Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q1113948 Português

Texto II

Leia atentamente o texto II e responda a questão.



Considerando-se o contexto enunciativo, assinale a opção que apresenta sinônimos para as palavras “opilado” (linha 13); “estupefato” (linha 20) e “atônito” (linha 33).
Alternativas
Q1113838 Português
Considere os seguintes excertos:
-De símbolo de status, transformaram-se rapidamente em bem de consumo obrigatório para todas as idades e estratos sociais”.
-
“No fim de 2016, a American Academy of Pediatrics divulgou um estudo bem amplo sobre os efeitos das mídias digitais
(...)”.
Sobre o uso do termo em destaque em ambos os excertos, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

I. O termo “bem” tem as mesmas funções sintática e semântica nos dois contextos em questão.
II.
No primeiro caso, “bem” funciona como substantivo e, no segundo, como advérbio.
III.
No primeiro caso, “bem” refere-se à designação para “aquilo que alguém possui” e, no segundo, intensifica o adjetivo “amplo”.
IV.
No primeiro caso, “bem” tem sentido de algo que “causa alegria, sensação positiva” e, no segundo, indica uma circunstância de modo.

Alternativas
Q1113835 Português
Considerando o seguinte excerto, extraído do texto II, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.

“Nomofobia é a moléstia psíquica
relacionada ao pavor de ser separado de seu smartphone”.

I.
Os termos “psíquica” e “relacionada” caracterizam o nome “nomofobia”.
II.
O substantivo “moléstia”, nesse contexto, poderia ser substituído por “mal”, “desconforto”, “inquietação”.
III.
A locução “ser separado” apresenta um verbo na forma nominal do infinitivo e outro na forma nominal do particípio, respectivamente.
IV.
O termo “seu”, pronome demonstrativo, faz referência a qualquer pessoa que viva situações de pânico ao não ter à mão um celular, smartphone ou afim, para se comunicar.

Alternativas
Q1113790 Português

Observe este período:


Por sua vez, compõe o núcleo desse modelo o princípio democrático e todos os direitos e liberdades que dele decorrem, sendo atribuído papel essencial à liberdade de voto do cidadão no processo eleitoral.


A reescrita desse período, além de estar gramaticalmente CORRETA, preserva os sentidos originais do texto em:

Alternativas
Q1113755 Português

                                      O faraó da intolerância

          Individualmente, quase todos temos nossos faraós. Pode ser um chefe

                abusivo, um trabalho massacrante, uma relação mal resolvida

                                         ou uma dívida impagável.


      Até hoje, os judeus estão celebrando a festa de Pessach e relembrando os épicos acontecimentos que resultaram no Êxodo do Egito. Apesar de terem ocorrido há mais de 3.500 anos, manda a tradição judaica que devemos nos lembrar dos tempos de escravidão como se nós mesmos tivéssemos sido libertados.

      Um costume nesta época é cada um perguntar-se: qual é o meu faraó? Ao fazermos esta reflexão, buscamos identificar quem ou o que está nos mantendo presos e estagnados e nos impedindo de avançar e progredir.

      Individualmente, quase todos temos nossos faraós. Pode ser um chefe abusivo, um trabalho massacrante, uma relação mal resolvida ou uma dívida impagável. A dependência de drogas e do álcool e o medo do sucesso e do fracasso também nos mantêm cativos. Coletivamente, empresas, comunidades e sociedades inteiras podem igualmente estar sob jugo de faraós que não os deixam alcançar seu potencial.

      Atualmente, os brasileiros são vítimas de um déspota mais cruel que o próprio Ramsés, o faraó da intolerância. Éramos livres e, aos poucos, tornamo-nos seus escravos. Deixamos que ele ditasse a forma como nos relacionamos com pessoas de diferentes etnias, religiões, orientações e posições políticas.

      Nós, judeus, sabemos bem aonde a intolerância pode levar uma sociedade. Fomos e continuamos a ser uma de suas maiores vítimas e estaremos sempre engajados no seu combate. É perturbador notar como ela passa a dominar as emoções, palavras e ações de pessoas à nossa volta. É triste ver como ela impede a união de que o Brasil tanto precisa para vencer seus imensos desafios.

      Estamos vivendo no cativeiro da intolerância. Precisamos nos libertar. Assim como fez Moisés em Êxodo 9-1, chegou a hora de encararmos esse faraó de frente e exigir: “Deixe meu povo ir!”

      Esta não será uma luta fácil, nem rápida. O faraó da intolerância fará de tudo para nos manter sob seu domínio. Como os hebreus no Egito, temos de perseverar. Uma, duas, dez vezes se necessário, vamos mostrar a ele nossa determinação de voltar a ser o que sempre fomos: um povo gentil, cordial e, acima de tudo, tolerante.

(Paulo Maltz. Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/o-farao-da-intolerancia-19200936#ixzz47PW1LYXI.)

