Questões de Concurso Comentadas sobre sintaxe em português

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Q2248596 Português
     O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais. Dada essa multidimensionalidade, o termo saúde mental não pode ser elucidado restringindo seu escopo à individualização do sofrimento, o que pode levar a uma abordagem do assunto pautada na patologização e na medicalização. A discussão da saúde mental precisa ser feita de forma ampliada, considerando as diversas relações dos indivíduos com as pessoas e os grupos com os quais convivem. A relação saúde-doença, assim como a sua produção, não pode ser compreendida fora de um contexto social, local em que a vida humana se concretiza. O processo saúde-doença está, portanto, vinculado aos condicionantes sociais, de modo que a constituição da saúde física e mental está inter-relacionada com os modos de organização social que definem uma dada cultura.

     As universidades são um lócus determinante do processo saúde-sofrimento devido às condições e às relações encontradas no ambiente universitário. Discussões atuais destacam que essas instituições têm contribuído mais para a produção de sofrimento e adoecimento do que para a promoção de saúde mental, devido a práticas de violência às quais os alunos e alunas têm sido expostos, inclusive a violência sexual, muitas vezes naturalizada. Exemplificando essa “naturalização”, uma pesquisa mostrou que, enquanto universitários estadunidenses consideram “cantadas” e olhares maliciosos como inadequados, os estudantes brasileiros entendem tais comportamentos como formas de sedução, constituindo-se como aspectos sociais sexualizados e permissivos, mesmo que geradores de sofrimento.

      No entanto, alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado. No contexto brasileiro, uma pesquisa realizada por Souza e Rocha (2020) constatou que 40% das estudantes entrevistadas afirmaram já ter sido expostas a constrangimento ou ofensa, ao serem questionadas sobre a vida íntima/pessoal; 20% vivenciaram assédio nas relações sociais no contexto universitário; 28,6% receberam algum convite sexual inapropriado; e 36,6% afirmaram ter sido abordadas com cantadas de cunho sexual. Nessa mesma análise, 71,4% das alunas disseram que os autores da violência foram colegas e demais estudantes, e 62,9% afirmaram sofrer violência por parte dos professores. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e Data Popular (2015) apresentou que o ambiente universitário se constitui como um espaço que traz preocupação para as mulheres, visto que 36% das entrevistadas relataram deixar de fazer alguma atividade da universidade por medo de sofrer violência.

    Como consequência, pessoas que passaram por situações de violência sexual podem desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias, e até suicídio. São também observados efeitos relacionados à saúde reprodutiva, como gravidez indesejada, complicações ginecológicas e infecções sexualmente transmissíveis.


(Fonte: BASSO, Mariana — adaptado.)
Em “A relação saúde-doença, assim como a sua produção, não pode ser compreendida fora de um contexto social, local em que a vida humana se concretiza”, o termo sublinhado:
Alternativas
Q2248594 Português
     O sofrimento psicológico advém de dimensões singulares como, por exemplo, a história pessoal e as condições de vida de cada sujeito, e também de fatores socioestruturais, coletivos e institucionais. Dada essa multidimensionalidade, o termo saúde mental não pode ser elucidado restringindo seu escopo à individualização do sofrimento, o que pode levar a uma abordagem do assunto pautada na patologização e na medicalização. A discussão da saúde mental precisa ser feita de forma ampliada, considerando as diversas relações dos indivíduos com as pessoas e os grupos com os quais convivem. A relação saúde-doença, assim como a sua produção, não pode ser compreendida fora de um contexto social, local em que a vida humana se concretiza. O processo saúde-doença está, portanto, vinculado aos condicionantes sociais, de modo que a constituição da saúde física e mental está inter-relacionada com os modos de organização social que definem uma dada cultura.

