Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

Foram encontradas 19.010 questões

Ano: 2022 Banca: FCC Órgão: PGE-AM Prova: FCC - 2022 - PGE-AM - Analista Procuratorial |
Q2104803 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

1.    Quando me acontecer alguma pecúnia, passante de um milhão de cruzeiros, compro uma ilha; não muito longe do litoral, que o litoral faz falta; nem tão perto, também, que de lá possa eu aspirar a fumaça e a graxa do porto. Minha ilha ficará no justo ponto de latitude e longitude que, pondo-me a coberto de ventos, sereias e pestes, nem me afaste demasiado dos homens nem me obrigue a praticá-los diuturnamente. Porque esta é a ciência e, direi, a arte do bem viver; uma fuga relativa, e uma não muito estouvada confraternização.
2.    De há muito sonho esta ilha, se é que não a sonhei sempre. Se é que a não sonhamos sempre. Objetais-me: “Como podemos amar as ilhas, se buscamos o centro mesmo da ação?” Engajados; vosso engajamento é a vossa ilha, dissimulada e transportável. Por onde fordes, ela irá convosco. Significa a evasão daquilo para que toda alma necessariamente tende, ou seja, a gratuidade dos gestos naturais, o cultivo das formas espontâneas, o gosto de ser um com os bichos, as espécies vegetais, os fenômenos atmosféricos.
3.    E por que nos seduz a ilha? As composições de sombra e luz, o esmalte da relva, a cristalinidade dos regatos – tudo isso existe fora das ilhas, não é privilégio delas. A mesma solidão existe nos mais diversos locais, inclusive os de população densa, em terra firme.
4.    A ilha me satisfaz por ser uma porção curta de terra (falo de ilhas individuais, não me tentam aventuras marajoaras), um resumo prático dos estirões deste vasto mundo, sem os inconvenientes dele, e com a vantagem de ser uma ficção sem deixar de constituir uma realidade. A casa junto ao mar, que já foi razoável delícia, passou a ser um pecado, depois que se desinventou a relação entre homem, paisagem e morada. O progresso técnico teve isto de retrógrado: esqueceu-se do fim a que se propusera. Acabou com qualquer veleidade de amar a vida, que ele tornou muito confortável, mas invisível. Fez-se numa escala de massas, esquecendo-se do indivíduo, e nenhuma central elétrica será capaz de produzir aquilo de que cada um de nós carece na cidade excessivamente iluminada: certa penumbra. O progresso nos dá tanta coisa, que não nos sobra nada nem para desejar nem para jogar fora. Tudo é inútil e atravancador. A ilha sugere uma negação disto.
5.    Serão admitidos poetas? Em que número? Se foram proscritos das repúblicas, pareceria cruel bani-los também da ilha de recreio. Contudo, devem comportar-se como se poetas não fossem: pondo de lado o tecnicismo, a excessiva preocupação literária, o misto de esteticismo e frialdade que costuma necrosar os artistas. Sejam homens razoáveis, carentes, humildes, inclinados à pesca e à corrida a pé. Não levem para a ilha os problemas de hegemonia e ciúme.
6.   Por aí se observa que a ilha mais paradisíaca pede regulamentação, e que os perigos da convivência urbana estão presentes. Tanto melhor, porque não se quer uma ilha perfeita, senão um modesto território banhado de água por todos os lados e onde não seja obrigatório salvar o mundo.
7.    A ideia de fuga tem sido alvo de crítica severa nos últimos anos, como se fosse ignominioso, por exemplo, fugir de um perigo, de um sofrimento, de uma chateação. Como se devesse o homem consumir-se numa fogueira perene.
8.    Estas reflexões descosidas procuram apenas recordar que há motivos para ir às ilhas.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. “Divagação sobre as ilhas”. In: Passeios na ilha. São Paulo: Companhia das Letras, 2020, p.15-19)
O autor
Alternativas
Q2104383 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Dicas para melhorar sua saúde financeira

Por Rodrigo Martimiano da Rocha





(Disponível em: https://revistaampla.com.br/5-dicas-para-melhorar-sua-vida-financeira/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
A palavra “aumentarem” (linha 09) poderia ser substituída, sem alterar o sentido do texto, por: 
Alternativas
Q2104376 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.