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado apresenta significado INCOERENTE quanto ao contexto empregado.
Alternativas
Q1113615 Português

                                    Sou todo ouvidos


      Passear com um cachorro todas as manhãs pode render ao seu dono preciosas incursões nos mistérios da alma humana. (Ficou bonita esta frase! Parece abertura de TCC. Vou usá-la outra vez). Estabeleci com o Bruno – o vira-lata mais cordial da Serra – algumas rotinas e trajetos com variáveis em função do meu humor matinal e, principalmente, do humor dele. A verdade é que não passeamos com os cães; eles é que nos levam pra rua, puxando-nos por onde bem desejam. No meu caso, construí com o Bruno uma convivência amigável. Ou quase: às vezes discutimos sobre atravessar a rua em determinado ponto; fazer xixi nesta ou naquela árvore ou dar mais uma volta no gramado. Nem sempre venço e geralmente desisto, deixando-o rebocar-me à revelia.

      O melhor das manhãs é que vou colhendo pequenos fragmentos, cenas inteiras ou reprises do que escuto na rua. Numa das rotas passo bem cedo por um apartamento térreo onde já estão todos acordados. A dez metros da janela, instalada logo acima do passeio, ouve-se a discussão habitual. Curioso: os moradores daquela unidade habitacional de classe média discutem todas as manhãs. Bruno ergue as orelhas e eu faço o mesmo, bisbilhotando a vida alheia que salta pra rua, em alto e bom som, exibindo-se sem pudores. Aperto o passo, mas é inevitável captar impropérios e troca de acusações. São sempre vozes masculinas. A mais eloquente é a de um homem mais velho. E as outras vozes, deduzo, são de rapazes. Um sermão matinal familiar? O pai de dois boêmios, plantado a madrugada inteira no sofá, fumando e vendo TV, à espera dos dois folgados que sempre chegam bêbados? Ou uma quadrilha de assaltantes batendo boca em torno da divisão de lucros, após uma noite de crimes? A paz não reina naquele apartamento. Um dia ainda estico o pescoço, boto o nariz na janela e decifro este caso que tanto me intriga.

      No quarteirão seguinte encontro o Profeta Simpatia. Batizei-o em segredo porque o cara nasceu pra isso. Noto que ele está a caminho do trabalho; tem o modelo de burocrata inofensivo com um terno surrado e uma pasta velha. Entretanto, está realmente em missão divina: salvar as almas incautas que cruzam seu trajeto de manhã – queiram elas ou não, o que complica um pouco, convenhamos. Dirige seu apostolado a gente simples: lavadores de carros, babás com bebês, domésticas voltando da padaria, pedreiros na entrada da obra. Sempre me cumprimenta, fazendo uma pausa nos horrores do inferno e na salvação do rebanho. Reduz o volume de sua voz grave e sorri, voltando às exortações logo que me afasto. Ele sabe que sou um pecador sem cura, jamais desperdiçaria tempo comigo.

      Na subida da avenida, quase à mesma hora, cruzo com a Dama do Celular. Lá vem ela muito bem vestida, perfumada, cheia de colares e usando sapatos de salto que ressoam apressados no cimento – toc, toc, toc! Fala altíssimo ao telefone e gesticula, inflamada. Imaginei duas opções: ou é uma executiva atarefadíssima a caminho do escritório, açoitando à distância um exército de empregados incompetentes; ou uma rica provedora do lar dando ordens à babá, chofer, seguranças, jardineiro e talvez até ao marido, aquele inútil que ainda dorme. Mais de uma vez escutei-a repetindo a frase ameaçadora: “Mas tem de ser pra hoje, tá ouvindo, fulano?”

      Nem sempre – e por isso felizmente – costumo deparar-me com o Casal Assustado das Oito. Avistam-me e afastam-se imediatamente para o meio da rua, de olho no Bruno, como se eu levasse pela coleira não um animal boa praça, mas um Dragão-de-komodo assassino. Deles escuto pouco. Resmungam qualquer censura, fazem cara feia e depois retornam à calçada. Não sei se o que os amedronta é mesmo o meu cachorro ou se já fomos protagonistas de algum sério entrevero numa encarnação passada.

      Passear com um cachorro pode render ao seu dono preciosas incursões nos mistérios da alma humana. (Gostei da frase. Não disse que iria repeti-la?) No meio de barulhos matinais, há silêncios nos olhares perdidos voltados para os ipês da avenida. Ou no breve intervalo entre o sinal abrir e o motorista de trás meter a mão na buzina, violentando a calma da manhã. São silhuetas disfarçadas por vidros escuros. Caras preocupadas, inquietas, mãos a tamborilar nos volantes. Dormiram com seus problemas, tomaram café em companhia deles e seguem juntos para seus destinos. Preocupações corriqueiras: as contas do mês, o resultado daquele exame. A nota baixa do filho, a vida difícil. O amor que se foi ou o que ainda pode vir a ser. As encruzilhadas; as escolhas penosas, o dilema do faço-ou-não-faço. O silêncio é muito mais fácil de se ouvir.

(FABRINI, Fernando. Disponível em: http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/fernando-fabbrini/sou-todo-ouvidos-1.1384729.)

Quanto ao significado das palavras destacadas, assinale a alternativa que, de acordo com o contexto, está INCORRETA.
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Q1113566 Português

                            Para que serve a poesia?


