Questões de Concurso Comentadas sobre sintaxe em português

Foram encontradas 12.020 questões

Q2235315 Português
Leia o texto para responder a questão.

“ChatGPT usado por estudantes causa polêmica e muda métodos de ensino de redação A chegada do
ChatGPT, o aplicativo que redige textos e explica conceitos em frases simples, está mudando a forma de ensino nas universidades dos Estados Unidos. Uma reportagem do New York Times conta como os professores universitários estão enfrentando o problema dos alunos que recorrem ao chatbot para fazer suas redações.
A reportagem conta o caso ocorrido em fevereiro deste ano, quando o professor Antony Aumann, da Northern Michigan University, leu um texto de um aluno com parágrafos limpos, exemplos apropriados e argumentos rigorosos. Instantaneamente, um sinal de alarme disparou em sua cabeça. Aumann confrontou seu aluno para descobrir se ele havia escrito o ensaio. O aluno confessou ter usado o ChatGPT para redigir o trabalho escolar. Aumann ficou alarmado, e então decidiu mudar as aulas de redação para seus cursos neste semestre. Ele passou a exigir que os estudantes escrevam os primeiros rascunhos na sala de aula, usando navegadores que monitoram e restringem a atividade do computador. Nos rascunhos subsequentes, os alunos terão que explicar cada correção. O professor também planeja integrar o ChatGPT às aulas, onde pedirá aos alunos que avaliem as respostas do chatbot.
“Nas aulas, a dinâmica não será mais assim: ‘Aqui estão algumas perguntas e vamos falar sobre isso entre nós como seres humanos'”, disse ele. Agora, será assim: ‘O que esse robô alienígena pensa também?”
Em todo o país, professores universitários, chefes de departamento e administradores estão começando a reformar as aulas em resposta ao ChatGPT, o que poderia causar uma enorme mudança no ensino e na aprendizagem, segundo o NYT. Alguns professores estão redesenhando completamente seus cursos, fazendo mudanças como mais exames orais, trabalho em grupo e avaliações manuscritas em vez de digitadas." (Texto adaptado. Disponível em: https://oespecialista.com.br/chatgpt-educacao/).
“A chegada do ChatGPT, o aplicativo que redige textos e explica conceitos em frases simples, está mudando a forma de ensino nas universidades dos Estados Unidos.” Assinale a alternativa que classifica a função sintática da afirmação que está entre vírgulas no excerto.
Alternativas
Q2235314 Português
Leia o texto para responder a questão.

“ChatGPT usado por estudantes causa polêmica e muda métodos de ensino de redação A chegada do
ChatGPT, o aplicativo que redige textos e explica conceitos em frases simples, está mudando a forma de ensino nas universidades dos Estados Unidos. Uma reportagem do New York Times conta como os professores universitários estão enfrentando o problema dos alunos que recorrem ao chatbot para fazer suas redações.
A reportagem conta o caso ocorrido em fevereiro deste ano, quando o professor Antony Aumann, da Northern Michigan University, leu um texto de um aluno com parágrafos limpos, exemplos apropriados e argumentos rigorosos. Instantaneamente, um sinal de alarme disparou em sua cabeça. Aumann confrontou seu aluno para descobrir se ele havia escrito o ensaio. O aluno confessou ter usado o ChatGPT para redigir o trabalho escolar. Aumann ficou alarmado, e então decidiu mudar as aulas de redação para seus cursos neste semestre. Ele passou a exigir que os estudantes escrevam os primeiros rascunhos na sala de aula, usando navegadores que monitoram e restringem a atividade do computador. Nos rascunhos subsequentes, os alunos terão que explicar cada correção. O professor também planeja integrar o ChatGPT às aulas, onde pedirá aos alunos que avaliem as respostas do chatbot.
“Nas aulas, a dinâmica não será mais assim: ‘Aqui estão algumas perguntas e vamos falar sobre isso entre nós como seres humanos'”, disse ele. Agora, será assim: ‘O que esse robô alienígena pensa também?”
Em todo o país, professores universitários, chefes de departamento e administradores estão começando a reformar as aulas em resposta ao ChatGPT, o que poderia causar uma enorme mudança no ensino e na aprendizagem, segundo o NYT. Alguns professores estão redesenhando completamente seus cursos, fazendo mudanças como mais exames orais, trabalho em grupo e avaliações manuscritas em vez de digitadas." (Texto adaptado. Disponível em: https://oespecialista.com.br/chatgpt-educacao/).
Assinale a alternativa em que a palavra destacada exerce a função de predicativo. 
Alternativas
Q2235193 Português
Considere as seguintes sentenças:
I. Ele se pronunciou sobre o caso. II. Não sabia dizer se estava certo ou errado. III. O projeto terá sucesso, se todos fizerem a sua parte.
A palavra “se” atua como conjunção subordinativa apenas na(s) sentença(s):
Alternativas
Q2235014 Português
A misteriosa caverna britânica com desenhos que intrigam historiadores há 3 séculos

