Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q942405 Português

                                               Lições erradas


      Dividimos a história em eras, com começo e fim bem definidos, e mesmo que a ordem seja imposta depois dos fatos – a gente vive para a frente mas compreende para trás, ninguém na época disse “Oba, começou a Renascença!” – é bom acreditar que os fatos têm coerência, e sentido, e lições. Mas podemos aprender a lição errada.

      A gente fala nos loucos anos 20, quando várias liberdades novas começavam a ser experimentadas, e esquece que foi a era que gerou o fascismo e outras formas liberticidas. O espírito da “era do jazz” foi também o espírito totalitário. Prevaleceram não os passos do charleston*, mas os passos de ganso dos nazistas.

      A leitura convencional dos anos 40 é que foram os anos em que os Estados Unidos salvaram a Europa dela mesma. Na verdade, a Segunda Guerra salvou os Estados Unidos, acabou com a crise econômica que sobrara dos anos 30, fortalecendo a sua indústria ao mesmo tempo que os poupava da destruição que liquidou a Europa, fortalecendo um sistema econômico que mantém sua economia saudável até hoje. O fim da Segunda Guerra foi o começo da era americana. Os americanos salvaram o mundo – e ficaram com ele.

      Já nos fabulosos anos 60, enquanto as drogas, o sexo e a comunhão dos jovens pela paz e contra tudo o que era velho tomavam conta das praças e das ruas, o conservadorismo se entrincheirava no poder.

      Quando fizerem, no futuro, a leitura de nossa época, qual será a conclusão errada?

*Charleston = dança de salão muito difundida na década de 20

(Adaptado de: VERISSIMO, Luís Fernando. Banquete com os deuses. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003, p. 207/208) 

Considerando-se o contexto, está plenamente adequada a tradução do sentido de um segmento do texto em:
Alternativas
Q942357 Português
Atenção: Utilize o texto abaixo para responder a questão.

      É preciso ser taxativo: seu planejamento financeiro familiar não será eficiente se você não tiver equilíbrio orçamentário, o que se traduz em gastar menos do que ganha e investir a diferença com regularidade. Alcançar e manter o equilíbrio orçamentário mês a mês é fundamental para viabilizar a realização de seus sonhos, já que os sonhos têm custo.
      Não é difícil detectar o desequilíbrio orçamentário ao analisar seu comportamento familiar de consumo. Se você tem o hábito de gastar enquanto o saldo no banco permite, a constatação é imediata: o uso do dinheiro em sua família é irresponsável, pois negligencia a necessidade de reservas no futuro. Se, por outro lado, você procura manter algum tipo de disciplina com os gastos ao controlar suas dívidas, mas não controla o suficiente para viabilizar sobras regulares, a situação é ainda pior. Você apenas tem mais trabalho para conduzir a vida de maneira descuidada. O controle, por si só, não passa de perda de tempo.
(CERBASI, Gustavo. Como organizar sua vida financeira: inteligência financeira pessoal na prática. São Paulo, Elsevier, 2009, p. 25) 
O trecho do texto cuja palavra sublinhada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, pela expressão que está entre parênteses é:
Alternativas
Q942355 Português
Atenção: Utilize o texto abaixo para responder a questão.

      O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, foi a data escolhida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) para o lançamento de uma campanha pela humanização da Medicina. Com o mote “O calor humano também cura”, a ação pretende enaltecer a vocação humanitária do médico e fortalecer a relação entre esses profissionais e seus pacientes, um dos pilares da Medicina.
       As peças da campanha ressaltam, por meio de filmes, anúncios e banners, que o médico é especialista em pessoas e que o toque, o olhar e a conversa são tão essenciais para a Medicina quanto a evolução tecnológica.
(No Dia do Médico, Cremesp lança campanha pela humanização da Medicina. Disponível em: www.cremesp.org.br)

... uma campanha pela humanização da Medicina.