      [...] Neste tempo de destituição e mesmo de destruição de toda e qualquer alteridade, neste tempo que poderia ter no pau de selfie um de seus símbolos, neste tempo que, mais séria, pertinente e responsavelmente, está sendo chamado de tempo do antropoceno, a poesia é, desde sempre e ainda agora, dentre outras possibilidades, uma abertura à alteridade. Quer saber quem é o outro, quer se abrir ao outro, quer se misturar ao outro, quem quer que seja esse outro (mesmo que o outro em nós mesmos), leia a poesia. Há certamente uma pedagogia poética, uma política poética, ainda que instáveis, indeterminadas e dificilmente detectáveis. [...]

      Que a impotência da poesia (o fato de ela estar fora do mercado, fora do egocentrismo, fora do antropocentrismo, fora de todo absoluto, fora do hegemônico) deixe alguma de sua potência comparecer, questionando os poderes totalitários, alterando nossas vidas ou nos dando elementos para transformações, que ela nos ofereça, mesmo que instável e microscopicamente, o que pode oferecer, mesmo que sejamos movidos sem compreender muito dessa força. E, sobretudo, que a poesia — e/ou as apresentações da poesia — nos afete; que este seja, preferencialmente, um espaço que deseja se deixar e nos deixar afetados pela poesia. [...]

      Da poesia, Barthes já disse “Poesia = prática da sutileza num mundo bárbaro. Daí a necessidade de lutar hoje pela poesia: a poesia deveria fazer parte dos ‘Direitos do Homem’; ela não é ‘decadente’, ela é subversiva: subversiva e vital”. Lutar pela poesia para se submeter e submeter quem quer que seja a seus cuidados sutis, subversivos, vitais.

      Se há algo que a minha vida me mostrou desde há muito, como talvez nenhuma outra de minhas experiências, é que, onde há poesia, a dose de saúde é maior, ou, dizendo de outra maneira, que a poesia é um receptáculo de intensidades, um arquivo de intensidades, uma disponibilidade de intensidades que em algum lugar se encontram com as nossas, ditas e caladas, esforçando-se ao máximo em criar em nós subjetividades mais porosas.

(Por Alberto Pucheu. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/ 2016/09/para-que-serve-a-poesia/. Adaptado.)

Em “Neste tempo de destituição e mesmo de destruição [...]” (1º§) pode-se afirmar, quanto ao significado dos vocábulos destacados, que
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Q1113405 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Um lugar para pensar amanhãs possíveis
Laboratório de Atividades será espaço de inovação no Museu do Amanhã

O Museu do Amanhã, novo edifício da Zona Portuária do Rio de Janeiro dedicado às ciências, cultura e inovação, é muito mais do que um cartão postal. Ele incentiva o visitante a pensar o futuro do planeta e do meio ambiente por meio de experiências, que podem ser vivenciadas principalmente dentro do Laboratório de Atividades do Amanhã (LAA).
O espaço, apresentado pelo Banco Santander, patrocinador máster do Museu, pretende promover discussões sobre as consequências das novas tecnologias na transformação do mercado de trabalho e na forma como entendemos as profissões. O objetivo é ser um local de permanente inovação, com o intuito de transformar mentes consumidoras em criadoras, estimuladas a questionar o presente e inventar futuros possíveis para a sociedade.
Dedicado à experimentação, o mezanino do Laboratório servirá de plataforma para pesquisadores, criadores, empresas e visitantes compartilharem projetos, ideias e técnicas. A proposta é funcionar realmente como um laboratório criativo, com espaço para as pessoas desenvolverem protótipos, cursos ou o que mais conseguirem imaginar.
[...]
— Pensar em sustentabilidade é pensar na perenidade da raça humana. E é importante que a gente entenda que temos condição de mudar o futuro e que a sustentabilidade está nas nossas mãos. O ponto chave do Laboratório é levar cada um a perceber que também pode ajudar através de suas atitudes – reforça Linda Murasawa, superintendente-executiva de desenvolvimento sustentável do Santander.
[...]
— O objetivo é conseguir atingir parte das pessoas para que elas coloquem o que aprenderam em prática nas tomadas de decisões de suas empresas e negócios, influenciando na educação e transformando o mundo com suas ações – conclui Linda.
Disponível em: <http://oglobo.globo.com/rio/um-lugar-parapensar-amanhas-possiveis-18436465>.
Acesso em: 11 jan. 2016 (Adaptação).
Analise este trecho.
“Pensar em sustentabilidade é pensar na perenidade da raça humana.” (4º parágrafo)
Preservando o sentido original desse trecho, a palavra destacada não pode ser substituída por:
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Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: IBFC - 2019 - MGS - Digitador |
Q1113346 Português
Leia: “Campanha da Polícia Rodoviária Federal visa fazer com que o motorista reflita, porque o próximo carro a ser exibido pode ser o dele [...]”. Assinale a alternativa que tenha a reescrita incorreta do trecho em destaque:

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Q1113295 Português

Texto 4 para responder à questão. 


FAO pede que alimentação nutritiva seja incorporada a políticas de planejamento urbano 


Disponível em: <http://www.cfn.org.br>.

Acesso em: 19 abr. 2019, com adaptações.

