Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q2926050 Português

Texto I

A farra dos sacos plásticos

O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas.

Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico. Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa. A caixinha com as lâminas cabia perfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa assim mesmo. Mas num gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinha num saco onde caberiam seguramente outras dez. Pelas razões que explicarei abaixo, recusei gentilmente a embalagem.

A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções. Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.

No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água – retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis – e dificultam a compactação dos detritos.

(André Trigueiro. Meio ambiente no século XXI. Editora Sextante, 2003. Disponível em: www.mundosustentavel.com.br – Adaptado.)

Qual o sentido expressa a palavra “plasticomania” no texto?

Alternativas
Q2925472 Português

Texto I

A farra dos sacos plásticos

O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas.

Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico. Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa. A caixinha com as lâminas cabia perfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa assim mesmo. Mas num gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinha num saco onde caberiam seguramente outras dez. Pelas razões que explicarei abaixo, recusei gentilmente a embalagem.

A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções. Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.

No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água – retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis – e dificultam a compactação dos detritos.

(André Trigueiro. Meio ambiente no século XXI. Editora Sextante, 2003. Disponível em: www.mundosustentavel.com.br – Adaptado.)

Assinale a alternativa que apresenta o sentido que a palavra “farra” assume no título do texto.

Alternativas
Ano: 2008 Banca: NC-UFPR Órgão: APR-PR Prova: NC-UFPR - 2008 - APR-PR - Telefonista |
Q2924404 Português

Foi com o objetivo de obter um acordo de paz entre palestinos e israelenses que George W. Bush fez uma visita oficial de oito dias a diversos países da região do conflito e patrocinou a reabertura das negociações. _________, menos de 24 horas após o fim da visita americana, a crise recrudesceu, e guerrilheiros atacaram agentes israelenses que investigavam uma casa em Gaza de onde teriam sido lançados mísseis contra Israel.

O termo "recrudesceu" pode ser substituído, no texto, por:

Alternativas
Q2923315 Português

Morango – Da cor da paixão


Ele é um fruto pequeno e delicado, que sempre foi associado à paixão e ao desejo. Talvez seja pelo seu sabor suave e ao mesmo tempo marcante. Mas, seja o que for, o morango se revelou uma das frutas mais deliciosas e instigantes da humanidade. Utilizado in natura ou até em cremes de beleza, desperta a imaginação e os sentidos.

Parte desse efeito pode ser pelo morango pertencer à família das Rosáceas, a mesma das rosas, maçãs, pêras e cerejas. Planta nativa das terras temperadas do continente europeu, atualmente é cultivada com sucesso em diversas regiões do mundo. Na era romana, valorizava-se pelas suas propriedades terapêuticas. Praticamente servia para todos os tipos de doenças.

O plantio de morango popularizou-se no século 18, quando mais de 600 espécies foram desenvolvidas. Pobre em calorias, é rico em vitamina C, um poderoso antioxidante que parece diminuir no organismo os efeitos nocivos dos radicais livres. É importante na formação do colágeno que dá força e suporte a ossos, dentes, pele e artérias. Também ajuda na cicatrização de feridas e absorção de ferro, entre outras funções. Além disso, também contém vitamina A, K, B1 e B2, além de potássio, ferro, cálcio, magnésio e fibras.

O início do cultivo do morango no Brasil não é bem conhecido. Sabe-se que o plantio começou a expandir-se a partir de 1960, com o lançamento da Cultivar Campinas, ainda hoje de expressão no mercado. Desde então, não parou mais de avançar, inclusive em áreas do estado do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, e em regiões de diferentes solos e climas, como Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal. Em São Paulo, a produção está concentrada em Campinas, Jundiaí e Atibaia, cidade que representa 60% da área cultivada da fruta.

A cultura é praticada por pequenos produtores rurais. Eles utilizam a mão-de-obra familiar durante todo o ciclo da plantação. A maior parte do volume de produção é destinada ao consumo in natura. Na última década, verificou-se um interesse crescente pelo cultivo, justificado pela grande rentabilidade, quando comparada a outros cultivos, como, por exemplo, o milho.

(Especial Globo Rural / Como Plantar –nº 14 / Junho 2007 – p. 72)

Na frase: “Também ajuda na cicatrização de feridas e absorção de ferro, entre outras funções”. (3º§) A palavra sublinhada na frase anterior, estabelece, com a oração anterior uma relação de:

Alternativas
Q2921837 Português

Atente para as afirmações.


