Questões de Concurso Sobre sintaxe em português

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Q2688649 Português
“...relaxa os músculos e a mente... Os termos destacados têm a função sintática de
Alternativas
Q2688494 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


1 No primeiro dia de aula fui indagado por uma aluna: “Professor, até hoje ninguém conseguiu me explicar

2 o que é Filosofia?” Não era surpresa. Respondi que a resposta que ela estava buscando estava dentro dela mesma e

3 em nenhum outro lugar. “Mas como assim?” Voltou a indagar.

4 Observando outras aulas, como de física por exemplo, a professora falava da importância em estudar

5 aquele determinado conteúdo que certamente seria conteúdo de prova de vestibular. Percebi certo interesse e

6 atenção dos alunos, que estavam sendo provocados pelo desejo de passar no vestibular.

7 Em meio a tudo isso, surgiu o questionamento que certamente está presente constantemente nos alunos

8 de Ensino Médio: “Para que estudar Filosofia se não cai no vestibular?” Eles têm razão. Filosofia não cai no

9 vestibular assim como a matemática, o português, a história, a geografia e outras disciplinas.

10 Vamos avançando na reflexão. Será que Filosofia não aparece no vestibular? Por que então estudar essa

11 disciplina?

12 Na interpretação da questão de física, na produção da redação, na interpretação do texto de português, na

13 equação matemática, sempre há um toque de Filosofia.

14 Aquele que não consegue seguir o raciocínio lógico da matemática, por exemplo, não teve uma boa aula

15 de Filosofia.

16 Filosofia não se estuda com descobertas cientificas, frases, respostas prontas. A Filosofia não se limita às

17 verdades ligadas as condições humanas, ou a ciência, que por sua vez possuem limitações.

18 A sua preocupação está voltada a uma verdade maior, uma verdade que transcende os limites da razão

19 humana, à qual somos instigados a buscar constantemente. Essa busca e essa verdade não são finitas, por isso

20 enquanto o homem existir, e isso penso ser maravilhoso, ele vai estar sempre em busca dessa verdade maior.

21 A nossa vida não se limita ao 2+2=4, pois a verdade, o bem, o belo, não podem ser entendidos e

22 interpretados como simples equações matemáticas.

23 Eles exigem uma reflexão maior, convidando-nos a olharmos para nós mesmos, para o nosso íntimo, onde

24 se encontra a razão de nosso existir.

25 Quanto mais nos voltarmos para nós mesmos e nos remetermos ao transcendente, tanto mais teremos que

26 caminhar. Essa caminhada é infinita, vai abrindo os horizontes à medida que caminhamos.

27 É preciso estudar Filosofia para entendermos melhor a vida. Entender e compreender seu real e imenso

28 valor que possui em si.

29 Sem Filosofia nossa vida seria limitada a simples cálculos, o que nos tornaria calculistas, frios e sem vida.

30 A Filosofia abre os horizontes e nos guia para uma verdade que transcende todas as verdades da ciência. A verdade

31 de nossa existência, a força que nos move para uma busca infinita.

32 Parece ser difícil compreender Filosofia com tantos dizeres filosóficos e pensamentos. Porém a sua

33 compreensão exige essa busca.

34 Só entenderemos o sentido da Filosofia quando entendermos que não podemos somar ou subtrair,

35 multiplicar nem dividir nossa verdade, o bem, o belo, o amor, a existência. Os sentimentos podem ser expressados

36 nas mais diversas formas, mas nunca numa equação matemática, nem numa composição química ou física.

37 Nossas relações se tornam frias e calculistas porque na sociedade vive-se dessa maneira. Muitos dizem

38 que pensar é coisa de quem não tem o que fazer. Porém, a reflexão ajuda a compreender as coisas da forma como

39 nenhuma ciência ajuda a compreender.

40 Hoje, questões ligadas à vida, a ética, a moral, aos direitos humanos exigem muita reflexão, a qual a

41 filosofia ajuda, e sem a qual caímos no dogmatismo ou não compreendemos a vida na sua essência.

42 Aos poucos vamos percebendo melhor quanto a Filosofia faz parte da nossa vida. Muitos usam a Filosofia

43 sem nunca terem estudado algo especificamente ligado a ela. É difícil encontrar um termo para definir Filosofia,

44 porém, não podemos compreendê-la separada da nossa realidade, do nosso cotidiano, da nossa vida, pois ela é

45 intrínseca a nós. Não somos nós que escolhemos a Filosofia, mas é ela quem nos escolhe.

46 [...]

47 Deve haver um equilíbrio entre razão e emoção. Quando usamos só a razão nos tornamos insensíveis

48 diante de muitas realidades, mas, só o uso da emoção também não favorece nas escolhas.

49 Temos preguiça de pensar. Não usamos nossa capacidade de raciocínio e por isso, em tantos casos, nos

50 damos mal. A escola se preocupa muito com o decorar as coisas. Saber regras de cor, mas na vida é preciso refletir

51 diante de fatos, pois não podemos aplicar a tudo as mesmas respostas. A vida não é padronizada e quem a faz assim

52 sofre muito. Há opções a serem feitas; leis a serem cumpridas. Sem a reflexão seremos meros executores, sem

53 sabermos o porque de todas essas coisas.

54 [...]

55 Existem inúmeros exemplos a esse respeito. Numa relação de Amizade, por exemplo. Se não há um

56 conhecimento maior de ambas as partes, esse sentimento morre logo. Quando nos conhecemos melhor interiormente

57 e conhecemos também o outro, as dificuldades e dúvidas que aparecerão serão superadas e entendidas com maior

58 facilidade, pois sabemos que em cada pessoa há um bem maior e que pode, deve e precisa ser conhecido. Uma

59 amizade que fica só nas aparências é como uma casa construída sobre a areia. Na primeira tempestade, na primeira

60 ventania, desmorona. Cai por terra. Uma amizade alicerçada na verdade, no conhecimento interior do outro e de si,

61 as tempestades vindouras não terão forças suficientes para destruir. O que permanece é aquilo que está alicerçado

62 na razão e no coração ao mesmo tempo. O restante é passageiro e ilusório.

63 [...]