O trecho “Presente na cerimônia, a prefeita de Túnis, capital da Tunísia, Souad Abderrahim, defendeu que ‘é muito importante ouvir de perto e identificar as necessidades dos cidadãos e transformá-las em projetos concretos’” (linhas de 30 a 33), poderia ser reescrito, sem alteração de sentido, para
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Q1113294 Português

Texto 4 para responder à questão. 


FAO pede que alimentação nutritiva seja incorporada a políticas de planejamento urbano 


Disponível em: <http://www.cfn.org.br>.

Acesso em: 19 abr. 2019, com adaptações.

Acerca dos aspectos gramaticais do texto, assinale a alternativa correta.
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Q1113170 Português
A Terra e o homem unidos pelo bem e pelo mal, pela saúde e pela doença

    De uma ou de outra forma, todos nos sentimos doentes física, psíquica e espiritualmente. O sofrimento, o desamparo, a tristeza e a decepção afetam grande parte da humanidade. Já o dissemos: da recessão econômica passamos à depressão psicológica. A causa principal deriva da intrínseca relação existente entre o ser humano e a Terra viva. Entre ambos vigora um envolvimento recíproco.
    Nossa presença na Terra é agressiva, movemos uma guerra total a Gaia, atacando-a em todas as frentes. A consequência é que a Terra fica doente. Ela o mostra pela febre do aquecimento global, que não é uma doença, mas aponta para uma doença: a incapacidade de continuar a nos oferecer tudo que precisamos. No dia 2 de setembro de 2017, ocorreu a sobrecarga da Terra; vale dizer, as reservas do planeta chegaram ao fundo do poço. Entramos no vermelho. Para termos o necessário e, pior, para mantermos o consumo suntuário e o desperdício dos países ricos, devemos arrancar à força os bens naturais. Até quando a Terra aguenta? Teremos menos água, menos nutrientes, menos safras e demais itens indispensáveis à vida.
    Nós que, consoante à nova cosmologia, formamos uma grande unidade, uma entidade única com a Terra, participamos da doença dela. Pela agressão aos ecossistemas e pelo consumismo, pela falta de cuidado com a vida e com a biodiversidade, adoecemos a Terra.
    Isaac Asimov escreveu um artigo, em 1982, por ocasião da celebração dos 25 anos do lançamento do Sputnik, que inaugurou a era espacial. O primeiro legado, disse ele, é a percepção de que, na perspectiva das naves espaciais, a Terra e a humanidade formam uma única entidade, vale dizer, um único ser, complexo, diverso, contraditório e dinâmico, chamado pelo cientista James Lovelock de “Gaia”. Somos aquela porção da Terra que sente, pensa, ama e cuida.
    O segundo legado é a irrupção da consciência planetária: Terra e humanidade possuem um destino comum. O que se passa num se passa também no outro. Adoece a Terra, adoece o ser humano; adoece o ser humano, adoece também a Terra. Estamos unidos pelo bem e pelo mal.
    Segundo Ilya Prigogine, prêmio Nobel de Química, a Terra viva desenvolveu estruturas que dissipam a entropia (perda de energia). Elas metabolizam a desordem e o caos do meio ambiente, de sorte que surgem novas ordens e estruturas, produzindo sintropia (acumulação de energia).
    O que é desordem para um serve de ordem para outro. É por meio de um equilíbrio precário entre ordem e desordem que a vida se mantém. A desordem obriga a criar novas formas de ordem, mais altas e complexas, com menos dissipação de energia. A partir dessa lógica, o universo caminha para formas cada vez mais complexas de vida e, assim, para uma redução da entropia (desgaste de energia).
    Em nível humano e espiritual, se originam formas de relação e de vida nas quais predomina a sintropia (economia de energia) sobre a entropia (desgaste de energia). A solidariedade, o amor, o pensamento e a comunicação são energias fortíssimas, com escasso nível de entropia e alto nível de sintropia. Nessa perspectiva, temos pela frente não a morte térmica, mas a transfiguração do processo cosmogênico se revelando em ordens supremamente ordenadas, criativas e vitais.
    Quanto mais nossas relações para com a natureza forem amigáveis e cooperativas, mais a Terra se vitaliza. A Terra saudável nos faz também saudáveis.
(BOFF, Leonardo. http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/leonardo-boff/a-terra-e-o-homem-unidos-pelo-bem-e-pelo-mal-pela-sa%C3% BAde-e-pela-doen%C3%A7a-1.1538421. Acesso em: 06/11/2017.)
De acordo com o contexto, as palavras podem variar de significado. Assim, de acordo com o contexto empregado, assinale a alternativa cuja palavra sublinhada apresenta o significado corretamente indicado.
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Q1113106 Português
Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/textos_de_martha_medeiros/.)
No trecho “... que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando.” (4º§), a palavra destacada apresenta como antônimo:
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Q1113102 Português
Sentir-se amado

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
(Disponível em: http://pensador.uol.com.br/textos_de_martha_medeiros/.)
No trecho “Sente-se amado quem não ofega,...” (5º§), a palavra em destaque significa
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Q1113060 Português
Os princípios que faltam

