mundo!”, anunciou a agência na conta da Rosetta na rede social Twitter.

(Fonte: O Globo, 21/01/2014)

Num trecho mais adiante, a reportagem do jornal escreve: “673 milhões de quilômetros é a distância que a sonda Rosetta está do nosso planeta.”

Qual o comentário correto sobre a presença ou não de uma preposição antes do pronome relativo empregado nesse trecho?

Alternativas
Q681272 Português
Assinale a alternativa correta sobre a regência do verbo "comer", que aparece conjugado no segundo quadrinho.
Alternativas
Q679174 Português

           Como manter cabelos saudáveis mesmo com química 

       A brasileira adora alisar o cabelo na chapinha. E tem que estar quente, bem quente mesmo.

      Você sabia que a temperatura da chapinha dá pra fritar um bife? Fizemos o teste e a consequência é a formação de bolhas no cabelo por causa do calor.

     Como proteger? Como cuidar? Às vezes as pessoas não se lembram de que a saúde dos cabelos é tão importante quanto a da pele ou a das unhas, por exemplo. Além disso, a beleza dos fios depende de como eles são tratados.

     Entre os maiores vilões dos cabelos, vimos que o sol é um deles e, assim como a gente usa filtro solar para a pele, é importante usar nos cabelos também. O cabelo exposto ao sol fica áspero e tem aquele aspecto de palha.

     A chapinha é outra vilã do cabelo bonito. “É uma agressão muito grande para o fio, as cutículas deixam de ser as mesmas, o cabelo abre, cria ponta dupla”, explica a Dra. Márcia Purceli.

    Sobre a hora de pentear, o ideal é não pentear o cabelo molhado porque ele está mais fragilizado, então ele rompe com mais facilidade.

Outra coisa que faz o cabelo quebrar é a mistura de várias técnicas, como tintura, alisamento e chapinha.

                                                                                                                                                           (g1.globo.com) 

"Entre os maiores vilões dos cabelos, vimos que o sol é um deles e, assim como a gente usa filtro solar para a pele, é importante usar nos cabelos também."


Assinale a alternativa em que ele tenha sido reescrito sem alteração significativa de sentido e respeitando a Norma Padrão Culta da Língua portuguesa.

Alternativas
Q679173 Português

           Como manter cabelos saudáveis mesmo com química 

       A brasileira adora alisar o cabelo na chapinha. E tem que estar quente, bem quente mesmo.

      Você sabia que a temperatura da chapinha dá pra fritar um bife? Fizemos o teste e a consequência é a formação de bolhas no cabelo por causa do calor.

     Como proteger? Como cuidar? Às vezes as pessoas não se lembram de que a saúde dos cabelos é tão importante quanto a da pele ou a das unhas, por exemplo. Além disso, a beleza dos fios depende de como eles são tratados.

     Entre os maiores vilões dos cabelos, vimos que o sol é um deles e, assim como a gente usa filtro solar para a pele, é importante usar nos cabelos também. O cabelo exposto ao sol fica áspero e tem aquele aspecto de palha.

     A chapinha é outra vilã do cabelo bonito. “É uma agressão muito grande para o fio, as cutículas deixam de ser as mesmas, o cabelo abre, cria ponta dupla”, explica a Dra. Márcia Purceli.

    Sobre a hora de pentear, o ideal é não pentear o cabelo molhado porque ele está mais fragilizado, então ele rompe com mais facilidade.

Outra coisa que faz o cabelo quebrar é a mistura de várias técnicas, como tintura, alisamento e chapinha.

                                                                                                                                                           (g1.globo.com) 

"Às vezes as pessoas não se lembram de que a saúde dos cabelos é tão importante quanto a da pele ou a das unhas, por exemplo."

A respeito do uso do verbo "lembrar", acima, e de sua regência, pode-se afirmar que:

Alternativas
Q679057 Português
Analise as assertivas abaixo acerca da regência dos termos:
I. O noivo chegou à igreja atrasado.
II. A retificação deste contrato implica multa.
III. O empreiteiro permitiu-o que entrasse. 
Alternativas
Q678928 Português
Em relação à regência dos termos, indique a alternativa errada:
Alternativas
Respostas
3801: C
3802: A
3803: C
3804: B
3805: D
3806: C
3807: B
3808: D
3809: B
3810: C
3811: B
3812: B
3813: C
3814: A
3815: B
3816: C
3817: D
3818: A
3819: A
3820: B