64 A Filosofia acontece no dia-a-dia da nossa vida, basta nos darmos conta disso. Filosofia é refletir sobre

65 as coisas que acontecem, são ditas e ouvidas. Não se limita apenas a perguntarmos POR QUÊ?, mas precisamos ir

66 mais adiante. Precisamos nos perguntar do nível de verdade daquilo que a TV apresenta. Aquilo que muitas revistas

67 trazem em suas páginas. Não podemos nos esquecer que eles têm seu ponto de vista e seus interesses, mas estes

68 não deveriam ocultar a verdade. A interpretação de uma notícia, seu posicionamento crítico e argumentação, é uma

69 forma de fazer Filosofia. Aceitar tal e qual tudo o que jornais, TV e revistas nos apresentam é uma forma de

70 ignorância. Precisamos ter cuidado. Isso não quer dizer que todos e em todas as ocasiões mentem, ou faltam com a

71 verdade. Porém, sempre, sem exceção precisamos nos perguntar pela verdade dos fatos.

72 Quantas vezes os repórteres são induzidos a manipularem notícias sobre determinados acontecimentos e

73 assuntos. Sempre que possível seria importante ler ou assistir mais de um jornal e depois fazer um paralelo entre

74 eles. Isso exige tempo e vontade. Podemos discutir com outras pessoas para ouvir seu ponto de vista que ajuda-nos

75 a abrir nossos horizontes. Quanto mais nos fechamos em nós mesmos, em nosso mundo individual, mais ignorantes

76 nos tornamos. A abertura, a experiência, o diálogo, a leitura, nos tornam pessoas abertas e conhecedoras da verdade.

77 Buscar sempre a verdade dos acontecimentos, dos fatos é uma atitude filosófica.

78 Se pararmos e pensarmos neste momento o quanto refletimos sobre tudo o que acontece, ouvimos e

79 vemos, nos daremos conta que nem sempre fazemos isso e não fazemos porque simplesmente não queremos, pois

80 todos nós podemos e sabemos.

81 [...]

82 Precisamos nos perguntar qual o nível de conhecimento que uma pessoa tem dos acontecimentos

83 históricos quando escreve novela, filme, minissérie. Será que aquilo é a verdade? Será que é a melhor forma de ver

84 o acontecimento?

85 Estes e outros inúmeros fatos fazem parte do nosso cotidiano.


(Hermes José Novakoski)


FONTE: http://www.profdoni.pro.br/home/index.php/menu-principal/filosofia-2/252-para-que-estudar-filosofia

Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal simples “conseguiu” (L.1), e a composta

Alternativas
Q2688487 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


1 No primeiro dia de aula fui indagado por uma aluna: “Professor, até hoje ninguém conseguiu me explicar

2 o que é Filosofia?” Não era surpresa. Respondi que a resposta que ela estava buscando estava dentro dela mesma e

3 em nenhum outro lugar. “Mas como assim?” Voltou a indagar.

4 Observando outras aulas, como de física por exemplo, a professora falava da importância em estudar

5 aquele determinado conteúdo que certamente seria conteúdo de prova de vestibular. Percebi certo interesse e

6 atenção dos alunos, que estavam sendo provocados pelo desejo de passar no vestibular.

7 Em meio a tudo isso, surgiu o questionamento que certamente está presente constantemente nos alunos

8 de Ensino Médio: “Para que estudar Filosofia se não cai no vestibular?” Eles têm razão. Filosofia não cai no

9 vestibular assim como a matemática, o português, a história, a geografia e outras disciplinas.

10 Vamos avançando na reflexão. Será que Filosofia não aparece no vestibular? Por que então estudar essa

11 disciplina?

12 Na interpretação da questão de física, na produção da redação, na interpretação do texto de português, na

13 equação matemática, sempre há um toque de Filosofia.

14 Aquele que não consegue seguir o raciocínio lógico da matemática, por exemplo, não teve uma boa aula

15 de Filosofia.

16 Filosofia não se estuda com descobertas cientificas, frases, respostas prontas. A Filosofia não se limita às

17 verdades ligadas as condições humanas, ou a ciência, que por sua vez possuem limitações.

18 A sua preocupação está voltada a uma verdade maior, uma verdade que transcende os limites da razão

19 humana, à qual somos instigados a buscar constantemente. Essa busca e essa verdade não são finitas, por isso

20 enquanto o homem existir, e isso penso ser maravilhoso, ele vai estar sempre em busca dessa verdade maior.

21 A nossa vida não se limita ao 2+2=4, pois a verdade, o bem, o belo, não podem ser entendidos e

22 interpretados como simples equações matemáticas.

23 Eles exigem uma reflexão maior, convidando-nos a olharmos para nós mesmos, para o nosso íntimo, onde

24 se encontra a razão de nosso existir.

25 Quanto mais nos voltarmos para nós mesmos e nos remetermos ao transcendente, tanto mais teremos que

26 caminhar. Essa caminhada é infinita, vai abrindo os horizontes à medida que caminhamos.

27 É preciso estudar Filosofia para entendermos melhor a vida. Entender e compreender seu real e imenso

28 valor que possui em si.

29 Sem Filosofia nossa vida seria limitada a simples cálculos, o que nos tornaria calculistas, frios e sem vida.

30 A Filosofia abre os horizontes e nos guia para uma verdade que transcende todas as verdades da ciência. A verdade

31 de nossa existência, a força que nos move para uma busca infinita.

32 Parece ser difícil compreender Filosofia com tantos dizeres filosóficos e pensamentos. Porém a sua

33 compreensão exige essa busca.

34 Só entenderemos o sentido da Filosofia quando entendermos que não podemos somar ou subtrair,

35 multiplicar nem dividir nossa verdade, o bem, o belo, o amor, a existência. Os sentimentos podem ser expressados

36 nas mais diversas formas, mas nunca numa equação matemática, nem numa composição química ou física.

37 Nossas relações se tornam frias e calculistas porque na sociedade vive-se dessa maneira. Muitos dizem

38 que pensar é coisa de quem não tem o que fazer. Porém, a reflexão ajuda a compreender as coisas da forma como

39 nenhuma ciência ajuda a compreender.

40 Hoje, questões ligadas à vida, a ética, a moral, aos direitos humanos exigem muita reflexão, a qual a

41 filosofia ajuda, e sem a qual caímos no dogmatismo ou não compreendemos a vida na sua essência.

