Questões de Concurso Sobre regência em português

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Q2285087 Português
Texto para a questão

O PÔR DO SOL E A ORQUÍDEA

(com adaptações)

Rubem Alves


O sol estava se pondo. O pôr do sol a fez lembrar-se do seu pai. E ela começou a falar. Ele estava mortalmente enfermo e sabia disso. Ela abandonou o seu trabalho para estar com ele. E conversavam sobre a partida que se aproximava.

Tranquilamente. Aqueles que aceitam a chegada da morte ficam tranquilos.

Disse-me que a hora que seu pai mais amava era o crepúsculo.

Desde menina, ele se assentava com ela e ia mostrando a beleza das nuvens incendiadas, a progressiva e rápida sucessão das cores, azul, verde, amarelo, abóbora, vermelho, roxo…

À medida que a morte se aproximava, a fraqueza aumentava. Mas, mesmo fraco, queria ver o pôr do sol. Talvez pela irmandade de um homem que morre e um sol que se põe.

Numa dessas tardes, ela não conseguiu conter as lágrimas. Chorou. Ele a abraçou e colocou seu dedo sobre os seus lábios. “Não quero que você chore…” E, apontando para o sol que se punha, disse: “Eu estarei lá…”.

E contou-me também de uma orquídea que silenciosamente acompanhou esses momentos de despedida.

A orquídea, depois que seu pai partiu para o pôr do sol, se recusou a parar de florir…

Será que o seu pai foi morar na orquídea? É possível…

Rubem Alves, no livro “Ostra feliz não faz pérola”. Editora Planeta, 2008.


Assinale a alternativa gramaticalmente correta quanto à regência verbal:
Alternativas
Q2284862 Português
Leia as frases a seguir, atentando para a regência:
I. João Batista, dê um pulo na drogaria e me compre este remédio, por favor. II. O governo não quis atender às reivindicações salariais dos professores. III. Meu caro Joaquim, ninguém jamais o perdoará por isso. IV.Não tenham preconceito e façam sempre consultas no dicionário. V. O governo que visa ao bem de todos não deve visar a lucros extraordinários. VI.Pode ser um defeito, mas não consigo ter ódio a ninguém.
Assinale a alternativa CORRETA quanto à regência: 
Alternativas
Q2284145 Português
Com relação à regência verbal, assinalar a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q2282742 Português
O poder da gentileza: é justamente em
momentos delicados que precisamos nos
tornar mais gentis para que uma mudança
positiva aconteça


(Texto adaptado especificamente para este concurso. O texto
original é de autoria de Gustavo Tanaka, foi publicado na revista
Vida Simples, Caminho das Virtudes, em 2021, no número 231-
Vida Simples Conteúdo Editorial e Negócios Ltda).


    Vivemos tempos difíceis. Não é preciso falar muito sobre isso. Cada um sabe dos desafios pelos quais tem passado e de como o momento atual está nos exigindo o melhor que nos habita. Como forma de apoiar nesse processo, quero lembrar (eu me incluo como leitor) de uma virtude que pode nos ajudar: a gentileza. Ela costuma ser deixada de lado e parece ser menos significante do que virtudes mais comentadas, tais como: fé, amor, compaixão e coragem. Todavia é nela que pode se ter o antídoto para muitos desafios atuais.
    É imprescindível a prática da gentileza e ela deve se iniciar com você. Lembre-se de que estamos vivendo algo único e desafiador, não se torne seu próprio carrasco, não se cobre uma alta performance: de entregar um grande resultado, de ter a paz de Buda ou ser evoluído como Jesus. Ser gentil é aceitar suas limitações, acolher suas emoções, afirmar que está tudo caminhando conforme o esperado e ter a consciência de que cada um faz o melhor que pode. O acolhimento e a aceitação são garantias de que essas qualidades podem se transformar em atos para os outros, isso traz tranquilidade.
    Ao ser gentil comigo mesmo, abro espaço para experimentar essa prática para com os que estão ao meu redor: esses dias me peguei sentindo muita raiva de uma pessoa que havia sido rude comigo. Eu nem a conhecia e estava exigindo dela um comportamento mais amoroso. Mas, então, pensei: “Poxa, não está fácil para mim. Talvez não esteja para ela também”. E aí pensei que eu tenho minhas ferramentas e repertório para ficar bem, ou seja, o que escrevo aqui nesta coluna. Talvez aquela pessoa não tivesse esses recursos. Em alguns instantes eu consegui mudar meu comportamento e procurei ser gentil para com ela. Abri um sorriso. Agradeci. Tentei puxar assunto e ser legal. Confesso que não consegui me aprofundar muito na conversa. Senti-me bem de não a ter humilhado ou descontado a minha frustração nela. Creio que a tenha ajudado a se acalmar um pouco também.
    É muito fácil ser gentil quando tudo está maravilhoso em nossas vidas. Entretanto, é necessário compartilhar intenções mais claras para escolher ser gentil quando o contexto não é favorável, quando há ingredientes para a prática da rudez e da cólera. A escolha entre usá-los ou optarmos por praticar a gentileza com a intenção de mudar nosso entorno para melhor é nossa. Então, agora é sua vez: o que você decide praticar?