    O sucesso atingido pelos antigos romanos na constituição do maior império de todos os tempos se assentava em regras pétreas ensinadas aos jovens, praticadas pelas melhores famílias e cobradas com rigidez na base da “Dura Lex, sed Lex”.
    Roma cresceu e se diferenciou de outros povos do Mediterrâneo por ter maior facilidade de se organizar em decorrência da clareza de seus princípios.
    Não podemos pensar que eram frouxos e inconsequentes, tocando a lira enquanto a cidade ardia em chamas; essas versões, escritas pelos vencedores que pretendiam se desfazer da Roma Antiga, são hoje superadas, proporcionalmente ao enfraquecimento da “Index”.
    O sistema romano até hoje é o padrão de organização dos Estados modernos, ordenados em Poderes autônomos como Executivo, Legislativo, Judiciário, dando ainda através dos tribunos voz ao povo.
    O Brasil pretende ser uma República inspirada no sistema romano, como é o resto do planeta, mas continua patinando na instabilidade, deixando seu potencial “gigantesco” deitado em berço esplêndido, enquanto o sofrimento de milhões de pessoas persiste e se agrava.
    Embora possam se encontrar muitos motivos para o fracasso verde-amarelo, um em especial chama a atenção de quem analisa os “princípios”. Como a palavra afirma, o princípio se faz base e alicerce de algo que precisa ser sustentado; quanto mais sólido o princípio, mais possibilidade de elevar a construção e deixá-la resistente.
    Em Roma a honra de participar do Legislativo ou de comandar um exército não era remunerada, tinha que ser voluntária e espontânea, no máximo cabia à pessoa que já tinha alcançado um equilíbrio financeiro em sua vida, um Arco do Triunfo, uma estátua, uma homenagem. Os impostos arrecadados e os tratados onerosos de paz com os “conquistados” eram do Estado.
    O Legislativo, Senado e tribunos, nada recebia. Obviamente interesses se insinuavam nas decisões, mas pátria, em sua grandeza, era entendida como o conjunto da nação. Os servidores do Estado eram remunerados através do tesouro do Estado.
    O Brasil de hoje registra no Doing Business do Banco Mundial o vergonhoso e insuportável primeiro lugar no ranking dos países com o “maior tempo gasto no pagamento de impostos”. Uma ofensa à modernidade e à justiça refletida pelas 1.958 horas gastas em um ano. O segundo colocado, outro país latino-americano, a Bolívia, com cerca da metade, ou 1.025 horas, em quarto, a Venezuela (devastada), com 792 horas, em décimo a Guiné Equatorial, com um quarto do recorde brasileiro, 492 horas.
    O próprio Otaviano Canuto, economista, representante do Brasil no Banco Mundial, afirmou, em entrevista a Claudia Trevisan: “o nosso ponto de partida (do Brasil) é horroroso... é nosso estilo de capitalismo de compadrios, onde você coloca dificuldade para vender facilidade”.
    Dessa forma, a economia é asfixiada, distorcida, assoberbada de empecilhos contrários à geração de renda. Bem por isso o brasileiro, que até 15 anos atrás possuía uma renda per capita sete vezes superior à de um chinês, foi ultrapassado neste ano e deverá ficar a cada ano mais distanciado.
    “Vender facilidades” no vocabulário tupiniquim representa cobrar propinas. Exatamente o grau de complexidade do enfrentamento do dever com o Estado vulnerabiliza especialmente quem começa, o pequeno empreendedor. No cipoal de complicações aparece um Estado que, longe de servir, se arroga ser servido, que no lugar de fomentar, apoiar, ajudar, incentivar a geração de oportunidades sordidamente as sequestra, as castiga, as deixa inatingíveis. O muro que separa o iniciante de quem já chegou é intransponível no Brasil.
    O país bate todos os recordes de ineficiência burocrática e ao mesmo tempo de corrupção, declinada em todas as formas mais perversas e contrárias à aceleração de oportunidades. Corrupção se representa também em “consultorias” de araque, “notas frias”, “simulações de prestações de serviços”, falsidades documentais, “operações estruturadas”, “financiamentos para partidos” e uma caterva de perversidade que forma o aglomerado mais podre da corrupção mundial.
    A excrescência tem como cúmplice um Legislativo que, ao passo que seus subsídios e mordomias foram ficando os maiores do planeta, mais corrupção foi despejando para fora com seus líderes mais destacados atolados e agarrados às cadeiras como se estas já não tivessem sido perdidas.
    Inconcebível como números fragorosamente “horrorosos” não levem as lideranças nacionais a lançar um pacto de modernização e descomplicação retirando das gavetas milhares de empreendimentos reféns das “dificuldades úteis aos corruptos”.
(Vittorio Medioli. Disponível em http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/vittorio-medioli/os-princ%C3%ADpios-que-faltam-1.1544188. Acesso em: 23/11/2017.)
Assinale a alternativa cujo termo ou trecho sublinhado apresenta o significado INCORRETO.
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Q1112544 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Absorventes sustentáveis ajudam meninas africanas a ficarem na escola

Uma em cada 10 meninas africanas não vai à escola durante menstruação. Iniciativas sociais têm desenvolvido absorventes para evitar situação.