O administrador da caverna, Nicky Paton, indicou para mim as figuras, uma a uma. “Aquela é Santa Catarina, na roda de execução. […] “E aquele é São Lourenço. Ele foi queimado até a morte sobre uma grelha.” Em meio a essas aterradoras cenas cristãs, havia também imagens pagãs - um grande cavalo entalhado e um símbolo de fertilidade conhecido como sheela na gig - uma mulher com órgãos sexuais exagerados. Outra imagem retratava uma pessoa segurando um crânio na mão direita e uma vela na esquerda, teoricamente representando uma cerimônia de iniciação. […] E, para tornar os entalhes ainda mais assustadores, havia sua execução rudimentar, quase infantil. Imagine qual terá sido a surpresa das pessoas que redescobriram por acaso a caverna de Royston, no verão de 1742. Escavando as fundações para uma nova bancada no mercado de manteiga da cidade, um trabalhador encontrou uma pedra de moinho enterrada e descobriu que ela escondia a entrada de um poço profundo na terra. Como ainda não havia normas de saúde e segurança, um garoto que passava recebeu rapidamente uma vela e foi baixado ao poço em uma corda para investigar. […] O que se descobriu no poço foi menos lucrativo, mas muito mais misterioso: uma xícara quebrada e algumas joias, um crânio, ossos humanos e paredes gravadas, de cima a baixo, com estranhas figuras sem expressão facial. Três séculos depois, a caverna de Royston continua sendo um dos lugares mais misteriosos do Reino Unido. Cada vez surgem mais teorias sobre o seu propósito, sem sequer chegar perto de uma resposta.

O mistério das origens

“O que torna a caverna tão curiosa para os visitantes e historiadores é que ela ainda é um enigma” […] afirma Paton. “Principalmente porque não existe documentação sobre a sua existência antes daquela descoberta acidental. […] Mas existem muitas teorias. Pessoas com tendências esotéricas afirmam que a caverna fica na interseção de duas linhas de ley - caminhos antigos que, segundo se acredita, conectam lugares com poder espiritual. Uma dessas linhas, a chamada Linha de Michael, também atravessa os círculos de pedra de Stonehenge e Avebury. O que se pode verificar com mais facilidade é que a caverna fica exatamente abaixo do entroncamento de duas estradas antigas muito importantes. […] Hoje, uma grande lápide é tudo o que resta de uma cruz que ficava na junção das duas estradas. […] O antiquário William Stukeley […] escreveu um estudo inicial sobre o seu propósito. Ele observou que essas cruzes [...] tinham dois propósitos naquela era de alta religiosidade e baixos índices de alfabetização: “relembrar as pessoas de fazer suas orações e guiá-las para o caminho a que elas queriam ir”. As pessoas religiosas, segundo ele, construíam “celas e grutas em rochas, cavernas e ao lado das estradas” […]. Existe na caverna um grande entalhe ilustrando São Cristóvão, o santo padroeiro dos viajantes, o que dá credibilidade à teoria de que a caverna servia a este tipo de função. Mas a teoria que capturou a imaginação do público, mais do que qualquer outra, é que a caverna de Royston foi um esconderijo subterrâneo dos cavaleiros templários - […] ordem de monges guerreiros que acumulou vasta riqueza e influência em toda a Europa, até ser violentamente eliminada em 1307. Os templários fundaram a cidade próxima de Baldock nos anos 1140 e existem documentos que comprovam que eles faziam comércio semanalmente no mercado de manteiga de Royston entre 1149 e 1254. A historiadora local Sylvia Beamon acredita que [...] “Uma capela templária provavelmente se tornou uma necessidade maior do que qualquer outra coisa […] “Ela fornecia um refúgio noturno para os comerciantes templários e... um armazém para os produtos do mercado.”

Como datar as gravuras?