42 Aos poucos vamos percebendo melhor quanto a Filosofia faz parte da nossa vida. Muitos usam a Filosofia

43 sem nunca terem estudado algo especificamente ligado a ela. É difícil encontrar um termo para definir Filosofia,

44 porém, não podemos compreendê-la separada da nossa realidade, do nosso cotidiano, da nossa vida, pois ela é

45 intrínseca a nós. Não somos nós que escolhemos a Filosofia, mas é ela quem nos escolhe.

46 [...]

47 Deve haver um equilíbrio entre razão e emoção. Quando usamos só a razão nos tornamos insensíveis

48 diante de muitas realidades, mas, só o uso da emoção também não favorece nas escolhas.

49 Temos preguiça de pensar. Não usamos nossa capacidade de raciocínio e por isso, em tantos casos, nos

50 damos mal. A escola se preocupa muito com o decorar as coisas. Saber regras de cor, mas na vida é preciso refletir

51 diante de fatos, pois não podemos aplicar a tudo as mesmas respostas. A vida não é padronizada e quem a faz assim

52 sofre muito. Há opções a serem feitas; leis a serem cumpridas. Sem a reflexão seremos meros executores, sem

53 sabermos o porque de todas essas coisas.

54 [...]

55 Existem inúmeros exemplos a esse respeito. Numa relação de Amizade, por exemplo. Se não há um

56 conhecimento maior de ambas as partes, esse sentimento morre logo. Quando nos conhecemos melhor interiormente

57 e conhecemos também o outro, as dificuldades e dúvidas que aparecerão serão superadas e entendidas com maior

58 facilidade, pois sabemos que em cada pessoa há um bem maior e que pode, deve e precisa ser conhecido. Uma

59 amizade que fica só nas aparências é como uma casa construída sobre a areia. Na primeira tempestade, na primeira

60 ventania, desmorona. Cai por terra. Uma amizade alicerçada na verdade, no conhecimento interior do outro e de si,

61 as tempestades vindouras não terão forças suficientes para destruir. O que permanece é aquilo que está alicerçado

62 na razão e no coração ao mesmo tempo. O restante é passageiro e ilusório.

63 [...]

64 A Filosofia acontece no dia-a-dia da nossa vida, basta nos darmos conta disso. Filosofia é refletir sobre

65 as coisas que acontecem, são ditas e ouvidas. Não se limita apenas a perguntarmos POR QUÊ?, mas precisamos ir

66 mais adiante. Precisamos nos perguntar do nível de verdade daquilo que a TV apresenta. Aquilo que muitas revistas

67 trazem em suas páginas. Não podemos nos esquecer que eles têm seu ponto de vista e seus interesses, mas estes

68 não deveriam ocultar a verdade. A interpretação de uma notícia, seu posicionamento crítico e argumentação, é uma

69 forma de fazer Filosofia. Aceitar tal e qual tudo o que jornais, TV e revistas nos apresentam é uma forma de

70 ignorância. Precisamos ter cuidado. Isso não quer dizer que todos e em todas as ocasiões mentem, ou faltam com a

71 verdade. Porém, sempre, sem exceção precisamos nos perguntar pela verdade dos fatos.

72 Quantas vezes os repórteres são induzidos a manipularem notícias sobre determinados acontecimentos e

73 assuntos. Sempre que possível seria importante ler ou assistir mais de um jornal e depois fazer um paralelo entre

74 eles. Isso exige tempo e vontade. Podemos discutir com outras pessoas para ouvir seu ponto de vista que ajuda-nos

75 a abrir nossos horizontes. Quanto mais nos fechamos em nós mesmos, em nosso mundo individual, mais ignorantes

76 nos tornamos. A abertura, a experiência, o diálogo, a leitura, nos tornam pessoas abertas e conhecedoras da verdade.

77 Buscar sempre a verdade dos acontecimentos, dos fatos é uma atitude filosófica.

78 Se pararmos e pensarmos neste momento o quanto refletimos sobre tudo o que acontece, ouvimos e

79 vemos, nos daremos conta que nem sempre fazemos isso e não fazemos porque simplesmente não queremos, pois

80 todos nós podemos e sabemos.

81 [...]

82 Precisamos nos perguntar qual o nível de conhecimento que uma pessoa tem dos acontecimentos

83 históricos quando escreve novela, filme, minissérie. Será que aquilo é a verdade? Será que é a melhor forma de ver

84 o acontecimento?

85 Estes e outros inúmeros fatos fazem parte do nosso cotidiano.


(Hermes José Novakoski)


FONTE: http://www.profdoni.pro.br/home/index.php/menu-principal/filosofia-2/252-para-que-estudar-filosofia

Exerce função predicativa a o termo na alternativa

Alternativas
Q2688486 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


1 No primeiro dia de aula fui indagado por uma aluna: “Professor, até hoje ninguém conseguiu me explicar

2 o que é Filosofia?” Não era surpresa. Respondi que a resposta que ela estava buscando estava dentro dela mesma e

3 em nenhum outro lugar. “Mas como assim?” Voltou a indagar.

4 Observando outras aulas, como de física por exemplo, a professora falava da importância em estudar

5 aquele determinado conteúdo que certamente seria conteúdo de prova de vestibular. Percebi certo interesse e

6 atenção dos alunos, que estavam sendo provocados pelo desejo de passar no vestibular.

7 Em meio a tudo isso, surgiu o questionamento que certamente está presente constantemente nos alunos

8 de Ensino Médio: “Para que estudar Filosofia se não cai no vestibular?” Eles têm razão. Filosofia não cai no

9 vestibular assim como a matemática, o português, a história, a geografia e outras disciplinas.

10 Vamos avançando na reflexão. Será que Filosofia não aparece no vestibular? Por que então estudar essa

11 disciplina?

12 Na interpretação da questão de física, na produção da redação, na interpretação do texto de português, na

13 equação matemática, sempre há um toque de Filosofia.

14 Aquele que não consegue seguir o raciocínio lógico da matemática, por exemplo, não teve uma boa aula

15 de Filosofia.

16 Filosofia não se estuda com descobertas cientificas, frases, respostas prontas. A Filosofia não se limita às

17 verdades ligadas as condições humanas, ou a ciência, que por sua vez possuem limitações.

18 A sua preocupação está voltada a uma verdade maior, uma verdade que transcende os limites da razão

19 humana, à qual somos instigados a buscar constantemente. Essa busca e essa verdade não são finitas, por isso

20 enquanto o homem existir, e isso penso ser maravilhoso, ele vai estar sempre em busca dessa verdade maior.

