Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q1700043 Português
O Pavão

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.

Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.


                        Rubem Braga 
“Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.”. A palavra em destaque nesse contexto tem significado equivalente a:
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Q1700042 Português
O Pavão

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.

Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.


                        Rubem Braga 
De tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar” Quanto ao vocabulário, os significados das formas verbais “suscita”, “esplende”, “estremece” e “delira”, respectivamente são:
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Q1699886 Português
A expressão “A saideira” recupera o discurso geralmente usado nas rodas de bebedeiras. No sentido que é empregado - intencionalmente no texto - essa expressão significa:
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Q1699884 Português
O texto acima fez parte da Campanha Nacional de Trânsito 2019 do Ministério da Infraestrutura do governo federal. Sobre os aspectos verbais do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
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Q1699615 Português
Feliz aniversário

    [...] E à cabeceira da mesa grande a aniversariante que fazia hoje oitenta e nove anos.
    Zilda, a dona da casa, arrumara a mesa cedo, enchera-a de guardanapos de papel colorido e copos de papelão alusivos à data, espalhara balões sungados pelo teto em alguns dos quais estava escrito “Happy Birthday!”, em outros “Feliz Aniversário!”. No centro havia disposto o enorme bolo açucarado. Para adiantar o expediente, enfeitara a mesa logo depois do almoço, encostara as cadeiras à parede, mandara os meninos brincar no vizinho para não desarrumar a mesa.
    E, para adiantar o expediente, vestira a aniversariante logo depois do almoço. Pusera-lhe desde então a presilha em torno do pescoço e o broche, borrifara-lhe um pouco de água-de-colônia para disfarçar aquele seu cheiro de guardado — sentara-a à mesa. E desde as duas horas a aniversariante estava sentada à cabeceira da longa mesa vazia, tesa na sala silenciosa.
    De vez em quando consciente dos guardanapos coloridos. Olhando curiosa um ou outro balão estremecer aos carros que passavam. E de vez em quando aquela angústia muda: quando acompanhava, fascinada e impotente, o voo da mosca em torno do bolo. [...]
    Os músculos do rosto da aniversariante não a interpretavam mais, de modo que ninguém podia saber se ela estava alegre. Estava era posta à cabeceira. Tratava-se de uma velha grande, magra, imponente e morena. Parecia oca.
    — Oitenta e nove anos, sim senhor! disse José, filho mais velho agora que Jonga tinha morrido. — Oitenta e nove anos, sim senhora! disse esfregando as mãos em admiração pública e como sinal imperceptível para todos.
    Todos se interromperam atentos e olharam a aniversariante de um modo mais oficial. Alguns abanaram a cabeça em admiração como a um recorde. Cada ano vencido pela aniversariante era uma vaga etapa da família toda. Sim senhor! disseram alguns sorrindo timidamente.
    — Oitenta e nove anos!, ecoou Manoel que era sócio de José. É um brotinho!, disse espirituoso e nervoso, e todos riram, menos sua esposa.
    A velha não se manifestava.
    Alguns não lhe haviam trazido presente nenhum. Outros trouxeram saboneteira, uma combinação de jérsei, um broche de fantasia, um vasinho de cactos — nada, nada que a dona da casa pudesse aproveitar para si mesma ou para seus filhos, nada que a própria aniversariante pudesse realmente aproveitar constituindo assim uma economia: a dona da casa guardava os presentes, amarga, irônica.
    — Oitenta e nove anos! repetiu Manoel aflito, olhando para a esposa.
    A velha não se manifestava...