Dicas para melhorar sua saúde financeira

Por Rodrigo Martimiano da Rocha





(Disponível em: https://revistaampla.com.br/5-dicas-para-melhorar-sua-vida-financeira/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Qual das alternativas abaixo apresenta palavra de sentido antônimo à “atentas” (l. 01)? 
Alternativas
Q2103839 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Benefícios da música clássica para a saúde




(Disponível em: https://www.selecoes.com.br/saude-bem-estar/beneficios-da-musica-classica-para-a-saude/ texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta um par correto de antônimos, ou seja, palavras de sentido oposto.
Alternativas
Q2103838 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Benefícios da música clássica para a saúde




(Disponível em: https://www.selecoes.com.br/saude-bem-estar/beneficios-da-musica-classica-para-a-saude/ texto adaptado especialmente para esta prova).

O assunto principal do texto é:
Alternativas
Q2103837 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.


Benefícios da música clássica para a saúde




(Disponível em: https://www.selecoes.com.br/saude-bem-estar/beneficios-da-musica-classica-para-a-saude/ texto adaptado especialmente para esta prova).

Considere as assertivas sobre o texto:

I. Heitor Villa-Lobos foi um pesquisador francês.

II. Ouvir música clássica antes de dormir atrapalha a qualidade do sono.

III. O Dia Nacional da Música Clássica é celebrado no dia 05 de março.

Quais estão corretas?

Alternativas
Q2103724 Português



                                                                       Meus pais não enxergam 

                                                                                       


(Disponível em https://istoe.com.br/meus-pais-nao-enxergam/ – texto adaptado especialmente para esta prova). 


Sobre as palavras ‘paradoxalmente’ (l. 13) e ‘remotamente’ (l. 19), são feitas as seguintes assertivas:
( ) Ambas são advérbios.
( ) A supressão desses vocábulos do texto não implicaria alteração de sentido, visto que são termos acessórios das orações em que ocorrem.
( ) Sem alterar o sentido dos períodos, poderíamos substituir, respectivamente, por ‘por consenso’ e por ‘por controle remoto’.
A ordem correta de preenchimento de parênteses, de cima para baixo, é: 
Alternativas
Q2103684 Português
Leia o texto para responder a questão.

    Recentemente, a população mundial excedeu a marca de 8 bilhões, o que representa um aumento de mais um 1 bilhão de seres humanos em pouco mais de uma década. Mas o relatório recente da ONU alertou que o crescimento populacional seria uma das maiores causas do aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa e da destruição ecológica. Cada pessoa a mais aumenta o desgaste dos recursos biológicos exauríveis do planeta.
    
    “Perda de biodiversidade, mudanças climáticas, desmatamento, escassez de água e alimentos – tudo isso é exacerbado pelos nossos números enormes, que aumentam continuadamente”, avalia a ONG Population Matters, com sede no Reino Unido.

    Sara Hertog, especialista em populações das Nações Unidas, afirmou que não é difícil atribuir o consumo não sustentável e os hábitos de produção à explosão populacional, especialmente nos países em desenvolvimento no hemisfério sul. No entanto, ela considera um erro esperar que a desaceleração do crescimento populacional possa ser a única solução para esses problemas.

    “O aumento da renda tem sido muito mais importante do que o aumento das populações para impulsionar o consumo e a poluição a ele associada”, observou, destacando que os países mais ricos, onde o crescimento populacional foi desacelerado ou até revertido, são os que utilizam mais recursos per capita.