21 A nossa vida não se limita ao 2+2=4, pois a verdade, o bem, o belo, não podem ser entendidos e

22 interpretados como simples equações matemáticas.

23 Eles exigem uma reflexão maior, convidando-nos a olharmos para nós mesmos, para o nosso íntimo, onde

24 se encontra a razão de nosso existir.

25 Quanto mais nos voltarmos para nós mesmos e nos remetermos ao transcendente, tanto mais teremos que

26 caminhar. Essa caminhada é infinita, vai abrindo os horizontes à medida que caminhamos.

27 É preciso estudar Filosofia para entendermos melhor a vida. Entender e compreender seu real e imenso

28 valor que possui em si.

29 Sem Filosofia nossa vida seria limitada a simples cálculos, o que nos tornaria calculistas, frios e sem vida.

30 A Filosofia abre os horizontes e nos guia para uma verdade que transcende todas as verdades da ciência. A verdade

31 de nossa existência, a força que nos move para uma busca infinita.

32 Parece ser difícil compreender Filosofia com tantos dizeres filosóficos e pensamentos. Porém a sua

33 compreensão exige essa busca.

34 Só entenderemos o sentido da Filosofia quando entendermos que não podemos somar ou subtrair,

35 multiplicar nem dividir nossa verdade, o bem, o belo, o amor, a existência. Os sentimentos podem ser expressados

36 nas mais diversas formas, mas nunca numa equação matemática, nem numa composição química ou física.

37 Nossas relações se tornam frias e calculistas porque na sociedade vive-se dessa maneira. Muitos dizem

38 que pensar é coisa de quem não tem o que fazer. Porém, a reflexão ajuda a compreender as coisas da forma como

39 nenhuma ciência ajuda a compreender.

40 Hoje, questões ligadas à vida, a ética, a moral, aos direitos humanos exigem muita reflexão, a qual a

41 filosofia ajuda, e sem a qual caímos no dogmatismo ou não compreendemos a vida na sua essência.

42 Aos poucos vamos percebendo melhor quanto a Filosofia faz parte da nossa vida. Muitos usam a Filosofia

43 sem nunca terem estudado algo especificamente ligado a ela. É difícil encontrar um termo para definir Filosofia,

44 porém, não podemos compreendê-la separada da nossa realidade, do nosso cotidiano, da nossa vida, pois ela é

45 intrínseca a nós. Não somos nós que escolhemos a Filosofia, mas é ela quem nos escolhe.

46 [...]

47 Deve haver um equilíbrio entre razão e emoção. Quando usamos só a razão nos tornamos insensíveis

48 diante de muitas realidades, mas, só o uso da emoção também não favorece nas escolhas.

49 Temos preguiça de pensar. Não usamos nossa capacidade de raciocínio e por isso, em tantos casos, nos

50 damos mal. A escola se preocupa muito com o decorar as coisas. Saber regras de cor, mas na vida é preciso refletir

51 diante de fatos, pois não podemos aplicar a tudo as mesmas respostas. A vida não é padronizada e quem a faz assim

52 sofre muito. Há opções a serem feitas; leis a serem cumpridas. Sem a reflexão seremos meros executores, sem

53 sabermos o porque de todas essas coisas.

54 [...]

55 Existem inúmeros exemplos a esse respeito. Numa relação de Amizade, por exemplo. Se não há um

56 conhecimento maior de ambas as partes, esse sentimento morre logo. Quando nos conhecemos melhor interiormente

57 e conhecemos também o outro, as dificuldades e dúvidas que aparecerão serão superadas e entendidas com maior

58 facilidade, pois sabemos que em cada pessoa há um bem maior e que pode, deve e precisa ser conhecido. Uma

59 amizade que fica só nas aparências é como uma casa construída sobre a areia. Na primeira tempestade, na primeira

60 ventania, desmorona. Cai por terra. Uma amizade alicerçada na verdade, no conhecimento interior do outro e de si,

61 as tempestades vindouras não terão forças suficientes para destruir. O que permanece é aquilo que está alicerçado

62 na razão e no coração ao mesmo tempo. O restante é passageiro e ilusório.

63 [...]

64 A Filosofia acontece no dia-a-dia da nossa vida, basta nos darmos conta disso. Filosofia é refletir sobre

65 as coisas que acontecem, são ditas e ouvidas. Não se limita apenas a perguntarmos POR QUÊ?, mas precisamos ir

66 mais adiante. Precisamos nos perguntar do nível de verdade daquilo que a TV apresenta. Aquilo que muitas revistas

67 trazem em suas páginas. Não podemos nos esquecer que eles têm seu ponto de vista e seus interesses, mas estes

68 não deveriam ocultar a verdade. A interpretação de uma notícia, seu posicionamento crítico e argumentação, é uma

69 forma de fazer Filosofia. Aceitar tal e qual tudo o que jornais, TV e revistas nos apresentam é uma forma de

70 ignorância. Precisamos ter cuidado. Isso não quer dizer que todos e em todas as ocasiões mentem, ou faltam com a

71 verdade. Porém, sempre, sem exceção precisamos nos perguntar pela verdade dos fatos.

72 Quantas vezes os repórteres são induzidos a manipularem notícias sobre determinados acontecimentos e

73 assuntos. Sempre que possível seria importante ler ou assistir mais de um jornal e depois fazer um paralelo entre

74 eles. Isso exige tempo e vontade. Podemos discutir com outras pessoas para ouvir seu ponto de vista que ajuda-nos

75 a abrir nossos horizontes. Quanto mais nos fechamos em nós mesmos, em nosso mundo individual, mais ignorantes

76 nos tornamos. A abertura, a experiência, o diálogo, a leitura, nos tornam pessoas abertas e conhecedoras da verdade.

77 Buscar sempre a verdade dos acontecimentos, dos fatos é uma atitude filosófica.

78 Se pararmos e pensarmos neste momento o quanto refletimos sobre tudo o que acontece, ouvimos e

79 vemos, nos daremos conta que nem sempre fazemos isso e não fazemos porque simplesmente não queremos, pois

80 todos nós podemos e sabemos.

81 [...]

82 Precisamos nos perguntar qual o nível de conhecimento que uma pessoa tem dos acontecimentos

83 históricos quando escreve novela, filme, minissérie. Será que aquilo é a verdade? Será que é a melhor forma de ver

84 o acontecimento?