Beamon interpreta o formato circular da caverna como referência à Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e sugeriu que os entalhes contêm símbolos da arte templária […]. Embora se acredite que a caverna tenha sido pintada com cores brilhantes, muito pouco pigmento ainda permanece […]. Não existe outro material orgânico na caverna que possa ser datado. Os restos humanos […] foram perdidos há muito tempo. De forma que a maneira mais confiável de datar os entalhes é um exame estilístico, que foi conduzido em 2012 pelo Museu Real de Armas de Leeds, no Reino Unido. A análise concluiu que as roupas curtas dos homens e os penteados e chapéus das mulheres indicam uma época entre 1360 e 1390 e a imagem de São Cristóvão foi datada da mesma época. O relatório concluiu ser improvável que algum dos entalhes tenha sido feito antes de cerca de 1350 - um século depois da atividade dos templários em Royston […]. Além disso, os entalhes apresentam iconografia cristã, sem o simbolismo tipicamente associado aos templários […]. Os cavaleiros templários eram conhecidos pela construção de igrejas redondas, mas a forma circular da caverna não é necessariamente uma ligação com os templários. […] Nem a presença de símbolos pagãos, como a sheela na gig, é tão misteriosa. A mesma imagem aparece em igrejas medievais no Reino Unido e no continente europeu. Então, por que essa suposta conexão com os templários? [...] “O risco é que as pessoas tenham tentado contar histórias desde o primeiro dia” […] afirma Tobit Curteis, responsável pela conservação da caverna. [...] A professora Helen Nicholson, historiadora medieval […] concorda. “As pessoas na Inglaterra são fascinadas pelos templários desde que eles foram proibidos, no século 14”, afirma ela. Os julgamentos dos templários incluíram acusações de que eles conduziam cerimônias ocultas em lugares secretos subterrâneos. “Na verdade, são histórias de terror góticas”, segundo Nicholson. [...]

'Incrivelmente especial'

O fascínio real da caverna, segundo Curteis, é sua sobrevivência e redescoberta. “Nós perdemos 99% das outras obras de arte daquele período, de forma que a caverna é incrivelmente especial”, afirma ele. [...] Alguém, provavelmente em meados ou no final dos anos 1300, fez aquelas inscrições e a mais impressionante delas - a figura que segura um crânio em uma mão e uma vela na outra - permanece sem explicação. Poderíamos facilmente reduzi-la a um grafite mistificador acrescentado pouco depois da descoberta da caverna para atrair turistas, não fosse pela forma como ela se harmoniza com o crânio humano, a cerâmica cerimonial e as joias também encontradas no local. Em uma era em que a maioria dos mistérios é resolvida, a caverna de Royston continua a trazer mais perguntas do que respostas. Isso inclui a questão mais fascinante de todas: o que mais permanece abaixo dos nossos pés, esperando para ser encontrado?

BBC News
Assinale a alternativa que apresenta a conjunção que expressa valor adversativo.
Alternativas
Q2235009 Português
A misteriosa caverna britânica com desenhos que intrigam historiadores há 3 séculos

O administrador da caverna, Nicky Paton, indicou para mim as figuras, uma a uma. “Aquela é Santa Catarina, na roda de execução. […] “E aquele é São Lourenço. Ele foi queimado até a morte sobre uma grelha.” Em meio a essas aterradoras cenas cristãs, havia também imagens pagãs - um grande cavalo entalhado e um símbolo de fertilidade conhecido como sheela na gig - uma mulher com órgãos sexuais exagerados. Outra imagem retratava uma pessoa segurando um crânio na mão direita e uma vela na esquerda, teoricamente representando uma cerimônia de iniciação. […] E, para tornar os entalhes ainda mais assustadores, havia sua execução rudimentar, quase infantil. Imagine qual terá sido a surpresa das pessoas que redescobriram por acaso a caverna de Royston, no verão de 1742. Escavando as fundações para uma nova bancada no mercado de manteiga da cidade, um trabalhador encontrou uma pedra de moinho enterrada e descobriu que ela escondia a entrada de um poço profundo na terra. Como ainda não havia normas de saúde e segurança, um garoto que passava recebeu rapidamente uma vela e foi baixado ao poço em uma corda para investigar. […] O que se descobriu no poço foi menos lucrativo, mas muito mais misterioso: uma xícara quebrada e algumas joias, um crânio, ossos humanos e paredes gravadas, de cima a baixo, com estranhas figuras sem expressão facial. Três séculos depois, a caverna de Royston continua sendo um dos lugares mais misteriosos do Reino Unido. Cada vez surgem mais teorias sobre o seu propósito, sem sequer chegar perto de uma resposta.