I. Está correta a concordância da frase: Infelizmente não existe formas mágicas para diminuir a ansiedade.

II. A preposição para em - E é central para entender a ansiedade no ser humano. - indica ideia de finalidade.

III. Na frase - é a ela que devemos agradecer porque nos fez mais cautelosos ... - o antônimo para cautelosos, no contexto, é desprevenidos.


Está correto apenas o que se afirma em


Alternativas
Q2920478 Português

O texto abaixo servirá de base para as questões de 01 a 20.


O pior cego


AO DELEGADO, o assaltante contou que estava apenas começando na carreira do

crime. E começando mal, tinha de reconhecer. Fracassara em sua primeira tentativa de

3 assalto e agora estava ali, na delegacia, prestes a curtir uma temporada na prisão. Mas

alguma coisa aprendera com o insucesso. Na verdade, duas coisas.

A primeira delas: facilidades são enganosas. Vendo o cego, achara que ali estava a

6 vítima ideal: um homem que caminhava com dificuldade, tateando o chão com sua

bengala. E que levava um celular preso à cintura, pedindo para ser arrebatado. Agora:

como poderia ele imaginar que um cego, e ainda por cima franzino, teria tamanha força

9 nos braços? E fora exatamente isso que acontecera: o cego o prendera num abraço

poderoso, que nada tinha de afetivo: queria apenas imobilizá-lo até que chegasse a

polícia.

12 Segunda coisa: fora um erro colocar o celular na cueca. Aliás, isso ele já deveria

saber, depois daquela experiência dos caras presos com um monte de dólares nas

cuecas. Um incidente que divertira todo o país e que poderia lhe ter servido de

15 advertência.

Esses erros ele não mais cometeria. Daí por diante, na senda do crime, manteria os

olhos bem abertos. Como dizia um vizinho seu, o pior cego é aquele que não quer ver. E o

18 vizinho seguramente sabia do que estava falando. Porque era cego e nunca fora

assaltado.


SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo. Cotidiano. São Paulo, 07 de abril de 2008. Disponível em: <www.folhadesaopaulo.com.br>. Acesso em: 02 maio 2008.

Em “Aliás, isso ele já deveria saber [...]” (linha 12), o termo sublinhado indica

Alternativas
Q2920453 Português

O texto abaixo servirá de base para as questões de 01 a 20.


O pior cego


AO DELEGADO, o assaltante contou que estava apenas começando na carreira do

crime. E começando mal, tinha de reconhecer. Fracassara em sua primeira tentativa de

3 assalto e agora estava ali, na delegacia, prestes a curtir uma temporada na prisão. Mas

alguma coisa aprendera com o insucesso. Na verdade, duas coisas.

A primeira delas: facilidades são enganosas. Vendo o cego, achara que ali estava a

6 vítima ideal: um homem que caminhava com dificuldade, tateando o chão com sua

bengala. E que levava um celular preso à cintura, pedindo para ser arrebatado. Agora:

como poderia ele imaginar que um cego, e ainda por cima franzino, teria tamanha força

9 nos braços? E fora exatamente isso que acontecera: o cego o prendera num abraço

poderoso, que nada tinha de afetivo: queria apenas imobilizá-lo até que chegasse a

polícia.

12 Segunda coisa: fora um erro colocar o celular na cueca. Aliás, isso ele já deveria

saber, depois daquela experiência dos caras presos com um monte de dólares nas

cuecas. Um incidente que divertira todo o país e que poderia lhe ter servido de

15 advertência.

Esses erros ele não mais cometeria. Daí por diante, na senda do crime, manteria os

olhos bem abertos. Como dizia um vizinho seu, o pior cego é aquele que não quer ver. E o

18 vizinho seguramente sabia do que estava falando. Porque era cego e nunca fora

assaltado.


SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo. Cotidiano. São Paulo, 07 de abril de 2008. Disponível em: <www.folhadesaopaulo.com.br>. Acesso em: 02 maio 2008.

A flexão verbal aprendera (linha 4)pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por:

Alternativas
Q2920418 Português

O texto abaixo servirá de base para as questões de 01 a 20.


O pior cego


AO DELEGADO, o assaltante contou que estava apenas começando na carreira do

crime. E começando mal, tinha de reconhecer. Fracassara em sua primeira tentativa de

3 assalto e agora estava ali, na delegacia, prestes a curtir uma temporada na prisão. Mas

alguma coisa aprendera com o insucesso. Na verdade, duas coisas.