Uma expressão que substitui o vocábulo sublinhado, preservando o sentido original e atendendo à norma-padrão da língua, é:

Alternativas
Q942315 Português

O liberalismo é uma importante teoria política e econômica que exprime os anseios da burguesia. Surge em oposição ao absolutismo dos reis e à teoria econômica do mercantilismo, defendendo os direitos da iniciativa privada e restringindo o mais possível as atribuições do Estado. Locke foi o primeiro teórico liberal.

Presenciou na Inglaterra as lutas pela deposição dos Stuarts, tendo se refugiado na Holanda por razões políticas. De lá regressa quando, vitoriosa a Revolução de 1688, Guilherme de Orange é chamado para consolidar a nova monarquia parlamentar inglesa. (Maria Lúcia de Arruda Aranha in História da Educação). 

A palavra “privada” usada na expressão “propriedade privada” pode ser considerada sinônima de:
Alternativas
Q942274 Português

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou seu perfil no Twitter para ameaçar o mandatário do Irã, Hassan Rohani, e disse que o país pode enfrentar "consequências que poucos na história sofreram antes".

  A declaração chegou horas depois de Rohani alertar para Trump "não brincar com fogo", ou "se arrependerá". "Tenha em mente que você não pode provocar o povo iraniano com a desculpa da segurança e dos interesses de seu país. O Irã é soberano e não será o faztudo de ninguém", disse o presidente iraniano, acrescentando que um conflito entre os EUA e a nação persa seria "a mãe de todas as guerras".         No Twitter, Trump disse para Rohani "nunca mais ameaçar os Estados Unidos de novo". "Ou você sofrerá consequências que poucos através da história sofreram antes. Não somos mais um país que apoiará suas dementes palavras de violência e morte.

  Cuidado!", escreveu o presidente, em letras maiúsculas, como se estivesse gritando.

  Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, de ter um fundo especulativo "secreto" com US$ 95 bilhões em ativos. Os recursos, segundo Pompeo, são usados pela Guarda Revolucionária do país persa. "O nível de corrupção e riqueza entre os líderes do regime demonstra que o Irã é administrado por algo que se parece mais com a máfia do que com um governo", reforçou.

  A primeira resposta à Casa Branca veio do chefe da Justiça iraniana, Sadeg Larijani, que disse que as declarações de Trump foram feitas por uma "pessoa incapaz e estúpida". "Qualquer ação pouco sábia dos EUA levará a uma resposta inesquecível do Irã", disse.

  Em abril passado, o presidente norte-americano rasgou o acordo sobre o programa nuclear iraniano, assinado em 2015, na gestão Obama, com outras cinco potências: China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha.

   Desde então, os países remanescentes tentam salvar o pacto, mas as sanções impostas pelos EUA podem impedir que empresas multinacionais invistam na economia iraniana. (www.terra.com.br/noticias/mundo- 23.07.18) 

Na frase: “Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, de ter um fundo especulativo "secreto" com US$ 95 bilhões em ativos”, a palavra grifada pode ser substituída exceto por:
Alternativas
Q942239 Português
No trecho da canção de Lenine - Paciência: “a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência”, a palavra paciência pode ser trocada por uma de igual sentido exceto na alternativa:
Alternativas
Q941944 Português

Texto CB2A1-II



Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1-II, julgue o item a seguir.


Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do texto, o primeiro parágrafo poderia ser reescrito da seguinte forma: Em 1979, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher. No entanto, apenas em 2002 o tratado internacional passou a viger internamente no Brasil.

Alternativas
Q941936 Português

             

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o próximo item.


No texto, a palavra “depreciando” (ℓ.5) foi empregada com o sentido de desprezar.

Alternativas
Q941816 Português

Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I.


Na linha 3, o adjetivo “patente” tem o significado de impressionante.

Alternativas
Q941380 Português

"Meu amor pelos estudos é efêmero".

Interpretando a frase acima, qual o significado da palavra "efêmero"'.'

