Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

Foram encontradas 19.010 questões

Q2045353 Português
URUBUS E SABIÁS
(Rubem Alves)

Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores.

E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...”.

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá.
A palavra “pernóstico” estabelece relação de sinonímia com as seguintes palavras, EXCETO:
Alternativas
Q2045343 Português
URUBUS E SABIÁS
(Rubem Alves)

Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores.

E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...”.

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá.
Considerando a relação de sinonímia entre as palavras, no trecho “E as pobres aves se olharam perplexas...”, a frase também poderia ser escrita da seguinte forma, sem alterar o sentido do texto: 
Alternativas
Q2044973 Português
Leia o texto seguinte e responda a questão.

O presente artigo aborda a realidade social e respectivo campo normativo de regulamentação das relações conjugais na sociedade contemporânea, global, plural e complexo, tudo ao mesmo tempo. Partindo da ideia geracional passada de quase modelo único de família para o sistema de variadas formas de associação e convívio conjugal e suas consequências com o Direito em vigor, expectativas de câmbios ou manutenção de status jurídicos, o estudo apresenta o problema em meio à realidade que ferve por respostas mais seguranças e garantistas de tamanha diversidade cultural, não necessariamente absorvida por leis e códigos. Ao final algumas considerações formais são postas à prova do leitor com a certeza única de que a regulação das relações conjugais demanda mais do que simples análise de correspondência cultural ou jurídica aos modelos tradicionalmente ofertas pelos países no mundo.

(Lucas, I. P. “o problema da regulamentação das relações conjugais na atualidade”. In: Revista da Graduação em Direito Estácio, nº1 Vº1 ANO 2019)
Sobre o texto lido, avalie as assertivas abaixo:
I- A expressão “tudo ao mesmo tempo” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “simultaneamente”. II- O trecho “...o estudo apresenta o problema em meio à realidade que ferve por respostas mais seguranças e garantistas”, apresenta uma incoerência, já que o correto seria substituir a palavra destacada pelo adjetivo seguras.” III- As palavras necessariamente e tradicionalmente são classificadas como advérbios. IV- As palavras necessariamente e tradicionalmente são classificadas como adjetivos.
Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Q2044969 Português
Leia o trecho do romance A hora da estrela, de Clarice Lispector e, em seguida, responda a questão.


        [...] As pancadas ela esquecia, pois esperando-se um pouco a dor termina por passar. Mas o que doía mais era ser privada da sobremesa de todos os dias: goiabada com queijo, a única paixão na sua vida
           [...]
        Nesta manhã de dia 7, o êxtase inesperado para o seu tamanho pequeno corpo. Aluz aberta e rebrilhante das ruas atravessava a sua opacidade. Maio, mês dos véus de noiva flutuando em branco.
         O que se segue é apenas uma tentativa de reproduzir três páginas que escrevi e que a minha cozinheira, vendo-as soltas, jogou no lixo para o meu desespero – que os mortos me ajudem a suportar o quase insuportável, já que de nada me valem os vivos. Nem de longe consegui igualar a tentativa de repetição artificial do que originalmente eu escrevi sobre o encontro com o seu futuro namorado. É com humildade que contarei agora a história da história. Portanto, se me perguntarem como foi direi: não sei, perdi o encontro.
            [...].
            O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
            Ele...
           Ele se aproximou e com a voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
        — E se me desculpe, senhorita, posso convidar a passear?
          — Sim, respondeu atabalhoadamente com a pressa antes que ele mudasse de ideia.
          — E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
          — Macabéa.
          — Maca, o quê?
          — Béa, foi ela obrigada a completar.
          — Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
        — Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem, mas parece que deu certo. — Parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor: — Pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
          — Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
        Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
        — Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?

(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 42-45, 1998.)
A palavra que substitui adequadamente, sem prejuízo de sentido, a palavra atabalhoadamente, destacada no texto, é:
Alternativas
Q2044881 Português
O imponente Tiranossauro Rex descoberto no oeste do Canadá em 1991 é o maior do mundo, afirmou nesta sexta-feira (29) uma equipe de paleontólogos após um longo processo para reconstruir o esqueleto. Chamado de Scotty, em homenagem a uma garrafa de whisky escocês consumida na noite da descoberta do fóssil, o T.Rex media 13 metros de largura e provavelmente pesava mais de 8,8 toneladas, sendo o maior de todos os dinossauros carnívoros, disse equipe da Universidade de Alberta.[...]
Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/03/29/tiranossauro-rex-encontrado-no-canada-em-1991-e-o-maior-do-mundo.ghtml. Acesso em: 29/mar/2019 [adaptado] 
Analise as afirmativas acerca da notícia:

I- Poder-se-ia usar como um sinônimo para “imponente” o adjetivo vultoso. II- Os verbos “media” e “pesava” estão conjugados no pretérito perfeito do indicativo. III- “Provavelmente” poderia ter como antônimo “seguramente”.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Q2044865 Português
A maioria das palavras mostra vários significados (polissemia), o que também ocorre com as preposições.
Assinale a opção que indica a frase em que a preposição com tem o significado de acordo.
Alternativas
Q2044860 Português
Assinale a opção em que houve a substituição adequada do vocábulo sublinhado por outro de sentido equivalente.
Alternativas
Q2044852 Português
observe a relação vocabular entre os seguintes vocábulos: doente / adoecer / doença.
Assinale a opção que apresenta as palavras cognatas que exemplificam, de forma adequada, as mesmas classes das palavras destacadas.
Alternativas
Q2044738 Português
         Escola de aldeia indígena na região do Rio Arapiuns ganha biblioteca 

O “Espaço de Leitura Aldeia Nova Vista” é a realização de um sonho da indígena Luanna Oliveira, de 24 anos de idade.   

          Na semana em que se comemoram o dia do livro e o do  indígena,  18  e  19  de  abril,  a  Escola  Nossa  Senhora  de Fátima da aldeia Nova Vista, situada à margem esquerda do Rio Arapiuns, no município de Santarém, oeste do Pará,  foi presenteada com  sua primeira biblioteca. A instituição  tem turmas  da  alfabetização  ao  9.º  ano  e  de  ensino  médio modular.
 O acervo conta com 739 livros de literatura, sendo 410 obras doadas pelo Projeto Livro Solidário, da Imprensa Oficial do estado, que, pela primeira vez, chegou a uma comunidade indígena.  Nova  Vista  fica  bem  distante  da  cidade  de Santarém,  cerca  de  8  horas  de  barco,  e  abriga  em  torno de 56 famílias indígenas que habitavam a região do Arapiuns.

 A biblioteca é a  realização de um sonho da indígena Luanna Oliveira, de 24 anos de idade, que, em 2017, durante a graduação em Letras, passou a fazer parte do grupo Lelit da Universidade  Federal  do  Oeste  do  Pará  (Ufopa).  Sob  a orientação  dos  professores  Zair  Henrique  e  Percival  Leme Britto,  a  então  universitária  desenvolveu  o  projeto  de pesquisa da biblioteca que hoje se tornou realidade na aldeia.

       Luanna concluiu a graduação e ingressou este ano no mestrado  em  educação  pela  Ufopa,  mas  continuou desenvolvendo o projeto na comunidade com o objetivo de proporcionar às crianças de Nova Vista um espaço de leitura onde a realidade e o imaginário se encontram. “A escola da comunidade  não  possui  biblioteca  nem  ponto  de  Internet (está instalada uma antena, mas não tem viabilidade para o sinal de Internet). A maioria dos professores não pertence à comunidade”, pontuou. 
  Segundo  a  indígena,  a  falta  de  leitura  dificulta  a trajetória escolar e acadêmica de muitos jovens da aldeia. “A educação  dentro  da  aldeia  não  é  suficiente  para prepará‐los e a migração para o meio urbano é frustrante em alguns casos”, acrescentou. 
         Com  o  espaço,  a  pesquisadora  pretende  ampliar  o leque  de  oportunidades  para  as  crianças  da  aldeia  e contribuir para eternizar uma cultura que está presente no dia a dia dos paraenses. 

Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).
A respeito do termo “então” (linha 19), assinale a alternativa  correta. 
Alternativas
Q2044624 Português
Os homens que se transformavam em barbantes
Moacyr Scliar

Havia uma cidade, grande, desenvolvida. As pessoas que moravam lá eram saudáveis, simpáticas e alegres. Não me lembro o nome da cidade, porque eu tinha quinze anos quando passei por ela, levado por meu pai. Nessa época, não me preocupava com o nome, mas sim com os lugares propriamente. Acontece que, certo dia, um habitante desta cidade saiu de casa, pela manhã, dirigindo-se alegremente ao emprego. Fez todas as coisas de praxe. Cumprimentou os vizinhos, o barbeiro da esquina, o vendeiro, os colegas no ponto de ônibus, agradeceu ao motorista, ao ascensorista, sentou-se em sua mesa. Nesse dia, no fim do expediente, o homem notou que seu pulso esquerdo parecia mais fino. ―Bobagem. Impressão. Acho que estou cansado demais.‖ Foi para casa, jantou, viu telenovela, dormiu. Na manhã seguinte, o pulso tinha se afinado mais. E suas canelas pareciam de criança. Chamou a mulher. Ela ficou tão impressionada, que o homem se arrependeu de ter mostrado. Não havia dor, apenas fraqueza. Partiu para o emprego. Contente, cumprimentando as pessoas e agradecendo ao motorista e ao ascensorista. No meio da tarde, porém, não conseguiu trabalhar. O pulso estava fino e dobrava-se. Maleável, sem consistência. O homem, envergonhado, puxou a manga da camisa. O mais que pôde, para que os colegas não vissem. Mas viram. Porque o homem tinha o corpo transformado. A cabeça, única coisa normal, caiu sobre a mesa. O torso não era mais grosso que um lápis, suas pernas e braços, finos como cordéis. Mas ele estava lúcido, coerente, o cérebro não tinha sido perturbado. Além do impacto, e da surpresa ante o estranho, o homem continuava o mesmo. Levado para casa, chamaram o médico. E o médico chamou outro médico. Porque:

— Não é o primeiro. É o terceiro, nesta semana.

Os jornais noticiaram o fato e as notícias trouxeram à luz novos casos. Pela cidade inteira, acontecia aquilo, as pessoas se adelgaçavam, tornavam-se frágeis. Em pouco tempo, outro fato surgiu, ao lado dos homens que se transformavam em barbantes. Eram os que se transformavam em vidro. Tinham que ter muito cuidado, ao andar pela rua, ao trabalhar, porque podiam se quebrar com qualquer batida. Vez ou outra, os homens de vidro se desfaziam. Em plena rua, à vista de todos. Como o vidro blindex que se estilhaça por inteiro. Aquela população alegre, saudável, descontraída, começou a viver apavorada. Sem saber se, a qualquer momento, o vírus (seria vírus?) podia atacar. Mudando a pessoa em vidro ou barbante. Muitos começaram a se mudar, indo para cidades distantes. A secretaria de saúde analisou o ar, a água, tudo, em busca das causas. Mas o ar era bom, não poluído. E as águas vinham de nascentes puras ou de poços artesianos límpidos. Pensou-se que algumas pessoas podiam estar colocando elementos venenosos na comida ou em caixas de água. Investigações nada concluíram. E até hoje, nada se sabe. A cidade parece estar se habituando à possibilidade de eventualmente alguém se transmutar. Não causa mais surpresa quando um barbante é levado pelo vento ou, em dias de chuva, é tragado pela enxurrada. Ou quando os vidros se liquefazem, no momento em que uma pessoa vira a esquina ou dá um esbarrão noutra. A população se acostumou. Parece que o homem se adapta às piores condições, conformando-se com os acontecimentos. Naquela cidade, tudo é muito frágil, a vida humana tem a espessura de um fio. Ou é delgada como um vidro. Mas isto vai se constituindo na normalidade.

Extraído de: BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras proibidas. São Paulo: Global, 1998.
Na oração "Ou é delgada como um vidro.", a palavra destacada pode ser substituída por qual dos termos a seguir sem que o significado seja alterado?
Alternativas
Q2044499 Português
Leia o texto a seguir para responder a questão.

RECADO DE PRIMAVERA

Meu caro Vinícius de Moraes:

Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera, de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma vaga de espuma galgar o
costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava, muito matreiro, um pássaropreto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas fiscalizar, saber se o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há moitas de azaleias e manacás em flor; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão, reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou ficando um pouco por aqui — a vigiar, em seu nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.

Rubem Braga
https://cronicabrasileira.org.br
“Pouco depois vi que se aproximava, muito matreiro, um pássaro-preto [...].” 2º§
É sinônimo da palavra sublinhada:
Alternativas
Q2044440 Português
O que a 'nova Terra' tem de especial?