Sue Barnes nunca teve problemas para conseguir absorventes higiênicos enquanto crescia na África do Sul. Mas nem toda garota – ela percebeu depois – tinha tanta sorte quanto ela e o simples fato de menstruar tornava suas vidas cotidianas mais difíceis.
Em 2010, Sue descobriu que garotas de famílias pobres estavam faltando na escola a cada menstruação porque não podiam comprar absorventes. “As garotas estavam perdendo uma semana de escola por mês”, diz Sue, de 49 anos.
Desde então, ela começou a se dedicar à causa de que nenhuma garota sul-africana tenha que perder aulas por causa da menstruação. Sue, que antes trabalhava na indústria de roupas, desenvolveu um kit reutilizável de absorventes e calcinhas.
Por US$ 16, é possível comprar um kit com três calcinhas e nove absorventes reutilizáveis. Os produtos são consideravelmente mais baratos do que os absorventes vendidos nas farmácias, pois podem ser usados durante anos.
Na África do Sul, um pacote com 10 absorventes descartáveis é vendido por US$ 1,80. É um valor muito alto para o salário de US$ 183 mensais recebido pelo trabalhador negro médio no país.
“As garotas estavam usando areia, folhas, plástico e jornal para conter o sangue”, diz Sue. Agora, ela está fabricando absorventes reutilizáveis e calcinhas para distribuir em escolas de Lesotho e Swazilândia.
Os absorventes são laváveis e se encaixam nas calcinhas com clipes. Duram aproximadamente cinco anos. Sue arrecada doações por meio de sua ONG “Project Dignity” (Projeto Dignidade) e fabrica kits para serem distribuídos nas escolas. “Minha visão é que todas as meninas recebam educação. Não apenas isso, mas também dignidade e respeito próprio”, diz.

Problema em toda a África

O problema menstrual ocorre em vários países. A Unicef estima que uma a cada 10 meninas africanas deixa de frequentar a escola durante o período menstrual. Mas, em alguns países, como a Uganda, esse número é estimado em 60%.
Mas pessoas como Sue estão começando a fazer a diferença, liderando iniciativas pelo continente para ajudar as garotas a permanecerem na escola ao fornecer absorventes higiênicos. 
A entidade African Water Facility anunciou, em fevereiro, que vai dar US$ 1 milhão para ajudar a melhorar a higiene menstrual na província de Eastern Cape, na África do Sul. O objetivo é melhorar a frequência na escola, com “atenção particular às necessidades das meninas”.
[...]

Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/04/absorventes-sustentaveis-ajudam-meninas-africanas-ficaremna-escola.html>. Acesso em: 16 out. 2017 (Adaptação).
Leia este trecho.
“Minha visão é que todas as meninas recebam educação. Não apenas isso, mas também dignidade e respeito próprio”, diz.
Analise as definições do verbete “visão”, dadas pelo Dicionário Michaelis online a seguir.
Visão
1. Ato ou efeito de ver. 2. O sentido da vista. 3. Percepção das possibilidades, significados etc. de cada coisa. 4. Capacidade de avaliação e compreensão de situações. 5. Suposta aparição de algo sobrenatural. 6. FIG Desejo intenso e persistente. 7. FIG Pretensa imagem de um fato ocorrido ou que ocorrerá. 8. FIG Figura de beleza impressionante.
De acordo com as definições apresentadas, qual dos itens a seguir apresenta a melhor definição do vocábulo destacado no trecho?
Alternativas
Q1112543 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Absorventes sustentáveis ajudam meninas africanas a ficarem na escola

Uma em cada 10 meninas africanas não vai à escola durante menstruação. Iniciativas sociais têm desenvolvido absorventes para evitar situação.

Sue Barnes nunca teve problemas para conseguir absorventes higiênicos enquanto crescia na África do Sul. Mas nem toda garota – ela percebeu depois – tinha tanta sorte quanto ela e o simples fato de menstruar tornava suas vidas cotidianas mais difíceis.
Em 2010, Sue descobriu que garotas de famílias pobres estavam faltando na escola a cada menstruação porque não podiam comprar absorventes. “As garotas estavam perdendo uma semana de escola por mês”, diz Sue, de 49 anos.
Desde então, ela começou a se dedicar à causa de que nenhuma garota sul-africana tenha que perder aulas por causa da menstruação. Sue, que antes trabalhava na indústria de roupas, desenvolveu um kit reutilizável de absorventes e calcinhas.
Por US$ 16, é possível comprar um kit com três calcinhas e nove absorventes reutilizáveis. Os produtos são consideravelmente mais baratos do que os absorventes vendidos nas farmácias, pois podem ser usados durante anos.
Na África do Sul, um pacote com 10 absorventes descartáveis é vendido por US$ 1,80. É um valor muito alto para o salário de US$ 183 mensais recebido pelo trabalhador negro médio no país.
“As garotas estavam usando areia, folhas, plástico e jornal para conter o sangue”, diz Sue. Agora, ela está fabricando absorventes reutilizáveis e calcinhas para distribuir em escolas de Lesotho e Swazilândia.
Os absorventes são laváveis e se encaixam nas calcinhas com clipes. Duram aproximadamente cinco anos. Sue arrecada doações por meio de sua ONG “Project Dignity” (Projeto Dignidade) e fabrica kits para serem distribuídos nas escolas. “Minha visão é que todas as meninas recebam educação. Não apenas isso, mas também dignidade e respeito próprio”, diz.