    Os países mais pobres e em desenvolvimento na África Subsaariana e em partes da Ásia, que deverão ter o maior incremento populacional nas próximas décadas, são responsáveis por apenas uma fração das emissões e da utilização dos recursos globais.

    Segundo a ONG ambientalista Global Footprint Network, se todos no mundo vivessem como os cidadãos dos Estados Unidos, seriam necessários os recursos de pelo menos cinco planetas Terra. Já o modo de vida de um cidadão na Nigéria, por exemplo, requereria somente 70% dos recursos anuais do planeta.

(Martin Kuebler. Como 8 bilhões podem dividir um planeta de modo sustentável? Adaptado)
No 1º parágrafo, o vocábulo “exauríveis” significa 
Alternativas
Q2103552 Português
Leia o texto, para responder a questão.

Dentro de um abraço

    Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?

    Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada repisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.

    Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.

    E então? Somando os prós e os contras, as boas e más ações, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

    Meu palpite: dentro de um abraço.

    Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tique-taque dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que se pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

     Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém- -contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.

    O rosto contra o peito de quem o abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.         
(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
A relação de sentido de antonímia que existe entre as palavras destacadas na passagem – Somando os prós e os contras, as boas e más opções... – está presente também entre
Alternativas
Q2103550 Português
Leia o texto, para responder a questão.

Dentro de um abraço

    Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?

    Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada repisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.

    Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.

    E então? Somando os prós e os contras, as boas e más ações, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

    Meu palpite: dentro de um abraço.

    Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tique-taque dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que se pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

     Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém- -contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.

    O rosto contra o peito de quem o abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.         
(Martha Medeiros, Feliz por nada. Adaptado)
As palavras “irreproduzível” (2º parágrafo) e “reivindicar” (último parágrafo) têm sinônimos adequados, respectivamente, em
Alternativas
Q2103262 Português
O jargão

   Nenhuma figura é tão fascinante quanto o Falso Entendido. É o cara que não sabe nada de nada, mas sabe o jargão. E passa por autoridade no assunto. Um refinamento ainda maior da espécie é o tipo que não sabe nem o jargão. Mas inventa.
   – Ó Matias, você entende de mercado de capitais…
   – Nem tanto, nem tanto…
   (Uma das características do Falso Entendido é a falsa modéstia.)
   – Você, no momento, aconselharia que tipo de aplicação?
   – Bom. Depende do yield pretendido, do throwback e do ciclo refratário. Na faixa de papéis top market – ou o que nós chamamos de topi-maque –, o throwback recai sobre o repasse e não sobre o release, entende?
    – Francamente, não.
    Aí o Falso Entendido sorri com tristeza e abre os braços como quem diz “É difícil conversar com leigos…”.
   Uma variação do Falso Entendido é o sujeito que sempre parece saber mais do que ele pode dizer. A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um discreto silêncio. Até que alguém pede a sua opinião e ele pensa muito antes de se decidir a responder:
   – Há muito mais coisa por trás disso do que vocês pensam…
   Ou então, e esta é mortal:
   – Não é tão simples assim…
   Faz-se aquele silêncio que precede as grandes revelações, mas o falso informado não diz nada. Fica subentendido que ele está protegendo as suas fontes em Brasília.
   E há o falso que interpreta. Para ele tudo o que acontece deve ser posto na perspectiva de vastas transformações históricas que só ele está sacando.
   – O avanço do socialismo na Europa ocorre em proporções diretas ao declínio no uso da gordura animal nos países do Mercado Comum. Só não vê quem não quer.
  E se alguém quer mais detalhes sobre a sua insólita teoria ele vê a pergunta como manifestação de uma hostilidade bastante significativa a interpretações não ortodoxas, e passa a interpretar os motivos de quem o questiona, invocando a Igreja medieval, os grandes hereges da história, e vocês sabiam que toda a Reforma se explica a partir da prisão de ventre de Lutero?
   Mas o jargão é uma tentação. Eu, por exemplo, sou fascinado pela linguagem náutica, embora minha experiência no mar se resuma a algumas passagens em transatlânticos onde a única linguagem técnica que você precise saber é “Que horas servem o bufê?”. Nunca pisei num veleiro e se pisasse seria para dar vexame na primeira onda. Eu enjoo em escada rolante. Mas, na minha imaginação, sou um marinheiro de todos os calados. Senhor de ventos e de velas e, principalmente, dos especialíssimos nomes de equipagem.
   Me imagino no leme do meu grande veleiro, dando ordens à tripulação:
   – Recolher a traquineta!
   – Largar a vela bimbão, não podemos perder esse Vizeu.
  O Vizeu é um vento que nasce na costa ocidental da África, faz a volta nas Malvinas e nos ataca a boribordo, cheirando a especiarias, carcaças de baleia e, estranhamente, a uma professora que eu tive no primário.
   – Quebrar o lume da alcatra e baixar a falcatrua!
   – Cuidado com a sanfona de Abelardo!
   A sanfona é um perigoso fenômeno que ocorre na vela parruda em certas condições atmosféricas e que, se não contido a tempo, pode decapitar o piloto. Até hoje não encontraram a cabeça do comodoro Abelardo.
   – Cruzar a spínola! Domar a espátula! Montar a sirigaita! Tudo a macambúzio e dois quartos de trela senão afundamos, e o capitão é o primeiro a pular.
   – Cortar o cabo de Eustáquio!