Na última quarta (24), uma notícia deixou de orelhas em pé tanto os amantes da ficção científica quanto os da ciência da vida real: astrônomos do European Southern Observatory, um dos maiores observatórios do mundo, anunciaram a descoberta de um planeta que pode ter muitas das condições necessárias ao surgimento e à evolução da vida. Batizado de Próxima b, ele orbita uma anã vermelha chamada Proxima Centauri – e já foi carinhosamente apelidado de Nova Terra. Entenda por que e veja o que ele tem de bacana.

1. Ele está na distância perfeita de sua estrela.
O Próxima b está a 7,5 milhões de km de sua estrela-mãe, a Proxima Centauri. Isso é bem perto: é 5% da distância da Terra ao Sol. Mercúrio mesmo fica bem mais longe: a 57 milhões de km. Toda essa proximidade pode parecer ruim, mas está tranquilo, está favorável, para o planeta recém-descoberto: sua estrela é bem mais fria e muito menor do que o Sol – tem menos de 15% do diâmetro dele (pouco maior que Júpiter). Isso compensa a proximidade. Isso significa que, no Próxima b, pode haver água líquida, o ingrediente básico para a vida.

2. A estrela dele vai viver muito mais do que o Sol.
A Proxima Centauri é uma anã vermelha que pertence à constelação do Centauro, e que provavelmente tem a mesma idade que o Sol. Mas as análises dos astrônomos mostram que a Proxima vai continuar brilhando – e "alimentando" Próxima b – por alguns bilhões de anos depois de o nosso sol morrer, o que vai acontecer daqui a 7 bilhões de anos. Ou seja: contando que o planeta seja mesmo habitável e que, um dia, seja alcançável pelas nossas naves, poderemos nos mudar para lá, para passar mais alguns bilhões com um sol para chamar de nosso.

3. O céu no planeta, provavelmente, é vermelho.
Se você chegasse em Próxima b, em vez do familiar céu azul aqui da Terra, você veria uma imensidão vermelha, como um pôr do sol eterno. Isso porque a luz da estrela é avermelhada.

4. Ele está MUITO perto da gente.
Daqui até o Próximo b, é um pulinho (pelo menos, em termos astronômicos): só 4,2 anos-luz (37 trilhões de km). Pode parecer bastante, mas os outros planetas semelhantes à Terra que nós já encontramos ficam bem mais longe: o Kapteyn b, na constelação de Pictor, está a quase 13 anos-luz de distância; o Wolf 1061 c, na constelação do Serpentário, fica a 14 anos-luz; e o GJ 667 c, na constelação de Escorpião, a 22 anos-luz. De fato, a Proxima Centauri é a estrela que está mais perto do sistema solar – daí o nome da estrela, e o do planeta, que ganhou o nome da estrela adicionado da letra "b" – o "a" seria a própria anã vermelha.

5. Ele é uma Terra com esteroides
A massa do Próxima b é só 30% maior que a nossa. A princípio, isso não faz sentido. Os modelos científicos mais avançados de formação de corpos celestes mostram que as estrelas pequenas, como a Proxima Centauri, só conseguem comportar planetas minúsculos: bem menores que o nosso. Os astrônomos ainda não sabem o que possibilitou o crescimento do Próxima b (...).

6. Pode existir vida por lá.
O planeta está na chamada zona habitável da órbita da estrela – perto o bastante para que a água presente ali não congele, e longe o suficiente para que não evapore. Ou seja: ele pode ter água líquida, o ingrediente essencial para a vida. Essencial, mas não exclusivo: também é preciso haver um campo magnético que proteja o planeta da radiação que vem da estrela – que, no caso do Próxima b, é GRANDE: ele recebe 400 vezes mais raios X do que a Terra.

7. Ele não tem dia e noite
 Sabe a Lua, que está sempre com a mesma face voltada para a Terra? Então: com o Próxima b é a mesma coisa. A configuração da gravidade do planeta e da estrela, somada à proximidade dos dois, travou um "de frente" para o outro – não há rotação, só translação. Isso significa que Próxima b não tem dia e noite, mas também indica que o lado iluminado deve ter uma temperatura relativamente amena – que pode variar entre 0°C a 30°C –, enquanto o outro, sempre no escuro, pode chegar a um frio de -60°C. Mas isso até que é ok, se a gente considerar que a temperatura mais fria registrada na Terra foi de -89,2°C, no Polo Sul, e a mais quente, 54°C. (...)