De acordo com o texto, analise o fragmento referente à regência verbal: “Como forma de apoiar nesse processo, quero lembrar (eu me incluo como leitor) de uma virtude que pode nos ajudar: a gentileza”.

I. Apresenta-se em forma pronominal (verbo + se), portanto, é um verbo intransitivo.
II. Torna-se um verbo pronominal quando lhe é atribuído a função de verbo transitivo direto.
III. Forma-se como verbo transitivo indireto quando traz um complemento preposicionado encabeçado pela preposição de.

Diante do exposto, assinale a alternativa em que o verbo lembrar tem seu uso justificado.
Alternativas
Q2282737 Português
O poder da gentileza: é justamente em
momentos delicados que precisamos nos
tornar mais gentis para que uma mudança
positiva aconteça


(Texto adaptado especificamente para este concurso. O texto
original é de autoria de Gustavo Tanaka, foi publicado na revista
Vida Simples, Caminho das Virtudes, em 2021, no número 231-
Vida Simples Conteúdo Editorial e Negócios Ltda).


    Vivemos tempos difíceis. Não é preciso falar muito sobre isso. Cada um sabe dos desafios pelos quais tem passado e de como o momento atual está nos exigindo o melhor que nos habita. Como forma de apoiar nesse processo, quero lembrar (eu me incluo como leitor) de uma virtude que pode nos ajudar: a gentileza. Ela costuma ser deixada de lado e parece ser menos significante do que virtudes mais comentadas, tais como: fé, amor, compaixão e coragem. Todavia é nela que pode se ter o antídoto para muitos desafios atuais.
    É imprescindível a prática da gentileza e ela deve se iniciar com você. Lembre-se de que estamos vivendo algo único e desafiador, não se torne seu próprio carrasco, não se cobre uma alta performance: de entregar um grande resultado, de ter a paz de Buda ou ser evoluído como Jesus. Ser gentil é aceitar suas limitações, acolher suas emoções, afirmar que está tudo caminhando conforme o esperado e ter a consciência de que cada um faz o melhor que pode. O acolhimento e a aceitação são garantias de que essas qualidades podem se transformar em atos para os outros, isso traz tranquilidade.
    Ao ser gentil comigo mesmo, abro espaço para experimentar essa prática para com os que estão ao meu redor: esses dias me peguei sentindo muita raiva de uma pessoa que havia sido rude comigo. Eu nem a conhecia e estava exigindo dela um comportamento mais amoroso. Mas, então, pensei: “Poxa, não está fácil para mim. Talvez não esteja para ela também”. E aí pensei que eu tenho minhas ferramentas e repertório para ficar bem, ou seja, o que escrevo aqui nesta coluna. Talvez aquela pessoa não tivesse esses recursos. Em alguns instantes eu consegui mudar meu comportamento e procurei ser gentil para com ela. Abri um sorriso. Agradeci. Tentei puxar assunto e ser legal. Confesso que não consegui me aprofundar muito na conversa. Senti-me bem de não a ter humilhado ou descontado a minha frustração nela. Creio que a tenha ajudado a se acalmar um pouco também.
    É muito fácil ser gentil quando tudo está maravilhoso em nossas vidas. Entretanto, é necessário compartilhar intenções mais claras para escolher ser gentil quando o contexto não é favorável, quando há ingredientes para a prática da rudez e da cólera. A escolha entre usá-los ou optarmos por praticar a gentileza com a intenção de mudar nosso entorno para melhor é nossa. Então, agora é sua vez: o que você decide praticar?

Ao ler o fragmento a seguir, mantenha o foco em aposto como termo acessório da oração: “O acolhimento e a aceitação são garantias de que essas qualidades podem se transformar em atos para os outros, isso traz tranquilidade”.

I. isso é um aposto distributivo – tem como função especificar ou individualizar um termo genérico usado na oração.
II. isso é um aposto enumerativo – tem como função enumerar partes constituintes de uma oração. Na maioria das vezes, o aposto enumerativo é separado por vírgulas, dois pontos ou travessão.
III. isso é um aposto resumitivo, resumidor ou recapitulativo – tem como função resumir uma sequência de termos em apenas uma palavra.