O mistério das origens

“O que torna a caverna tão curiosa para os visitantes e historiadores é que ela ainda é um enigma” […] afirma Paton. “Principalmente porque não existe documentação sobre a sua existência antes daquela descoberta acidental. […] Mas existem muitas teorias. Pessoas com tendências esotéricas afirmam que a caverna fica na interseção de duas linhas de ley - caminhos antigos que, segundo se acredita, conectam lugares com poder espiritual. Uma dessas linhas, a chamada Linha de Michael, também atravessa os círculos de pedra de Stonehenge e Avebury. O que se pode verificar com mais facilidade é que a caverna fica exatamente abaixo do entroncamento de duas estradas antigas muito importantes. […] Hoje, uma grande lápide é tudo o que resta de uma cruz que ficava na junção das duas estradas. […] O antiquário William Stukeley […] escreveu um estudo inicial sobre o seu propósito. Ele observou que essas cruzes [...] tinham dois propósitos naquela era de alta religiosidade e baixos índices de alfabetização: “relembrar as pessoas de fazer suas orações e guiá-las para o caminho a que elas queriam ir”. As pessoas religiosas, segundo ele, construíam “celas e grutas em rochas, cavernas e ao lado das estradas” […]. Existe na caverna um grande entalhe ilustrando São Cristóvão, o santo padroeiro dos viajantes, o que dá credibilidade à teoria de que a caverna servia a este tipo de função. Mas a teoria que capturou a imaginação do público, mais do que qualquer outra, é que a caverna de Royston foi um esconderijo subterrâneo dos cavaleiros templários - […] ordem de monges guerreiros que acumulou vasta riqueza e influência em toda a Europa, até ser violentamente eliminada em 1307. Os templários fundaram a cidade próxima de Baldock nos anos 1140 e existem documentos que comprovam que eles faziam comércio semanalmente no mercado de manteiga de Royston entre 1149 e 1254. A historiadora local Sylvia Beamon acredita que [...] “Uma capela templária provavelmente se tornou uma necessidade maior do que qualquer outra coisa […] “Ela fornecia um refúgio noturno para os comerciantes templários e... um armazém para os produtos do mercado.”

Como datar as gravuras?

Beamon interpreta o formato circular da caverna como referência à Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e sugeriu que os entalhes contêm símbolos da arte templária […]. Embora se acredite que a caverna tenha sido pintada com cores brilhantes, muito pouco pigmento ainda permanece […]. Não existe outro material orgânico na caverna que possa ser datado. Os restos humanos […] foram perdidos há muito tempo. De forma que a maneira mais confiável de datar os entalhes é um exame estilístico, que foi conduzido em 2012 pelo Museu Real de Armas de Leeds, no Reino Unido. A análise concluiu que as roupas curtas dos homens e os penteados e chapéus das mulheres indicam uma época entre 1360 e 1390 e a imagem de São Cristóvão foi datada da mesma época. O relatório concluiu ser improvável que algum dos entalhes tenha sido feito antes de cerca de 1350 - um século depois da atividade dos templários em Royston […]. Além disso, os entalhes apresentam iconografia cristã, sem o simbolismo tipicamente associado aos templários […]. Os cavaleiros templários eram conhecidos pela construção de igrejas redondas, mas a forma circular da caverna não é necessariamente uma ligação com os templários. […] Nem a presença de símbolos pagãos, como a sheela na gig, é tão misteriosa. A mesma imagem aparece em igrejas medievais no Reino Unido e no continente europeu. Então, por que essa suposta conexão com os templários? [...] “O risco é que as pessoas tenham tentado contar histórias desde o primeiro dia” […] afirma Tobit Curteis, responsável pela conservação da caverna. [...] A professora Helen Nicholson, historiadora medieval […] concorda. “As pessoas na Inglaterra são fascinadas pelos templários desde que eles foram proibidos, no século 14”, afirma ela. Os julgamentos dos templários incluíram acusações de que eles conduziam cerimônias ocultas em lugares secretos subterrâneos. “Na verdade, são histórias de terror góticas”, segundo Nicholson. [...]

