Questões de Concurso Sobre regência em português

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Q2273383 Português
Assinale a alternativa em que a regência está de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q2272951 Português
“Precisamos criar uma cultura de vacinação para todas as faixas etárias”, diz especialista


Além de prevenir doenças, a imunização protege de complicações decorrentes das enfermidades



Com as raras exceções de pais que preferem acreditar em teorias conspiratórias e deixam de vacinar os filhos, a maioria sabe que, com a caderneta de vacinação em dia, as crianças terão uma infância mais saudável e protegida. No entanto, conforme envelhecemos, minimizamos o valor da imunização na fase adulta – e mudar esse quadro é o objetivo de médicos e cientistas, como explicou Rodrigo Schrage Lins, presidente da Sociedade de Infectologia do Estado do Rio de Janeiro. “Este é um novo conceito: precisamos criar uma cultura de vacinação para todas as faixas etárias. As vacinas não se limitam a prevenir doenças, mas também diversas condições de saúde que não parecem estar associadas com a imunização, mas estão”, afirmou. O doutor Lins participou, na semana passada, de seminário on-line sobre os benefícios da vacinação de adultos que contou com especialistas estrangeiros e dados de sobra para contextualizar a argumentação. Trago alguns deles: a expectativa de vida deve aumentar 4.4 anos entre 2016 e 2040 e, em 2050, o número de pessoas acima dos 60 vai superar o daquelas na faixa entre 10 e 24 anos. Como os idosos apresentam um risco maior de complicações decorrentes de infecções, o envelhecimento global vai exigir novas abordagens em termos de saúde pública. Basta lembrar que quase 75% das mortes por doença pneumocócica invasiva e influenza ocorrem entre os indivíduos acima dos 65. Para os especialistas, o sucesso das vacinas para conter a pandemia foi um divisor de águas, porque conscientizou a população sobre sua eficácia e segurança, e é de extrema importância detalhar o papel da imunização para evitar complicações de longo prazo que são menos conhecidas. Num quadro severo de influenza, ou gripe, as artérias se inflamam e estreitam, aumentando as chances de um evento cardiovascular para pacientes que já têm uma placa de gordura obstrutiva (ateroma). Prevenindo a infecção aguda através da vacina, a pessoa fica mais protegida desses riscos. Da mesma forma que a influenza, o herpes zóster pode levar a complicações como o infarto do miocárdio e derrame; a Covid-19 inclui, além do infarto e derrame, insuficiência cardíaca e embolia pulmonar. Outra frente de trabalho tem como objetivo aumentar a eficácia das vacinas para os idosos, de forma a contornar o declínio do sistema imunológico. Yannick Vanloubbeeck, chefe do setor do departamento de pesquisa e desenvolvimento voltado para descobertas e ensaios pré-clínicos da gigante farmacêutica GSK, adiantou que a combinação de tecnologias terá um papel decisivo para dar mais um passo nesta direção: “na verdade, caminhamos para uma medicina personalizada e de precisão, que levará em conta a genética do indivíduo e o ambiente no qual ele está inserido, porque esses são fatores que interagem com o patógeno e demandam uma solução sob medida”.
Considere as seguintes sentenças, retiradas do texto:

I. “as crianças terão uma infância mais saudável e protegida”
II. “As vacinas não se limitam a prevenir doenças”

Em relação à regência, os verbos “terão” e “limitam”, nas sentenças dadas, são, respectivamente:
Alternativas
Q2272202 Português
Assinale a frase cuja redação apresenta correção gramatical.
Alternativas
Q2272200 Português
Assinale a frase redigida da forma mais adequada, considerando-se a clareza, a correção gramatical e convenções ortográficas vigentes.
Alternativas
Q2271798 Português
Assinale a frase que NÃO apresenta desvio formal de regência.
Alternativas
Q2270754 Português

LÍNGUA PORTUGUESA



Peladas


    Esta pracinha sem aquela pelada virou uma chatice completa: agora, é uma babá que passa, empurrando, sem afeto, um bebê de carrinho, é um par de velhos que troca silêncios num banco sem encosto.