Assinale a alternativa correta em referência ao aposto em destaque. 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IF-SP Órgão: IF-SP Prova: IF-SP - 2023 - IF-SP - Assistente de Alunos |
Q2281015 Português
Quanto à regência verbal e nominal, analise o emprego da preposição nas alternativas abaixo, assinalando a forma correta de uso:
Alternativas
Q2280776 Português
Leia atentamente as alternativas abaixo e assinale aquela em que há um erro de regência verbal:
Alternativas
Q2280388 Português

Leia o texto abaixo para responder às questões de 01 a 10: 


    Todo mundo, em algum momento da vida, já fez planos. Ainda que em curto prazo, fazer planos dá um sentido para a rotina, sejam planos de viagem, planos de férias ou planos para mudar de casa. Mas e plano de vida, você tem um?

    Provavelmente, você já fez planos para sua carreira profissional, mas talvez nunca tenha pensado em fazer um planejamento detalhado para sua vida em geral, para colocar em prática em um futuro próximo. Vamos entender melhor o que é um plano de vida, quais as vantagens de ter um e como criar o seu. 


O que é um plano de vida?

   Existem várias opiniões e teorias sobre o segredo para ter uma vida feliz. Trabalhar muito, ter foco, disciplina e resiliência são apenas alguns exemplos. No entanto, um dos fatores essenciais para alcançar sucesso em qualquer coisa na vida é ter um planejamento. Todo mundo tem metas ou desejos na vida que geralmente giram em torno de afirmações como “quero ganhar mais dinheiro”, “quero ser feliz”, “quero ter um trabalho de que eu goste” ou “quero fazer uma viagem ao redor do mundo”, entre vários outros exemplos. No entanto, a maioria não tem um plano específico para atingir esses objetivos, com detalhes sobre como alcançar seus sonhos e metas. 

   Planejar sua vida é uma das maneiras mais poderosas de alcançar o que você deseja. Ninguém planeja falhar na vida, mas, sem um planejamento, a probabilidade de fracasso é bem maior. Planejar sua vida é como ter um mapa que ajuda você a chegar ao seu destino. Apesar disso, muitas pessoas não planejam suas vidas e acabam se sentindo perdidas ou estagnadas. 



Por que um plano de vida é tão importante?

   Quando você planeja sua vida, está dando os primeiros passos necessários não apenas para identificar e alcançar seus objetivos, mas também para fazer isso da maneira mais eficiente. Sem um plano, as coisas acontecem totalmente ao acaso. Com um plano de vida, você sabe qual o caminho a seguir. Usando um exemplo simples: quando você vai viajar, você planeja sua viagem; se você vai se casar, você planeja seu casamento; quando você decide dar uma festa em casa, você planeja o evento.

   Qualquer uma dessas ações exige um planejamento prévio. Planejar sua vida é a mesma coisa e é muito importante para ajudar você a conquistar seus objetivos e a se sentir no controle do seu presente e futuro. Ao criar um plano de vida, você identifica seus valores, determina o que é importante para você e o que deseja em sua vida. Dessa maneira, você avalia suas opções em relação aos seus valores e escolhe a alternativa que melhor atende as suas prioridades.

   Seja uma decisão mais simples, como comprar o carro dos seus sonhos, ou uma decisão importante, como mudar de carreira ou investir seu dinheiro na criação da sua própria empresa, um plano de vida o ajuda a decidir o que é adequado para você. 



Faça-se as perguntas certas

   Você pode propor as seguintes questões antes de traçar seu plano de vida:

a) Quais objetivos você deseja alcançar? O que você precisa melhorar? É importante saber que suas metas podem mudar com o tempo. As prioridades aos 30 anos de idade são diferentes das prioridades que se tem aos 50 ou 60 anos.

b) Quem são as pessoas e quais são os aspectos mais importantes da sua vida? O mais importante para você pode ser crescer na carreira, criar sua própria empresa, criar uma família ou um projeto de vida sustentável. Concentre-se e pense em suas prioridades.

c) O que inspira você em suas metas? Todo mundo deseja ter liberdade financeira e um ambiente de trabalho saudável. Mas o que mais inspira você? Ao se fazer essa pergunta, você descobrirá o que o motiva. Assim, será mais fácil começar a criar um plano de vida.

d) Como conseguirei atingir esses objetivos? Um plano de vida define metas que sejam viáveis, mensuráveis e alinhadas com os resultados que você pretende obter. Fazer uma lista de etapas práticas transforma seu plano em algo que é real. 