(Luís Fernando Veríssimo. Publicada em “As Mentiras que os homens contam”.)
A conversa é sobre política, os boatos cruzam os ares, mas ele mantém um discreto silêncio.”(9º§) Se a conjunção coordenada empregada na frase fosse substituída por outra palavra, a opção adequada seria: 
Alternativas
Q2102988 Português
Os dicionários se formam normalmente com definições dos verbetes neles inseridos. 
Entre as definições a seguir, assinale aquela que apresenta um modelo diferente das demais. 
Alternativas
Q2102940 Português
Leia o texto, para responder a questão.

Enganos

        Difícil quem nunca passou por algum engano nesta vida. Dos pequenos, bizarros, aos mais cruéis – ciladas; enganos da avaliação errada, distorcida, conduzida pela ingenuidade ou pela miopia, quando faltam sagacidade, apuração, conhecimento. E dá na tal história: “pensei que era joia rara, era bijuteria”.     

    E vai da melancia que alguém disse ser doce, ao profissional que se consultou, passando por amizades, relacionamentos amorosos, negócios em sociedade e uma fieira infinita de eteceteras. Algum dia você é enganado!

            Melhor do que enganar, sabia? Por piores que sejam os danos, as perdas, os males, melhor, bem melhor será o resgate daquele que foi enganado do que o fim do usurpador. Mesmo com uma justiça tão injusta, humana e falha, mesmo assim, melhor é não estar no balcão dos malfeitores.

            Baltasar Gracián y Morales, importante prosador do séc. XVII, escreveu: “ninguém mais fácil de enganar que um homem honesto, muito confia quem nunca engana”. E é assim mesmo. Quem tem a honestidade como primícia enxerga o outro da mesma forma, com as lentes do seu bom coração, da ética, de valores corretos e verdades.

            O fato é que enganos são astúcias de um inimigo muito bem preparado. O sacerdote inglês Charles Caleb Colton deixou a seguinte pérola: “há enganos tão bem elaborados que seria estupidez não ser enganado por eles”.

          Encerro com o filósofo Ralph Waldo Emerson. Numa carta de 1854, para a filha Ellen, ele escreveu linda e bondosamente: “Termine cada dia e esteja contente com ele. Você fez o que pôde. Alguns enganos e tolices se infiltraram indubitavelmente; esqueça-os tão logo você consiga. Amanhã é um novo dia; comece-o bem e serenamente com um espírito elevado demais para ser incomodado pelas tolices do passado.”