    E, no entanto, ainda ontem, isso aqui fervia de menino, de sol, de bola, de sonho: “Eu jogo na linha! Eu sou o Lula!; no gol, eu não jogo, tô com o joelho ralado de ontem; vou ficar aqui atrás: entrou aqui, já sabe”. Uma gritaria, todo mundo se escalando, todo mundo querendo tirar o selo da bola, bendito fruto de uma suada vaquinha.

     Oito de cada lado e, para não confundir, um time fica como está; o outro joga sem camisa. 

    Já reparei uma coisa: bola de futebol, seja nova, seja velha, é um ser muito compreensivo que dança conforme a música: se está no Maracanã, numa decisão de título, ela rola e quiçá com um ar dramático, mantendo sempre a mesma pose adulta, esteja nos pés de Gérson ou nas mãos de um gandula.

    Em compensação, num racha de menino ninguém é mais sapeca: ela corre para cá, corre para lá, quica no meio- -fio, para de estalo no canteiro, lambe a canela de um, deixa- -se espremer entre mil canelas, depois escapa, rolando, doida, pela calçada. Parece um bichinho.

    Aqui, nessa pelada inocente é que se pode sentir a pureza de uma bola. Afinal, trata-se de uma bola profissional, uma número cinco, cheia de carimbos ilustres: “Copa Rio-Oficial”, “FIFA-Especial”. Uma bola assim, toda de branco, coberta de condecorações por todos os gomos (gomos hexagonais!), jamais seria barrada em recepção do Itamaraty.

    No entanto, aí está ela, correndo para cima e para baixo, na maior farra do mundo, disputada, maltratada até, pois, de quando em quando, acertam-lhe um bico, ela sai zarolha, vendo estrelas, coitadinha.

    Racha é assim mesmo: tem bico, mas tem também sem- -pulo de craque como aquele do Tona, que empatou a pelada e que lava a alma de qualquer bola. Uma pintura.

    

     Nova saída.

   

    Entra na praça batendo palmas como quem enxota galinha no quintal. É um velho com cara de guarda-livros que, sem pedir licença, invade o universo infantil de uma pelada e vai expulsando todo mundo. Num instante, o campo está vazio, o mundo está vazio. Não deu tempo nem de desfazer as traves feitas de camisas. 

   

    O espantalho-gente pega a bola, viva, ainda, tira do bolso um canivete e dá-lhe a primeira espetada. No segundo golpe, a bola começa a sangrar. Em cada gomo o coração de uma criança.


(NOGUEIRA, Armando. In: Os melhores da crônica brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977.)


“Entra na praça batendo palmas [...]” (10º§) Apresenta o verbo com predicação idêntica à do verbo sublinhado na frase anterior:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FURB Órgão: FURB - SC Prova: FURB - 2023 - FURB - SC - Analista de Suporte |
Q2270549 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Brasil terá planta-piloto pioneira para produzir hidrogênio a partir de etanol

A Cidade Universitária, campus da Universidade de São Paulo (USP) localizado no bairro do Butantã, na zona oeste da capital, será a sede de um projeto de energia sustentável pioneiro no mundo que prevê a produção de hidrogênio (H2) a partir do etanol. Uma estação experimental de abastecimento de hidrogênio veicular, com capacidade para produzir 4,5 quilos de H2 por hora (kg/h), será construída no local para validação da tecnologia. A planta-piloto ocupará uma área de 425 metros quadrados e deverá ser inaugurada no segundo semestre de 2024. Será dedicada ao abastecimento de três ônibus e um veículo leve, todos elétricos, que irão circular exclusivamente no campus.

O anúncio do projeto , que tem um investimento total de R$ 50 milhões, foi feito no início de agosto de 2023 com a presença de representantes de um consórcio liderado pela petrolífera Shell Brasil. Também participam da iniciativa a companhia Raízen, maior produtora global de etanol de cana-de-açúcar, a empresa de tecnologia Hytron, a montadora japonesa Toyota, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído em 2015 com recursos da FAPESP e da Shell.