(Helô D'Angelo. Disponível em: http://super.abril.com.br/ciencia/oque-a-nova-terra-tem-de-especial Acesso em: 30 ago. 2016. Adaptado).
No trecho: “uma notícia deixou de orelhas em pé tanto os amantes da ficção científica quanto os da ciência da vida real” (1º parágrafo), a expressão destacada assume o sentido de: 
Alternativas
Q2044153 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Um remédio eficaz contra covid-19?

Desde que a covid-19 assolou o mundo no início de 2020, a busca por alternativas eficazes para combater a pandemia foi intensa. Em tempo recorde, foram desenvolvidas vacinas, responsáveis por tirar o planeta do estado de emergência e salvar milhões de vidas. Esse feito, no entanto, não eliminou a necessidade de um medicamento capaz de tratar as pessoas já acometidas pela doença, como ocorre com tantas outras enfermidades. A química medicinal, finalmente, atingiu o objetivo e criou um antiviral eficaz e sem riscos para os humanos.

A imagem do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomando o Paxlovid®, medicamento antiviral recentemente aprovado contra a covid-19, foi notícia nos principais meios de comunicação, no final do mês de julho deste ano. O fato, realmente, merece destaque, pois, independentemente do vírus, a ciência é objetiva em enumerar o trio de armas disponíveis para o controle bem-sucedido e a erradicação de doenças pandêmicas: a combinação de medidas de higiene, adesão em massa às campanhas de vacinação e desenvolvimento de antivirais eficientes.

Ao longo da história, antivirais vêm desempenhando um papel fundamental no controle de diferentes doenças, como a hepatite C, enfermidades causadas por herpesvírus e a Aids, para as quais esses fármacos ainda se caracterizam como a única forma de controle da transmissão e a garantia de mais qualidade de vida aos que convivem com a doença.

Em relação à covid-19, é indiscutível a importância das vacinas para a prevenção da doença em sua forma grave e para reduzir o número de mortes. Mas essa outra frente de batalha, o desenvolvimento de antivirais para o tratamento das pessoas já infectadas pelo SARS-CoV-2, vem sendo travada por diferentes grupos de pesquisa desde o início da pandemia.

O que acontece em um organismo infectado?

É preciso explicar o que acontece ao longo do ciclo de replicação do SARS-CoV-2. Uma vez no organismo humano, esse vírus usa sua famosa proteína Spike (S) para se ligar a receptores presentes na superfície das nossas células, conhecidos como enzima conversora de angiotensina tipo 2 (ACE2). Assim, o vírus consegue adentrar a célula, onde libera o seu material genético (no caso do SARS-CoV-2, uma molécula de RNA), o qual é traduzido, ou seja, a informação contida nessa molécula de RNA é utilizada pela célula para a síntese de proteínas, o que possibilita a produção de novas partículas virais. O organismo responde à invasão do vírus produzindo anticorpos, que se ligam à proteína Spike e impedem a infecção de outras células. Além disso, são produzidas células especializadas (linfócitos T citotóxicos) que identificam e destroem células humanas já infectadas pelo vírus.


COTRIM, Bruno Almeida.; GONÇALVES, Raoni Schroeder Borges.; BARROS, José C. Um remédio eficaz contra covid-19? Ciência Hoje. Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/um-remedio-eficaz-contra-covid-19/ Acesso em: 04 nov., 2022
Associe a segunda coluna, de acordo com a primeira, que relaciona palavras do texto aos seus antônimos:
Primeira coluna: palavras do texto (1) eficaz (2) aprovado (3) fundamental (4) infectado
Segunda coluna: antônimos (__)proibido (__)saudável (__)dispensável (__)inábil

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas: 
Alternativas
Q2044077 Português
NOITES BRANCAS ELETRÔNICAS


            Estudo comprova que usar aparelhos como smartphone e tablet em lugares escuros antes de dormir afeta a qualidade do sono dos adolescentes