(Clarice Lispector. “Laços de Família”, Editora Rocco – Rio de Janeiro, 1998. Fragmento.)
Considerando o contexto, assinale o significado corretamente atribuído ao vocábulo destacado.
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Q1699611 Português
A dona do ar

        Quando completou três anos de idade, em 1922, Rosa Helena Schorling, conhecida como Rosita, ganhou de presente um velocípede de madeira construído pelo pai. Aos 12, o brinquedo havia ficado para trás e seu principal meio de transporte era um Opel 1896 de fabricação alemã e direção do lado direito. Aos 19, tornou-se a oitava brasileira apta a pilotar aviões e, aos 21, se tornou a primeira mulher a saltar de paraquedas no País.
        Hoje, por força de seus 94 anos, caminha mais devagar, mas olha o céu do mesmo modo como olhava quando avistou, pela primeira vez, o imenso balão prateado Graf Zeppelin, que sobrevoou o território capixaba em 1932, inaugurando o tráfego aéreo entre a Europa e a América Latina. O acordo feito com o pai era o seguinte: primeiro Rosa Helena terminaria os estudos no tradicional colégio de freiras em que aprendia letras, ciências, piano e costura. Depois, tão logo conquistasse o canudo de professora-normalista, estaria autorizada a estudar aviação.
        O trato foi cumprido. Em 1938, começou o curso, orientada a observar o terreno e sentir a altitude e os comandos. “No ar, eu me sinto livre como em nenhum outro lugar”, define a aviadora que o presidente Getúlio Vargas chamava de “capixaba endiabrada”.
        Diante do xeque-mate de um noivo que a mandou escolher entre voar e o casamento, ficou com o avião. Aos 35 anos, por causa da morte do pai, Rosita voltou ao interior para cuidar da mãe e trabalhar como professora. As crianças, curiosas, a enchiam de perguntas sobre suas peripécias no ar. Casou-se anos depois, na década de 1960, e teve um único filho. O bebê, no entanto, viveu apenas cinco meses e 16 dias. “Perdi muita gente”, lamenta. O pai, sem dúvida, foi o maior incentivador. Um dia, o general que presidia o Aeroclube do Brasil quis conhecer a família da aluna. Diante do pai de Rosita, João Ricardo Schorling, perguntou:
    – E se alguma coisa acontecer a ela?
Decidido como a filha, Schorling respondeu prontamente:
    – Então ela terá a morte dos seus sonhos.

(Ana Laura Nahas. Vida simples, janeiro de 2014.)
Dentre as expressões destacadas a seguir, todas apresentam a mesma indicação quanto ao sentido que representam na frase em que estão inseridas, com EXCEÇÃO de:
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Q1699467 Português

Ana Célia Baía Araújo e Zoraide Souza Pessoa. O desafio das cidades sustentáveis: prós e contras de

uma proposta para o desenvolvimento urbano. Internet: <http://:anpur.org.br>  (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB1A2, julgue os próximos itens.


A forma verbal “vêm” (l.6) é acentuada devido à concordância que estabelece com o termo “o planejamento urbano e a gestão das cidades e áreas metropolitanas” (l. 4 a 6).

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Q1699461 Português

Bruno Carbinatto. Pessoas que crescem em cidades têm senso de direção 

pior. In: Revista Superinteressante, fev./2020. Internet:

< https://super.abril.com.br > (com adaptações) .

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue os itens que se seguem.


No último período do texto, a expressão “o jeito é aprender na marra” (l.42) estabelece a ideia de que as pessoas que moram em áreas rurais ou vilarejos aprendem a se orientar enfrentando com coragem as circunstâncias dificultosas. 

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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: SEE-PE Prova: FGV - 2016 - SEE-PE - Professor Braillista |
Q1699329 Português
O fragmento a seguir refere-se à questão.

“Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence à morte”.
(Sêneca
Assinale a opção em que um dos termos do pensamento de Sêneca foi substituído de forma inadequada.
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Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: SEE-PE Prova: FGV - 2016 - SEE-PE - Professor Braillista |
Q1699327 Português
O fragmento a seguir refere-se à questão.

“Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence à morte”.
(Sêneca
Assinale a opção em que a transposição de termos modifica o sentido original.
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Q1699062 Português
Trocadilho é o emprego de palavras ou expressões de duplo sentido. Assinale a alternativa em que ocorre emprego de trocadilho.
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Q1698793 Português

Julgue o item, relativo à estruturação linguística do texto.


Mantém a correção gramatical a substituição da expressão “é estimada em” (linha 48) pela expressão remonta a.

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Q1698495 Português

O perfil do empreendedor negro no Brasil


Juventude negra está seguindo uma mudança

cultural que vê forma de protagonizar uma

transformação de alto impacto social e econômico


   A prática empreendedora vem crescendo no Brasil, sobretudo quando diz respeito à população negra. Atualmente a maioria dos empreendedores são mulheres que abriram seus negócios por oportunidade, contrariando a crença geral de que as pessoas das camadas com menor poder aquisitivo procuram abrir seus negócios mais por necessidade ou devido ao desemprego.

   Praticamente metade dos empreendedores têm menos de 40 anos e, em relação aos jovens, 75% deles estão empreendendo pela primeira vez e a maioria com ensino superior completo/incompleto.

   Há uma sinalização de que a juventude negra está seguindo uma mudança cultural que ocorre de forma gradativa. Eles estão percebendo que o empreendedorismo pode ser uma forma de protagonizar uma transformação de alto impacto social e econômico.

   A maioria dos negócios está na categoria MEI (Micro Empreendedor Individual), nos setores de comércio, serviço, moda/vestuário, estética e alimentação. Esses dados foram obtidos na Pesquisa Nacional Negro Empreendedor realizada pelo Baobá – Fundo de Igualdade Racial em parceira com o Instituto Feira Preta, em 2015.

   Segundo a pesquisa, historicamente, o ato de empreender sempre esteve presente no cotidiano de negros brasileiros. Muito antes da formação do conceito de afroempreendedorismo, o negro empreendia como forma de sobrevivência, por necessidade.

   Hoje, o empreendedor negro ultrapassou as fronteiras da subsistência e tem buscado aprimorar as suas habilidades e competências no que diz respeito à sua atitude empreendedora. Cada vez mais, apostando na criação, abertura e gerenciamento de seus próprios negócios.

   Mesmo com a mudança do perfil empreendedor, o empreendedor negro ainda enfrenta muitas dificuldades, como também sinaliza a pesquisa. Segundo o documento “são públicos os fatores que dificultam o crescimento e fortalecimento do empreendedorismo negro, em larga escala, no país e um dos principais entraves se deve ao racismo institucionalizado brasileiro”.

   “Além deste, outras razões podem estar relacionadas às dificuldades vivenciadas pelos negros no momento de empreender. O economista Marcelo Paixão, em publicação eletrônica de 2013 – Os empreendedores afro-brasileiros: um estudo exploratório a partir da MPE -, salienta que existem razões de ordem geral; que seriam a falta de planejamento e de capacitação administrativa/ gerencial, a informalidade, a aposta em negócios de pouco retorno, condições ocupacionais anteriores frágeis dentre outras”.

   Em 2013, o Instituto Data Popular divulgou pesquisa apontando que os consumidores negros, boa parte localizados na chamada classe C, movimentaram cerca de R$713 bilhões ao ano. Mas o estudo também observou que existe demanda crescente e oferta insuficiente de produtos e serviços para atender o perfil de um novo consumidor negro.

   Um exemplo de sucesso de empreendedorismo negro é a Feira Preta. Inicialmente realizada na Praça Benedito Calixto e reunindo cerca de 40 empreendedores, a Feira Preta hoje se transformou no maior evento de cultura negra da América Latina.

   Em treze edições, foram mais de 120 mil visitantes, que puderam acompanhar aproximadamente 500 artistas e 600 expositores com diferentes linguagens, expressões e produtos.