Para o engenheiro Julio Meneghini, diretor científico do RCGI e professor da Escola Politécnica da USP, com essa iniciativa , o Brasil se coloca na vanguarda do processo de transição energética. "Se o etanol tiver uma pegada negativa de emissão de CO2 [dióxido de carbono], o hidrogênio passará a ter também uma pegada negativa. E isso nem mesmo o hidrogênio gerado a partir de energia eólica ou solar é capaz de fazer", afirmou durante a cerimônia de lançamento do projeto.

"O objetivo desse projeto inovador é tentar demonstrar que o etanol pode ser vetor para hidrogênio renovável, aproveitando a logística já existente da indústria. A tecnologia poderá ajudar a descarbonizar setores que consomem energia proveniente de combustíveis fósseis", declarou Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell Brasil, em comunicado à imprensa.

petrolífera anglo-holandesa tem um projeto de produção de hidrogênio por eletrólise da água, em Roterdã, na Holanda, usando fontes energéticas renováveis, como eólica e solar. Esse processo utiliza eletricidade para decompor a molécula da água (H2O) em seus elementos constituintes, o hidrogênio (H, formando H2) e o oxigênio (O, formando O2).

Presente à solenidade de lançamento, o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, destacou a ação empreendedora do RCGI. "[O projeto de conversão de etanol em hidrogênio mostra que] basta colocar uma semente na mão de pessoas empreendedoras que as coisas vão se ampliar, tanto em seu valor financeiro quanto social", declarou. "Até hoje, os investimentos da FAPESP no RCGI foram de R$ 45 milhões. No total, o centro já recebeu investimentos de R$ 465 milhões. É desse tipo de empreendedorismo que precisamos."

Apontado por especialistas do setor energético como o combustível do futuro, o hidrogênio tem alto poder calorífico, quase três vezes superior ao do diesel, da gasolina e do gás natural. Ao ser transformado em energia, alimentando motores veiculares ou em aplicações industriais, ele não emite gases de efeito estufa (GEE). O resíduo liberado na atmosfera é o vapor d'água resultante da ligação do hidrogênio com o oxigênio na reação química que produz a energia.

VASCONSELOS, Yuri. Brasil terá planta-piloto pioneira para produzir
hidrogênio a partir de etanol. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível
em: pooduzzir-hddrogenioaa-paatrde-etaanol
il-tera-planta-piloto-pioneira-para-produzir-hidrogenio-a-partir-de-etanol/
Acesso em: 04 set., 2023.

Considerando os sentidos e significados que as distintas regências verbais podem prover, assinale a alternativa que apresenta a correta regência verbal no contexto em que foi empregada: 
Alternativas
Q2270153 Português

Texto II



A importância da informação estatística para as políticas

sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do

passado para considerar no presente



O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo IBGE e por outras instituições do Sistema Estatístico Nacional. Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem no país, o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro Censo Demográfico em 1872, no final do Império, quase 20 anos depois do planejado, pelas resistências da elite latifundiária e escravocrata da época. Não há como não reconhecer que parte das conquistas republicanas de universalização da educação básica, do acesso à água, redução da pobreza, promoção do desenvolvimento regional, ampliação da cobertura do emprego formal e da previdência pelo vasto território brasileiro deve-se à disponibilidade de informação estatística de boa qualidade e cobertura levantada pelo IBGE e outras instituições como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, os departamentos de estatísticas e pesquisas dos Ministérios e órgãos subnacionais de planejamento e estatística.