85 Estes e outros inúmeros fatos fazem parte do nosso cotidiano.


(Hermes José Novakoski)


FONTE: http://www.profdoni.pro.br/home/index.php/menu-principal/filosofia-2/252-para-que-estudar-filosofia

Exerce a mesma função sintática de “de vestibular” (L.5)

Alternativas
Q2688485 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


1 No primeiro dia de aula fui indagado por uma aluna: “Professor, até hoje ninguém conseguiu me explicar

2 o que é Filosofia?” Não era surpresa. Respondi que a resposta que ela estava buscando estava dentro dela mesma e

3 em nenhum outro lugar. “Mas como assim?” Voltou a indagar.

4 Observando outras aulas, como de física por exemplo, a professora falava da importância em estudar

5 aquele determinado conteúdo que certamente seria conteúdo de prova de vestibular. Percebi certo interesse e

6 atenção dos alunos, que estavam sendo provocados pelo desejo de passar no vestibular.

7 Em meio a tudo isso, surgiu o questionamento que certamente está presente constantemente nos alunos

8 de Ensino Médio: “Para que estudar Filosofia se não cai no vestibular?” Eles têm razão. Filosofia não cai no

9 vestibular assim como a matemática, o português, a história, a geografia e outras disciplinas.

10 Vamos avançando na reflexão. Será que Filosofia não aparece no vestibular? Por que então estudar essa

11 disciplina?

12 Na interpretação da questão de física, na produção da redação, na interpretação do texto de português, na

13 equação matemática, sempre há um toque de Filosofia.

14 Aquele que não consegue seguir o raciocínio lógico da matemática, por exemplo, não teve uma boa aula

15 de Filosofia.

16 Filosofia não se estuda com descobertas cientificas, frases, respostas prontas. A Filosofia não se limita às

17 verdades ligadas as condições humanas, ou a ciência, que por sua vez possuem limitações.

18 A sua preocupação está voltada a uma verdade maior, uma verdade que transcende os limites da razão

19 humana, à qual somos instigados a buscar constantemente. Essa busca e essa verdade não são finitas, por isso

20 enquanto o homem existir, e isso penso ser maravilhoso, ele vai estar sempre em busca dessa verdade maior.

21 A nossa vida não se limita ao 2+2=4, pois a verdade, o bem, o belo, não podem ser entendidos e

22 interpretados como simples equações matemáticas.

23 Eles exigem uma reflexão maior, convidando-nos a olharmos para nós mesmos, para o nosso íntimo, onde

24 se encontra a razão de nosso existir.

25 Quanto mais nos voltarmos para nós mesmos e nos remetermos ao transcendente, tanto mais teremos que

26 caminhar. Essa caminhada é infinita, vai abrindo os horizontes à medida que caminhamos.

27 É preciso estudar Filosofia para entendermos melhor a vida. Entender e compreender seu real e imenso

28 valor que possui em si.

29 Sem Filosofia nossa vida seria limitada a simples cálculos, o que nos tornaria calculistas, frios e sem vida.

30 A Filosofia abre os horizontes e nos guia para uma verdade que transcende todas as verdades da ciência. A verdade

31 de nossa existência, a força que nos move para uma busca infinita.

32 Parece ser difícil compreender Filosofia com tantos dizeres filosóficos e pensamentos. Porém a sua

33 compreensão exige essa busca.

34 Só entenderemos o sentido da Filosofia quando entendermos que não podemos somar ou subtrair,

35 multiplicar nem dividir nossa verdade, o bem, o belo, o amor, a existência. Os sentimentos podem ser expressados

36 nas mais diversas formas, mas nunca numa equação matemática, nem numa composição química ou física.

37 Nossas relações se tornam frias e calculistas porque na sociedade vive-se dessa maneira. Muitos dizem

38 que pensar é coisa de quem não tem o que fazer. Porém, a reflexão ajuda a compreender as coisas da forma como

39 nenhuma ciência ajuda a compreender.

40 Hoje, questões ligadas à vida, a ética, a moral, aos direitos humanos exigem muita reflexão, a qual a

41 filosofia ajuda, e sem a qual caímos no dogmatismo ou não compreendemos a vida na sua essência.

42 Aos poucos vamos percebendo melhor quanto a Filosofia faz parte da nossa vida. Muitos usam a Filosofia

43 sem nunca terem estudado algo especificamente ligado a ela. É difícil encontrar um termo para definir Filosofia,

44 porém, não podemos compreendê-la separada da nossa realidade, do nosso cotidiano, da nossa vida, pois ela é

45 intrínseca a nós. Não somos nós que escolhemos a Filosofia, mas é ela quem nos escolhe.

46 [...]

47 Deve haver um equilíbrio entre razão e emoção. Quando usamos só a razão nos tornamos insensíveis

48 diante de muitas realidades, mas, só o uso da emoção também não favorece nas escolhas.

49 Temos preguiça de pensar. Não usamos nossa capacidade de raciocínio e por isso, em tantos casos, nos

50 damos mal. A escola se preocupa muito com o decorar as coisas. Saber regras de cor, mas na vida é preciso refletir

51 diante de fatos, pois não podemos aplicar a tudo as mesmas respostas. A vida não é padronizada e quem a faz assim

52 sofre muito. Há opções a serem feitas; leis a serem cumpridas. Sem a reflexão seremos meros executores, sem

53 sabermos o porque de todas essas coisas.

54 [...]

55 Existem inúmeros exemplos a esse respeito. Numa relação de Amizade, por exemplo. Se não há um

56 conhecimento maior de ambas as partes, esse sentimento morre logo. Quando nos conhecemos melhor interiormente

57 e conhecemos também o outro, as dificuldades e dúvidas que aparecerão serão superadas e entendidas com maior

58 facilidade, pois sabemos que em cada pessoa há um bem maior e que pode, deve e precisa ser conhecido. Uma

59 amizade que fica só nas aparências é como uma casa construída sobre a areia. Na primeira tempestade, na primeira

60 ventania, desmorona. Cai por terra. Uma amizade alicerçada na verdade, no conhecimento interior do outro e de si,

61 as tempestades vindouras não terão forças suficientes para destruir. O que permanece é aquilo que está alicerçado

62 na razão e no coração ao mesmo tempo. O restante é passageiro e ilusório.

63 [...]