Alternativas
Q941369 Português

Um aplicativo na internei vai monitorar postagens nas redes sociais que reproduzem mensagens de ódio, racismo, intolerância e que promovam a violência. Criado pelo Laboratório de Estudos em Imagem e  da Cibercultura Universidade Federal de Goiás (UEG). 0 instrumento será lançado este mês [janeiro de 2018] e permitirá que usuários sejam identificados e denunciados.

De acordo com o professor responsável pelo projeto. Fábio Malini, os direitos humanos são vistos de maneira pejorativa na internet e discursos de ódio têm ganhado fôlego. "E preciso desmantelar esse processo", defende. Ele acredita que, por meio da disponibilização dos dados, é possível criar políticas públicas para amparar e "empoderar" as vitimas. (Texto Adaptado de: App vai monitorar mensagens racistas nas redes sociais.

Disponível em: http:/exaine.abril.coni.brd5rasil/ii()ticias''app-vai-iu(>nit()rar-ineiisagens-racistas-nas-reilessociais. Acesso em: 02/11/2015). 

Uma passagem do texto corretamente reescrita. com o sentido preservado, em linhas gerais, está em: 

Alternativas
Q941256 Português

 Texto 2


               

No que se refere às relações de sinonímia e antonímia de vocábulos do texto, assinale a alternativa que corresponde a sinônimo da palavra “miscigenação”.
Alternativas
Q940245 Português
Assinale a opção cuja significação entre o par de palavras/sintagmas é divergente no texto.
Alternativas
Q939951 Português

      A partir do século XVIII, consolidaram-se os conceitos de democracia e a prática de sua implementação. Em essência, trata-se de fazer com que as decisões políticas reflitam a vontade coletiva, por meio da representação de todos. Embora seja uma grande contribuição da civilização ocidental, a sua aplicação no mundo real costuma patinar. Na democracia representativa, os cidadãos escolhem seus dirigentes, delegando a eles e a seus prepostos as decisões que fazem andar a nação. Se fizerem barbeiragem, conserta-se na próxima eleição.

      Compete com esse modelo a democracia direta, ou participativa, na qual muitas resoluções são tomadas diretamente pelos eleitores. É o povo decidindo, sem intermediários. O conceito é atraente, mas as armadilhas espreitam. Pesquisa patrocinada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que, se o povo decidisse como distribuir o orçamento público, o país pararia em poucas semanas. Ninguém se lembra de deixar dinheiro para pagar a polícia, manter os esgotos ou tampar os buracos. Daí que a participação não é viável senão a conta-gotas, com um plebiscito aqui, um referendum ali e só um pedacinho do dinheiro alocado por orçamentos participativos. Mas os reais escolhos não estão aí, e sim no mau uso da democracia direta, em situações em que ela destrói a essência do princípio democrático de que todos serão representados.


(Claudio de Moura Castro, A democracia e suas derrapagens. Veja, 29.07.2015)

Para responder à questão, considere as seguintes passagens:

... consolidaram-se os conceitos de democracia e a prática de sua implementação.

... só um pedacinho do dinheiro alocado por orçamentos participativos.

Mas os reais escolhos não estão aí... 


São sinônimos das palavras destacadas, adequados ao contexto, respectivamente:

Alternativas
Q939950 Português

      A partir do século XVIII, consolidaram-se os conceitos de democracia e a prática de sua implementação. Em essência, trata-se de fazer com que as decisões políticas reflitam a vontade coletiva, por meio da representação de todos. Embora seja uma grande contribuição da civilização ocidental, a sua aplicação no mundo real costuma patinar. Na democracia representativa, os cidadãos escolhem seus dirigentes, delegando a eles e a seus prepostos as decisões que fazem andar a nação. Se fizerem barbeiragem, conserta-se na próxima eleição.

