Questões de Concurso Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português

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Q429845 Português
Texto 2

Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para  Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de  Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis.

Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do  Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo
uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do  restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um  bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local…  Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o  grau de sordidez do lugar e  a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center  que tem na estrada.

Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em  inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton  e o shopping center podia ser em qualquer lugar do  mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado  e olhasse em volta não saberia em que país estava,  muito menos em que estado ou cidade.

Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados  Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as  ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se  não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos.

VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado]
Considere a frase: 


“E nada disto doeria tanto se não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo.” (quarto parágrafo, Texto 2) 

 
Analise as afirmativas abaixo:

 
1. a palavra sublinhada inicia uma oração que exprime a condição necessária para que se deixe de realizar o que se declara na primeira oração.
2. a expressão se não é uma locução conjuntiva porque equivale a uma conjunção.
3. de acordo com a norma culta, a expressão nada disso ao invés de nada disto estaria mais adequada ao contexto linguístico, porque se refere a uma situação previamente fornecida pelo texto.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q429844 Português
Texto 2

Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para  Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de  Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis.

Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do  Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo
uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do  restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um  bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local…  Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o  grau de sordidez do lugar e  a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center  que tem na estrada.

Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em  inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton  e o shopping center podia ser em qualquer lugar do  mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado  e olhasse em volta não saberia em que país estava,  muito menos em que estado ou cidade.

Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados  Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as  ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se  não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos.

VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado]
Considere as afirmativas abaixo.
1. Os tempos verbais predominantes no Texto 2 são o Pretérito Imperfeito e o Pretérito Perfeito, indicando que os fatos ocorreram no passado. No entanto, o verbo da última oração está no Presente, agregando maior comicidade à conclusão da crônica.
2. Se a frase “Alguém que se materializasse ao nosso lado e olhasse em volta não saberia em que país estava, muito menos em que estado ou cidade.” fosse reescrita segundo a norma culta substituindo-se alguém por pessoas, a redação correta seria: “Pessoas que se materializassem ao nosso lado e olhassem em volta não saberia em que país estavam, muito menos em que estado ou cidade.”
3. Na frase: “Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do Homem é pastel de beira de estrada.” (segundo parágrafo, Texto 2), o numeral cardinal um pode ser substituído pelo numeral ordinal primeiro sem prejuízo de sentido.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q429843 Português
Texto 2

Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para  Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de  Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis.

Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do  Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo
uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do  restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um  bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local…  Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o  grau de sordidez do lugar e  a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center  que tem na estrada.

Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em  inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton  e o shopping center podia ser em qualquer lugar do  mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado  e olhasse em volta não saberia em que país estava,  muito menos em que estado ou cidade.

Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados  Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as  ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se  não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos.

VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado]
Considere as afirmativas abaixo.
1. Não há ironia nas afirmações do autor, no segundo parágrafo do Texto 2, na referência que faz à relação antagônica entre o pastel de beira de estrada e a aparência do restaurante que o vende nem quando ele aponta como verdade universalmente aceita que o pastel está entre os 17 maiores prazeres do ser humano.
2. A leitura do último parágrafo do Texto 2 permite ao leitor descobrir que os personagens estão de fato nos Estados Unidos e não no Brasil e que nossos hábitos alimentares tradicionais, como os pastéis de beira de estrada, foram adotados por aquele país.
3. O emprego das expressões “pastelmente falando”, no segundo parágrafo, e “conveniência ar-condicionada”, no último parágrafo, acentua o caráter cômico do Texto 2.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q429841 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


A frase:
“O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a competência que aliou a temática da brasilidade a um extraordinário refinamento literário.” 
pode ser reescrita, de acordo com a norma culta e sem prejuízo de sentido, da seguinte forma:
Alternativas
Q429840 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


Assinale a alternativa correta em relação à frase abaixo: 


“Para trazê-las à tona, empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da “palavra justa”.”