64 A Filosofia acontece no dia-a-dia da nossa vida, basta nos darmos conta disso. Filosofia é refletir sobre

65 as coisas que acontecem, são ditas e ouvidas. Não se limita apenas a perguntarmos POR QUÊ?, mas precisamos ir

66 mais adiante. Precisamos nos perguntar do nível de verdade daquilo que a TV apresenta. Aquilo que muitas revistas

67 trazem em suas páginas. Não podemos nos esquecer que eles têm seu ponto de vista e seus interesses, mas estes

68 não deveriam ocultar a verdade. A interpretação de uma notícia, seu posicionamento crítico e argumentação, é uma

69 forma de fazer Filosofia. Aceitar tal e qual tudo o que jornais, TV e revistas nos apresentam é uma forma de

70 ignorância. Precisamos ter cuidado. Isso não quer dizer que todos e em todas as ocasiões mentem, ou faltam com a

71 verdade. Porém, sempre, sem exceção precisamos nos perguntar pela verdade dos fatos.

72 Quantas vezes os repórteres são induzidos a manipularem notícias sobre determinados acontecimentos e

73 assuntos. Sempre que possível seria importante ler ou assistir mais de um jornal e depois fazer um paralelo entre

74 eles. Isso exige tempo e vontade. Podemos discutir com outras pessoas para ouvir seu ponto de vista que ajuda-nos

75 a abrir nossos horizontes. Quanto mais nos fechamos em nós mesmos, em nosso mundo individual, mais ignorantes

76 nos tornamos. A abertura, a experiência, o diálogo, a leitura, nos tornam pessoas abertas e conhecedoras da verdade.

77 Buscar sempre a verdade dos acontecimentos, dos fatos é uma atitude filosófica.

78 Se pararmos e pensarmos neste momento o quanto refletimos sobre tudo o que acontece, ouvimos e

79 vemos, nos daremos conta que nem sempre fazemos isso e não fazemos porque simplesmente não queremos, pois

80 todos nós podemos e sabemos.

81 [...]

82 Precisamos nos perguntar qual o nível de conhecimento que uma pessoa tem dos acontecimentos

83 históricos quando escreve novela, filme, minissérie. Será que aquilo é a verdade? Será que é a melhor forma de ver

84 o acontecimento?

85 Estes e outros inúmeros fatos fazem parte do nosso cotidiano.


(Hermes José Novakoski)


FONTE: http://www.profdoni.pro.br/home/index.php/menu-principal/filosofia-2/252-para-que-estudar-filosofia

Possui predicado verbal a oração

Alternativas
Q2688452 Português

Considere o seguinte trecho:

Imagem associada para resolução da questão

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima na ordem em que aparecem no texto.

Alternativas
Q2688319 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 6.


Vantagens e desvantagens dos biodegradáveis


O maior benefício destes materiais é a decomposição completa e bem mais rápida. Os produtos biodegradáveis contribuem para o não acúmulo de lixo no planeta. Porém, se por um lado eles contribuem para a redução de resíduos sólidos, por outro, os produtos biodegradáveis contribuem para o efeito estufa, pois, ao se degradarem, eles liberam gás metano proporcional à velocidade de degradação, ou seja, quanto mais rápido o produto se decompõe mais gás ele libera no ar.

Apesar das desvantagens, os produtos biodegradáveis ainda representam vantagens ambientais sobre os produtos convencionais. Estudos mostram que produtos com agentes biodegradáveis mais lentos podem ser acondicionados em aterros sanitários e o gás proveniente da decomposição pode ser utilizado para gerar calor e energia, impactando menos o meio ambiente.

Os produtos biodegradáveis não são a melhor solução, mas, os avanços nas pesquisas podem contribuir para aprimorar as embalagens dos produtos biodegradáveis que utilizamos. Lembrando que, antes do descarte, é muito mais importante reduzir o consumo, dar preferência aos produtos com embalagens reutilizáveis e separar o “lixo que não é lixo” para reciclagem.


Disponível em http://www.pensamentoverde.com.br

“Porém, se por um lado eles contribuem para a redução de resíduos sólidos,...” Esse período estabelece com o período anterior uma relação de

Alternativas
Q2688318 Português

Leia o texto para responder às questões 1 a 6.


Vantagens e desvantagens dos biodegradáveis


O maior benefício destes materiais é a decomposição completa e bem mais rápida. Os produtos biodegradáveis contribuem para o não acúmulo de lixo no planeta. Porém, se por um lado eles contribuem para a redução de resíduos sólidos, por outro, os produtos biodegradáveis contribuem para o efeito estufa, pois, ao se degradarem, eles liberam gás metano proporcional à velocidade de degradação, ou seja, quanto mais rápido o produto se decompõe mais gás ele libera no ar.

Apesar das desvantagens, os produtos biodegradáveis ainda representam vantagens ambientais sobre os produtos convencionais. Estudos mostram que produtos com agentes biodegradáveis mais lentos podem ser acondicionados em aterros sanitários e o gás proveniente da decomposição pode ser utilizado para gerar calor e energia, impactando menos o meio ambiente.

Os produtos biodegradáveis não são a melhor solução, mas, os avanços nas pesquisas podem contribuir para aprimorar as embalagens dos produtos biodegradáveis que utilizamos. Lembrando que, antes do descarte, é muito mais importante reduzir o consumo, dar preferência aos produtos com embalagens reutilizáveis e separar o “lixo que não é lixo” para reciclagem.


Disponível em http://www.pensamentoverde.com.br

“...os produtos biodegradáveis ainda representam vantagens ambientais sobre os produtos convencionais.” Que circunstância pode-se perceber nesse período?

Alternativas
Q2688148 Português

Há sujeito indeterminado na frase da alternativa:

Alternativas
Q2688046 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Cuidar dos pais


01 A minha mãe é a minha filha. Preciso dizer-lhe que chega de bolo de chocolate, chega de

02 café ou de andar às pressas. Vai engordar, vai ficar elétrica, vai começar a doer-lhe a perna

03 esquerda. Cuido dos seus mimos. Gosto de lhe oferecer uma carteira nova e presto muita

04 atenção aos lenços bonitos que ela deita ao pescoço e lhe dão um ar floral, vivo, uma espécie

05 de elemento líquido que lhe refresca a idade. Escolho apenas cores claras, vivas. Zango-me

06 com as moças das lojas que discursam acerca do adequado para a idade. Recuso essas

07 convenções que enlutam os mais velhos.