        Então, houve enganos? Perdoe-os e perdoe-se e siga em frente!

(Elma E. Bassan Mendes, Diário da Região, 21.01.2023. Adaptado)
Nos contextos em que se encontram, as palavras “enganos” e “bizarros” têm sinônimos adequados, respectivamente, em:
Alternativas
Q2102340 Português
Texto II para responder à questão.

A vida é um eterno amanhã

     As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me refiro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de gíria, flexões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Refiro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra riquíssima e tenho certeza de que,se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e outras, que partilham da mesma condição.

    “Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”, “no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não disponho de estatísticas confiáveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
(João Ubaldo Ribeiro. Disponível em: https://www.academia.org.br/ academicos/joao-ubaldo-ribeiro/textos-escolhidos. Fragmento.)
As várias possibilidades de significados apresentados para a palavra “amanhã” no segundo parágrafo têm uma relação diretamente estabelecida com
Alternativas
Q2102338 Português
Texto II para responder à questão.

A vida é um eterno amanhã

     As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me refiro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de gíria, flexões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Refiro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra riquíssima e tenho certeza de que,se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e outras, que partilham da mesma condição.

    “Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”, “no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não disponho de estatísticas confiáveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
(João Ubaldo Ribeiro. Disponível em: https://www.academia.org.br/ academicos/joao-ubaldo-ribeiro/textos-escolhidos. Fragmento.)
A expressão “coitado do alemão” foi empregada pelo enunciador para produzir um efeito de:
Alternativas
Q2102335 Português
Texto II para responder à questão.

A vida é um eterno amanhã

     As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me refiro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de gíria, flexões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Refiro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra riquíssima e tenho certeza de que,se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e outras, que partilham da mesma condição.

    “Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”, “no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não disponho de estatísticas confiáveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
(João Ubaldo Ribeiro. Disponível em: https://www.academia.org.br/ academicos/joao-ubaldo-ribeiro/textos-escolhidos. Fragmento.)
De acordo com as ideias e informações trazidas ao primeiro parágrafo do texto, pode-se afirmar que:
Alternativas
Q2102292 Português
Asa Branca 




GONZAGA, Luiz; TEIXEIRA, Humberto. Asa Branca. Intérprete: Luiz Gonzaga. In: O canto jovem de Luiz Gonzaga [S.L.]: RCA, p.1971. Faixa 6. Adaptado.
Que grupo de expressões se aplica mais adequadamente ao sertão brasileiro, que é a região descrita no texto “Asa Branca”?
Alternativas
Q2101793 Português
Gamificação: atração e retenção de talentos

Por Diego Cidade

texto_1 - 12 .png (756×752)

(Disponível em: https://exame.com/carreira/gamificacao-melhore-suas-estrategias-de-atracao-e-retencao-de-talentos/ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Assinale a alternativa que apresenta palavra que poderia substituir corretamente o vocábulo “predispostos” (l. 34) sem causar alterações significativas ao sentido do trecho em que ocorre. 
Alternativas
Q2100930 Português

Texto IV


Bombando

Não vou

morrer de enfarte

em plena festa

nem de fome

nesta fartura.

Quando sou

a última estrela que me resta,

resolvo brilhar

e aí ninguém me segura


Bráulio Tavares

A palavra de, em “morrer de enfarte”, retirada do Texto IV, apresenta o mesmo sentido da que está destacada em:
Alternativas
Q2100859 Português

A moça tecelã







COLASANTI, Marina. Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento. Rio de Janeiro: Global Editora, 2000. p. 18. Adaptado.

Em “Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido” (l. 50-51), o emprego da forma verbal em destaque indica que a ação da moça tecelã era
Alternativas
Respostas
3221: D
3222: C
3223: A
3224: B
3225: E
3226: B
3227: E
3228: A
3229: D
3230: A
3231: B
3232: E
3233: E
3234: E
3235: D
3236: E
3237: A
3238: A
3239: D
3240: D