'Incrivelmente especial'

O fascínio real da caverna, segundo Curteis, é sua sobrevivência e redescoberta. “Nós perdemos 99% das outras obras de arte daquele período, de forma que a caverna é incrivelmente especial”, afirma ele. [...] Alguém, provavelmente em meados ou no final dos anos 1300, fez aquelas inscrições e a mais impressionante delas - a figura que segura um crânio em uma mão e uma vela na outra - permanece sem explicação. Poderíamos facilmente reduzi-la a um grafite mistificador acrescentado pouco depois da descoberta da caverna para atrair turistas, não fosse pela forma como ela se harmoniza com o crânio humano, a cerâmica cerimonial e as joias também encontradas no local. Em uma era em que a maioria dos mistérios é resolvida, a caverna de Royston continua a trazer mais perguntas do que respostas. Isso inclui a questão mais fascinante de todas: o que mais permanece abaixo dos nossos pés, esperando para ser encontrado?

BBC News

Considere o seguinte excerto:

I. “Na verdade, são histórias de terror góticas”

Em relação à regência nominal, assinale a alternativa que apresenta o termo regente e seu respectivo termo regido na sentença dada. 

Alternativas
Q2234897 Português
     O papel fundante da memória dos mortos para o desenvolvimento da cultura teve algo de acidental, pois o mecanismo poderoso de propagação dos hábitos, das ideias e dos comportamentos dos ancestrais foi o afeto. A lembrança de quem partiu, bem visível nos chimpanzés, que se enlutam quando perdem um ente querido, tornou-se uma marca indelével de nossa espécie. Isso não aconteceu sem contradições, é claro. Com o amor pelos mortos surgiu também o medo deles. Do Egito a Papua-Nova Guiné, em distintos momentos e lugares, floresceram rituais para neutralizar, apaziguar e satisfazer aos espíritos desencarnados. Na Inglaterra medieval, temiam-se tanto os mortos que cadáveres eram mutilados e queimados para se garantir sua permanência nas covas. Entre os Yanomami, a queima dos pertences é uma parte essencial dos rituais fúnebres. A Igreja Católica até hoje considera que os restos mortais dos santos são valiosas relíquias religiosas.
      A propagação dos memes de entidades espirituais foi, portanto, impulsionada pelos afetos positivos e negativos em relação aos mortos. Foi a memória das técnicas e dos conhecimentos carregados pelos avós e pais falecidos que transformou esse processo em algo adaptativo, um verdadeiro círculo virtuoso simbólico. Não é exagero dizer que o motor essencial da nossa explosão cultural foi a saudade dos mortos. A crença na autoridade divina para orientar decisões humanas levou a um acúmulo acelerado de conhecimentos empíricos sobre o mundo, sob a forma de preceitos, mitos, dogmas, rituais e práticas. Ainda que apoiada em coincidências e superstições de todo tipo, essa crença foi o embrião de nossa racionalidade. Causas e efeitos foram sendo aprendidos pela corroboração ou não da eficácia dos símbolos religiosos. 

Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história da ciência e do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 325 (com adaptações).
A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue. 
O segmento “Com o amor pelos mortos” (quarto período do primeiro parágrafo) exprime uma causa.
Alternativas
Q2234886 Português
        Quando se fala em palhaço, duas imagens costumam vir logo à cabeça. Palhaço, infelizmente, é aquele de quem muitos têm medo. Ele pega alguém da plateia para ridicularizar, faz grosserias, piadas inconvenientes. Crianças têm medo de palhaços. Filmes de terror exploram impiedosamente nossas fantasias infantis sobre tal figura. Esses palhaços malvados existem em nosso imaginário e, felizmente, são a minoria na realidade. Neste exato instante em que você lê estas palavras, milhares de palhaços em todo o mundo estão em hospitais, campos de batalha, campos de refugiados, escutando pessoas, relacionando-se verdadeiramente com elas, buscando, por meio do afeto e do humor, amenizar a dor daqueles que estão passando por situações trágicas e delicadas. Dessa imagem inferimos por que a comédia é uma espécie de tratamento para a tragédia. Um tratamento que não nega nem destitui a existência do pior, mas que faz com ele uma espécie de inversão de sentido. Assim, introduzimos que o horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição insensata sempre. O palhaço é um realista, mas não um pessimista. Ele mostra a realidade exagerando as deformações que criamos sobre ela. Primeira lição a tirar disso para a arte da escuta: escutar o outro é escutar o que realmente ele diz, e não o que a gente ou ele mesmo gostaria de ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável, adequado ou confortável sentir. Escutar o que realmente está sendo dito e pensado, e não o que nós ou ele deveríamos pensar e dizer. 