(ADAPATDO. A Importância do Plano de Vida para Alcançar seus Objetivos | Indeed.com Brasil

Quanto ao excerto: “Planejar sua vida é a mesma coisa e é muito importante para ajudar você a conquistar seus objetivos e a se sentir no controle do seu presente e futuro.” Marque a opção que explica a palavra destacada: 
Alternativas
Q2279534 Português
Setor administrativo
       O setor administrativo é um dos mais importantes para alcançar os objetivos da instituição, pois é por ele que são tomadas as decisões estratégicas. Trata-se do alicerce para todas as outras atividades de uma instituição.
Disponível em:<https://www.pontotel.com.br/> . Acesso em: 30 jun. 2023, com adaptações.

Com base nos aspectos gramaticais referentes ao texto e nas regras de concordância e de regência prescritas pela norma-padrão, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2279107 Português
Leia este fragmento de uma notícia:

Uma adolescente ganhou de presente neste Natal um animal de estimação nada convencional em Juiz de Fora. Letícia Matos, de 15 anos, pediu aos pais uma cobra de estimação e teve o pedido atendido — ganhou uma jiboia nesta segunda-feira (25).
Ao G1, ela destacou que pesquisou bastante antes de pedir o animal e que está preparada para cuidar da jiboia, que ainda é filhote. “Tenho certeza que vou gostar muito do animal e vou dar toda a atenção que ela precisa, cuidando bem da alimentação dela e realizando a limpeza adequada no terrário”, garantiu.
ALBERTO, Fellype. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/ zona-da-mata/noticia/adolescente-ganha-jiboia-como-presentede-natal-dos-pais-em-mg.ghtml?utm_source=facebook&utm_ medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em: 15 jun. 2023. [Fragmento]

Considerando a norma-padrão, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2278848 Português
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência, de acordo com a norma culta:
Alternativas
Q2278601 Português

Síndrome de burnout: o que é e quais os direitos dos trabalhadores diagnosticados


Por Mariana Lemos






(Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2022/11/10/sindrome-de-burnout-o-que-e-equais-os-direitos-dos-trabalhadores-diagnosticados – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas nas linhas 10, 14 e 23.
Alternativas
Q2278533 Português
Considerando a oração “Este local sedia os debates sociais”, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q2278187 Português
Em conformidade com uma adequada aplicação da regência nominal, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) Em "O professor é exigente _____ os alunos", o adjetivo "exigente" requer que a lacuna seja preenchida com a preposição "com".
( ) Em "Ele é indiferente ____ política", o adjetivo "indiferente" exige que a lacuna seja preenchida com a preposição "a", que, de acordo com as regras da Língua Portuguesa, deverá conter acento indicativo de crase.
( ) Em "Ele é imune ____ doenças", a lacuna poderá ser preenchida com a preposição "a", que, seguindo as regras da Língua Portuguesa, não deverá receber acento indicativo de crase.
Alternativas
Q2278186 Português
 O verbo que exige o mesmo tipo de complemento verbal que o grifado na frase "Eu perdoei as atitudes indevidas ao amigo" é: 
Alternativas
Q2275447 Português

Leia o texto 1 e responda a questão.


Texto 1

SERVIDOR PÚBLICO DO FUTURO DEVE SE SENTIR

FELIZ E TER EMPATIA, AFIRMA PESQUISADOR



Ter espírito público é uma das características consideradas essenciais por especialistas para oferecer o melhor atendimento ao cidadão.

Tatiana Cavalcanti




Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/03/servidor-publico-do-futuro-trabalha-com-prazer-tem-vocacao-e-sesente-feliz-no-que-faz.shtml. Acesso em: 19 de maio 2023. [Adaptado].

“De acordo com o professor da FGV, muitos candidatos escolhem o serviço público para ter estabilidade e um bom salário justamente para fugir do que ele chama de precarização do setor privado.” (§ 7)
Na passagem acima, o emprego da preposição “do” está de acordo com norma culta da língua. Assinale a alternativa em que o emprego da preposição sublinhada CONTRARIA a norma culta da língua:
Alternativas
Q2274171 Português
Atente para a matéria abaixo, publicado na revista SBC Horizontes, em 6 de junho de 2023, para responder à  questão


ChatGPT: concepções epistêmico-didático-pedagógicas dos usos na educação

Mariano Pimentel
Felipe Carvalho

[...]

     Para investigarmos o fenômeno se dando, questionamos algumas/uns estudantes do Bacharelado de Sistemas de Informação, em Computação, sobre como usam o ChatGPT no cotidiano. Os relatos, aqui publicados com autorização das/dos estudantes (umas/uns preferiram ser identificadas/os pelo nome verdadeiro, outras/os por pseudônimo), são reveladores de como as práticas de estudo-aprendizagem estão sendo reconfiguradas por essa tecnologia:

[...]