É claro que a efetividade das políticas sociais depende de uma série extensa de fatores, mas a informação estatística cumpre papel instrumental relevante em todas as fases de implementação de um programa público, da formulação à avaliação do mesmo (HOWLET et al., 2013). Políticas sociais são muito intensivas em informação no processo de seu desenho e implementação. Elas se estruturam como sistemas complexos, articulando programas de natureza universal com ações redistributivas em várias áreas setoriais, operados por agentes em diferentes níveis federativos de governo, em contextos desiguais em termos de capacidade de gestão e de perfil socioeconômico de públicos-alvo. Como discutido em Jannuzi (2016), para que essas políticas e programas sociais consigam cumprir seus objetivos específicos e contribuir para maior efetividade social da ação pública, é necessário produzir informação e estudos de diferentes naturezas – levantamentos diagnósticos detalhados, sistemas de indicadores de monitoramento de ações, pesquisas de avaliação de processos e de resultados de programas, investigação de potenciais impactos e externalidades negativas –, valendo-se de uma combinação plural de metodologias (quali, quanti e participativas), com abordagem de diferentes sujeitos envolvidos (beneficiários, usuários, técnicos na ponta e gestores).


Entre tais levantamentos figuram, em especial, os Censos Demográficos, a cinquentenária Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, e agora PNAD-Contínua) e as edições, há 20 anos, da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Essas pesquisas parecem se constituir nos levantamentos estatísticos mais impactantes para a formulação e avaliação de políticas sociais no Brasil. Há certamente outras pesquisas importantes a serem mencionadas, como as Estatísticas do Registro Civil, as Pesquisas de Orçamento Familiar, a Pesquisa Mensal de Emprego, a Economia Informal Urbana e, mais recentemente, a Pesquisa Nacional de Saúde, cujas contribuições precisam ser resgatadas em outros textos e estudos.


Os Censos têm permitido o desvelamento dos bolsões de pobreza e outras iniquidades no território nacional, nos municípios e seus bairros. As PNAD (e PNAD-C) possibilitam acompanhar os efeitos – e defeitos – de políticas e programas nas mais variadas áreas setoriais, tais como trabalho, educação, saúde, previdência e assistência social, entre as principais. As Munic e, desde 2012, as Pesquisas de Informações Básicas Estatuais (Estadic) têm viabilizado o dimensionamento da capacidade subnacional de gestão de políticas, de equipamentos públicos e de atendimento de serviços sociais. As três pesquisas se destacam pelo conjunto integrado de informações que proporcionam, pela abrangência temática, regularidade e cobertura territorial. Essas características garantiram a produção de dados cruciais para identificação de demandas sociais, elaboração de diagnósticos, formulação de políticas e programas e avaliação da efetividade dos mesmos ao longo das últimas décadas.


É o que se procura resgatar de forma breve e ensaística nesse texto, como subsídio para o debate acerca do mérito e dificuldades de financiamento do Censo 2020, dos suplementos temáticos das PNAD-C, Munic e outras pesquisas do Sistema Estatístico. Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país. Não são pouco gravosas as consequências da eventual descontinuidade de séries históricas de longa data ou a decisão de adiar a captação de dados acerca de novas questões da agenda social no país.


Fonte: JANUZZI, P. M. A importância da informação estatística para as políticas sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do passado para considerar no presente. “Revista Brasileira de Estudos de População”, V. 35, N. 1, 2018, p. 1-10. (adaptado)


Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/77qbqWdQWx3b5gg7wLVmtsF/?lang=pt#



Acesso em 26 jul. 2023.




No trecho “É claro que a efetividade das políticas sociais depende DE uma série extensão de fatores”, destaca-se a preposição “de”, exigida pela forma verbal “depende”. A alternativa em que também há preposição exigida pelo verbo é: 
Alternativas
Q2270151 Português

Texto II



A importância da informação estatística para as políticas

sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do

passado para considerar no presente



O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo IBGE e por outras instituições do Sistema Estatístico Nacional. Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem no país, o quadro seria seguramente pior caso não houvesse informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços de realização do primeiro Censo Demográfico em 1872, no final do Império, quase 20 anos depois do planejado, pelas resistências da elite latifundiária e escravocrata da época. Não há como não reconhecer que parte das conquistas republicanas de universalização da educação básica, do acesso à água, redução da pobreza, promoção do desenvolvimento regional, ampliação da cobertura do emprego formal e da previdência pelo vasto território brasileiro deve-se à disponibilidade de informação estatística de boa qualidade e cobertura levantada pelo IBGE e outras instituições como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, os departamentos de estatísticas e pesquisas dos Ministérios e órgãos subnacionais de planejamento e estatística.


