Questões de Concurso
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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A respeito dos aspectos linguísticos e estruturais do texto CG1A1-II, julgue o item subsecutivo.
A forma verbal “pontua” (quarto período do primeiro
parágrafo) é empregada como sinônimo de assinalar.
A respeito dos aspectos linguísticos e estruturais do texto CG1A1-II, julgue o item subsecutivo.
A expressão “Ao contrário” (terceiro período do primeiro
parágrafo) poderia ser substituída pela expressão Por isso,
sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto.
Texto para a questão.
Texto para o item.
Considerando a correção gramatical e a coerência das ideias do texto, julgue o item que consiste em propostas de substituição para vocábulos e trechos destacados do texto.
“se gastam” (linhas 34 e 35) por gastam-se
Texto para o item.
Considerando a correção gramatical e a coerência das ideias do texto, julgue o item que consiste em propostas de substituição para vocábulos e trechos destacados do texto.
“às pampas” (linha 34) por em grande quantidade
Texto para o item.
Considerando a correção gramatical e a coerência das ideias do texto, julgue o item , que consiste em propostas de substituição para vocábulos e trechos destacados do texto.
“a fio” (linha 18) por ininterruptamente
Texto para o item.
Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento.
Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7.
Julgue o item, que consistem em propostas de substituição para vocábulos e trechos destacados do texto, no que se refere à correção gramatical e à coerência das ideias do texto.
“falar com um número excessivo de pessoas” (linha 11)
por falar com um grande número de pessoas
Assinale a alternativa em que a alteração do segmento sublinhado no período acima tenha sido feita de acordo com a norma culta. Não leve em conta a alteração de sentido.
Assinale a alternativa em que a alteração do segmento sublinhado no período acima não tenha sido feita de modo a manter equivalência de sentido.
O segmento sublinhado no período acima, em relação ao termo imediatamente anterior, o
A chama é bela
Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma bela lareira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do fogo, da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamente novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam a televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qualquer programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas fixos como um programa televisivo.
O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do inflamar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos obriga a imaginar coisas sem nome...
O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à chama branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, a natureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, contudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fragilidade.
(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: Record, 2021, p. 54-55)
Língua Portuguesa
O meu ofício
O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo. Espero não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo que posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extraordinariamente à vontade e me movo num elemento que tenho a impressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instrumentos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes em minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma língua estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e surda como uma náusea dentro de mim.
Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo mais correto, do qual os outros escritores se servem. Não me importa nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escrever histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo sob encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sensação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo ou furtadas aqui e ali.
Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto, um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um milagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta, atônita, estupefata.
(Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurício Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)