      Compete com esse modelo a democracia direta, ou participativa, na qual muitas resoluções são tomadas diretamente pelos eleitores. É o povo decidindo, sem intermediários. O conceito é atraente, mas as armadilhas espreitam. Pesquisa patrocinada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que, se o povo decidisse como distribuir o orçamento público, o país pararia em poucas semanas. Ninguém se lembra de deixar dinheiro para pagar a polícia, manter os esgotos ou tampar os buracos. Daí que a participação não é viável senão a conta-gotas, com um plebiscito aqui, um referendum ali e só um pedacinho do dinheiro alocado por orçamentos participativos. Mas os reais escolhos não estão aí, e sim no mau uso da democracia direta, em situações em que ela destrói a essência do princípio democrático de que todos serão representados.


(Claudio de Moura Castro, A democracia e suas derrapagens. Veja, 29.07.2015)

Assinale a alternativa em que o significado do verbo destacado em (I) permanece inalterado, mesmo com a mudança de regência na construção (II).



Para responder à questão, considere as seguintes passagens:
... consolidaram-se os conceitos de democracia e a prática de sua implementação. ... só um pedacinho do dinheiro alocado por orçamentos participativos. Mas os reais escolhos não estão aí...
Alternativas
Q939949 Português

      A partir do século XVIII, consolidaram-se os conceitos de democracia e a prática de sua implementação. Em essência, trata-se de fazer com que as decisões políticas reflitam a vontade coletiva, por meio da representação de todos. Embora seja uma grande contribuição da civilização ocidental, a sua aplicação no mundo real costuma patinar. Na democracia representativa, os cidadãos escolhem seus dirigentes, delegando a eles e a seus prepostos as decisões que fazem andar a nação. Se fizerem barbeiragem, conserta-se na próxima eleição.

      Compete com esse modelo a democracia direta, ou participativa, na qual muitas resoluções são tomadas diretamente pelos eleitores. É o povo decidindo, sem intermediários. O conceito é atraente, mas as armadilhas espreitam. Pesquisa patrocinada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostrou que, se o povo decidisse como distribuir o orçamento público, o país pararia em poucas semanas. Ninguém se lembra de deixar dinheiro para pagar a polícia, manter os esgotos ou tampar os buracos. Daí que a participação não é viável senão a conta-gotas, com um plebiscito aqui, um referendum ali e só um pedacinho do dinheiro alocado por orçamentos participativos. Mas os reais escolhos não estão aí, e sim no mau uso da democracia direta, em situações em que ela destrói a essência do princípio democrático de que todos serão representados.


(Claudio de Moura Castro, A democracia e suas derrapagens. Veja, 29.07.2015)

A frase em que há emprego de palavra em sentido figurado é:
Alternativas
Q939820 Português
No que se refere às relações de sinonímia e antonímia de vocábulos do texto, considerando o contexto das informações apresentadas, é correto substituir .
Alternativas
Q939112 Português

FOTOGRAFIA E AUTOIMAGEM

ELLEN PEDERÇANE

    A fotografia há muito é um recurso de memória, seja de cunho coletivo, histórico, registro documental ou pessoal. É memória, testemunho de uma época, de um acontecimento ou apenas recordação de um momento importante de história pessoal/familiar. A cada dia expande seu campo de ação e amplia seus significados, valores e funções. Hoje, um peso que vem ganhando notoriedade é o da autocontemplação. Do indivíduo perdido nesse cotidiano acelerado do século XXI permitindo-se parar e se observar ao ser fotografado.

   Com o surgimento da fotografia digital, a proximidade dela com a população ganhou uma nova perspectiva. E seja de forma artística ou comercial, a possibilidade de ser retratado por um profissional é maior hoje do que há 20 anos. E essa proximidade da fotografia com o cidadão comum, entre outros quesitos, tem cumprido esse papel reflexivo: quem somos em meio a toda essa loucura que vivemos. O quanto nos olhamos dentro desse furacão.

   Um simples ensaio fotográfico pode mexer seriamente com nossa autoestima. Agora, a fotografia é a cura da baixa-estima? Não é isso. Todavia, uma nova relação consigo mesmo, com seu corpo, com sua imagem é um pontapé importante para esses encontros constantemente adiados entre nós e nós mesmos. Estar “confortável” dentro do corpo que possuímos é um passo importante na caminhada de descoberta das incontáveis belezas que carregamos dentro de nós.