É claro que a efetividade das políticas sociais depende de uma série extensa de fatores, mas a informação estatística cumpre papel instrumental relevante em todas as fases de implementação de um programa público, da formulação à avaliação do mesmo (HOWLET et al., 2013). Políticas sociais são muito intensivas em informação no processo de seu desenho e implementação. Elas se estruturam como sistemas complexos, articulando programas de natureza universal com ações redistributivas em várias áreas setoriais, operados por agentes em diferentes níveis federativos de governo, em contextos desiguais em termos de capacidade de gestão e de perfil socioeconômico de públicos-alvo. Como discutido em Jannuzi (2016), para que essas políticas e programas sociais consigam cumprir seus objetivos específicos e contribuir para maior efetividade social da ação pública, é necessário produzir informação e estudos de diferentes naturezas – levantamentos diagnósticos detalhados, sistemas de indicadores de monitoramento de ações, pesquisas de avaliação de processos e de resultados de programas, investigação de potenciais impactos e externalidades negativas –, valendo-se de uma combinação plural de metodologias (quali, quanti e participativas), com abordagem de diferentes sujeitos envolvidos (beneficiários, usuários, técnicos na ponta e gestores).


Entre tais levantamentos figuram, em especial, os Censos Demográficos, a cinquentenária Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, e agora PNAD-Contínua) e as edições, há 20 anos, da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Essas pesquisas parecem se constituir nos levantamentos estatísticos mais impactantes para a formulação e avaliação de políticas sociais no Brasil. Há certamente outras pesquisas importantes a serem mencionadas, como as Estatísticas do Registro Civil, as Pesquisas de Orçamento Familiar, a Pesquisa Mensal de Emprego, a Economia Informal Urbana e, mais recentemente, a Pesquisa Nacional de Saúde, cujas contribuições precisam ser resgatadas em outros textos e estudos.


Os Censos têm permitido o desvelamento dos bolsões de pobreza e outras iniquidades no território nacional, nos municípios e seus bairros. As PNAD (e PNAD-C) possibilitam acompanhar os efeitos – e defeitos – de políticas e programas nas mais variadas áreas setoriais, tais como trabalho, educação, saúde, previdência e assistência social, entre as principais. As Munic e, desde 2012, as Pesquisas de Informações Básicas Estatuais (Estadic) têm viabilizado o dimensionamento da capacidade subnacional de gestão de políticas, de equipamentos públicos e de atendimento de serviços sociais. As três pesquisas se destacam pelo conjunto integrado de informações que proporcionam, pela abrangência temática, regularidade e cobertura territorial. Essas características garantiram a produção de dados cruciais para identificação de demandas sociais, elaboração de diagnósticos, formulação de políticas e programas e avaliação da efetividade dos mesmos ao longo das últimas décadas.


É o que se procura resgatar de forma breve e ensaística nesse texto, como subsídio para o debate acerca do mérito e dificuldades de financiamento do Censo 2020, dos suplementos temáticos das PNAD-C, Munic e outras pesquisas do Sistema Estatístico. Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país. Não são pouco gravosas as consequências da eventual descontinuidade de séries históricas de longa data ou a decisão de adiar a captação de dados acerca de novas questões da agenda social no país.


Fonte: JANUZZI, P. M. A importância da informação estatística para as políticas sociais no Brasil: breve reflexão sobre a experiência do passado para considerar no presente. “Revista Brasileira de Estudos de População”, V. 35, N. 1, 2018, p. 1-10. (adaptado)


Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepop/a/77qbqWdQWx3b5gg7wLVmtsF/?lang=pt#



Acesso em 26 jul. 2023.