                     Olhe por uma nesga da porta do quarto de seu filho: sete em cada dez adolescentes utilizam algum aparelho eletrônico antes de dormir. O impacto negativo desse hábito na qualidade do sono foi sempre uma certeza dos pais, mas não havia comprovação científica tão certeira. O maior estudo já conduzido sobre o assunto decretou o fim das dúvidas: sim, usar smartphones, tablets, laptops e videogames na escuridão do quarto antes de dormir afeta seriamente a qualidade do sono. Ficar conectado no breu até uma hora antes de dormir é ainda pior do que fazê-lo com a luz do quarto acesa. Cinco vezes pior.
                        O efeito prejudicial do uso de telas no escuro tem uma base fisiológica e outra comportamental. A fisiológica: quando a luz do quarto está apagada, a pupila dilata, e os olhos ficam ainda mais expostos à incidência da claridade proveniente das telas, chamada de “luz azul”. É um tipo de luz com grande interferência no organismo porque a cor azul inibe a produção do hormônio que induz o sono, a melatonina. Tal substância é essencial para regular o ciclo de sono e vigília. Agora, a base comportamental: a luz apagada “engana” os pais. O adolescente que fica no quarto escuro, em tese, não estaria mais acordado, e os pais não desconfiam que possa estar conectado nos aparelhos.
                Um sono ruim afeta drasticamente a vida de qualquer pessoa. Na adolescência, o impacto no corpo é ainda maior. Nessa fase, a necessidade de sono vem, em especial, de uma mudança fundamental no organismo: a puberdade. Para que essa condição, caracterizada por uma revolução hormonal, se realize plenamente, é preciso que o adolescente tenha um sono reparador – do contrário, ele poderá sofrer prejuízos ao longo do desenvolvimento. A falta crônica de sono acarreta a liberação de mais cortisol, o hormônio associado ao stress. Com isso, eleva-se o risco de oscilações bruscas de humor, depressão e transtornos de ansiedade.

(Veja. São Paulo: Abril, edição 2626, ano 52. n. 12, 20 mar. 2019, p. 86-87. Adaptado.)
Atente para os vocábulos numerados e associe corretamente a palavra à sua respectiva definição.

Palavras
1) Vigília 2) Puberdade 3) Fisiológica 4) Incidência

Definições
( ) Relativo a transformações físicas dos seres vivos. ( ) Frequência ou quantidade com que algo ocorre. ( ) Estado em que há máxima manifestação da atividade sensorial. ( ) Relativo a transformações de maturidade do corpo humano.

A sequência correta dessa associação é
Alternativas
Q2043472 Português

    Trabalho e realização 

texto.png (731×413) 


CORDI, Cassiano et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 1995. p. 149. (Adaptado). 

O termo “concomitantemente” (linha 13) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por
Alternativas
Q2043377 Português
Leia o texto a seguir, para responder a questão, elaborada a partir dele:

   Os índios das florestas tropicais, que habitavam a região amazônica antes da chegada dos europeus, a cerca de quinhentos anos, proviam a sua subsistência com a caça e a pesca, além da agricultura. Nos primeiros tempos da era europeia, a caça e a pesca eram muito importantes para o sustento dos colonizadores e seus escravos. Foi o índio que ensinou o europeu a viver no estranho ambiente amazônico. Era ele o caçador e o pescador. Os métodos de caça e pesca da cultura regional contemporânea são de origem fundamentalmente aborígene. Embora o habitante moderno do vale cace com uma espingarda ou uma carabina e pesque com um anzol de ferro ou uma rede do tipo europeu, exerce essas atividades com o conhecimento da fauna local que lhe foi transmitido pela herança cultural indígena. Além disso, utilizam-se ainda numerosas técnicas antigas e ainda persistem muitas crenças populares indígenas a respeito da caça e da pesca. Hoje em dia, nem uma nem outra dessas atividades é de grande importância para a economia regional. Ao longo das principais artérias do sistema fluvial do Amazonas, a caça já não constitui uma ocupação lucrativa. Depois de séculos de ocupação humana, a fauna da região foi devastada e quase todo tipo de vegetal foi mal utilizado.  
  Em muitas comunidades amazônicas, a caça tornou-se quase exclusivamente um passatempo; ninguém depende, para viver, do produto da caça. A pesca, entretanto, é de relativa importância para a subsistência. Embora, nos rios principais, os peixes sejam hoje menos abundantes do que anteriormente, a maioria das famílias amazônicas pesca para o consumo próprio; algumas, porém, frequentemente dispõem de um excedente para vender.  (Do livro Uma comunidade amazônica, de Charles Wagley, p. 86-87. Texto adaptado.)
Coloque V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas a seguir, feitas a propósito de aspectos diversos do texto:
( ) A expressão “a cerca de quinhentos anos” (no primeiro período) NÃO está correta e deveria ser substituída por “há cerca de quinhentos anos”. ( ) O termo “aborígene”, constante de “são de origem fundamentalmente aborígene” (no primeiro parágrafo), significa “selvagem, inculto”. ( ) Na expressão “foi mal utilizado” (final do primeiro parágrafo), a palavra “mal” está ERRADA, já que o correto seria “mau”. ( ) Na oração “utilizam-se ainda numerosas técnicas antigas” (no primeiro parágrafo), o “se” é pronome apassivador. ( ) Em “Os índios das florestas tropicais, que habitavam a região amazônica” (no início do texto), o pronome relativo “que” exerce a função sintática de sujeito.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência CORRETA de V e F de cima para baixo: 
Alternativas
Q2043310 Português