     As universidades são um lócus determinante do processo saúde-sofrimento devido às condições e às relações encontradas no ambiente universitário. Discussões atuais destacam que essas instituições têm contribuído mais para a produção de sofrimento e adoecimento do que para a promoção de saúde mental, devido a práticas de violência às quais os alunos e alunas têm sido expostos, inclusive a violência sexual, muitas vezes naturalizada. Exemplificando essa “naturalização”, uma pesquisa mostrou que, enquanto universitários estadunidenses consideram “cantadas” e olhares maliciosos como inadequados, os estudantes brasileiros entendem tais comportamentos como formas de sedução, constituindo-se como aspectos sociais sexualizados e permissivos, mesmo que geradores de sofrimento.

      No entanto, alguns estudos atuais vêm enfatizando que, mesmo com o processo de naturalização, o índice de reconhecimento de violência sexual, no contexto universitário, tem aumentado. No contexto brasileiro, uma pesquisa realizada por Souza e Rocha (2020) constatou que 40% das estudantes entrevistadas afirmaram já ter sido expostas a constrangimento ou ofensa, ao serem questionadas sobre a vida íntima/pessoal; 20% vivenciaram assédio nas relações sociais no contexto universitário; 28,6% receberam algum convite sexual inapropriado; e 36,6% afirmaram ter sido abordadas com cantadas de cunho sexual. Nessa mesma análise, 71,4% das alunas disseram que os autores da violência foram colegas e demais estudantes, e 62,9% afirmaram sofrer violência por parte dos professores. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto Avon e Data Popular (2015) apresentou que o ambiente universitário se constitui como um espaço que traz preocupação para as mulheres, visto que 36% das entrevistadas relataram deixar de fazer alguma atividade da universidade por medo de sofrer violência.

    Como consequência, pessoas que passaram por situações de violência sexual podem desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, abuso de substâncias, e até suicídio. São também observados efeitos relacionados à saúde reprodutiva, como gravidez indesejada, complicações ginecológicas e infecções sexualmente transmissíveis.


(Fonte: BASSO, Mariana — adaptado.)
De acordo com o trecho “[...] os estudantes brasileiros entendem tais comportamentos como formas de sedução, constituindo-se como aspectos sociais sexualizados e permissivos, mesmo que geradores de sofrimento.”, assinalar a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q2248017 Português

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Com relação às ideias, à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


Na linha 28, o termo “Estruturado” concorda, em gênero e em número, com o nome “prazo”, ao qual faz referência.

Alternativas
Q2248014 Português

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Com relação às ideias, à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


No trecho “embora as mulheres, claramente, estejam à frente de lutas civis” (linhas 19 e 20), a conjunção “embora” pode ser substituída, mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto, por conquanto.

Alternativas
Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Provas: CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Administrador | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Arquiteto | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Ortopedista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Arquivista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Assistente Social | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Bibliotecário Documentalista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Contador | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Enfermeiro | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Psiquiatra | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Veterinário | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Nutricionista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Odontólogo | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro de Aeronaves | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro de Telecomunicações | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro Eletricista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Engenheiro Mecânico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Psicólogo Clínico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Médico Cardiologista | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Farmacêutico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Estatístico | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Psicólogo Organizacional | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico de Comunicação Social - Jornalismo | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Pedagogia | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Sociologia | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Comunicação Social - Relações Públicas | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Culturais | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Educação Física | CESPE / CEBRASPE - 2004 - Polícia Federal - Técnico em Assuntos Educacionais - Filosofia |
Q2243916 Português



Amado L. Cervo. Sob o domínio do pensamento único. In: UnB Revista, ano III, n.º 7 (com adaptações).

Julgue o item que se segue, a respeito do texto acima. 


O emprego do pronome “se”, nas linhas 1 e 16, marca a formalidade da linguagem utilizada e indica, nas duas ocorrências, que o sujeito da oração é indeterminado, impessoal. 

Alternativas
Q2243870 Português
Em relação à regência verbal, assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE:
As declarações não agradaram ___ presentes. Pretendo assistir ___ abertura das Olimpíadas. Ela aspirava ___ carreira acadêmica.
Alternativas
Q2243610 Português

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Quanto à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


O trecho “os desafios de mobilidade que as cidades enfrentam” (linhas 6) funciona como objeto direto da forma verbal “aumentam-se” (linha 5).