Christian Dunker e Cláudio Thebas.
O palhaço e o psicanalista: como escutar os outros pode transformar vidas.
São Paulo: Planeta do Brasil, 2019, p. 30-1 (com adaptações). 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir. 
No trecho “o horizonte do que o palhaço escuta é a tragédia da vida, a sua realidade mais extensa de miséria e impotência, de pequenez e arrogância, de pobreza e desencontro, que se mostra como uma repetição insensata” (décimo período), a substituição de “se mostra” por mostra-se comprometeria a correção gramatical do trecho. 
Alternativas
Q2234813 Português
Qual das alternativas apresenta corretamente uma oração coordenada explicativa?
Alternativas
Q2234812 Português
Qual das alternativas apresenta corretamente a concordância verbal?
Alternativas
Q2234682 Português
Identifique a função sintática desempenhada pelo termo "o livro" na seguinte oração: "O aluno entregou o livro ao professor".
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Músico |
Q2234572 Português
Texto CB3A1-I

     Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico, tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
     A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais, uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
     Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
     Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais eram monitoradas.
      Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá, concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo, responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa, escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o hormônio do bem-estar). 
    Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha sonora.
    Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de 65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e depressão.  

Internet: <exame.com> (com adaptações). 
Considerando aspectos linguísticos do texto CB3A1-I, julgue o seguinte item. 
No segundo período do segundo parágrafo, a oração “como a maior parte das distrações é causada pela audição” expressa, em relação à oração subsequente, circunstância de comparação. 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Músico |
Q2234571 Português
Texto CB3A1-I

     Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico, tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
     A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais, uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
     Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
     Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais eram monitoradas.
      Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá, concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo, responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa, escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o hormônio do bem-estar). 
    Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha sonora.
    Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de 65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e depressão.  

Internet: <exame.com> (com adaptações). 

Considerando aspectos linguísticos do texto CB3A1-I, julgue o seguinte item. 


No segundo período do segundo parágrafo, os segmentos “a capacidade humana” e “de focar em algo” complementam o sentido do verbo “potencializar”.

Alternativas
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Músico |
Q2234568 Português
Texto CB3A1-I

     Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico, tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
     A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais, uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
     Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
     Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais eram monitoradas.
      Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá, concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo, responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa, escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o hormônio do bem-estar). 
    Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha sonora.
    Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de 65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e depressão.  

Internet: <exame.com> (com adaptações). 
No que diz respeito a aspectos gramaticais do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
No primeiro período do segundo parágrafo, a forma verbal “escuta”, na terceira pessoa do singular, estabelece concordância com o termo “quem”, que funciona como sujeito da oração “de quem as escuta”. 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - FUB - Músico |
Q2234567 Português
Texto CB3A1-I

     Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas, uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico, tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
     A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais, uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
     Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
     Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais eram monitoradas.
      Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá, concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo, responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa, escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o hormônio do bem-estar). 
    Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha sonora.
    Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de 65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e depressão.  

Internet: <exame.com> (com adaptações). 
No que diz respeito a aspectos gramaticais do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
No primeiro parágrafo, o emprego do acento indicativo de crase no vocábulo “à”, em “à saúde”, justifica-se pela regência do verbo “tornar” e pela anteposição de artigo definido feminino ao substantivo “saúde”. 
Alternativas
Q2234198 Português
Analise as afirmativas a respeito da sintaxe do seguinte trecho:
“Tanto tecnologia quanto a ciência sempre proporcionaram vantagens individuais significativas na hora da resolução de certos problemas. Porém, a unificação de ambas está sendo capaz de proporcionar vantagens coletivas para a população em geral, como é o caso do crescimento da economia do país.”
I - São adjuntos adverbiais: sempre, em geral. II - Não possuem função sintática: tanto... quanto, porém. III - São complementos verbais: vantagens individuais, vantagens coletivas.
Assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q2234038 Português
Assinale a alternativa em que o trecho destacado é um vocativo.
Alternativas
Q2233859 Português
Identifique o tipo de sujeito presente na frase: "As crianças brincavam no parque." 
Alternativas
Q2233657 Português

Novas vias para explorar o espaço


O lançamento, em abril, de um satélite de 12 quilos (kg), pouco maior do que uma caixa de sapatos, representou um marco para a indústria espacial brasileira. Concebido pela Visiona Tecnologia Espacial, joint venture da Embraer Defesa e Segurança e da Telebras, o VCUB1 é o primeiro nanossatélite de alto desempenho projetado e desenvolvido no país. Também é uma iniciativa pioneira de aplicação comercial - até então, projetos nacionais desse tipo eram de uso científico ou educacional. A expectativa da empresa é validar o software embarcado e usar as informações coletadas para complementar e aperfeiçoar serviços de sensoriamento remoto e telecomunicações que ela oferece a seus clientes, hoje baseados em satélites de terceiros.