Alternativas
Q429838 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


Assinale a alternativa que apresenta o título mais adequado ao Texto 1.
Alternativas
Q429044 Português
Texto 1

“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.
     Nossa história colonial não se confunde com a continuidade do nosso território colonial. Sempre se
pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da  América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa  as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja singularidade ainda marca  profundamente o Brasil contemporâneo.
[…]
A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra- marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos  e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.


ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio].

Texto 2

No tempo do futebol-arte

Entusiasta da miscigenação, Gilberto Freyre ajudou a  criar a ideia de um modo tipicamente brasileiro de dar  espetáculo com a bola nos pés.


A interpretação da identidade brasileira a partir da  mestiçagem rendeu à obra de Gilberto Freyre (1900- 1987) o reconhecimento e a controvérsia que ela  merece. Seria de estranhar que um pensador dedicado a esses temas não incluísse em suas análises os significados do futebol para o país. E ele incluiu.


No clássico Casa-Grande & Senzala, publicado em  1933 e dedicado à formação da vida íntima da família  patriarcal brasileira durante a Colônia, Freyre já menciona jogos com bola praticados por índios. Três anos  depois, dá sequência às suas teses em Sobrados &  Mocambos, e não deixa de pontuar os esportes como  vias de acesso do mulato à ascensão social. O emergente esportista do final do século XIX situa-se ao lado  do eminente bacharel, com diploma universitário.


A ideia de um “futebol-arte” brasileiro em oposição ao  “futebol-científco” europeu é defendida por Freyre no  livro Sociologia, de 1940. Era uma estratégia astuta do  sociólogo, pois o futebol do país ainda não havia se  consagrado mundialmente. A nação se ressentia de certa inferioridade em face do futebol praticado na Argentina, no Uruguai e em países da Europa, como Itália e Inglaterra. Ao privilegiar a exibição em detrimento da simples competição, Gilberto Freyre minimizava a escassez de triunfos e capitalizava os aspectos positivos que lhe interessavam ressaltar no futebol  brasileiro –diferenciando-o do praticado por outras nações, vizinhas ou distantes.


Ao erigir em ícone os termos “futebol mulato” e “futebol arte”, a linguagem freyriana contribuiu para cristalizar uma autoimagem, hoje tão arraigada e compartilhada pelos brasileiros como uma espécie de segunda natureza.


BUARQUE DE HOLLANDA, Bernardo. [Adaptado] Disponível
em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/
no-tempo-do-futebol-arte. Escrito em: 1/6/2014. Acessado em
16/8/2014.

Analise as afrmativas abaixo, considerando os textos 1 e 2.

1. Os textos fundamentam-se na ideia de que a colonização portuguesa teve como base a prática da miscigenação oriunda do sistema escravista.
2. Os textos enfocam diferentemente a história colonial do Brasil, sendo que o primeiro prioriza aspectos externos e o segundo aborda basicamente aspectos internos ao país.
3. Enquanto o texto 1 enfoca temas socioeconômicos vinculados à histórica colonial, o segundo prioriza aspectos socioculturais.
4. Não é possível comparar os dois textos, uma vez que são de natureza distinta e de autores de diferentes épocas que abordam temas incompatíveis entre si.
5. Ambos os textos revelam posicionamentos avaliativos dos autores em relação ao processo histórico de formação do Brasil.
Assinale a alternativa que indica todas as afrmativas corretas.
Alternativas
Q429041 Português
Texto 2

          No tempo do futebol-arte

Entusiasta da miscigenação, Gilberto Freyre ajudou a  criar a ideia de um modo tipicamente brasileiro de dar  espetáculo com a bola nos pés.

A interpretação da identidade brasileira a partir da  mestiçagem rendeu à obra de Gilberto Freyre (1900- 1987) o reconhecimento e a controvérsia que ela  merece. Seria de estranhar que um pensador dedicado a esses temas não incluísse em suas análises os  significados do futebol para o país. E ele incluiu.

No clássico Casa-Grande & Senzala, publicado em  1933 e dedicado à formação da vida íntima da família  patriarcal brasileira durante a Colônia, Freyre já menciona jogos com bola praticados por índios. Três anos  depois, dá sequência às suas teses em Sobrados &  Mocambos, e não deixa de pontuar os esportes como  vias de acesso do mulato à ascensão social. O emergente esportista do final do século XIX situa-se ao lado  do eminente bacharel, com diploma universitário.