Alternativas
Q2243609 Português

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Quanto à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.


A expressão “à medida que” (linha 4) tem o mesmo sentido que a expressão ao passo que.

Alternativas
Q2243601 Português

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Acerca da estrutura linguística empregada no texto, julgue o item.


Na linha 1, a correção gramatical do texto seria mantida caso a forma verbal “vive” fosse flexionada no plural, de forma a concordar com o sentido plúrimo de “população”.

Alternativas
Q2243438 Português
Leia o texto para responder a questão.

        Deus, ou alguém por Ele, me poupou de uns tantos pesadelos. É nisso que penso enquanto o camarada à minha frente, com incontida excitação, vai fazendo o pormenorizado relato de sua batalha para alugar apartamento. Já esteve em duas dúzias de endereços, contabiliza, e em outros tantos pretende estar, pois em cada um achou defeito. Longe de se lamentar, está feliz. À beira da euforia, parece governado pela convicção de que o bom não é achar, é procurar. Prazer que exige dele ver imperfeição onde não tem.
        Respeitemos o time dos que procuram na esperança de não encontrar – de certa forma aparentados com aqueles que inventam pretexto para estar o tempo todo reformando a casa. São, uns e outros, meus antípodas1 . A simples ideia de empreender uma reforma me levaria a buscar um novo pouso – se também essa perspectiva não me trouxesse pânico. Problema da minha exclusiva terapia, eu sei. E, a esta altura da vida, já não há divã que dê jeito na fobia imobiliária de quem jamais se lançou numa peregrinação em busca de poleiro.
        No entanto, ciente das minhas dificuldades nesse particular, houve um dia, meio século atrás, em que, com poucos meses de São Paulo, e pendurado ainda na generosidade do casal que me acolheu de mala e cuia, achei que era hora de providenciar cafofo próprio.
        Caiu do céu uma proposta para dividir apartamento com um colega. É bem verdade que o edifício ainda não estava concluído e talvez fôssemos ali, o Sérgio e eu, os únicos moradores, pois não me lembro de vizinhos. Se mais gente veio, foi para o mesmo apartamento, de apenas um quarto e sala microscópica, mas onde, em dado momento, se espremeram quatro rapazes, todos do ramo jornalístico. E nem a nossa juventude explicaria a indiferença coletiva ante o fato de não haver ali uma geladeira, por miúda que fosse, para tantos bebedores de cerveja. Fogão havia, mas ocioso, pois nenhum de nós fritava um ovo.
        Teria ficado indefinidamente em tal moquiço2 , se um dos comparsas, exasperado, não me houvesse proposto alugar coisa menos deprimente. ________ mais dois apartamentos, ambos excelentes, que também não foi preciso garimpar. O mesmo se diga de um terceiro, o atual, no qual estou ______  quase 28 anos e do qual não pretendo arredar pé – a não ser que o referido pé já não ______ conta dos 24 degraus que me trazem a este primeiro andar.

(Humberto Werneck. Fobia imobiliária. www.estadao.com.br, 02.10.2020. Adaptado)

1 antípoda: aquele tem característica oposta.
2 moquiço: habitação rústica, desprovida de conforto.
Segundo a norma-padrão de concordância verbal, as lacunas do texto são completadas, correta e respectivamente, por:
Alternativas
Q2243437 Português

Leia o quadrinho para responder a questão.


(Rubens Bueno. Ivo viu a uva. www.ivoviuauva.com.br, 15.05.2021)

Uma resposta para a pergunta feita no quadrinho que está em conformidade com a norma-padrão é:
Alternativas
Q2243053 Português

Julgue o item subsequente.


As funções sintáticas de um termo podem ser indicadas por sua posição na oração. Por exemplo, o sujeito costuma ocupar a posição inicial da oração. 

Alternativas
Q2243051 Português

Julgue o item subsequente.


O predicado sempre contém o verbo da frase. 

Alternativas
Q2242969 Português

Julgue o item que se segue.