    Outro fator interessante que nasce dessa proximidade é a quebra (mesmo que ainda de forma tímida) de padrões. Propagandas, comerciais, cinema, tantas informações que nos dizem como nosso corpo deve ser, deixa tão distante de nós o direito de saber o valor, a beleza e sensualidade que todos carregamos. O crescimento do ensaio boudoir* toca especialmente nesse ponto. São pessoas descobrindo sua beleza, suas nuances, se deliciando por ser quem se é, com suas curvas, sem preocupação com a perfeição. É um ensaio extremamente delicado e de um resultado tão positivo. É um leve grito de resistência num mar de padrões hipócritas. Todos têm de conhecer e reconhecer sua beleza e celebrá-la a qualquer hora. Um ensaio com essas características tem um papel também social, psicológico, um olhar que trata de inserir as pessoas e não as excluir ainda mais.

    Um trabalho sensível, delicado, que exige tato do profissional. Uma experiência especial para o retratado e para o fotógrafo. Trabalhar com público e padrões fica mais interessante quando a proposta é ir além do senso comum. Tocar vidas e colaborar, mesmo com uma pequena porcentagem, da relação de autoamor que o retratado vive é apenas incrível. É aquele bônus de fazer um bom trabalho. É o bônus de compreender esses novos papéis da fotografia na atualidade. É aquele bônus de se ter um trabalho humano, atencioso, buscando olhar além do que somos “treinados” a olhar.

   * Boudoir: Ensaio fotográfico sensual que mostra a intimidade , muitas vezes, de forma despretensiosa, contribuindo para a melhora da autoestima e da afirmação do corpo.


Retirado e adaptado de: http://obviousmag.org/brincando_com_letras/2017/fotografia-e-autoimagem.html. Acesso em: 13 ago. 2018.

Assinale a alternativa que apresenta o significado da palavra destacada em: “Hoje, um peso que vem ganhando notoriedade é o da autocontemplação”.
Alternativas
Q939111 Português

FOTOGRAFIA E AUTOIMAGEM

ELLEN PEDERÇANE

    A fotografia há muito é um recurso de memória, seja de cunho coletivo, histórico, registro documental ou pessoal. É memória, testemunho de uma época, de um acontecimento ou apenas recordação de um momento importante de história pessoal/familiar. A cada dia expande seu campo de ação e amplia seus significados, valores e funções. Hoje, um peso que vem ganhando notoriedade é o da autocontemplação. Do indivíduo perdido nesse cotidiano acelerado do século XXI permitindo-se parar e se observar ao ser fotografado.

   Com o surgimento da fotografia digital, a proximidade dela com a população ganhou uma nova perspectiva. E seja de forma artística ou comercial, a possibilidade de ser retratado por um profissional é maior hoje do que há 20 anos. E essa proximidade da fotografia com o cidadão comum, entre outros quesitos, tem cumprido esse papel reflexivo: quem somos em meio a toda essa loucura que vivemos. O quanto nos olhamos dentro desse furacão.

   Um simples ensaio fotográfico pode mexer seriamente com nossa autoestima. Agora, a fotografia é a cura da baixa-estima? Não é isso. Todavia, uma nova relação consigo mesmo, com seu corpo, com sua imagem é um pontapé importante para esses encontros constantemente adiados entre nós e nós mesmos. Estar “confortável” dentro do corpo que possuímos é um passo importante na caminhada de descoberta das incontáveis belezas que carregamos dentro de nós.

    Outro fator interessante que nasce dessa proximidade é a quebra (mesmo que ainda de forma tímida) de padrões. Propagandas, comerciais, cinema, tantas informações que nos dizem como nosso corpo deve ser, deixa tão distante de nós o direito de saber o valor, a beleza e sensualidade que todos carregamos. O crescimento do ensaio boudoir* toca especialmente nesse ponto. São pessoas descobrindo sua beleza, suas nuances, se deliciando por ser quem se é, com suas curvas, sem preocupação com a perfeição. É um ensaio extremamente delicado e de um resultado tão positivo. É um leve grito de resistência num mar de padrões hipócritas. Todos têm de conhecer e reconhecer sua beleza e celebrá-la a qualquer hora. Um ensaio com essas características tem um papel também social, psicológico, um olhar que trata de inserir as pessoas e não as excluir ainda mais.