Texto adaptado. Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o- -perfil-do-empreendedor-negro-no-brasil

Em “A prática empreendedora vem crescendo no Brasil, sobretudo quando diz respeito à população negra”, a expressão em destaque pode ser substituída, sem prejuízo semântico, por
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Q1698439 Português

Leia o texto para responder à questão.


Às vésperas da Olimpíada, surto de microcefalia faz o mundo olhar o Brasil

   No início do ano passado, por ter sintomas parecidos com os da dengue, ela chegou a ser chamada de “doença misteriosa”.

   À época, quando os primeiros casos foram identificados, o Ministério da Saúde tratou-a como uma infecção “benigna”, com sintomas brandos: manchas na pele, coceira e febre baixa ou ausência de febre.

   Agora, associada a um surto de microcefalia em recém- -nascidos, a zika virou motivo de pânico tanto para mulheres grávidas como para aquelas com seus bebês de colo com a suspeita de má-formação da cabeça.

   Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, vetor também da dengue, da febre amarela e da chicungunya, o vírus da zika circula em 28 países de diferentes partes do mundo, o que levou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a decretar situação de emergência internacional.

   O epicentro das suspeitas de microcefalia associadas ao vírus está no Brasil, também motivo de preocupação por ser a sede da Olimpíada, em agosto.

(http://temas.folha.uol.com.br/zika-e-microcefalia, 05.02.2016. Acesso em 17.04.2016)

Considerando-se a regência verbal e o emprego de pronomes, em conformidade com a norma-padrão, o trecho – ... o Ministério da Saúde tratou-a como uma infecção “benigna”... – está corretamente reescrito em:
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Q1698436 Português

Leia o texto para responder à questão.


Às vésperas da Olimpíada, surto de microcefalia faz o mundo olhar o Brasil

   No início do ano passado, por ter sintomas parecidos com os da dengue, ela chegou a ser chamada de “doença misteriosa”.

   À época, quando os primeiros casos foram identificados, o Ministério da Saúde tratou-a como uma infecção “benigna”, com sintomas brandos: manchas na pele, coceira e febre baixa ou ausência de febre.

   Agora, associada a um surto de microcefalia em recém- -nascidos, a zika virou motivo de pânico tanto para mulheres grávidas como para aquelas com seus bebês de colo com a suspeita de má-formação da cabeça.

   Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, vetor também da dengue, da febre amarela e da chicungunya, o vírus da zika circula em 28 países de diferentes partes do mundo, o que levou a OMS (Organização Mundial da Saúde) a decretar situação de emergência internacional.

   O epicentro das suspeitas de microcefalia associadas ao vírus está no Brasil, também motivo de preocupação por ser a sede da Olimpíada, em agosto.

(http://temas.folha.uol.com.br/zika-e-microcefalia, 05.02.2016. Acesso em 17.04.2016)

Nos trechos “Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, vetor também da dengue, da febre amarela e da chicungunya...” e “O epicentro das suspeitas de microcefalia associadas ao vírus está no Brasil...”, os termos em destaque significam, respectivamente:
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Q1698341 Português
A ética das máquinas