O complemento verbal é um termo essencial da oração que completa o sentido do verbo transitivo, podendo ser classificado como objeto direto ou objeto indireto, de acordo com a preposição exigida pelo verbo.

Alternativas
Q2242968 Português

Julgue o item que se segue.


A função sintática de um termo pode ser determinada pelo seu papel semântico na oração. Por exemplo, um complemento verbal pode indicar o objeto direto ou indireto da ação expressa pelo verbo.

Alternativas
Q2242678 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Pessoas do bem

        Volta e meia deparamos com as seguintes questões: porventura existem pessoas do bem? Podemos dizer que de um lado há os “do bem” e, de outro, os “do mal”?
        Talvez a resposta imediata seja uma negativa. Uma resposta fácil, porque não envolve compromisso nem esforço. Não é possível estabelecer e rotular, seguramente, dessa maneira, muito menos tecer qualquer julgamento. Todos nós temos bons valores, mas muitas vezes agimos de modo a prejudicar o próximo e até a nós mesmos, consciente ou inconscientemente.
         Entretanto, se tomarmos essa negação como absoluta, a confusão se instala. Não poderemos eleger, e esse é um risco, as coisas boas, nem evoluir nesses valores positivos. Em outras palavras, se dissermos que jamais se pode traçar uma linha entre pessoas boas e más, também estamos a dizer que não existem valores construtivos, que nos fazem caminhar para um lugar melhor, pois os valores são inseparáveis das pessoas.
        Nesses termos, temos que arriscar, sim, alguns paralelos, ainda que maniqueístas; aparentemente simplistas. Aliás, não há nada de errado nessa visão dual do mundo, pois isso é muito antigo, até inato. O que não parece certo é apontar e discriminar, para excluir aqueles que não estão inseridos no grupo do bem. A atividade das pessoas do bem, diga-se, não tende a segregar, mas sim aproximar, incluir.
         Se recorrermos à religião, ao direito, à história, por exemplo, há um vetor quase que comum e permanente. Pessoas do bem são aquelas que, na comunidade, respeitam o outro; sabem ver no outro um espelho. Em suma, as pessoas que praticam o bem reconhecem que não são únicas e, por estarem junto às demais, vivem em sintonia com o todo, com a comunidade.
        E numa comunidade assim, a solidariedade triunfa. Ninguém fica à mercê dos infortúnios da vida. Os que caem são prontamente socorridos. Os que tropeçam aprendem, no tropeço, um passo de dança, pois há sempre um parceiro ao lado com a mão estendida. E as conexões sociais fortes são hoje, reconhecidamente, um dos melhores ingredientes para a felicidade.
        O final dessa história, portanto, leva a um estado de espírito que nos traz prazer e vontade de viver. Nossa aposta, com todas as fichas, é que existe um elo de sequência, quase de causa e efeito, nas boas atitudes. As pessoas do bem, altruístas, solidárias, produzem felicidade. Elas nos deixam felizes.
        E se existe uma regra na vida que jamais pode ser revogada é esta: todos temos direito à felicidade. Dependemos, portanto, das pessoas do bem.         

(Evandro Pelarin, Diário da Região, 18.04.2023. Adaptado)
A alternativa redigida de acordo com a norma-padrão de concordância é:
Alternativas
Q2242675 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Pessoas do bem