A ideia de um “futebol-arte” brasileiro em oposição ao  “futebol-científco” europeu é defendida por Freyre no  livro Sociologia, de 1940. Era uma estratégia astuta do  sociólogo, pois o futebol do país ainda não havia se  consagrado mundialmente. A nação se ressentia de  certa inferioridade em face do futebol praticado na  Argentina, no Uruguai e em países da Europa, como  Itália e Inglaterra. Ao privilegiar a exibição em detrimento da simples competição, Gilberto Freyre minimizava a escassez de triunfos e capitalizava os aspectos  positivos que lhe interessavam ressaltar no futebol  brasileiro –diferenciando-o do praticado por outras  nações, vizinhas ou distantes.

Ao erigir em ícone os termos “futebol mulato” e “futebol arte”, a linguagem freyriana contribuiu para cristalizar uma autoimagem, hoje tão arraigada e compartilhada pelos brasileiros como uma espécie de segunda natureza.

BUARQUE DE HOLLANDA, Bernardo. [Adaptado] Disponível
em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/
no-tempo-do-futebol-arte. Escrito em: 1/6/2014. Acessado em
16/8/2014.
Identifque abaixo as afrmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) com base no texto 2.  
( ) O texto apresenta de forma cronológica a perspectiva de Gilberto Freyre sobre o futebol brasileiro.
( ) Nas duas primeiras obras de Gilberto Freyre mencionadas no texto, há uma aproximação estabelecida entre futebol e identidades étnicas. Já na terceira, pode-se inferir uma associação entre “futebol-arte” e identidade brasileira.
( ) Segundo Buarque de Hollanda, há um modo brasileiro de se jogar futebol que é herança da colonização lusitana.
( ) Na opinião do autor do texto, o sentimento de inferioridade presente no “futebol-arte” em oposição ao “futebol-científco” se mantém ainda vivo no Brasil.
( ) Para o autor do texto, a refexão freyreana referente à formação da identidade brasileira não poderia ignorar o papel histórico do futebol no Brasil. 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q429040 Português

Texto 1


“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora  do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.

Nossa história colonial não se confunde com a  continuidade do nosso território colonial. Sempre se pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social  bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da   América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja  singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo.

[…] 

A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra-marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.

ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no 
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio]. 

Considere os trechos extraídos do texto 1. 


1. “Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial, um arquipélago lusófono composto dos enclaves da América portuguesa e das feitorias de Angola.” (segundo parágrafo)

2. “É daí que emerge o Brasil do século XVIII.” (segundo parágrafo)

Identifque abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).


( ) Os constituintes “um espaço aterritorial” (em 1) e “o Brasil” (em 2) desempenham a função sintática de objeto direto dos verbos surgir e emergir, respectivamente.
( ) Em 1, “dos enclaves da América portuguesa” e “das feitorias de Angola” exercem a função sintática de objeto indireto.
( ) Em 1 e 2, “surge” e “emerge” estão no tempo verbal presente, mas remetem a uma referência temporal passada.
( ) O vocábulo “daí” (em 2) faz referência à situação geográfca e histórica descrita em 1.
( ) Em 2, a construção “É… que” tem valor enfático, podendo ser retirada sem prejuízo das relações sintáticas estabelecidas no período.

 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Q429039 Português

Texto 1


“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora  do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.

Nossa história colonial não se confunde com a  continuidade do nosso território colonial. Sempre se pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social  bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da   América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja  singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo.

[…] 

A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra-marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.

ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no 
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio]. 

Considere o trecho abaixo retirado do texto 1.

“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q429038 Português

Texto 1


“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora  do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.

Nossa história colonial não se confunde com a  continuidade do nosso território colonial. Sempre se pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social  bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da   América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja  singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo.

[…] 

A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra-marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.

ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no 
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio]. 

