Questões de Português - Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. para Concurso

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Q1935456 Português
Leia com atenção um fragmento extraído do romance denominado “O Cortiço”, escrito por Aluísio de Azevedo em 1890, como expressão do movimento naturalista do Brasil, para responder a pergunta abaixo:


Acovardado defronte destes raciocínios, contentou-se com uma simples separação de leitos, e os dois passaram a dormir em quartos separados. Não comiam juntos, e mal trocavam entre si uma ou outra palavra constrangida, quando qualquer inesperado acaso os reunia a contragosto. Odiavam-se. Cada qual sentia pelo outro um profundo desprezo, que pouco a pouco se foi transformando em repugnância completa. O nascimento de Zulmira veio agravar ainda mais a situação; a pobre criança, em vez de servir de elo aos dois infelizes, foi antes um novo isolador que se estabeleceu entre eles. Estela amava-a menos do que lhe pedia o instinto materno por supô-la filha do marido, e este a detestava porque tinha convicção de não ser seu pai. Uma bela noite, porém, o Miranda, que era homem de sangue esperto e orçava então pelos seus trinta e cinco anos, sentiu-se em insuportável estado de lubricidade. Era tarde já e não havia em casa alguma criada que lhe pudesse valer. Lembrou-se da mulher, mas repeliu logo esta ideia com escrupulosa repugnância. Continuava a odiá-la. Entretanto, este mesmo fato de obrigação em que ele se colocou de não servir-se dela, a responsabilidade de desprezá-la, como que ainda mais lhe assanhava o desejo da carne, fazendo da esposa infiel um fruto proibido. Afinal, coisa singular, posto que moralmente nada diminuísse a sua repugnância pela perjura, foi até o quarto dela. A mulher dormia a sono solto. Miranda entrou pé ante pé e aproximou-se da cama. “Devia voltar!...pensou. Não lhe ficava bem aquilo!...” Mas o sangue latejava-lhe, reclamando-a. Ainda hesitou um instante, imóvel, a contemplá-la no seu desejo. Estela, como se o olhar do marido lhe apalpasse o corpo, torceu-se sobre o quadril da esquerda, repuxando com as coxas o lençol para a frente e patenteando uma nesga de nudez estofada e branca. O Miranda não pôde resistir, atirou-se contra ela, que, num pequeno sobressalto, mais de surpresa que de revolta, desviou-se, tornando logo e enfrentando com o marido. E deixou-se empolgar pelos rins, de olhos fechados, fingindo que continuava a dormir, sem a menor consciência de tudo aquilo.


Fonte: http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/cortico.pdf. Acessado 03/06/2022
O vocábulo, utilizado no texto acima, denominado “lubricidade”, tem como sinônimo a seguinte palavra: 
Alternativas
Q1935367 Português

Star Wars e o legado que atravessa gerações

Por Andre Lucas Mariano dos Santos


“Bom, pessoal, a história se passa em uma galáxia fictícia habitada por várias criaturas orgânicas e androides robóticos. O governo está nas mãos do Império Galáctico.

Neste cenário, existe a ‘Força’, uma energia onipresente cujo controle dá poderes sobrenaturais como premonição e controle mental. Os Jedis usam a ‘Força’ para o bem, enquanto os Siths, para o mal.

A história, em ordem cronológica conta a trajetória da transformação do jovem Anakin em Darth Vader e depois as aventuras de seu filho, Luke Skywalker, contra o Império Galáctico”, explica. “Acho que seria isso, obrigado”.

Provavelmente foi mais ou menos dessa forma que o então desconhecido diretor George Lucas apresentou seu ambicioso e estranho projeto para a Fox Studios. E imaginar o porquê de os executivos da empresa terem investido num enredo como esse, principalmente numa época em que a ficção científica estava em baixa, chega a ser bizarro. Pouco antes, George Lucas já havia oferecido essa mesma ideia para inúmeras produtoras e todas as haviam recusado, inclusive as gigantes Universal e Warner Bros. Dizem que, na verdade, a Fox também estava pronta para ‘bater a porta’ na cara do diretor, mas o chefe de recursos criativos da empresa, Alan Ladd Jr., ficou encantado quando ouviu essa mesma história do início do texto, e convenceu a diretoria do estúdio a investir no filme.