A primeira delas: facilidades são enganosas. Vendo o cego, achara que ali estava a

6 vítima ideal: um homem que caminhava com dificuldade, tateando o chão com sua

bengala. E que levava um celular preso à cintura, pedindo para ser arrebatado. Agora:

como poderia ele imaginar que um cego, e ainda por cima franzino, teria tamanha força

9 nos braços? E fora exatamente isso que acontecera: o cego o prendera num abraço

poderoso, que nada tinha de afetivo: queria apenas imobilizá-lo até que chegasse a

polícia.

12 Segunda coisa: fora um erro colocar o celular na cueca. Aliás, isso ele já deveria

saber, depois daquela experiência dos caras presos com um monte de dólares nas

cuecas. Um incidente que divertira todo o país e que poderia lhe ter servido de

15 advertência.

Esses erros ele não mais cometeria. Daí por diante, na senda do crime, manteria os

olhos bem abertos. Como dizia um vizinho seu, o pior cego é aquele que não quer ver. E o

18 vizinho seguramente sabia do que estava falando. Porque era cego e nunca fora

assaltado.


SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo. Cotidiano. São Paulo, 07 de abril de 2008. Disponível em: <www.folhadesaopaulo.com.br>. Acesso em: 02 maio 2008.

Semanticamente, a expressão prestes a (linha 3) tem o mesmo valor que:

Alternativas
Q2913484 Português

A mudança na ordem dos termos altera o sentido fundamental do enunciado em:

Alternativas
Q2912928 Português

Leia o texto, a seguir, e responda às questões de 1 a 10.


1 Agências que oferecem serviço eventual de faxineiras. Eletrodomésticos mais práticos e compactos. Co-

2 mida congelada e produtos de higiene mais eficientes e concentrados. Alta expressiva no número de

3 famílias que optam por diaristas. Vale tudo para compensar a escassez de empregadas domésticas men-

4 salistas no Brasil. Cerca de 500 mil mulheres, 10% do total, largaram a profissão entre 2009 e 2011,

5 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As profissionais que se ocupavam dos afa-

6 zeres domésticos tiveram acesso à educação e optaram por se recolocar em postos de trabalho no setor

7 de comércio e serviços. E o mercado tem respondido com novos serviços e produtos para suprir os hábitos

8 das famílias.

9 De 2000 a 2012, cresceu três vezes e meia o custo de manter uma funcionária na residência, informa a

10 consultoria econômica LCA, com base na inflação oficial. Em 2012, o custo do serviço aumentou 12,8%,

11 quase o dobro da inflação. Para a economista Hildete Pereira de Melo, especializada no estudo do trabalho

12 doméstico, sem a figura da mulher contratada para cuidar da casa, as relações familiares tendem a ser

13 mais igualitárias. As estatísticas, porém, mostram que essa mudança caminha em ritmo lento. “Em alguns

14 lares, filhos e homens ganham mais responsabilidades. Mas, na maioria, é a mulher que fica sobrecarre

15 gada”, afirma Alexandre Fraga, sociólogo do trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

16 Mas há transformações em curso. Na casa do professor carioca Cosme da Cunha, de 36 anos, a esposa,

17 Marta, tem horários mais apertados e ele é quem dá conta da rotina doméstica e da filha Helena, de 3 anos.

18 Cunha dá banho e alimenta a menina, que depois passa o dia na escola. Os adultos cooperam na faxina

19 pesada de acordo com suas aptidões e tempo livre. “Escolhemos preservar nossa intimidade e segurar

20 as pontas sozinhos. O lado ruim é ficar mais cansado, mas fazemos tudo aproveitando a família reunida”,

21 diz. Para poupar tempo, Cunha apela para a comida congelada e investiu em um congelador avantajado.

22 Lava-louças, aspiradores de pó e até máquinas que passam roupa entram no esforço para cortar o tempo

23 gasto com tarefas domésticas. A expectativa da indústria é de alta de até 30% nas vendas de eletrodo

24 mésticos nos próximos anos. Cresceu também a procura por produtos de limpeza menos agressivos para

25 quem vai manusear. “As donas de casa não investiam em tecnologia porque quem cuidava da limpeza era

26 a empregada. Agora, elas querem fugir das tarefas mais desagradáveis e estão dispostas a pagar mais

27 por isso”, afirma Maribel Suarez, professora do Centro de Estudos em Consumo da Coppead/UFRJ.


(Adaptado de: A CASA sem empregada, ISTOÉ. 9 jan. 2013, p.44-45.)

Sobre as possibilidades de substituição de termos sem prejuízo do sentido original, considere as afirmativas a seguir.