      Não é raro o sentimento de ler sobre um determinado assunto durante uma hora inteira e terminar com a impressão de não ter entendido realmente o que aquilo tudo queria dizer. Particularmente, descobri recentemente que o ChatGPT é uma ótima ferramenta de apoio para que as coisas façam sentido na nossa cabeça. Se pedimos ao ChatGPT para explicar algum tema complexo de forma simples, ele se prova extremamente competente em desenvolver esses resumos. Se logo após a resposta escrevermos “ainda não entendi. Explique como se eu tivesse 5 anos de idade”, a explicação vem ainda mais simplificada, com uma linguagem ainda mais acessível. A minha experiência tem sido positiva nesse aspecto; recomendo! (Caio Rodrigues)

[...]

      As/os estudantes não são “idiotas culturais”, não aceitam tudo o que o ChatGPT apresenta como resposta, não são acríticos: “não confio cegamente, pois sei da sua fama de alucinar”; “já percebi que ele dá algumas respostas erradas… Então eu não confio 100% no ChatGPT”. Para lidar com os problemas, as/os estudantes criam suas táticas: “descobri que 'falando' do jeito certo é possível obter resultados muito melhores e mais precisos”; “não o uso pra [pesquisar] atualidades”. As/os estudantes já entendem que ele não serve para tudo: “o ideal é sempre ter inúmeras fontes e não depender apenas de uma”; “ChatGPT não deve ser a única maneira de aprender. É uma excelente ferramenta de aprendizado, mas na minha opinião, ainda não pode ser usada sozinha” (Walter Saldanha Pereira Filho).
     
      Por outro lado, embora amplamente difundido e usado pelas/os estudantes do curso em questão, algumas/uns delas/es ainda não o utilizam com muita frequência: “Não faço um uso muito intenso do ChatGPT, não vejo formas, por enquanto, de que ele me agregue algo.” (Leandro Cesar Coelho da Silva) Para Fernando, o pouco uso que faz do ChatGPT é decorrente dos problemas que ele apresenta; pode ser que esse estudante ainda esteja se adaptando, não tenha ainda desenvolvido boas táticas para lidar com os problemas do ChatGPT, que esteja passando por uma etapa de transição:

[...]

       ChatGPT também é útil na educação básica?
       O ChatGPT surpreendeu o mundo por ser capaz de discorrer sobre quase todos os assuntos a uma velocidade sobre-humana. Com sua interface tão simples quanto os mecanismos de busca na web, basta fazer uma pergunta que ele imediatamente se põe a escrever de maneira coerente e articulada. Tudo muito simples e arrebatador. Mas, para meu pai (o do primeiro autor deste artigo), o ChatGPT foi uma decepção. Para demonstrar o seu potencial, propus que fizéssemos alguns testes. Primeiro pedimos que ele escrevesse um conto como se fosse Guimarães Rosa, mas ele fracassou porque o ChatGPT conhece pouco de nossa literatura brasileira; afinal, feito por uma empresa americana, volta-se para o público que fala inglês, sendo esse o idioma de 93% dos textos utilizados para o aprendizado inicial do GPT-3; para nós, lusófonos, foram dedicados apenas 0.5% desses textos, essa pequena amostra foi tudo o que ele aprendeu em português. Depois pedimos que ele listasse as pessoas mais famosas de nossa cidade, Barra do Piraí, uma cidade do interior do Rio de Janeiro com 100 mil habitantes. Em vez de dizer que não tinha informações sobre a nossa cidade, ele começou a dar informações falsas dizendo que alguns artistas famosos eram de lá. Naquela época ainda não entendíamos a limitação do conhecimento do ChatGPT e estranhamos aquelas mentiras deslavadas. É preciso conhecer essas limitações-características para nos darmos melhor com essa tecnologia, caso contrário inevitavelmente encontraremos a frustração. Conhecendo um pouco melhor suas potencialidades, vamos aprendendo a identificar em que situações ele é útil. [...]

(Adaptado).

Observe as análises abaixo relacionadas quanto ao aspecto da regência aplicada nas frases.


I- Em “o pouco uso que faz do ChatGPT é decorrente dos problemas que ele apresenta o termo sublinhado é regido pelo verbo SER, formando um todo significativo.


II- Em “Se pedimos ao ChatGPT“,o termo sublinhado é regido pelo verbo PEDIR e exerce a função de objeto direto.


III- Em “ainda não entendíamos a limitação do conhecimento do ChatGPT“ o termo sublinhado é regido pelo verbo ENTENDER e exerce a função de objeto direto.



Está CORRETO o que se apresenta apenas em:

Alternativas
Q2274165 Português
Com base no Texto a seguir, publicado no Jornal da USP, em 07/03/2023, responda à questão.