Na frase “Trata-se de um debate que precisa ser realizado com perspectiva histórica e pluralidade de visões acerca do uso da informação estatística para o Estado e sociedade no país” (5º parágrafo), o verbo destacado, quanto à transitividade, classifica-se do mesmo modo que o verbo destacado em: 
Alternativas
Q2269943 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Por que tantos adultos tomam remédio para tratar TDAH?


Apesar do aumento da consciência em relação ao TDAH nas últimas duas décadas, a realidade é que muitas pessoas, especialmente mulheres e indivíduos de grupos étnicos minoritários, não recebem diagnóstico de TDAH durante a infância.

Ao contrário da depressão ou ansiedade, diagnosticar o TDAH em fase adulta é uma tarefa complexa. O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, requer, em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH. Esses traços precisam ser graves e persistentes o suficiente para impactar negativamente a capacidade de a pessoa ter uma vida saudável e funcional.

Um indivíduo comum pode apresentar alguns sintomas que lembram o TDAH, o que torna desafiador distinguir entre características semelhantes ao TDAH - como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas - e um transtorno médico que requer diagnóstico.

Uma vez que não existe um teste objetivo para diagnosticar o TDAH, os médicos frequentemente realizam entrevistas estruturadas com os pacientes, coletam informações de familiares por meio de escalas de avaliação e analisam registros clínicos para chegar a um diagnóstico preciso.

Os desafios no diagnóstico também são notados por profissionais de saúde mental, incluindo psiquiatras, devido às semelhanças do TDAH com outras condições. Curiosamente, a dificuldade de concentração é o segundo sintoma mais comum em todos os distúrbios psiquiátricos.

A complexidade é ainda maior porque o TDAH é um fator de risco para várias condições com as quais compartilha características. Por exemplo, a constante exposição a feedbacks negativos pode levar adultos com TDAH a desenvolverem sintomas secundários de depressão e ansiedade.

O diagnóstico preciso exige um profissional de saúde habilidoso e bem treinado, disposto a investir o tempo necessário para coletar minuciosamente o histórico do paciente. Considerando as circunstâncias da pandemia, embora haja alguns fatores evidentes, ainda não está claro o quanto eles têm contribuído para o aumento nas prescrições de estimulantes.

No ano de 2021, os EUA ainda estavam no ápice da pandemia. As pessoas enfrentavam perdas de emprego, desafios financeiros e as complexidades do trabalho remoto, enquanto equilibravam responsabilidades como a educação online de seus filhos. Insegurança e incerteza eram sentimentos generalizados, com muitas famílias lamentando a perda de entes queridos.

A pandemia impactou a todos, mas as evidências sugerem que as mulheres foram afetadas de maneira mais intensa. Isso possivelmente levou a um aumento proporcional na busca por tratamentos estimulantes para auxiliar na adaptação às exigências do cotidiano.

Adicionalmente, com restrições em espaços recreativos presenciais, as pessoas passaram a investir mais tempo nas plataformas digitais. Em 2021, o conceito de "neurodiversidade" ganhou força nas discussões online sobre justiça social. Esse termo, que não possui conotação médica, aborda a vasta gama de processos cerebrais que diferem do padrão convencional.

Na mesma época, a hashtag #ADHD se tornou uma tendência relevante no TikTok, com relatos divertidos sobre perdas de objetos, procrastinação e características do TDAH. Entretanto, mesmo com a proliferação de conteúdo online relacionado ao TDAH, uma pesquisa conduzida no Canadá classificou os vídeos do TikTok com a hashtag #ADHD em categorias baseadas em precisão e utilidade. O achado foi notável: a maioria dos vídeos era imprecisa. Somente 21% das postagens ofereciam informações corretas e úteis.