Problema em toda a África

O problema menstrual ocorre em vários países. A Unicef estima que uma a cada 10 meninas africanas deixa de frequentar a escola durante o período menstrual. Mas, em alguns países, como a Uganda, esse número é estimado em 60%.
Mas pessoas como Sue estão começando a fazer a diferença, liderando iniciativas pelo continente para ajudar as garotas a permanecerem na escola ao fornecer absorventes higiênicos. 
A entidade African Water Facility anunciou, em fevereiro, que vai dar US$ 1 milhão para ajudar a melhorar a higiene menstrual na província de Eastern Cape, na África do Sul. O objetivo é melhorar a frequência na escola, com “atenção particular às necessidades das meninas”.
[...]

Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/04/absorventes-sustentaveis-ajudam-meninas-africanas-ficaremna-escola.html>. Acesso em: 16 out. 2017 (Adaptação).
Leia o trecho a seguir.
“O objetivo é melhorar a frequência na escola, com ‘atenção particular às necessidades das meninas’.”
A palavra destacada não é sinônima de:
Alternativas
Q1112456 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Quem vigia as fronteiras da normalidade?

Uma menina com os cabelos desgrenhados, vestido sujo, andando com pesados baldes de barro vermelho no meio do capim cerrado: – Era uma bruxa! Uma bruxa que conseguia transformar o barro em corpo humano.
Quando Camille carregava, cambaleante, baldes de barro para fazer as primeiras esculturas, em Villeneuve, já ouvia de sua mãe que estava louca. Esta demarcação das fronteiras da normalidade é usada para limitar quais são as experiências possíveis para mulheres. A questão da normalidade (ou de como ela se transforma em mecanismo do poder) não é puramente teórica: é parte da nossa experiência.
Aliás, seria mais adequado falar de normalidades e não de normalidade. Normalidade não é uma categoria estável. Depende de critérios sociais, culturais, ideológicos e até religiosos arbitrários. Já foi considerado normal ver duas pessoas lutando até a morte como forma de entretenimento, escravizar populações inteiras, trancar mulheres para o resto da vida em manicômios para tentar normalizá-las. A relação normalidade/loucura é um dos instrumentos divisores do poder. Funciona sob o princípio da porta giratória, que trava de acordo com um comando arbitrário e estabelece demarcações dicotômicas: normais e loucos, pessoas de bem e bandidos, sadio e doente. O sujeito é dividido no seu interior e em relação aos outros.
Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. (FOUCAULT, 2009, p. 236)
Quando Camille transgrediu os estereótipos de gênero de sua época, revelou mecanismos de poder que fabricam esses estereótipos. Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”. O que define o anormal é que ele constitui, em sua existência mesma, a transgressão de leis invisíveis da sociedade, leis que são naturalizadas. O anormal desafia aquilo que é demarcado como impossível e proibido. Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!
Quando se diz “mecanismo de poder”, não se trata de uma abstração, mas de um modo de ação de uns sobre os outros. É uma ação sobre a ação dos outros. É a violência sobre uma vida, que é forçada, dobrada, reduzida, partida: esculpida com martelos e espátulas.
LIMA, Daniela. Blog da Boitempo.
Disponível em: <https://goo.gl/xZbHNQ>.
Acesso em: 17 out. 2017 [Fragmento adaptado].
Releia o trecho a seguir.
“Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram ‘corrigir’ violentamente sua ‘anormalidade’.”
Em relação à palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Confere à segunda frase uma ideia de concessão em relação à primeira. II. Pode ser substituída, sem alteração do sentido original, por “logo”. III. Morfologicamente é classificada como conjunção.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Q1112455 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Quem vigia as fronteiras da normalidade?