08 A minha mãe, que é a minha filha, fica bem de branco, vermelho, gosto de vê-la de

09 amarelo-torrado, um azul de céu ou verde. Algumas lojas conhecem-me. Mostram-me as

10 novidades. Encontro pessoas que sentem uma alegria bonita em me ajudar. Aniversários ou

11 Natal, a Primavera ou só um fim de semana fora, servem para que me lembre de trazer-lhe um

12 presente. Pais e filhos são perfeitos para presentes. Eu daria todos os melhores presentes à

13 minha mãe.

14 Rabujo igual aos que amam. Quando amamos, temos urgência em proteger, por isso somos

15 mais do que sinaleiros, apontando, assobiando, mais do que árbitros, fiscalizando para que tudo

16 seja certo, seguro. E rabujamos porque as pessoas amadas erram, têm caprichos, gostam de si

17 com desconfiança, como creio que é normal gostarmos todos de nós mesmos. Aos pais e aos

18 filhos tendemos a amar incondicionalmente, mas com medo. Um amigo dizia que entendeu o

19 pânico depois de nascer o seu primeiro filho. Temia pelo azedo do leite, pelas correntes de ar,

20 pelo carreiro das formigas, temia muito que houvesse um órgão interno, discreto, que

21 desfuncionasse e fizesse o seu filho apagar.

22 Quem ama pensa em todos os perigos e desconta o tempo com martelo pesado. Os que

23 amam sem esta fatura não amam ainda. Passeiam nos afetos. É outra coisa.

24 Ficar para tio parece obrigar-nos a uma inversão destes papéis a dada altura. Quase ouço as

25 minhas irmãs dizerem: “Não casaste, agora tomas conta da mãe e mais destas coisas”. Se a luz

26 está paga, a água, refilar porque está tudo caro, há uma porta que fecha mal, estiveram uns

27 homens esquisitos à porta, a senhora da mercearia não deu o troco certo, o cão ladra mais do

28 que devia, era preciso irmos à aldeia ver assuntos e as pessoas. Quem não casa deixa de ter

29 irmãos, logo, só tem patrões. Viramos uma central de atendimento ao público. Porque nos

30 ligam para saber se está tudo bem, que é o mesmo que perguntar acerca da nossa competência

31 e responsabilizar-nos mais ainda. Como se o amor tivesse agentes. Cupidos que, ao invés de

32 flechas, usam telefones. E, depois, espantam-se: ah, eu pensei que isso já tinha passado,

33 pensei que estava arranjado, naquele dia achei que a doutora já anunciara a cura, eu até fiz

34 uma sopa, no mês passado, até fomos de carro ao Porto, jantamos em modo fino e tudo.

35 Quando passamos a ser pais das nossas mães, tornamo-nos exigentes e cansamo-nos por

36 tudo. Ao contrário de quem é pai de filhas, nós corremos absolutamente contra o tempo, o

37 corpo, os preconceitos, as cores adequadas para a idade. Somos centrais telefônicas aflitas.

38 Queremos sempre que chegue a Primavera, o Verão, que haja sol e aquecem os dias, para

39 descermos à marginal a ver as pessoas que também se arrastam por cães pequenos. Só

40 gostamos de quem tem cães pequenos. Odiamos bicharocos grotescos tratados como seres

41 delicados. O nosso Crisóstomo, que é lingrinhas, corre sempre perigo com cães musculados que

42 as pessoas insistem em garantir que não fazem mal a uma mosca. Deitam-nos as patas ao

43 peito e atiram-nos ao chão, as filhas que são mães podem cair e partir os ossos da bacia.

44 Porque temos bacias dentro do corpo. Somos todos estranhos. Passeamos estranhos com os

45 cães na marginal e o que nos aproveita mesmo é o sol. A minha mãe adora sol. Melhora de

46 tudo. Com os seus lenços como coisas líquidas e cristalinas ao pescoço, ela fica lindíssima! E

47 isso compensa. Recompensa. Comemos ao sol. Somos, sem grande segredo, seres que comem

48 ao sol. Por isso, entre as angústias, sorrimos.


Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/conheca-o-texto-que-o-escritor-valter-hugo-mae-escreveu-inspirado-nos-cuidados-que-dedica-a-sua-mae/. Acesso em 31 Jan 2019.

Na frase “Encontro pessoas que sentem uma alegria bonita em me ajudar”, retirada do texto, ocorre a próclise com o pronome oblíquo “me” por haver uma palavra capaz de atraí-lo para antes do verbo “ajudar”. Tal palavra corresponde a:

Alternativas
Q2688039 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Cuidar dos pais


01 A minha mãe é a minha filha. Preciso dizer-lhe que chega de bolo de chocolate, chega de

02 café ou de andar às pressas. Vai engordar, vai ficar elétrica, vai começar a doer-lhe a perna

03 esquerda. Cuido dos seus mimos. Gosto de lhe oferecer uma carteira nova e presto muita

04 atenção aos lenços bonitos que ela deita ao pescoço e lhe dão um ar floral, vivo, uma espécie

05 de elemento líquido que lhe refresca a idade. Escolho apenas cores claras, vivas. Zango-me

06 com as moças das lojas que discursam acerca do adequado para a idade. Recuso essas

07 convenções que enlutam os mais velhos.

08 A minha mãe, que é a minha filha, fica bem de branco, vermelho, gosto de vê-la de

09 amarelo-torrado, um azul de céu ou verde. Algumas lojas conhecem-me. Mostram-me as

10 novidades. Encontro pessoas que sentem uma alegria bonita em me ajudar. Aniversários ou

11 Natal, a Primavera ou só um fim de semana fora, servem para que me lembre de trazer-lhe um

12 presente. Pais e filhos são perfeitos para presentes. Eu daria todos os melhores presentes à

13 minha mãe.

14 Rabujo igual aos que amam. Quando amamos, temos urgência em proteger, por isso somos

15 mais do que sinaleiros, apontando, assobiando, mais do que árbitros, fiscalizando para que tudo

16 seja certo, seguro. E rabujamos porque as pessoas amadas erram, têm caprichos, gostam de si

17 com desconfiança, como creio que é normal gostarmos todos de nós mesmos. Aos pais e aos

18 filhos tendemos a amar incondicionalmente, mas com medo. Um amigo dizia que entendeu o

19 pânico depois de nascer o seu primeiro filho. Temia pelo azedo do leite, pelas correntes de ar,

20 pelo carreiro das formigas, temia muito que houvesse um órgão interno, discreto, que

21 desfuncionasse e fizesse o seu filho apagar.