I. “Escassez” (linha 3) pode ser substituído por “carência”.

II. “Curso” (linha 16) pode ser substituído por “voga”.

III. “Aptidões” (linha 19) pode ser substituído por “habilidades”.

IV. “Avantajado” (linha 21) pode ser substituído por “volumoso”.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2912201 Português

Escolha, entre as alternativas, a que propõe a substituição dos termos ou expressões em destaque, sem que haja alteração do sentido da frase apresentada abaixo.


Parecia estar prestes a acontecer a destruição da floresta, pois os responsáveis demonstravam usar métodos pouco sábios na realização dos projetos de reflorestamento.

Alternativas
Q2909027 Português

Tecnologia


asdasdPara começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré‐eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda, nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Quer dizer, você se sente como aquele cara que cantou a secretária eletrônica. É um vexame privado. Mas quando você o manda fazer alguma coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” “O burro errou!”

asdasdOutra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.

asdasdDito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. Agora compreendo o entusiasmo de gente como Millôr Fernandes e Fernando Sabino, que dividem a sua vida profissional em antes dele e depois dele. Sinto falta do papel e da fiel Bic, sempre pronta a inserir entre uma linha e outra a palavra que faltou na hora, e que nele foi substituída por um botão, que, além de mais rápido, jamais nos sujará os dedos, mas acho que estou sucumbindo. Sei que nunca seremos íntimos, mesmo porque ele não ia querer se rebaixar a ser meu amigo, mas retiro tudo o que pensei sobre ele. Claro que você pode concluir que eu só estou querendo agradá‐lo, precavidamente, mas juro que é sincero.

asdasdQuando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.


(VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Globo)

Assinale a alternativa em que a troca de posição dos elementos altera seu significado.

Alternativas
Q2907565 Português

(Globo Rural / Setembro 2007 pág. 12)

A palavra desenvolvimento foi muito usada no texto anterior. Identifique abaixo o seu sinônimo:

Alternativas
Q2907555 Português

(Globo Rural / Setembro 2007 pág. 12)

“E a estimativa do agronegócio para este ano é de 130 milhões de toneladas de grãos produzidos.” A palavra sublinhada pode ser substituída sem alteração do sentido por:

Alternativas
Q2906186 Português

(Globo Rural / Setembro 2007 pág. 12)

Na frase “Desenvolvimento e Inclusão social mais uma vez colhidos juntos.”, a expressão colhidos juntos significa:

Alternativas
Q2906006 Português

Texto I

Leia o texto abaixo e responda às questões 01, 02 e 03.

TEMPO

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
5 fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número
10 e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser
diferente.

Carlos Drummond de Andrade
(http://eb23vpa biblioteca.blogs.sapo.pt/59332.html)

No fragmento "...e tudo começa outra vez, com outro número", (verso 9) as palavras sublinhadas podem ser substituídas, sem que haja alteração de sentido, por:

Alternativas
Q2904449 Português

Observe o trecho abaixo, retirado da música “É a vida”, de Victor & Leo:


Se você pensa que sou leigo

Nas coisas que dizem respeito ao coração

Se engana muito

Sou vivido

Conheço cada passo de uma paixão...


A palavra em destaque poderia ser substituída, com o mesmo significado, por:

Alternativas
Q2900992 Português

Jeitinho

O jeitinho não se relaciona com um sentimento revolu-

cionário, pois aqui não há o ânimo de se mudar o status quo.

O que se busca é obter um rápido favor para si, às escondidas e

sem chamar a atenção; por isso, o jeitinho pode ser também

5 definido como "molejo", "jogo de cintura", habilidade de se "dar

bem" em uma situação "apertada".

Em sua obra O Que Faz o Brasil, Brasil?, o antropólogo

Roberto DaMatta compara a postura dos norte-americanos e a

dos brasileiros em relação às leis. Explica que a atitude

10 formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa

admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a

ver violadas as próprias instituições; no entanto, afirma que é

ingênuo creditar a postura brasileira apenas à ausência de

educação adequada.

15 O antropólogo prossegue explicando que, diferente das

norte-americanas, as instituições brasileiras foram desenhadas

para coagir e desarticular o indivíduo. A natureza do Estado é

naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada

à realidade individual. Um curioso termo – Belíndia – define

20 precisamente esta situação: leis e impostos da Bélgica, realidade

social da Índia.