O dispositivo custou mais de R$ 30 milhões, dos quais R$ 2,9 milhões foram investidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii). Conta com uma câmera reflexiva de observação - a primeira do tipo desenvolvida no Brasil - com um sistema óptico formado por três espelhos, capaz de coletar imagens da superfície terrestre com resolução espacial de 3,5 metros. Ou seja, se fosse instalada em Campinas, seria capaz de fotografar um caminhão nas ruas do Rio de Janeiro. O equipamento foi desenvolvido pela Opto Space & Defense e Equatorial Sistemas, com apoio da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).


O nanossatélite deverá cruzar o território brasileiro várias vezes por dia, coletando imagens e dados de uso meteorológico e de apoio a atividades do setor agrícola, como o monitoramento de lavouras em locais afastados e a identificação de áreas de baixa produtividade. Eventualmente, poderá auxiliar na prevenção de desastres naturais, atividades de monitoramento ambiental ou atender a outros usos, ligados à área de segurança e cidades inteligentes. O principal objetivo da Visiona, no entanto, é validar a tecnologia para lançar satélites maiores e mais complexos. "Para isso, precisávamos de uma arquitetura que fosse escalável e um software embarcado confiável", diz João Paulo Campos, presidente da empresa.


O equipamento possui um sistema de gerenciamento de dados de bordo, responsável pelo controle de outros subsistemas e da interface com o solo. Tem também um sistema de comunicação e controle de atitude e órbita, que permite apontar com maior precisão a câmera para o local onde se deseja coletar imagens ou direcionar seus painéis solares para o Sol, de modo a ampliar a geração da energia que o alimenta. "Essa é uma tecnologia estratégica, que ainda não era dominada pelo Brasil", destaca Campos. "O VCUB1, nesse sentido, coloca o país em um grupo de nações que dominam todo o processo de desenvolvimento de satélites", completa.


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) participou do esforço conjunto de desenvolvimento, ajudando a definir as cores que o satélite iria enxergar - foi escolhida a banda red edge, mais apropriada para o monitoramento de lavouras. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apoiou a concepção do projeto com sua expertise em engenharia de sistemas, montagem, integração e testes do satélite. Já o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE), em Florianópolis, foi responsável pela construção e pelos testes da estação de terra e dos softwares que fazem a integração do computador de bordo com os componentes embarcados, com financiamento da Embrapii.


O ISI-SE também está envolvido em outro programa, o Constelação Catarina, criado em maio de 2021 pela Agência Espacial Brasileira (AEB). A iniciativa pretende colocar em órbita 13 nanossatélites nos próximos anos. Dois deles estão em desenvolvimento. Um no ISI-SE, o outro, na Universidade Federal de Santa Catarina. "A ideia é que eles formem uma rede e trabalhem de forma orquestrada na coleta de informações agrícolas e meteorológicas", explica Augusto De Conto, gerente responsável pelo projeto. "Se tudo der certo, nosso nanossatélite será lançado em 2024", diz.


Retirado e adaptado de: ANDRADE, Rodrigo de Oliveira. Novas vias para explorar o espaço. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/novas-vias-para-explorar-o-espaco/ Acesso em: 26 de jun., 2023.

Analise o seguinte trecho, retirado de "Novas vias para explorar o espaço":
O lançamento, em abril, de um satélite de 12 quilos (kg), pouco maior do que uma caixa de sapatos, representou um marco para a indústria espacial brasileira.
Agora, analise as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiras, e F, para falsas: (__)O trecho trata-se de um período composto. (__)O trecho apresenta um aposto. (__)Há, pelo menos, um adjunto adverbial no trecho. (__)O segmento "um marco para a indústria espacial brasileira" exerce a função de objeto indireto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
Alternativas
Q2233581 Português

O que sabemos sobre as profundezas do oceano


Embora as pessoas explorem a superfície do oceano há dezenas de milhares de anos, apenas cerca de 20% do fundo do mar foi mapeado, de acordo com dados de 2022 da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, em inglês), dos Estados Unidos.