Identifque abaixo as afrmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) com base no texto 1.
( ) Em “Nossa história colonial não se confunde com a continuidade do nosso território colonial” o autor estabelece uma distinção entre tempo e espaço coloniais.
( ) A construção “[…] o país aparece no prolongamento da Europa” se refere à forma como o Brasil tem sido comumente estudado em relação à história colonial.
( ) Depreende-se que a escravidão, base da colonização portuguesa, possibilitou a emergência de um sistema socioeconômico com duas faces interligadas, uma no Brasil e outra em Angola.
( ) Segundo o texto, a história do Brasil tem início no século XVIII, baseada em um sistema econômico lusófono e aterritorial.
( ) Para o autor, não é possível ter acesso à tradição oral, pois ela se perde no tempo devido à falta de registro escrito. 
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo
Alternativas
Q429037 Português

Texto 1


“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora  do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.

Nossa história colonial não se confunde com a  continuidade do nosso território colonial. Sempre se pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social  bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da   América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja  singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo.

[…] 

A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra-marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.

ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no 
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio]. 

Assinale a alternativa correta, considerando o texto 1.
Alternativas
Q429036 Português

Texto 1


“Formação do Brasil no Atlântico Sul”: o leitor que  bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora  do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo histórico  que pretendo demonstrar nas páginas seguintes.

Nossa história colonial não se confunde com a  continuidade do nosso território colonial. Sempre se pensou o Brasil fora do Brasil, mas de maneira incompleta: o país aparece no prolongamento da Europa.  Ora, a ideia exposta neste livro é diferente e relativamente simples: a colonização portuguesa, fundada no  escravismo, deu lugar a um espaço econômico e social  bipolar, englobando uma zona de produção escravista situada no litoral da América do Sul e uma zona de  reprodução de escravos centrada em Angola. Desde o final do século XVI, surge um espaço aterritorial,  um arquipélago lusófono composto dos enclaves da   América portuguesa e das feitorias de Angola. É daí  que emerge o Brasil do século XVIII. Não se trata, ao  longo dos capítulos, de estudar de forma comparativa as colônias portuguesas no Atlântico. O que se quer,  ao contrário, é mostrar como essas duas partes unidas  pelo oceano se complementam num só sistema de  exploração colonial cuja  singularidade ainda marca profundamente o Brasil contemporâneo.

[…] 

A propósito do modo de escrever, é preciso notar que  o território do historiador da Colônia deve abranger  toda a extensão da lusofonia, da documentação ultra-marina onde estão registrados os contatos entre as  culturas que nos formaram. Além do mais, numa cultura tradicionalmente oral como a nossa, um meio privilegiado de patentear a presença do passado consiste  em dar relevo à perenidade das palavras. Das palavras,  dos coloquialismos – ainda vivos agora – grafados nos  textos, na linguagem das estradas, das ruelas e das  praias brasileiras. Por isso, da leitura dos documentos e dos textos seiscentistas, retomei expressões que  encadeiam a narrativa das oito partes do livro.

ALANCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no 
Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. [prefácio]. 

Assinale a alternativa correta de acordo com o texto 1.
Alternativas
Q428843 Português
                                    Imagem associada para resolução da questão

A contínua risada da personagem Mafalda indica
Alternativas
Q428842 Português

                                     Imagem associada para resolução da questão Nessa tira, a primeira informação sobre o vocábulo “democracia” 
– do grego, demos, povo, e kratos, autoridade – “governo em que  o povo exerce a soberania” – tem caráter
Alternativas
Q428841 Português
                                                    Valores democráticos 