Ora, incapacitado pelas leis, descaracterizado por uma

realidade opressora, o brasileiro buscará utilizar recursos que

vençam a dureza da formalidade se quiser obter o que muitas

25 vezes será necessário à sua sobrevivência. Diante de uma

autoridade, utilizará termos emocionais, tentará descobrir alguma

coisa que possuam em comum - um conhecido, uma cidade da

qual gostam, a “terrinha” natal onde passaram a infância - e

apelará para um discurso emocional, com a certeza de que a

30 autoridade, sendo exercida por um brasileiro, poderá muito bem

se sentir tocada por esse discurso. E muitas vezes conseguirá o

que precisa.

Nos Estados Unidos da América, as leis não admitem

permissividade alguma e possuem franca influência na esfera

35 dos costumes e da vida privada. Em termos mais populares, diz-

se que, lá, ou “pode” ou “não pode”. No Brasil, descobre-se que

é possível um “pode-e-não-pode”. É uma contradição simples:

acredita-se que a exceção a ser aberta em nome da cordialidade

não constituiria pretexto para outras exceções. Portanto, o

40 jeitinho jamais gera formalidade, e essa jamais sairá ferida após

o uso desse atalho.

Ainda de acordo com DaMatta, a informalidade é também

exercida por esferas de influência superiores. Quando uma

autoridade "maior" vê-se coagida por uma "menor",

45 imediatamente ameaça fazer uso de sua influência; dessa forma,

buscará dissuadir a autoridade "menor" de aplicar-lhe uma

sanção.

A fórmula típica de tal atitude está contida no golpe

conhecido por "carteirada", que se vale da célebre frase "você

50 sabe com quem está falando?". Num exemplo clássico, um

promotor público que vê seu carro sendo multado por uma

autoridade de trânsito imediatamente fará uso (no caso, abusivo)

de sua autoridade: "Você sabe com quem está falando? Eu sou

o promotor público!". No entendimento de Roberto DaMatta, de

55 qualquer forma, um "jeitinho" foi dado.

(In: www.wikipedia.org - com adaptações.)

Observando a frase “buscará dissuadir a autoridade ‘menor’ de aplicar-lhe uma sanção” (L.46-47), assinale a alternativa em que a substituição da palavra sublinhada mantenha o sentido que se deseja comunicar no texto.

Alternativas
Q2900890 Português

Texto


Idade da informação


Ferreira Gullar


O que move as pessoas a atuar politicamente é a opinião, que, por sua vez, nasce da informação, do conhecimento. É óbvio que, se não sei o que se passa em meu país, não posso ter opinião formada sobre o que deve ser feito para melhorar a sociedade.

Não estou dizendo nada de novo. No passado, em diferentes momentos da história, quem governava era apenas quem tinha poder econômico e, por isso mesmo, mais conhecimento da situação em que viviam. E, na medida em que a educação se ampliou e maior número de pessoas passou a ter conhecimento da realidade social, ampliou-se também a influência da população sobre a vida política. Dessa evolução nasceria a democracia.

[…]

Como explicar as manifestações que ocuparam as ruas nos últimos meses e que, em menor grau, prosseguem por todo o país?

Acredito que esse fenômeno, que a todos surpreendeu, decorre basicamente da quantidade de informações a que têm acesso hoje milhões de pessoas no país, graças à internet. Não é por acaso que manifestações semelhantes têm ocorrido em muitos países, possibilitando a mobilização de verdadeiras multidões.

Veja bem, as causas do descontentamento variam de país a país, os objetivos visados pelos manifestantes também, mas não resta dúvida de que em nenhum outro momento da história tanta gente teve acesso a tanta informação.

Pode ser que estejamos vivendo o início de uma nova etapa da história humana, já que nunca tantas pessoas souberam tanto acerca da sociedade em que vivem. Há que considerar, no entanto, que nem sempre essas informações são verdadeiras e, mesmo quando verdadeiras, podem levar a conclusões nem sempre corretas.

Em suma, esse fenômeno novo, que mobiliza a opinião pública, ainda que signifique um avanço, pode arrastar as pessoas a uma atuação de consequências imprevisíveis. E por quê? Por várias razões, mas uma delas será, certamente, o risco do inconformismo pelo inconformismo, sem objetivos definidos e sem lideranças responsáveis.


Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ ferreiragullar/2013/08/1327777-idade-da-informacao.shtml, Acesso em 18/08/2013. [Adaptado]

Em apenas um dos pares abaixo, a frase reescrita mantém o significado da frase extraída do texto.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Respostas
561: B
562: B
563: C
564: A
565: E
566: C
567: D
568: D
569: D
570: E
571: C
572: B
573: B
574: C
575: D
576: B
577: B
578: D
579: B
580: E