Questões de Concurso
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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Leia o texto para responder à questão.
Igualdade X liberdade
“Igualdade” se tornou a palavra de ordem deste início do século 21. Para os países pobres, a bandeira não é nova. Eles sempre tiveram no horizonte a meta de reduzir tanto a desigualdade interna (entre milionários e miseráveis) como a externa (entre nações).
Não há dúvida de que sociedades menos desiguais funcionam melhor. Elas tendem a ser mais ricas, assim como mais educadas e menos violentas, e por aí vai. O que é causa e o que é efeito pode ser difícil de determinar, mas está claro que a redução das desigualdades é algo a perseguir.
É preciso, porém, resistir à tentação das interpretações unidimensionais*. Uma das contradições básicas da política, que raramente é mencionada, é que liberdade e igualdade são incompatíveis. Se a sociedade é livre, as pessoas que se esforçarem mais acumularão mais bens e os transmitirão a quem desejarem, tipicamente os filhos. Mas, neste caso, a sociedade deixa de ser igualitária, pois não só alguns terão mais do que outros como também herdarão riquezas pelas quais não trabalharam.
O paradoxo não tem solução. Cada sociedade precisa definir o “mix” de liberdade e igualdade que concederá a seus membros. Não podemos esquecer, porém, que a proporção escolhida tem implicações. Se a liberdade é total, cenários de concentração de renda tendendo ao infinito se tornam possíveis. Se a igualdade é plena, desaparecem os incentivos para produzir mais e, principalmente, para inovar.
Considerando que foi o desenvolvimento científico que tirou a humanidade do estado de penúria material em que viveu na maior parte da história, penso que a liberdade deve ter prioridade. Não se mata a galinha dos ovos de ouro.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)
Vocabulário:
* unidimensional: que tem apenas uma dimensão ou que é considerado
sob uma única dimensão
Eles sempre tiveram no horizonte a meta de reduzir tanto a desigualdade interna... ... foi o desenvolvimento científico que tirou a humanidade do estado de penúria material...
Os termos horizonte e penúria, no contexto em que são empregados, são sinônimos, respectivamente, de
Leia o texto para responder à questão.
Igualdade X liberdade
“Igualdade” se tornou a palavra de ordem deste início do século 21. Para os países pobres, a bandeira não é nova. Eles sempre tiveram no horizonte a meta de reduzir tanto a desigualdade interna (entre milionários e miseráveis) como a externa (entre nações).
Não há dúvida de que sociedades menos desiguais funcionam melhor. Elas tendem a ser mais ricas, assim como mais educadas e menos violentas, e por aí vai. O que é causa e o que é efeito pode ser difícil de determinar, mas está claro que a redução das desigualdades é algo a perseguir.
É preciso, porém, resistir à tentação das interpretações unidimensionais*. Uma das contradições básicas da política, que raramente é mencionada, é que liberdade e igualdade são incompatíveis. Se a sociedade é livre, as pessoas que se esforçarem mais acumularão mais bens e os transmitirão a quem desejarem, tipicamente os filhos. Mas, neste caso, a sociedade deixa de ser igualitária, pois não só alguns terão mais do que outros como também herdarão riquezas pelas quais não trabalharam.
O paradoxo não tem solução. Cada sociedade precisa definir o “mix” de liberdade e igualdade que concederá a seus membros. Não podemos esquecer, porém, que a proporção escolhida tem implicações. Se a liberdade é total, cenários de concentração de renda tendendo ao infinito se tornam possíveis. Se a igualdade é plena, desaparecem os incentivos para produzir mais e, principalmente, para inovar.
Considerando que foi o desenvolvimento científico que tirou a humanidade do estado de penúria material em que viveu na maior parte da história, penso que a liberdade deve ter prioridade. Não se mata a galinha dos ovos de ouro.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)
Vocabulário:
* unidimensional: que tem apenas uma dimensão ou que é considerado
sob uma única dimensão
“Luto na música: perda de Roberto Carlos perto do natal comove o Brasil”
Assinale a alternativa que desfaz a ambiguidade do texto.
(Disponível em: https://www.contioutra.com/a-dor-de-se-sentir-invisivel/ – texto adaptado
especialmente para esta prova.)
O post abaixo servirá para responder a questão:
Fonte: Facebook- Abraços grátis Acesso: 01 jun.
2020.
O post abaixo servirá para responder a questão:
Fonte: Facebook- Abraços grátis Acesso: 01 jun.
2020.
Leia o poema abaixo e responda a questão:
RECEITA PARA FAZER UM HERÓI
Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne, Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim.
Serve-se morto.
Disponível em: www.escritas.org Acesso: 18 mar.2020.
(Disponível em: Correio do Povo, 6 de junho de 2017. Cidades - texto adaptado especialmente para
esta prova.)
I. “minimamente” (l. 01) por “unicamente”. II. “opções” (l. 05) por “alternativas”. III. “conciliar” (l. 12) por “ permitir”.
Quais NÃO acarretariam modificação de sentido ao contexto?
(Disponível em: Correio do Povo, 6 de junho de 2017. Cidades - texto adaptado especialmente para
esta prova.)
( ) A expressão “em parte” (l. 02) poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por ”não totalmente”. ( ) “que” (l. 06) retoma o substantivo antecedente “famílias”. ( ) “No entanto” (l. 07) poderia ser substituído, sem prejuízo de sentido, por “Portanto”. ( ) Ao substituir o verbo “existir”, na frase “não existe evolução verdadeira na Terra”(l. 14), pelo verbo “haver”, seriam necessários alguns ajustes em outras palavras para manter a concordância verbal do período.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em: https://www.contioutra.com/os-principais-tipos-de-
relacionamentos-ioio/. Acesso em 26 mar. 2019.