Dessa forma, em meio à comunidade online em crescimento, muitas pessoas recentemente diagnosticadas com TDAH não estão, de fato, sofrendo desta condição. Pesquisas mostram que outros confundiram TDAH com transtornos surpreendentemente comuns, como leves problemas de atenção que não atingem o nível de gravidade para serem considerados TDAH.



https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g8d5pj08go. Adaptado.
O processo de diagnóstico, seja em crianças ou não, 'requer', em primeiro lugar, a identificação de traços que se assemelham ao TDAH.

Em relação ao verbo destacado, é CORRETO afirmar que, nesta frase, trata-se de verbo:
Alternativas
Q2269692 Português

Com base no Texto a seguir, publicado no Jornal da USP, em 07/03/2023, responda à questão.



Na educação, o ChatGPT não estimula o pensamento crítico


Rogério de Almeida diz que a ferramenta é capaz de organizar os dados de forma coerente, mas é incapaz de um pensamento

crítico

 


[...]

 O professor brinca e pergunta para o chatbot como ele vê a questão da principal preocupação dos acadêmicos com o chat. O próprio ChatGPT pontua cinco questões: a primeira seria a existência de um viés, mediado pelos algoritmos, que pode reproduzir preconceitos; a segunda, ética, do ponto de vista de como o chat seria utilizado; a terceira, sobre a privacidade, já que ele funciona com o uso de diversos dados; a quarta, seria a do controle, pois ele é imprevisível e se deve prezar pelo bem-estar das pessoas; quinto, a transparência de como essa ferramenta funciona.

Porém, o especialista não segue a linha de raciocínio dessa inteligência artificial: “Eu vou por outro caminho. O que eu acho que ele nos coloca é uma questão muito interessante daquilo que nós consideramos humano. Porque, de certa forma, a inteligência artificial aprende conosco, ela é treinada com os textos que nós produzimos. Isso nos coloca em xeque em relação à criatividade e ao pensamento crítico”.

[...]

“Quando a gente pede uma redação, um trabalho escrito, o que o professor espera do aluno: que ele reflita, pense e crie ou meramente se adapte a um certo modelo?”, questiona Almeida. Na área pedagógica, a construção e o investimento no pensamento crítico, que, diferentemente das máquinas, são característicos do ser humano, devem ser priorizados.

O professor ainda acrescenta que o banco de dados dos chatbots é baseado nos conteúdos on-line, ou seja, é constantemente alimentado por criações humanas. Assim, a criticidade também é importante para evitar a disseminação de informações errôneas, que podem influenciar, além de tudo, na educação: “Aquilo que a gente criar de novo vai reabilitá-la, de modo que ela vai devolver isso para nós. A tendência é que esses robôs que estimulam a linguagem humana fiquem cada vez mais aperfeiçoados. Mas, se nós, humanos, produzimos notícias falsas intencionalmente, a gente não tem como saber o que o chat vai fazer. Ele não tem uma vontade própria e ele aprende com essas informações”, diz o professor.

 


(Adaptado).

A classificação CORRETA quanto à transitividade do verbo ACRESCENTAR em: “O professor ainda que o banco de acrescentadados dos chatbots é baseado nos conteúdos on-line” é: 
Alternativas
Q2267482 Português
Pode-se observar uma regência verbal inadequada, segundo a norma padrão da língua portuguesa, na seguinte frase: 
Alternativas
Q2266566 Português
Analfabetismo


    Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica. 

    Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá: 

    — Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.


      A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:

    — A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não leem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado. 

      Replico eu:

     — Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições…

    — As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas — “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.

    E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento.  

(ASSIS, Machado. Analfabetismo. In: Crônicas Escolhidas. São Paulo: Editora Ática S.A, 1994.)
Considerando as relações de subordinação existentes e estabelecidas entre o termo regente e o termo regido, subordinado ao primeiro, identifique a adaptação cuja correção é real de acordo com a Norma Padrão da Língua (alterações semânticas deverão ser ignoradas):  
Alternativas
Q2265832 Português

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto seguinte.