        Volta e meia deparamos com as seguintes questões: porventura existem pessoas do bem? Podemos dizer que de um lado há os “do bem” e, de outro, os “do mal”?
        Talvez a resposta imediata seja uma negativa. Uma resposta fácil, porque não envolve compromisso nem esforço. Não é possível estabelecer e rotular, seguramente, dessa maneira, muito menos tecer qualquer julgamento. Todos nós temos bons valores, mas muitas vezes agimos de modo a prejudicar o próximo e até a nós mesmos, consciente ou inconscientemente.
         Entretanto, se tomarmos essa negação como absoluta, a confusão se instala. Não poderemos eleger, e esse é um risco, as coisas boas, nem evoluir nesses valores positivos. Em outras palavras, se dissermos que jamais se pode traçar uma linha entre pessoas boas e más, também estamos a dizer que não existem valores construtivos, que nos fazem caminhar para um lugar melhor, pois os valores são inseparáveis das pessoas.
        Nesses termos, temos que arriscar, sim, alguns paralelos, ainda que maniqueístas; aparentemente simplistas. Aliás, não há nada de errado nessa visão dual do mundo, pois isso é muito antigo, até inato. O que não parece certo é apontar e discriminar, para excluir aqueles que não estão inseridos no grupo do bem. A atividade das pessoas do bem, diga-se, não tende a segregar, mas sim aproximar, incluir.
         Se recorrermos à religião, ao direito, à história, por exemplo, há um vetor quase que comum e permanente. Pessoas do bem são aquelas que, na comunidade, respeitam o outro; sabem ver no outro um espelho. Em suma, as pessoas que praticam o bem reconhecem que não são únicas e, por estarem junto às demais, vivem em sintonia com o todo, com a comunidade.
        E numa comunidade assim, a solidariedade triunfa. Ninguém fica à mercê dos infortúnios da vida. Os que caem são prontamente socorridos. Os que tropeçam aprendem, no tropeço, um passo de dança, pois há sempre um parceiro ao lado com a mão estendida. E as conexões sociais fortes são hoje, reconhecidamente, um dos melhores ingredientes para a felicidade.
        O final dessa história, portanto, leva a um estado de espírito que nos traz prazer e vontade de viver. Nossa aposta, com todas as fichas, é que existe um elo de sequência, quase de causa e efeito, nas boas atitudes. As pessoas do bem, altruístas, solidárias, produzem felicidade. Elas nos deixam felizes.
        E se existe uma regra na vida que jamais pode ser revogada é esta: todos temos direito à felicidade. Dependemos, portanto, das pessoas do bem.         

(Evandro Pelarin, Diário da Região, 18.04.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – O que não parece certo é apontar e discriminar, para excluir aqueles que não estão inseridos no grupo do bem. – de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q2242179 Português

                                                                                                                                                                 



                                                                                          Internet: <jornal.usp.br> (com adaptações).

Considerando a estrutura linguística do texto e o vocabulário nele empregado, julgue o item. 


A oração “que populações de periferias ou compostas de minorias étnicas sofrem em razão da degradação ambiental” (linhas de 2 a 4) restringe o sentido da palavra “discriminação” (linha 2).

Alternativas
Q2241842 Português
Assinale a alternativa que tem a concordância correta.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: FGV Órgão: AL-MA Provas: FGV - 2023 - AL-MA - Consultor Legislativo Especial - Direito Constitucional | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Contador | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Controlador | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Administrador | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Administrador de Recursos Humanos | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Contador - Finanças Públicas | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Dentista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Advogado | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Analista de Sistemas | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Analista de Suporte de Rede | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Antropólogo | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Arquiteto | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Endodontista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Odontopediatra | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Economista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Engenheiro Civil | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Engenheiro Ambiental | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Assistente Social | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Biblioteconomista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Ciências Sociais (Sociólogo) | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Engenheiro de Segurança do Trabalho | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Médico Ginecologista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Médico Urologista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Pedagogo | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Programador de Sistemas | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Psicólogo | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Químico | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Técnico em Comunicação Social | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Revisor (Letras) | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Engenheiro Eletricista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Médico Otorrinolaringologista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Médico do Trabalho | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Médico Cardiologista | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Enfermeiro | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Fisioterapeuta | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Farmacêutico | FGV - 2023 - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Engenheiro Mecânico |
Q2241410 Português
Assinale a frase em que a substituição do adjetivo sublinhado por uma oração adjetiva de valor semântico equivalente foi feita de forma adequada. 
Alternativas
Respostas
1721: A
1722: D
1723: E
1724: C
1725: E
1726: A
1727: E
1728: C
1729: E
1730: C
1731: B
1732: C
1733: E
1734: C
1735: C
1736: C
1737: A
1738: C
1739: B
1740: D