Os pesquisadores costumam dizer que viajar para o espaço é mais fácil do que mergulhar no fundo do oceano. Enquanto 12 astronautas passaram um total coletivo de 300 horas na superfície lunar, apenas três pessoas passaram cerca de três horas explorando o Challenger Deep , o ponto mais profundo conhecido do fundo do mar da Terra, de acordo com a Woods Hole Oceanographic Institution.


Na verdade, "temos melhores mapas da Lua e de Marte do que do nosso próprio planeta", disse o pesquisador Gene Feldman, oceanógrafo emérito da Nasa que passou mais de 30 anos na agência espacial.


Há uma razão pela qual a exploração do mar profundo por humanos tem sido tão limitada: viajar para as profundezas do oceano significa entrar em um reino com níveis enormes de pressão quanto mais você desce - um empreendimento de alto risco. O ambiente é escuro com quase nenhuma visibilidade. As temperaturas frias são extremas.


O que está no fundo do oceano


Enquanto o que é considerado o oceano profundo se estende de 1.000 metros a 6.000 metros abaixo da superfície, as trincheiras do fundo do mar podem chegar a 11.000 metros, de acordo com a Woods Hole Oceanographic Institution . Essa região , chamada de zona hadal ou hadopelágica, recebeu o nome de Hades, o deus grego do submundo. Na zona hadal, as temperaturas estão um pouco acima de zero e nenhuma luz do sol alcança.


Os cientistas conseguiram provar pela primeira vez que existia vida abaixo de 7 mil metros em 1948, de acordo com a instituição. As descobertas no Challenger Deep foram notáveis, incluindo afloramentos rochosos "vibrantemente coloridos" que podem ser depósitos químicos, anfípodes supergigantes semelhantes a camarões e holoturianos ou pepinos-do-mar que vivem no fundo.


Feldman também se lembra de sua própria tentativa na década de 1990 de vislumbrar a evasiva lula gigante, que se esconde nas profundezas escuras do oceano. O primeiro vídeo de uma criatura viva, que pode chegar a quase 18 metros de comprimento, foi capturado no fundo do mar perto do Japão em 2012, de acordo com a NOAA.


Um novo mundo também se abriu na década de 1970, disse Feldman, quando "um ecossistema totalmente alienígena" foi descoberto pelo geólogo marinho Robert Ballard, então com a Woods Hole Oceanographic Institution , dentro do mar perto do Rift de Galápagos - "com esses vermes gigantes, gigantes amêijoas, caranguejos e coisas que viviam nessas... aberturas no fundo do mar."


As criaturas incomuns - algumas das quais brilham com bioluminescência para se comunicar, atraem presas e atraem parceiros - esculpiram habitats dentro das paredes íngremes das fossas oceânicas. Essas formas de vida se adaptaram para viver em ambientes extremos e não existem em nenhum outro lugar do planeta. Em vez de depender da luz solar para processos fundamentais, elas usam energia química expelida de vazamentos hidrotermais e aberturas formadas pelo magma que sobe do fundo do oceano.


A água fria do mar se infiltra pelas rachaduras do fundo do mar e se aquece a 400 graus Celsius ao interagir com as rochas aquecidas pelo magma. As reações químicas produzem minerais contendo enxofre e ferro, e as fontes expelem a água rica em nutrientes que sustenta o ecossistema de vida marinha incomum agrupada em torno delas.


Retirado e adaptado de: WATTLES, Jackie.; STRICKLAND, Ashley.; HUNT, Katie. O que sabemos sobre as profundezas do oceano - e por que é tão arriscado explorá-lo. CNN. Disponível em: nddezaassdoocea nooe--ppo-que--e-ao-arriscado-exploalo -sobre-as-profundezas-do-oceano-e-por-que-e-tao-arriscado-explora-lo/ Acesso em: 26 jun., 2023.

Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação, entre parênteses, da relação de sentido presente na sentença: 
Alternativas
Q2233513 Português
Está CORRETO o emprego dos elementos sublinhados em:
Alternativas
Respostas
1801: C
1802: E
1803: B
1804: A
1805: D
1806: E
1807: C
1808: B
1809: A
1810: D
1811: E
1812: E
1813: C
1814: E
1815: C
1816: D
1817: D
1818: A
1819: A
1820: E