Na educação, o ChatGPT não estimula o pensamento crítico

Rogério de Almeida diz que a ferramenta é capaz de organizar os dados de forma coerente, mas é incapaz de um pensamento crítico

[...]

    O professor brinca e pergunta para o chatbot como ele vê a questão da principal preocupação dos acadêmicos com o chat. O próprio ChatGPT pontua cinco questões: a primeira seria a existência de um viés, mediado pelos algoritmos, que pode reproduzir preconceitos; a segunda, ética, do ponto de vista de como o chat seria utilizado; a terceira, sobre a privacidade, já que ele funciona com o uso de diversos dados; a quarta, seria a do controle, pois ele é imprevisível e se deve prezar pelo bem-estar das pessoas; quinto, a transparência de como essa ferramenta funciona.
    Porém, o especialista não segue a linha de raciocínio dessa inteligência artificial: “Eu vou por outro caminho. O que eu acho que ele nos coloca é uma questão muito interessante daquilo que nós consideramos humano. Porque, de certa forma, a inteligência artificial aprende conosco, ela é treinada com os textos que nós produzimos. Isso nos coloca em xeque em relação à criatividade e ao pensamento crítico”.
     [...]
     “Quando a gente pede uma redação, um trabalho escrito, o que o professor espera do aluno: que ele reflita, pense e crie ou meramente se adapte a um certo modelo?”, questiona Almeida. Na área pedagógica, a construção e o investimento no pensamento crítico, que, diferentemente das máquinas, são característicos do ser humano, devem ser priorizados.
     O professor ainda acrescenta que o banco de dados dos chatbots é baseado nos conteúdos on-line, ou seja, é constantemente alimentado por criações humanas. Assim, a criticidade também é importante para evitar a disseminação de informações errôneas, que podem influenciar, além de tudo, na educação: “Aquilo que a gente criar de novo vai reabilitá-la, de modo que ela vai devolver isso para nós. A tendência é que esses robôs que estimulam a linguagem humana fiquem cada vez mais aperfeiçoados. Mas, se nós, humanos, produzimos notícias falsas intencionalmente, a gente não tem como saber o que o chat vai fazer. Ele não tem uma vontade própria e ele aprende com essas informações”, diz o professor.

(Adaptado).
A classificação CORRETA quanto à transitividade do verbo ACRESCENTAR em: “ O professor ainda acrescenta que o banco de dados dos chatbots é baseado nos conteúdos on-line” é:
Alternativas
Q2273879 Português
TEXTO