O INÍCIO

A verba disponibilizada foi de 8 milhões de dólares, o que obrigou Lucas a escolher a parte do roteiro que exigisse o menor gasto possível. A produção esbarrou em todos os problemas possíveis: estúdio descontente com o elenco, tempestades de areia na Tunísia, atrasos nas filmagens, calor insuportável, cenários e figurinos que não funcionavam direito. Além disso, também não ajudava o fato de boa parte da equipe achar tudo aquilo que estava sendo rodado totalmente ridículo.

Em 25 de maio de 1977, “Star Wars: Episódio IV” era lançado. Desde então, o mundo nunca mais foi o mesmo. O longa-metragem de quase três horas, com aquele roteiro sem ‘pé nem cabeça’, conquistou a maior bilheteria daquele ano: 775,3 milhões de dólares, sendo aclamado pela crítica e pelo público. Lucas então pôde produzir os demais episódios e tornou-se um dos mais respeitados empreendedores do cinema.

LEGADO

Star Wars é considerado um marco da sétima arte, pois gerou um impacto cultural sem precedentes. Após o lançamento dos primeiros episódios, os efeitos especiais e roteiros mais superficiais obtiveram notoriedade em Hollywood e várias outras obras de ficção científica ganharam destaque.

Mas o maior legado com certeza é a legião de fãs construída. Pessoas do mundo inteiro se contagiaram com a trama e foi criada até uma data para celebrar a saga: o “Star Wars Day”, anualmente no dia 4 de maio.

No Brasil não é diferente, milhares de pessoas amam a obra idealizada por George Lucas e alguns fazem questão de disseminar o conhecimento sobre a saga. Como é o caso do Conselho Jedi do Paraná, um grupo aberto para todo e qualquer fã da franquia. “Nosso objetivo é reunir todos que gostam da saga em eventos e atividades pelo estado a fora. Um dos exemplos é o JediCon, realizado anualmente”, explica um dos membros do grupo, Rodrigo Bordenousky.

Ele diz que nesses encontros são feitas palestras, explicações de vídeos do universo da saga, além de venda de itens. “Promovemos ações bastante variadas. Desde arrecadação para ajudar alguma entidade carente, até provas de conhecimento, batalhas com sabres de luz, enfim, quem é fã se diverte”, complementa.

O Conselho Jedi do Paraná existe há 15 anos e é composto por centenas de fãs de todos os lugares do estado.


DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO

Apesar de estar completando quase 40 anos do lançamento do primeiro filme, Star Wars tem admiradores de todas as idades. Um bom exemplo disso é observado na família Klug de Cascavel.

Nataniel Klug cresceu sendo influenciado diretamente pelos primos mais velhos na década de 90. Hoje, repassa o conhecimento que adquiriu para o filho Murilo, de 10 anos. “Quando ele começou a entender as coisas, já coloquei os filmes para ele assistir”, brinca, dizendo que o que mais lhe chama a atenção é a história de honra e guerra explorada na saga. Já o pequeno Murilo diz que, apesar da pressão do pai, está aprendendo a gostar cada vez mais da obra. “Adoro as roupas, brinquedos, desenhos e principalmente os sabres”, comenta empolgado. “Igual meu pai, procuro incentivar meus amigos a gostarem também”, diz.


fonte:

http://arcoplex.com.br/star-wars-e-o-legado-que-atravessageracoes/?lang=060


Quanto ao sentido na oração, está incorreta a palavra destacada em:
Alternativas
Q1935365 Português

Star Wars e o legado que atravessa gerações

Por Andre Lucas Mariano dos Santos


“Bom, pessoal, a história se passa em uma galáxia fictícia habitada por várias criaturas orgânicas e androides robóticos. O governo está nas mãos do Império Galáctico.

Neste cenário, existe a ‘Força’, uma energia onipresente cujo controle dá poderes sobrenaturais como premonição e controle mental. Os Jedis usam a ‘Força’ para o bem, enquanto os Siths, para o mal.

A história, em ordem cronológica conta a trajetória da transformação do jovem Anakin em Darth Vader e depois as aventuras de seu filho, Luke Skywalker, contra o Império Galáctico”, explica. “Acho que seria isso, obrigado”.