Nos cantos escuros da casa, _____ ratos ágeis e sorrateiros _____ exploravam silenciosamente cada fresta e rachadura em busca de comida. Os ratos possuem uma habilidade extraordinária de escapar de locais apertados, _____ devemos nossa dificuldade em controlá-los.

Alternativas
Q2264542 Português
Assinale o enunciado que não apresenta nenhum erro de regência nominal ou verbal.
Alternativas
Q2264326 Português
APP de namoro é só para jovem?


     Existe a crença de que os idosos têm a tendência de se isolar e de resistir a novidades – sejam avanços tecnológicos, fazer amizades ou viver relações amorosas. Para especialistas, essa visão é ultrapassada. A sociedade envelhece e está cada vez mais conectada, especialmente após a pandemia. Segundo a Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL/SPC Brasil), 68% dos idosos acessavam a internet em 2018 e, em 2021, o índice subiu para 97%.
     As redes sociais se tornaram ferramentas muito usadas para lidar com a solidão – e com os idosos não é diferente. Eles também estão se adaptando às transformações, inclusive por meio de aplicativos de relacionamento, o que é positivo para a saúde mental e o bem-estar.
     É o caso de Ivone, 82 anos, que tem três filhos, seis netos e um bisneto. Em 2019, ela começou a usar apps de namoro. “Decidi entrar no Tinder, que me abriu as portas novamente. Conheci pessoas, fiz amigos, tive um namoro muito bom de um ano.
     Ivone acredita que ainda há estigmas sobre relacionamentos na terceira idade, mas não se deixa afetar por isso. “As pessoas dizem que quem tem mais idade não pode isso e aquilo. Não é verdade. Posso tudo, sou feliz, a gente tem de ser feliz. Meu sentimento é o mesmo de quando tinha 40 anos, não tem diferença”, conta.
     Segundo a socióloga Silvana Maria Bitencourt, professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a sociedade não quer falar sobre envelhecimento porque remete à ideia de morte. “A gente se prepara para viver e não para envelhecer. Nos preocupamos muito com a aparência. A sociedade precisa entender que as pessoas mais velhas querem ser felizes. Quando a pessoa vai atrás de um relacionamento na terceira idade, é porque ela se aceita e aceita os outros. Ela está buscando a felicidade”, destaca.

(Sofia Lungui. https://www.estadao.com.br/saude/app-de-namoro-e-so- -para-jovem-eles-tambem-buscam-o-match-depois-dos-60-continuo- -beijando/?utm_source=estadao:mail Adaptado)
Considere as passagens do texto.

•  Existe a crença de que os idosos têm a tendência de se isolar e de resistir a novidades... (1º parágrafo) •  ... a sociedade não quer falar sobre envelhecimento porque remete à ideia de morte. (último parágrafo)

Assinale a alternativa em que os trechos destacados estão reescritos respeitando a norma-padrão de regência e o emprego do sinal indicativo de crase.
Alternativas
Q2263336 Português
 A crase é usada no trecho: O culpado, disseram, cedera à monomania do assassínio e do roubo porque o verbo ceder exige a preposição a (transitivo indireto). Assinale a alternativa em que a regra de uso da crase NÃO corresponda à regência verbal. 
Alternativas
Q2263335 Português
Assinale a alternativa em que as regras de regência verbal NÃO correspondam ao portuguêspadrão. 
Alternativas
Q2262661 Português
Assinale a alternativa CORRETA, considerando, ainda, o Texto 1.  
Alternativas
Q2262603 Português

Analise as afirmativas abaixo em relação à regência verbal. 

I. Visamos ao sucesso, sempre!

II. Chegamos para o local indicado no mapa.

III. Os treinadores físicos e médicos assistiram o jogador contundido.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Respostas
741: C
742: B
743: D
744: B
745: D
746: D
747: C
748: C
749: E
750: B
751: D
752: A
753: B
754: B
755: E
756: D
757: C
758: A
759: C
760: E