       Para compreender a questão da grilagem, é necessário conhecer as formas históricas de distribuição e aquisição de terras no Brasil. No período colonial, a divisão do território em sesmarias (imensos lotes de terras virgens distribuídos em nome do rei de Portugal para agricultura) criou problemas que estão na origem da questão fundiária atual.
       Um primeiro problema surge da dificuldade em se mapear um território tão extenso. Além disso, amplas áreas não eram utilizadas do ponto de vista produtivo. Outro problema vem da escassez de população, que limitava a ocupação do território e a disponibilidade de força de trabalho no campo. Estima-se que, até 1700, a população brasileira era de apenas 300 mil habitantes, em boa medida concentrados no litoral nordestino e nas regiões mineradoras, segundo aponta Celso Furtado em seu livro Formação Econômica Brasileira.
       Por fim, somam-se a essas questões limitações políticas de domínio territorial, já que muitas regiões, principalmente no interior do país, não eram administradas na prática pela coroa portuguesa ou eram regiões em disputa com outros países. [...]
       Com a independência do país em 1822 e a revogação do regime das sesmarias, instaurou-se um vazio jurídico que reforçou a ocupação espontânea. O território em construção e seus confins alimentavam os mais diversos anseios de apropriação e exploração, tanto para os atores mais vulneráveis do campo (camponeses, indígenas, caboclos, escravos libertos) quanto para os mais providos. [...]
       A Lei de Terras, de 1850, que dispõe sobre as terras devolutas no Império, passa a ser um marco na regulação fundiária nacional ao estipular que o acesso à terra não mais se daria pela mera ocupação, e sim por meio da sua compra. Ao instituir a propriedade privada e o mercado de terras, a Lei de Terras estabeleceu, ao mesmo tempo, a definição de terra pública. Assim, todos os possuidores (sesmeiros e posseiros) tinham um prazo estabelecido para registrarem suas terras, sob pena de estas caírem em comisso, isto é, de voltarem ao domínio público e serem consideradas, portanto, terras devolutas. [...]
       Ela é, ainda, interpretada como um texto conservador, cuja preocupação foi garantir a permanência de oferta de mão de obra barata ao setor agropecuário e consolidar as elites agrárias num momento em que o fim da escravatura estava se desenhando. De fato, ela exclui do mercado fundiário todos aqueles que não possuem recursos para adquirir terra. [...]
       Esse processo consolidou dois perfis que ajudam a compreender a complexidade da posse de terras. O primeiro perfil remete a campesinos que, ainda que não possuíssem o título da terra, moravam e produziam nos locais já ocupados. São os chamados posseiros. A Lei de Terras garantiu a sua permanência como ocupantes legítimos; porém, novas ocupações não poderiam se dar da mesma forma. Daí em diante, as terras teriam que ser compradas do Estado. O outro perfil é o de grupos que também ocupavam as terras de maneira irregular, mas falsificavam documentos de concessão das antigas sesmarias ou documentos de transmissão de posse como forma de serem reconhecidos como os verdadeiros donos da terra. Esses são os chamados grileiros. [...]
       Por tudo isso, é possível concluir que a Lei de Terras de 1850, longe de contribuir para discriminar as terras públicas das privadas, serviu, em grande medida, como mecanismo para incorporação ilegal de terras públicas e consolidação de áreas griladas.
       A partir de então, a grilagem se consolidou como uma prática lucrativa de controle da terra. À medida que a ocupação do território se intensificou, conflitos se multiplicaram entre posseiros, grileiros e proprietários. O progressivo adensamento da estrutura fundiária nas áreas de agricultura consolidada contribui no avanço e na busca por novas terras nas áreas ainda pouco cobiçadas, com baixa ocupação populacional.
       É nas áreas de fronteira agrícola, onde o mercado fundiário é ainda balbuciante e a delimitação das propriedades muito imprecisa, que a grilagem se expressa com maior força e continua liderando, como no passado, a apropriação de terras. Nelas, o Estado não consegue conter a grilagem, por não ter um registro cartográfico completo das terras públicas, nem cadastro da delimitação precisa das propriedades privadas. [...]
       As fronteiras agrícolas do Cerrado e da Amazônia, por exemplo, são notoriamente marcadas por grilagem e conflitos fundiários, onde é comum ver uma mesma terra sendo reivindicada por duas, três ou quatro pessoas distintas. Não por coincidência, as fronteiras agrícolas das últimas décadas se destacam pelo grande tamanho dos estabelecimentos agrícolas e por concentrar muita terra em poucas mãos.
       Por essas características e pela incapacidade do poder público em regulá-la, a grilagem tornou-se, também, um dos motores da concentração fundiária no país. [...]
       Existem muitos mecanismos jurídicos de execução da grilagem. A origem do termo é ligada ao uso de grilos trancados em uma caixa com documentos forjados, a fim de envelhecer artificialmente o documento para parecer mais legítimo. Hoje, porém, os protocolos de falsificação de documentos se sofisticaram, inclusive com o uso de técnicas digitais, e são facilitados pela própria legislação agrária e ambiental.
       Os cartórios são a espinha dorsal do sistema, já que aceitam abrir matrículas com uma documentação incompleta ou suspeita. Uma vez que o proprietário tem o ônus de provar o desmembramento do imóvel particular a partir do patrimônio público, esse momento da alienação para um agente privado é o que se escolhe com maior frequência para forjar documentos, abrindo-se uma matrícula sem indicar a origem do imóvel.
       A partir disso, se constrói uma cadeia dominial sucessória, através da qual é reconstituída toda a genealogia das sucessivas compras, vendas e transmissões de um bem desde a sua forjada saída do patrimônio público. [...]
       Outra modalidade são as ações judiciais que procuram reconhecer terras devolutas como sendo privadas para driblar a proibição constitucional de usucapião de terras públicas. [...] A mesma operação pode ser realizada com declarações de posse que, mediante ação de um cartório conivente, podem ser transcritas como sendo registros de propriedade. Existe ainda, a técnica de retificação de área no registro de propriedade, na qual solicita-se que os limites de uma propriedade sejam modificados em cartório. Nesse caso, a matrícula existe, mas o pretenso proprietário alega um erro na área registrada e solicita a ampliação dos seus contornos. [...]
       Paralelamente, as medidas de regularização ambiental implementadas pelo Código Florestal de 2012 instauraram o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que vem sendo usado como um cadastro fundiário informal nas operações de grilagem, para comprovar a ocupação e propriedade de terra. [...]
       Além de usurpar uma terra pública, os registros digitais conflitam muitas vezes com outros ocupantes dessas áreas que ainda não têm os seus direitos reconhecidos. As organizações de defesa das populações indígenas e tradicionais se mobilizam para denunciar essas práticas e alertam o poder público sobre a urgência de fazer o CAR de todas as terras de uso ou propriedade coletivos. [...]
       Os estudos realizados sobre os usos do CAR e dos mecanismos simplificados de regularização fundiária apontam a existência de esquemas organizados de grilagem e denunciam, ainda, uma relação causal entre desmatamento ilegal e grilagem. [...]
       Um estudo do Instituto Socioambiental na Amazônia avaliou em 11,6 milhões o número de hectares registrados no CAR em nome de terceiros e sobrepostos a Unidades de Conservação federais na Amazônia em 2020. Se acrescentar a isso as Unidades de Conservação estaduais, TI e as florestas públicas não destinadas, as sobreposições de CAR de terceiros sobre áreas protegidas na Amazônia Legal chegam a 29 milhões de hectares, dentre as quais 3,5 milhões em Terras Indígenas. [...]
       