Provavelmente foi mais ou menos dessa forma que o então desconhecido diretor George Lucas apresentou seu ambicioso e estranho projeto para a Fox Studios. E imaginar o porquê de os executivos da empresa terem investido num enredo como esse, principalmente numa época em que a ficção científica estava em baixa, chega a ser bizarro. Pouco antes, George Lucas já havia oferecido essa mesma ideia para inúmeras produtoras e todas as haviam recusado, inclusive as gigantes Universal e Warner Bros. Dizem que, na verdade, a Fox também estava pronta para ‘bater a porta’ na cara do diretor, mas o chefe de recursos criativos da empresa, Alan Ladd Jr., ficou encantado quando ouviu essa mesma história do início do texto, e convenceu a diretoria do estúdio a investir no filme.

O INÍCIO

A verba disponibilizada foi de 8 milhões de dólares, o que obrigou Lucas a escolher a parte do roteiro que exigisse o menor gasto possível. A produção esbarrou em todos os problemas possíveis: estúdio descontente com o elenco, tempestades de areia na Tunísia, atrasos nas filmagens, calor insuportável, cenários e figurinos que não funcionavam direito. Além disso, também não ajudava o fato de boa parte da equipe achar tudo aquilo que estava sendo rodado totalmente ridículo.

Em 25 de maio de 1977, “Star Wars: Episódio IV” era lançado. Desde então, o mundo nunca mais foi o mesmo. O longa-metragem de quase três horas, com aquele roteiro sem ‘pé nem cabeça’, conquistou a maior bilheteria daquele ano: 775,3 milhões de dólares, sendo aclamado pela crítica e pelo público. Lucas então pôde produzir os demais episódios e tornou-se um dos mais respeitados empreendedores do cinema.

LEGADO

Star Wars é considerado um marco da sétima arte, pois gerou um impacto cultural sem precedentes. Após o lançamento dos primeiros episódios, os efeitos especiais e roteiros mais superficiais obtiveram notoriedade em Hollywood e várias outras obras de ficção científica ganharam destaque.

Mas o maior legado com certeza é a legião de fãs construída. Pessoas do mundo inteiro se contagiaram com a trama e foi criada até uma data para celebrar a saga: o “Star Wars Day”, anualmente no dia 4 de maio.

No Brasil não é diferente, milhares de pessoas amam a obra idealizada por George Lucas e alguns fazem questão de disseminar o conhecimento sobre a saga. Como é o caso do Conselho Jedi do Paraná, um grupo aberto para todo e qualquer fã da franquia. “Nosso objetivo é reunir todos que gostam da saga em eventos e atividades pelo estado a fora. Um dos exemplos é o JediCon, realizado anualmente”, explica um dos membros do grupo, Rodrigo Bordenousky.

Ele diz que nesses encontros são feitas palestras, explicações de vídeos do universo da saga, além de venda de itens. “Promovemos ações bastante variadas. Desde arrecadação para ajudar alguma entidade carente, até provas de conhecimento, batalhas com sabres de luz, enfim, quem é fã se diverte”, complementa.

O Conselho Jedi do Paraná existe há 15 anos e é composto por centenas de fãs de todos os lugares do estado.


DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO

Apesar de estar completando quase 40 anos do lançamento do primeiro filme, Star Wars tem admiradores de todas as idades. Um bom exemplo disso é observado na família Klug de Cascavel.

Nataniel Klug cresceu sendo influenciado diretamente pelos primos mais velhos na década de 90. Hoje, repassa o conhecimento que adquiriu para o filho Murilo, de 10 anos. “Quando ele começou a entender as coisas, já coloquei os filmes para ele assistir”, brinca, dizendo que o que mais lhe chama a atenção é a história de honra e guerra explorada na saga. Já o pequeno Murilo diz que, apesar da pressão do pai, está aprendendo a gostar cada vez mais da obra. “Adoro as roupas, brinquedos, desenhos e principalmente os sabres”, comenta empolgado. “Igual meu pai, procuro incentivar meus amigos a gostarem também”, diz.


fonte:

http://arcoplex.com.br/star-wars-e-o-legado-que-atravessageracoes/?lang=060


Sobre o significado das palavras em destaque extraídas do texto, considere a alternativa correta:
Alternativas
Q1934905 Português

Leia atentamente a crônica a seguir, escrita por Paulo Mendes Campos, para responder a próxima questão.


