Questões de Concurso
Sobre significação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. em português
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Em “Meu Deus, o que fizeram do meu livro?” (l.1-2), a expressão “Meu Deus” tem função apelativa na estrutura oracional em que ocorre e, por estar subordinada a essa estrutura, não poderia ser seguida de ponto de exclamação em lugar da vírgula, ainda que se fizesse a alteração gráfica necessária no restante desse texto.

Com referência a aspectos linguísticos do texto acima, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

O autor estabelece uma oposição entre “linha flexível” (v.8) e “linha anônima” (v.13) para demonstrar que a autoria do poema é indeterminada ou questionável.

Em língua portuguesa, as expressões “estar entre aspas” e “viver entre parênteses” equivalem-se, pois ambas significam um estado de suspensão ou de espera diante de acontecimentos.
Para o autor, Portugal não participara integralmente dos resultados trazidos pela Revolução Industrial e pela “civilização carbonífera” (l.23), ou seja, civilização fundamentada na violência das lutas operárias.
Depreende-se do texto que Eça de Queirós reagiu radicalmente contra o francesismo, Ramalho Ortigão estava farto do republicanismo (l.16-19) e nenhum dos dois, na opinião de Gilberto Freyre, demonstrou ser inflexivelmente telúrico.
O autor do texto manifesta incondicional apoio à tese de José Lins do Rego sobre Fialho de Almeida, como evidencia a expressão “em ensaio admirável” (l.1).
Fialho de Almeida e Ramalho Ortigão são os “dois grandes críticos” (l.9) que não demonstraram nem complacência nem conservadorismo em relação à necessidade de recuperar aspectos da língua e da literatura de Portugal.
A poesia do desbunde, valendo-se de “instrumentos domésticos” (l.10), inspirou-se em retórica antimilitarista e de crítica ao regime político que marcou o ideário modernista.
Segundo o autor, a poesia do desbunde atualizou propostas do Modernismo, muito embora as obras não tivessem a mesma grandeza do movimento artístico dos anos 20.
Conforme o texto, a poesia do desbunde caracterizou-se pela glorificação do ego, pelo culto à juventude e pela crítica ao valor do trabalho na sociedade.
No trecho “certa profundidade de significado e certo acabamento de forma” (l.16-17), o adjetivo “certo” e sua forma flexionada no feminino foram utilizados com o sentido exato, preciso, correto.
No trecho “Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural” (l.12-14), o autor indica que a crônica e a linguagem falada é a que consegue a mais perfeita comunicação literária.
De acordo com os sentidos produzidos no texto, a expressão “compensação sorrateira” (l.15) deve ser interpretada como compensação desonesta, compensação viciada ou compensação desigual.