Uma menina com os cabelos desgrenhados, vestido sujo, andando com pesados baldes de barro vermelho no meio do capim cerrado: – Era uma bruxa! Uma bruxa que conseguia transformar o barro em corpo humano.
Quando Camille carregava, cambaleante, baldes de barro para fazer as primeiras esculturas, em Villeneuve, já ouvia de sua mãe que estava louca. Esta demarcação das fronteiras da normalidade é usada para limitar quais são as experiências possíveis para mulheres. A questão da normalidade (ou de como ela se transforma em mecanismo do poder) não é puramente teórica: é parte da nossa experiência.
Aliás, seria mais adequado falar de normalidades e não de normalidade. Normalidade não é uma categoria estável. Depende de critérios sociais, culturais, ideológicos e até religiosos arbitrários. Já foi considerado normal ver duas pessoas lutando até a morte como forma de entretenimento, escravizar populações inteiras, trancar mulheres para o resto da vida em manicômios para tentar normalizá-las. A relação normalidade/loucura é um dos instrumentos divisores do poder. Funciona sob o princípio da porta giratória, que trava de acordo com um comando arbitrário e estabelece demarcações dicotômicas: normais e loucos, pessoas de bem e bandidos, sadio e doente. O sujeito é dividido no seu interior e em relação aos outros.
Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. (FOUCAULT, 2009, p. 236)
Quando Camille transgrediu os estereótipos de gênero de sua época, revelou mecanismos de poder que fabricam esses estereótipos. Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”. O que define o anormal é que ele constitui, em sua existência mesma, a transgressão de leis invisíveis da sociedade, leis que são naturalizadas. O anormal desafia aquilo que é demarcado como impossível e proibido. Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!
Quando se diz “mecanismo de poder”, não se trata de uma abstração, mas de um modo de ação de uns sobre os outros. É uma ação sobre a ação dos outros. É a violência sobre uma vida, que é forçada, dobrada, reduzida, partida: esculpida com martelos e espátulas.
LIMA, Daniela. Blog da Boitempo.
Disponível em: <https://goo.gl/xZbHNQ>.
Acesso em: 17 out. 2017 [Fragmento adaptado].
Releia o trecho a seguir.
“Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!”
Em relação à palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Considerando o contexto em que aparece, são sinônimos “desatino” e “absurdo”. II. É uma palavra que pode variar em número. III. Trata-se de um adjetivo.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Q1111452 Português

Dormir pouco pode causar doenças mentais

Quem dorme pouco está mais propenso a desenvolver doenças mentais e tem

mais dificuldades de tratá-las.

     Quem tem dificuldade para pegar no sono sabe que os efeitos de uma noite mal dormida não acabam quando o dia começa. Olheiras, fadiga, olhos secos, dificuldade de se concentrar e irritação são algumas das respostas do corpo à privação de sono. A qualidade do sono impacta diretamente nossa saúde física e mental. A insônia, inclusive, é um sintoma comum em pacientes que sofrem de ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e distúrbios de atenção.

     A psicóloga Jo Abbott, da Universidade Tecnológica de Swinburne, na Austrália, defende que a insônia e doenças mentais estão bastante interligadas – elas se retroalimentam. Segundo ela, cerca de 50% dos adultos com insônia têm problemas mentais e 90% das pessoas com depressão sofrem para dormir. O pior dessa relação insônia versus depressão é que quem não dorme bem responde pior ao tratamento da depressão e está mais propenso a ter picos de tristeza.

    O professor Peter Franzen, da Universidade de Medicina de Pittsburgh, nos Estados Unidos, concorda com Abbott sobre a correlação entre insônia e doenças mentais. Em seu estudo sobre como a insônia pode causar disfunções no circuito cerebral responsável pelas emoções, ele explica que o sono e os sentimentos são o produto de interações entre várias regiões comuns do cérebro, hormônios e neurotransmissores. Então, anormalidades em alguns deles causam impactos nos outros. Inclusive, há evidências de que doenças mentais podem surgir de problemas dentro de circuitos cerebrais sobrepostos por circuitos que regulam nosso relógio biológico e o sono.

    Pense nas principais reações de uma criança cansada: choro, birra e manha. Com você, acontece o mesmo, a diferença é que não pega bem se você se atirar no chão.

     Um outro estudo conduzido pelo professor Franzen com pupilografia (a pupila é um bom indicador para perceber se o cérebro está ou não processando informações afetivas e cognitivas) comprovou que a privação de sono altera nossas reações emocionais.

    Adultos saudáveis foram expostos a imagens positivas, negativas e neutras. Metade deles tinha dormido bem, a outra metade não havia pregado o olho a noite toda – as pupilas desse último grupo ficaram muito maiores ao olhar imagens negativas do que quando viram os outros tipos de imagens.

     Ou seja, quando dormimos pouco exageramos nas nossas reações frente a situações negativas. Além de mais mal-humorados, a falta de sono pode nos deixar mais vulneráveis a ter doenças psiquiátricas desencadeadas por distúrbios do sono.

(Por Pâmela Carbonari. Atualizado em 30/03/2016. Superinteressante. Adaptado.) 

Considere os segmentos a seguir e os respectivos comentários.

I. Segundo ela, cerca de 50% dos adultos com insônia têm problemas mentais e 90% das pessoas com depressão sofrem para dormir.” (2º§) / Caso “dos adultos” fosse substituído por “do grupo”, a concordância verbal do verbo “ter” poderia variar.

II.Então, anormalidades em alguns deles causam impactos nos outros.” (3º§) / A relação estabelecida entre os fatos seria preservada caso “então” fosse substituído por “assim”.

III.Inclusive, há evidências de que doenças mentais podem surgir de problemas dentro de circuitos cerebrais [...]” (3º§) / A alteração para “Precisamente, há evidências de que doenças mentais surgem a partir de problemas dentro de circuitos cerebrais” mantém o sentido e a correção.

Está(ão) correto(s) o(s) comentário(s) visto(s) apenas em

Alternativas
Respostas
7941: B
7942: B
7943: C
7944: B
7945: D
7946: B
7947: C
7948: C
7949: D
7950: C
7951: A
7952: D
7953: C
7954: D
7955: B
7956: C
7957: D
7958: C
7959: A
7960: C