      Deu  no  Datafolha:  para  62%  dos  brasileiros,  a  democracia “é sempre melhor que qualquer outra  forma de governo". Folgo em  saber  que  a  imagem  da  democracia  vai bem, mas a frase  é verdadeira? 
      Eu não  faria uma  afirmação  tão  forte. Como Churchill,  acho melhor  limitar  a  comparação  ao  universo  do  conhecido."Ninguém  pretende que a democracia  seja  perfeita  ou  sem defeito.Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo  todas  as demais que têm sido experimentadas de  tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.  
     Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num  valor  religioso. Ela  deve  ser  defendida  por  suas  virtudes práticas. Para descobri-las, precisamos listar seus defeitos.  
     Já  desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto  mais  avançamos  no  conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras  de  influenciar os eleitores, que  usam  muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender-se, mas, demodo geral, são os marqueteiros que têm a vantagem.  
     Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente no assuntos em que vieses cognitivos estão em operação, como é o caso  da  fixação  de  políticos  e eleitores  por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica.  
     Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das  controvérsias, ela oferece um  caminho  para  grupos  antagônicos  disputarem  o  poder  de forma  institucionalizada  e  pouco  violenta. É  menos do que sonhavam os  iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco. 

                     (Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014)
"Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das controvérsias, ela oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder de forma institucionalizada e pouco violenta. É menos do que sonhavam os iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco".

A alternativa que indica corretamente o valor semântico de um dos conectivos sublinhados é
Alternativas
Q428839 Português
                                                    Valores democráticos 

      Deu  no  Datafolha:  para  62%  dos  brasileiros,  a  democracia “é sempre melhor que qualquer outra  forma de governo". Folgo em  saber  que  a  imagem  da  democracia  vai bem, mas a frase  é verdadeira? 
      Eu não  faria uma  afirmação  tão  forte. Como Churchill,  acho melhor  limitar  a  comparação  ao  universo  do  conhecido."Ninguém  pretende que a democracia  seja  perfeita  ou  sem defeito.Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo  todas  as demais que têm sido experimentadas de  tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.  
     Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num  valor  religioso. Ela  deve  ser  defendida  por  suas  virtudes práticas. Para descobri-las, precisamos listar seus defeitos.  
     Já  desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto  mais  avançamos  no  conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras  de  influenciar os eleitores, que  usam  muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender-se, mas, demodo geral, são os marqueteiros que têm a vantagem.  
     Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente no assuntos em que vieses cognitivos estão em operação, como é o caso  da  fixação  de  políticos  e eleitores  por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica.  
     Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das  controvérsias, ela oferece um  caminho  para  grupos  antagônicos  disputarem  o  poder  de forma  institucionalizada  e  pouco  violenta. É  menos do que sonhavam os  iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco. 

                     (Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014)
Assinale a opção em que um substantivo é adjetivado por um só termo de valor adjetivo.
Alternativas
Q428838 Português
                                                    Valores democráticos 

      Deu  no  Datafolha:  para  62%  dos  brasileiros,  a  democracia “é sempre melhor que qualquer outra  forma de governo". Folgo em  saber  que  a  imagem  da  democracia  vai bem, mas a frase  é verdadeira? 
      Eu não  faria uma  afirmação  tão  forte. Como Churchill,  acho melhor  limitar  a  comparação  ao  universo  do  conhecido."Ninguém  pretende que a democracia  seja  perfeita  ou  sem defeito.Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo  todas  as demais que têm sido experimentadas de  tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.  
     Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num  valor  religioso. Ela  deve  ser  defendida  por  suas  virtudes práticas. Para descobri-las, precisamos listar seus defeitos.  
     Já  desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto  mais  avançamos  no  conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras  de  influenciar os eleitores, que  usam  muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender-se, mas, demodo geral, são os marqueteiros que têm a vantagem.  
     Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente no assuntos em que vieses cognitivos estão em operação, como é o caso  da  fixação  de  políticos  e eleitores  por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica.  
     Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das  controvérsias, ela oferece um  caminho  para  grupos  antagônicos  disputarem  o  poder  de forma  institucionalizada  e  pouco  violenta. É  menos do que sonhavam os  iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco. 

                     (Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014)
“... ela oferece um caminho para grupos antagônicos disputarem o poder...”.