“A ciência da chateação, segundo certa corrente moderna, apresenta três princípios básicos: 1) O homem nasce com a tendência natural de exercer a chateação; 2) A chateação é uma exorbitância tolerada dos direitos do homem em sociedade; 3) Em determinadas situações, todo homem é capaz de produzir chateação. Em outras palavras: só a força de vontade diminui em nós a chateação inata e compulsiva; não há leis naturais contra a chateação. Reduzir a nossa capacidade de aborrecer o próximo ao mínimo é resultado do esforço pessoal. A ciência pode ainda ser resumida em uma única frase: damos o nome de chato ao indivíduo que produz um tipo de chateação diferente do nosso. A classificação de todos os tipos está ainda muito incompleta, mas poderemos apresentar algumas figuras bastante caracterizadas, a título de curiosidade. Há um tipo de gente que não te deixa contar vantagem. Se ganhaste algum dinheiro, ele está milionário. Se lhe contas, pelo contrário, que andas perdendo dinheiro, ele está na mais negra miséria. Há também o sujeito que te fala exatamente as coisas que não desejas ouvir no momento, ou o cara que esguicha água nos teus olhos com a flor da lapela, dá choque com a mão, puxa a cadeira quando vais sentar, etc. Existe também o tipo especial dos sujeitos levados à política através da popularidade granjeada em outras profissões. E há o sujeito que diz: ‘Por que não largas esse teu emprego e fazes como eu? Só no mês passado ganhei quatrocentos mil reais sem fazer nada!’. Finalmente, há os formalistas, que se exprimem através de frases feitas, e o que proíbe qualquer palpite sobre um determinado assunto porque ele conhece isso de dentro para fora”. (Paulo Mendes Campos, Tipos exemplares, com adaptações).

Em relação ao trecho “há os formalistas, que se exprimem através de frases feitas”, marque a alternativa que indica uma palavra que poderia substituir a expressão “frases feitas”, sem prejuízo ao sentido pretendido pelo autor. 
Alternativas
Q1934903 Português

Leia atentamente a crônica a seguir, escrita por Paulo Mendes Campos, para responder a próxima questão.


“A ciência da chateação, segundo certa corrente moderna, apresenta três princípios básicos: 1) O homem nasce com a tendência natural de exercer a chateação; 2) A chateação é uma exorbitância tolerada dos direitos do homem em sociedade; 3) Em determinadas situações, todo homem é capaz de produzir chateação. Em outras palavras: só a força de vontade diminui em nós a chateação inata e compulsiva; não há leis naturais contra a chateação. Reduzir a nossa capacidade de aborrecer o próximo ao mínimo é resultado do esforço pessoal. A ciência pode ainda ser resumida em uma única frase: damos o nome de chato ao indivíduo que produz um tipo de chateação diferente do nosso. A classificação de todos os tipos está ainda muito incompleta, mas poderemos apresentar algumas figuras bastante caracterizadas, a título de curiosidade. Há um tipo de gente que não te deixa contar vantagem. Se ganhaste algum dinheiro, ele está milionário. Se lhe contas, pelo contrário, que andas perdendo dinheiro, ele está na mais negra miséria. Há também o sujeito que te fala exatamente as coisas que não desejas ouvir no momento, ou o cara que esguicha água nos teus olhos com a flor da lapela, dá choque com a mão, puxa a cadeira quando vais sentar, etc. Existe também o tipo especial dos sujeitos levados à política através da popularidade granjeada em outras profissões. E há o sujeito que diz: ‘Por que não largas esse teu emprego e fazes como eu? Só no mês passado ganhei quatrocentos mil reais sem fazer nada!’. Finalmente, há os formalistas, que se exprimem através de frases feitas, e o que proíbe qualquer palpite sobre um determinado assunto porque ele conhece isso de dentro para fora”. (Paulo Mendes Campos, Tipos exemplares, com adaptações).

Em seu texto, o autor afirma que “a chateação é uma exorbitância tolerada dos direitos do homem em sociedade”. Marque a alternativa que indica um possível antônimo do termo “exorbitância”.
Alternativas
Respostas
3631: B
3632: D
3633: B
3634: B
3635: C