    Um trabalho sensível, delicado, que exige tato do profissional. Uma experiência especial para o retratado e para o fotógrafo. Trabalhar com público e padrões fica mais interessante quando a proposta é ir além do senso comum. Tocar vidas e colaborar, mesmo com uma pequena porcentagem, da relação de autoamor que o retratado vive é apenas incrível. É aquele bônus de fazer um bom trabalho. É o bônus de compreender esses novos papéis da fotografia na atualidade. É aquele bônus de se ter um trabalho humano, atencioso, buscando olhar além do que somos “treinados” a olhar.

   * Boudoir: Ensaio fotográfico sensual que mostra a intimidade , muitas vezes, de forma despretensiosa, contribuindo para a melhora da autoestima e da afirmação do corpo.


Retirado e adaptado de: http://obviousmag.org/brincando_com_letras/2017/fotografia-e-autoimagem.html. Acesso em: 13 ago. 2018.

Assinale a alternativa em que as palavras apresentam o mesmo sentido que o termo destacado em “[No ensaio fotográfico] são pessoas descobrindo sua beleza, suas nuances, se deliciando por quem se é, com suas curvas, sem preocupação com a perfeição”.
Alternativas
Q938321 Português

                                                    TEXTO I


                                     O Brasil deve voltar aos trilhos

                                                                                                      Alberto Pinto Coelho*


      [§1] O quase colapso que o Brasil viveu recentemente com a paralisação dos caminhoneiros serviu para deixar exposto, como nunca, o risco que oferece a infraestrutura de transportes do País, na medida em que 67% das cargas e mercadorias são movimentadas pelo modal rodoviário, enquanto apenas 20%, ou ainda menos, são atendidas pelas ferrovias, complementadas por hidrovias.

      [§2] Isto deixa meridianamente claro que a concepção de um ousado plano de expansão das ferrovias no Brasil não responde apenas a uma decisão dos governantes, mas implica na adoção de uma verdadeira política de Estado, ou seja, uma determinação estratégica para o desenvolvimento nacional de modo a ter continuidade no tempo, até que haja maior equilíbrio na matriz de transportes do País, que não pode ficar refém de uma modalidade dominante, como acontece hoje.

      [§3] Cabe ressaltar o que essa matriz de transportes nacional representa em termos de custo logístico e, portanto, do chamado “custo Brasil”. Para dimensionar o desafio que se apresenta à competitividade internacional do Brasil, existe uma referência mundialmente adotada no custo do transporte, chamada de TKU (tonelagem transportada útil), que se obtém multiplicando a tonelagem transportada pela distância percorrida.

      [§4] É de causar pasmo a diferença, pois o TKU do transporte rodoviário é da ordem de 130 dólares, enquanto o do transporte ferroviário é de apenas 22 dólares!… Ou seja, a continuar com a sua atual matriz de transportes, o Brasil permanecerá à margem da concorrência internacional em termos de custos, sendo hoje uma das causas de sua baixa participação no comércio exterior.

      [§5] Precisamos da execução de um autêntico plano de expansão ferroviária no Brasil. Não podemos perder esse trem da história.

* Ex-governador de Minas Gerais. Estado de Minas, Caderno Opinião, 18 jul. 2018, p. 7. Adaptado


                                                        TEXTO II



O sentido pretendido pelo autor do texto para a palavra ou expressão em destaque não está explicado corretamente em
Alternativas
Respostas
9161: E
9162: C
9163: A
9164: E
9165: A
9166: E
9167: C
9168: C
9169: E
9170: C
9171: A
9172: C
9173: A
9174: A
9175: A
9176: E
9177: E
9178: A
9179: C
9180: A