Assinale a opção que apresenta a forma de reescrever-se esse segmento do texto, mantendo seu sentido original.
Alternativas
Q428837 Português
                                                    Valores democráticos 

      Deu  no  Datafolha:  para  62%  dos  brasileiros,  a  democracia “é sempre melhor que qualquer outra  forma de governo". Folgo em  saber  que  a  imagem  da  democracia  vai bem, mas a frase  é verdadeira? 
      Eu não  faria uma  afirmação  tão  forte. Como Churchill,  acho melhor  limitar  a  comparação  ao  universo  do  conhecido."Ninguém  pretende que a democracia  seja  perfeita  ou  sem defeito.Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo  todas  as demais que têm sido experimentadas de  tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.  
     Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num  valor  religioso. Ela  deve  ser  defendida  por  suas  virtudes práticas. Para descobri-las, precisamos listar seus defeitos.  
     Já  desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto  mais  avançamos  no  conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras  de  influenciar os eleitores, que  usam  muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender-se, mas, demodo geral, são os marqueteiros que têm a vantagem.  
     Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente no assuntos em que vieses cognitivos estão em operação, como é o caso  da  fixação  de  políticos  e eleitores  por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica.  
     Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das  controvérsias, ela oferece um  caminho  para  grupos  antagônicos  disputarem  o  poder  de forma  institucionalizada  e  pouco  violenta. É  menos do que sonhavam os  iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco. 

                     (Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014)
“...como é o caso da fixação de políticos e eleitores por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica”.

A substituição conveniente do conectivo sublinhado, sem a alteração formal de qualquer outro elemento, é
Alternativas
Q428836 Português
                                                    Valores democráticos 

      Deu  no  Datafolha:  para  62%  dos  brasileiros,  a  democracia “é sempre melhor que qualquer outra  forma de governo". Folgo em  saber  que  a  imagem  da  democracia  vai bem, mas a frase  é verdadeira? 
      Eu não  faria uma  afirmação  tão  forte. Como Churchill,  acho melhor  limitar  a  comparação  ao  universo  do  conhecido."Ninguém  pretende que a democracia  seja  perfeita  ou  sem defeito.Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo  todas  as demais que têm sido experimentadas de  tempos em tempos", proclamou o estadista britânico.  
     Com efeito, não há necessidade de transformar a democracia num  valor  religioso. Ela  deve  ser  defendida  por  suas  virtudes práticas. Para descobri-las, precisamos listar seus defeitos.  
     Já  desde Platão sabemos que ela é sensível à ação dos demagogos. E, quanto  mais  avançamos  no  conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras  de  influenciar os eleitores, que  usam  muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas. É verdade que, com a prática, os cidadãos aprendem a defender-se, mas, demodo geral, são os marqueteiros que têm a vantagem.  
     Outro ponto sensível e delicado é o levantado pelo economista Bryan Caplan. A democracia até tende a limitar o radicalismo nas situações em que os eleitores se dividem bastante sobre um tema, mas ela se revela impotente no assuntos em que vieses cognitivos estão em operação, como é o caso  da  fixação  de  políticos  e eleitores  por criar empregos, mesmo que eles reduzam a eficiência econômica.  
     Se a democracia se presta a manipulações e não evita que a maioria tome decisões erradas, por que ela é boa? Bem, além de promover a moderação em parte das  controvérsias, ela oferece um  caminho  para  grupos  antagônicos  disputarem  o  poder  de forma  institucionalizada  e  pouco  violenta. É  menos do que sonhavam os  iluministas, mas dado o histórico de nossa espécie, isso não é pouco. 

                     (Hélio Schwartsman, Folha de São Paulo, 01/04/2014)
“E, quanto mais avançamos no conhecimento do cérebro e da psicologia humana, descobrimos novas e mais sutis maneiras de influenciar os eleitores, que usam muito mais a emoção do que a razão na hora de fazer suas escolhas”.

Esse segmento do texto tem um problema de redação, que é
Alternativas
Respostas
12781: C
12782: A
12783: D
12784: C
12785: B
12786: A
12787: D
12788: A
12789: E
12790: B
12791: E
12792: B
12793: C
12794: C
12795: C
12796: C
12797: B
12798: A
12799: D
12800: E