BÜHLER, È. A; ZUCHERATO, B; IZECKSOHN, J. As novas faces
da grilagem no Brasil. In: Revista Ciência Hoje [CH 395]. Disponível
em: <https://cienciahoje.org.br/artigo/as-novas-faces-da-grilagem-no-brasil/>. Último acesso em 15 de junho de 2023. (Adaptado)

“Ela é, ainda, interpretada como um texto conservador, cuja preocupação foi garantir a permanência de oferta de mão de obra barata ao setor agropecuário e consolidar as elites agrárias num momento em que o fim da escravatura estava se desenhando.”

Assinale a alternativa que reescreve CORRETAMENTE o trecho acima, respeitando a norma culta da língua portuguesa. 
Alternativas
Q2273711 Português
Cachorro também sonha? Saiba o que diz veterinária e como agir diante de possíveis pesadelos 


Patinhas agitadas, orelhas inquietas e movimentos com o focinho. Esses são alguns dos sinais que podem indicar que seu pet está passando por uma experiência muito comum entre os humanos: sonhos e até pesadelos durante o sono. Segundo a médica veterinária Amanda Pellizzer, não há comprovação científica sobre cães e gatos vivenciarem sonhos, mas as similaridades do padrão de sono animal com o dos humanos indica que sim, é possível que pets também deixem a imaginação "voar" enquanto descansam. E por que o sono de animais e humanos é parecido? De acordo com Pellizzer, tanto os mamíferos quanto os humanos apresentam as fases REM (mais profunda) e não REM (mais superficial) de sono. Na primeira, acontecem os movimentos dos olhos, músculos e patinhas, e os cães podem até latir ou uivar. Com o que os pets sonham? Possivelmente, com as experiências e aprendizados que tiveram durante o dia. Já os pesadelos podem ser baseados em traumas e medos que os animais apresentam.
Se o cão tiver pesadelo, devo acordar? Não. A médica veterinária explica que, ao ser acordado abruptamente, o animal pode ficar nervoso e confuso, então o ideal é esperar o pesadelo passar. "Se começar a ficar muito tenso, você verá que o animal está angustiado durante esse suposto sonho ou pesadelo, o ideal seria chamar ele, não tocar, não acordar pegando nele. A gente não sabe a reação que ele vai ter, inclusive ele pode morder", afirma Pellizzer.
Quanto tempo os pets dormem? Para os cães, o tempo de sono é de 12 a 14 horas por dia, enquanto os gatos dormem cerca de 12 a 16 horas. "O sono deles é mais fracionado, porque o ciclo do sono, as fases do sono, são menores", explica a médica veterinária. "Os cães têm hábitos diurnos, e os gatos têm hábitos noturnos, mas isso não significa que o gatinho não possa tirar um cochilo mais à noite e os cães não possam tirar um cochilo durante o dia".
Quando devo me preocupar com o sono do meu pet? Tanto dormir menos quanto dormir demais podem ser sinais de problemas hormonais ou neurológicos, diz Pellizzer. Além disso, mudanças de rotina ou de local podem interferir no sono dos animais. "Tende a melhorar com o passar do tempo porque ele vai se acostumar com essa nova rotina, esse novo ambiente, esse novo pet ou filho que foi inserido na família", explica. Já a apneia, quando a respiração do pet para durante o sono, é um cenário mais grave e deve ser acompanhado de perto pelos tutores. A doença é comum em cães e gatos de focinho curto e, caso aconteça com muita frequência, a recomendação é que um médico veterinário seja consultado.


Portal G1
Considere as sentenças:

I. “O sono deles é mais fracionado”
II. “Os cães têm hábitos diurnos”


Em relação à regência, os verbos “é” e “têm” são, respectivamente:
Alternativas
Respostas
721: C
722: E
723: C
724: C
725: C
726: C
727: B
728: C
729: B
730: A
731: C
732: B
733: C
734: E
735: B
736: C
737: D
738: D
739: A
740: A