    [...] Imagine uma situação na qual uma máquina identifica o rosto de um terrorista internacional tentando embarcar em um voo no aeroporto de Tel Aviv. Imediatamente, um alarme soa e os embarques são suspensos. Todos os voos são, automaticamente, cancelados. Em poucos minutos, a notícia já percorre milhões de tablets e se espalha pelo mundo. O preço do barril de petróleo triplica e nas bolsas de valores há uma corrida pelas ações das empresas petrolíferas. Essa manobra faz com que o preço de outras ações desabe. A queda no valor das ações leva a uma corrida para o dólar e, em poucas horas, ele se valoriza mais de 15%. Contratos de importação e exportação são suspensos...
        Essa cadeia inusitada de acontecimentos pode levar ao caos. Mas, o que significa um dia caótico na economia mundial diante da possibilidade de um ataque terrorista que poderia dizimar centenas de vidas? Os agentes da polícia portuária poderiam não ter identificado o rosto do terrorista e, nesse caso, a tragédia seria inevitável. No entanto, não é possível descartar a hipótese de que a máquina poderia ter identificado incorretamente um rosto e que, se ela não tivesse autonomia para suspender embarques e voos, um dia de caos na economia mundial poderia ter sido evitado. O que seria melhor? Tudo depende dos riscos que estamos dispostos a correr.
        As máquinas estão se tornando cada vez mais autônomas. Máquinas autônomas não podem ser desligadas. Cada vez mais delegamos a elas decisões diante de situações imprevistas. Se o rosto do terrorista é identificado, o alarme soa e os embarques são automaticamente cancelados, independentemente da vontade de qualquer funcionário do aeroporto. Máquinas autônomas podem, também, alterar sua própria programação a partir de sua interação com o ambiente e, por isso, não temos controle pleno sobre elas.
        Em geral, delegamos autonomia para máquinas quando, em algumas tarefas, sua performance é melhor do que a de um ser humano. Cálculos de engenharia, folhas de pagamento de grandes instituições são casos típicos nos quais a performance das máquinas ultrapassa o raciocínio e a memória humana. Em pouco tempo a identificação instantânea de rostos também integrará essa lista. [...]
       Máquinas superinteligentes ainda são um sonho distante, mas não impossível. Não podemos, tampouco, descartar a possibilidade de elas serem produzidas acidentalmente. [...]
        Como uma máquina autônoma não pode ser desligada, ficaríamos à mercê de seus caprichos, que poderia incluir a destruição completa da raça humana. [...]
        O físico Stephen Hawking sugere que, diante desse risco, as pesquisas em inteligência artificial deveriam ser interrompidas. O filósofo Nick Bostrom, da Universidade de Oxford, defende que o aumento da inteligência se refletirá em um aprimoramento ético. Daniel Dennett, um dos pioneiros da Filosofia da Mente, afirma que a superinteligência não passa de uma lenda urbana que se baseia em atribuir às máquinas podres que elas nunca terão.
        Temos de aguardar, com os dedos cruzados, os próximos capítulos da história da tecnologia. E torcer para que das inteligências sem consciência possa emergir algo mais do apenas eficiência cega, a competência sem compreensão.

(TEIXEIRA, João. Filosofia, Ciência e Vida. nº 121. Adaptado.)
No segmento “Não podemos, tampouco, descartar a possibilidade de elas serem produzidas acidentalmente. [...]” (5º§) o termo sublinhado pode ser substituído sem que haja prejuízo semântico por
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Q1698297 Português
Leia o poema para responder à questão.


Quem Ama Inventa

Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!

(Mário Quintana. Disponível em
http://pensador.uol.com.br/poesias_de_mario_quintana.)
Assinale a alternativa em que há sentido figurado.
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Q1698295 Português

Leia a charge.


Imagem associada para resolução da questão

(Duke. Disponível em https://www.portalotempo/photos.

Acesso em 24.04.2016.)


Sem alteração do sentido, a forma verbal fantasio, na fala do menino, pode ser substituída por

Alternativas
Q1698286 Português

Leia o texto para responder à questão.


Tecnologia


       Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. [...]

      Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. [...]

     Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. 


(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em http://pensador.uol.com.br/

contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há sentido figurado.
Alternativas
Q1698284 Português

Leia o texto para responder à questão.


Tecnologia


       Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. [...]

      Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que sabe. [...]

     Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante. 


(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em http://pensador.uol.com.br/

contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)

No primeiro parágrafo do texto – A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. –, a expressão destacada quer dizer
Alternativas
Respostas
5921: A
5922: A
5923: B
5924: D
5925: D
5926: D
5927: C
5928: C
5929: E
5930: B
5931: E
5932: E
5933: C
5934: D
5935: A
5936: C
5937: B
5938: E
5939: A
5940: D