Camelôs
Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão:
O que vende balõezinhos de cor
O macaquinho que trepa no coqueiro
O cachorrinho que bate com o rabo
Os homenzinhos que jogam boxe
A perereca verde que de repente dá um pulo, que engraçada!
E as canetas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma!
Alegria das calçadas.
Uns falam pelos cotovelos:
– “O cavalheiro chega em casa e diz: Meu Filho, vai buscar um
pedaço de banana para eu acender o charuto.
Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...”
Outros, coitados, têm a língua atada.
Todos porém sabem mexer nos cordéis com tino ingênuo de
demiurgos de inutilidade.
E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da meninice ...
E dão aos homens que passam preocupados ou tristes uma lição
de infância.
Manuel Bandeira
Com base no texto e em seus conhecimentos adquiridos,
responda às questões propostas.
Camelôs
Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão:
O que vende balõezinhos de cor
O macaquinho que trepa no coqueiro
O cachorrinho que bate com o rabo
Os homenzinhos que jogam boxe
A perereca verde que de repente dá um pulo, que engraçada!
E as canetas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma!
Alegria das calçadas.
Uns falam pelos cotovelos:
– “O cavalheiro chega em casa e diz: Meu Filho, vai buscar um
pedaço de banana para eu acender o charuto.
Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...”
Outros, coitados, têm a língua atada.
Todos porém sabem mexer nos cordéis com tino ingênuo de
demiurgos de inutilidade.
E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da meninice ...
E dão aos homens que passam preocupados ou tristes uma lição
de infância.
Manuel Bandeira
Com base no texto e em seus conhecimentos adquiridos,
responda às questões propostas.
Instrução: A questão de números refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://exame.com/blog/frederico-pompeu/ – texto adaptado especialmente
para esta prova.)
Instrução: A questão de número refere-se ao texto abaixo.
(Disponível em: https://www.contioutra.com/quando-a-cegueira-e-voluntaria/ – Texto adaptado
especialmente para esta prova.)
Leia o texto para responder a questão.
O poder do “não”
Pedrinho tinha um sorriso com dentinhos brancos e alinhados e o cabelinho repartido na lateral, inclinado da esquerda para a direita. Vestia uma camisa xadrezinha de vermelho e preto, uma calça jeans com elástico na cintura e não aparentava mais de 4 ou 5 anos. Não fosse pelo comportamento, poderia dizer que era uma graça de criança.
Numa tarde de domingo, num shopping center, Pedrinho se jogou no chão, fez birra e gritou na porta de uma loja. Queria que a mãe lhe comprasse uma dessas sandalinhas crocs com estampas de uma famosa porquinha dos desenhos animados de tevê.
A mãe ficou completamente quieta diante da situação. Depois, constrangida, ficou entre ignorar o filho ou pedir a ele, sem nenhuma firmeza, que ficasse quieto. Cara de tacho definiria bem a expressão dela. Aquela era uma criança que cresceria sem limites, alienada de tudo aquilo que signifique cordialidade, adequação, limite e respeito.
O “não” tem uma força impressionante. Não pela negativa em si, mas pelos limites que impõe. Dizer “sim” é muito mais fácil, o “sim” não machuca, não contraria, não requer explicações. É o “não” que ensina respeito, delimita espaço, dimensiona o mundo. Afinal, não vivemos sozinhos, e viver em sociedade é algo que vai sendo moldado pelo “não”. Deixar de dizer “não” é perder o compromisso com o legado para o futuro, com o respeito e a civilidade.
(Jamil Alves. O anjo Miguel – crônicas da vida que insiste em dar certo.
São Paulo: Scortecci, 2018. Adaptado)
Leia o texto para responder a questão.
O poder do “não”
Pedrinho tinha um sorriso com dentinhos brancos e alinhados e o cabelinho repartido na lateral, inclinado da esquerda para a direita. Vestia uma camisa xadrezinha de vermelho e preto, uma calça jeans com elástico na cintura e não aparentava mais de 4 ou 5 anos. Não fosse pelo comportamento, poderia dizer que era uma graça de criança.
Numa tarde de domingo, num shopping center, Pedrinho se jogou no chão, fez birra e gritou na porta de uma loja. Queria que a mãe lhe comprasse uma dessas sandalinhas crocs com estampas de uma famosa porquinha dos desenhos animados de tevê.
A mãe ficou completamente quieta diante da situação. Depois, constrangida, ficou entre ignorar o filho ou pedir a ele, sem nenhuma firmeza, que ficasse quieto. Cara de tacho definiria bem a expressão dela. Aquela era uma criança que cresceria sem limites, alienada de tudo aquilo que signifique cordialidade, adequação, limite e respeito.
O “não” tem uma força impressionante. Não pela negativa em si, mas pelos limites que impõe. Dizer “sim” é muito mais fácil, o “sim” não machuca, não contraria, não requer explicações. É o “não” que ensina respeito, delimita espaço, dimensiona o mundo. Afinal, não vivemos sozinhos, e viver em sociedade é algo que vai sendo moldado pelo “não”. Deixar de dizer “não” é perder o compromisso com o legado para o futuro, com o respeito e a civilidade.
(Jamil Alves. O anjo Miguel – crônicas da vida que insiste em dar certo.
São Paulo: Scortecci, 2018. Adaptado)