Assinale a opção em que a palavra representa um antônimo do vocábulo em destaque no trecho:


Porém, em alguns ângulos, era possível notar a leve protuberância no corpo ESGUIO de Zoe.


Folha de S.Paulo, 23/07/2014

Alternativas
Q2042792 Português
        Até [recentemente] toda a produção e grande parte da cultura estavam baseadas no trabalho  humano. As constituições das nações enfatizam a centralidade do trabalho. A Declaração Universal  dos Direitos Humanos, em seu artigo 23, estipula que "toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre  escolha de seu trabalho e a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o  desemprego". O trabalho emergia assim, tanto para o capitalismo quanto para o socialismo, como o  construtor do mundo e da cultura, como um direito humano fundamental, como a forma mediante a  qual o ser humano se constrói a si mesmo como criador. O desemprego, na sociedade clássica,  significava um disfuncionamento passageiro. O ideal visado pela sociedade era criar o pleno  emprego para todos. Inadmissível seria compreender e aceitar o desemprego como consequência de  uma nova revolução tecnológica. Tudo era montado para dar emprego e trabalho a todos. Ora, é  exatamente o contrário que está correndo de forma irrecuperável. O aparelho produtivo  informatizado e robotizado produz mais e melhor e com quase nenhum trabalho humano. A  produção excede às necessidades dos países ricos. Desfez-se a conexão produção versus  necessidade. A questão é nunca deixar de produzir cada vez mais. Em razão desta lógica, devem-se  suscitar, mesmo artificialmente, necessidades para satisfazê-las mediante uma maior produção.
                 .................................................................................................................................................... 
        A informatização e a robotização junto com as relações desiguais no comércio  internacional, favorecendo os países ricos, à custa dos pobres, produziram este fenômeno  surpreendente: nos últimos trinta anos, a Europa triplicou na riqueza e ao mesmo tempo diminuiu em  um quarto o tempo de trabalho. 
          Na medida em que cresce a abundância de bens e de  serviços produzidos pela  informatização, cresce também o número dos excluídos do emprego e dos excluídos sociais. 
               ..................................................................................................................................................... 
          A lógica desse tipo de desenvolvimento (...) prolonga a perversidade     da     lógica     presente     no     modelo capitalista     de     desenvolvimento:     o     primado     do quantitativo  sobre   o qualitativo, o privilégio   do capital dos meios novos de produção sobre a pessoa humana  trabalhadora; a predominância do material sobre o humanístico, sobre o ético e sobre o espiritual.
                ....................................................................................................................................................   
          (...) Observador atento das mudanças mundiais, o teólogo da libertação, vivendo no Brasil,  José Comblin,  escreveu com acerto: "Na atualidade, está se formando outra concepção da vida: o  papel da pessoa na sociedade, ou melhor dito, no espetáculo da sociedade, é mais importante do que  o trabalho. Por isso as atividades sociais, de representação, de diversão, de espetáculo são as mais  importantes. Para um empresário, mais importante do que o trabalho são as entrevistas dadas à  imprensa e à TV. O trabalho é o meio de acesso a um certo status social, uma figuração. Não vale  pelo trabalho, mas pela figuração que permite. No trabalho, o que importa não é a produção, mas o  prestígio que confere, a iluminação que dá ao sujeito na sociedade". (...) 
         Nesta sociedade em mutação, a realização de si mesmo constitui a preocupação principal;  nem sempre esta realização passa pelo trabalho, pois pode passar por outra atividade qualquer,  ocupação alternativa e autônoma. (...) Daí a importância, nesta nova fase, do tempo livre, das férias  em função das quais se trabalha o ano todo. O fim de semana livre é mais importante que os demais  dias de trabalho da semana. 
         A própria vivência da sociedade muda. Antes, conhecia-se a sociedade pela participação  nela através de mil e uma atividades. Agora, pelos meios de comunicação. Sabemos o que se passa  na nossa cidade por aquilo que o rádio, a televisão e os jornais mostram. A cidade virou um grande  espetáculo: são os shopping centers, as vitrines, os jogos, os shows. Tudo se transformou em  imagem dos mass media. O que a TV não noticia não existe e não aconteceu. O espetáculo é  mundial, dos jogos olímpicos, dos campeonatos internacionais de futebol, dos shows-business, dos  grandes cantores como Pavaroti, Carreras, Elton John e os Beatles e até dos conflitos e das guerras.  Todos participam na TV do desenrolar das batalhas e tranquilamente torcem por um dos contendores  como se estivessem numa disputa esportiva. 
         Todos se transformaram em espectadores e querem sê-lo. É pelas imagens que os cidadãos  se contemplam e projetam sua identidade. E a identidade de uma pessoa é mais e mais a imagem que  se projeta dela para os outros e menos o que ela é em si mesma em sua profundidade, em sua  dialogação consigo e com seu universo interior e exterior. Ou se participa efetivamente deste tipo de  sociedade-espetáculo, sendo um ator real, ou se participa pelo imaginário e pela imagem. Comenta  José Comblin que as massas não praticam esporte, mas o veem pela TV; não produzem música, mas  escutam-na; não fazem história, mas comentam-na. Pela imagem se sentem também participantes e  não excluídos da história. 
              .......................................................................................................................................... 
O termo transcrito à esquerda, cuja substituição, à direita, está coerente com o conteúdo do texto é
Alternativas
Q2042754 Português
Leia:

CAPÍTULO V

O AGREGADO

    Nem sempre ia naquele passo vagaroso e rígido. Também se descompunha em acionados, era muita vez rápido e lépido nos movimentos, tão natural nesta como naquela maneira. Outrossim, ria largo, se era preciso, de um grande riso sem vontade, mas comunicativo, a tal ponto as bochechas, os dentes, os olhos, toda a cara, toda a pessoa, todo o mundo pareciam rir nele. Nos lances graves, gravíssimo. 
   Era nosso agregado desde muitos anos; meu pai ainda estava na antiga fazenda de Itaguaí, e eu acabava de nascer. Um dia apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia então um andaço de febres; José Dias curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali vivendo, com pequeno ordenado. José Dias recusou, dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre.

 ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Rio de
Janeiro: Ediouro, 1988.

Leia:

 

CAPÍTULO V


O AGREGADO


    Nem sempre ia naquele passo vagaroso e rígido. Também se descompunha em acionados, era muita vez rápido e lépido nos movimentos, tão natural nesta como naquela maneira. Outrossim, ria largo, se era preciso, de um grande riso sem vontade, mas comunicativo, a tal ponto as bochechas, os dentes, os olhos, toda a cara, toda a pessoa, todo o mundo pareciam rir nele. Nos lances graves, gravíssimo.

   Era nosso agregado desde muitos anos; meu pai ainda estava na antiga fazenda de Itaguaí, e eu acabava de nascer. Um dia apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia então um andaço de febres; José Dias curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali vivendo, com pequeno ordenado. José Dias recusou, dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre.


ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Rio de

Janeiro: Ediouro, 1988.


Assinale a alternativa que tem o melhor significado para as palavras destacadas, respectivamente:

Alternativas
Q2042751 Português
6.png (391×417)

-Preocupado com o “Bolsa”? -Preocupado com a Bolsa! -Preocupado com o bolso...


(https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/nova/161036817302 2699-charges-setembro-2018#foto-1611365192608381) Acesso em: 17/12/2018.
A charge é um gênero textual que possui caráter humorístico e crítico. Nesse sentido, quanto à classificação semântica das palavras, há nessa charge: 
Alternativas
Respostas
3501: D
3502: C
3503: C
3504: E
3505: C
3506: E
3507: D
3508: C
3509: C
3510: B
3511: E
3512: B
3513: E
3514: A
3515: B
3516: E
3517: E
3518: C
3519: A
3520: D