22 Quem ama pensa em todos os perigos e desconta o tempo com martelo pesado. Os que

23 amam sem esta fatura não amam ainda. Passeiam nos afetos. É outra coisa.

24 Ficar para tio parece obrigar-nos a uma inversão destes papéis a dada altura. Quase ouço as

25 minhas irmãs dizerem: “Não casaste, agora tomas conta da mãe e mais destas coisas”. Se a luz

26 está paga, a água, refilar porque está tudo caro, há uma porta que fecha mal, estiveram uns

27 homens esquisitos à porta, a senhora da mercearia não deu o troco certo, o cão ladra mais do

28 que devia, era preciso irmos à aldeia ver assuntos e as pessoas. Quem não casa deixa de ter

29 irmãos, logo, só tem patrões. Viramos uma central de atendimento ao público. Porque nos

30 ligam para saber se está tudo bem, que é o mesmo que perguntar acerca da nossa competência

31 e responsabilizar-nos mais ainda. Como se o amor tivesse agentes. Cupidos que, ao invés de

32 flechas, usam telefones. E, depois, espantam-se: ah, eu pensei que isso já tinha passado,

33 pensei que estava arranjado, naquele dia achei que a doutora já anunciara a cura, eu até fiz

34 uma sopa, no mês passado, até fomos de carro ao Porto, jantamos em modo fino e tudo.

35 Quando passamos a ser pais das nossas mães, tornamo-nos exigentes e cansamo-nos por

36 tudo. Ao contrário de quem é pai de filhas, nós corremos absolutamente contra o tempo, o

37 corpo, os preconceitos, as cores adequadas para a idade. Somos centrais telefônicas aflitas.

38 Queremos sempre que chegue a Primavera, o Verão, que haja sol e aquecem os dias, para

39 descermos à marginal a ver as pessoas que também se arrastam por cães pequenos. Só

40 gostamos de quem tem cães pequenos. Odiamos bicharocos grotescos tratados como seres

41 delicados. O nosso Crisóstomo, que é lingrinhas, corre sempre perigo com cães musculados que

42 as pessoas insistem em garantir que não fazem mal a uma mosca. Deitam-nos as patas ao

43 peito e atiram-nos ao chão, as filhas que são mães podem cair e partir os ossos da bacia.

44 Porque temos bacias dentro do corpo. Somos todos estranhos. Passeamos estranhos com os

45 cães na marginal e o que nos aproveita mesmo é o sol. A minha mãe adora sol. Melhora de

46 tudo. Com os seus lenços como coisas líquidas e cristalinas ao pescoço, ela fica lindíssima! E

47 isso compensa. Recompensa. Comemos ao sol. Somos, sem grande segredo, seres que comem

48 ao sol. Por isso, entre as angústias, sorrimos.


Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/conheca-o-texto-que-o-escritor-valter-hugo-mae-escreveu-inspirado-nos-cuidados-que-dedica-a-sua-mae/. Acesso em 31 Jan 2019.

Na frase “Eu daria todos os melhores presentes à minha mãe”, retirada do texto, o verbo “dar”, devidamente conjugado no futuro do pretérito do indicativo, é classificado como:

Alternativas
Q2688038 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo.


Cuidar dos pais


01 A minha mãe é a minha filha. Preciso dizer-lhe que chega de bolo de chocolate, chega de

02 café ou de andar às pressas. Vai engordar, vai ficar elétrica, vai começar a doer-lhe a perna

03 esquerda. Cuido dos seus mimos. Gosto de lhe oferecer uma carteira nova e presto muita

04 atenção aos lenços bonitos que ela deita ao pescoço e lhe dão um ar floral, vivo, uma espécie

05 de elemento líquido que lhe refresca a idade. Escolho apenas cores claras, vivas. Zango-me

06 com as moças das lojas que discursam acerca do adequado para a idade. Recuso essas

07 convenções que enlutam os mais velhos.

08 A minha mãe, que é a minha filha, fica bem de branco, vermelho, gosto de vê-la de

09 amarelo-torrado, um azul de céu ou verde. Algumas lojas conhecem-me. Mostram-me as

10 novidades. Encontro pessoas que sentem uma alegria bonita em me ajudar. Aniversários ou

11 Natal, a Primavera ou só um fim de semana fora, servem para que me lembre de trazer-lhe um

12 presente. Pais e filhos são perfeitos para presentes. Eu daria todos os melhores presentes à

13 minha mãe.

14 Rabujo igual aos que amam. Quando amamos, temos urgência em proteger, por isso somos

15 mais do que sinaleiros, apontando, assobiando, mais do que árbitros, fiscalizando para que tudo

16 seja certo, seguro. E rabujamos porque as pessoas amadas erram, têm caprichos, gostam de si

17 com desconfiança, como creio que é normal gostarmos todos de nós mesmos. Aos pais e aos

18 filhos tendemos a amar incondicionalmente, mas com medo. Um amigo dizia que entendeu o

19 pânico depois de nascer o seu primeiro filho. Temia pelo azedo do leite, pelas correntes de ar,

20 pelo carreiro das formigas, temia muito que houvesse um órgão interno, discreto, que

21 desfuncionasse e fizesse o seu filho apagar.

22 Quem ama pensa em todos os perigos e desconta o tempo com martelo pesado. Os que

23 amam sem esta fatura não amam ainda. Passeiam nos afetos. É outra coisa.

24 Ficar para tio parece obrigar-nos a uma inversão destes papéis a dada altura. Quase ouço as

25 minhas irmãs dizerem: “Não casaste, agora tomas conta da mãe e mais destas coisas”. Se a luz

26 está paga, a água, refilar porque está tudo caro, há uma porta que fecha mal, estiveram uns

27 homens esquisitos à porta, a senhora da mercearia não deu o troco certo, o cão ladra mais do

28 que devia, era preciso irmos à aldeia ver assuntos e as pessoas. Quem não casa deixa de ter

29 irmãos, logo, só tem patrões. Viramos uma central de atendimento ao público. Porque nos

30 ligam para saber se está tudo bem, que é o mesmo que perguntar acerca da nossa competência

31 e responsabilizar-nos mais ainda. Como se o amor tivesse agentes. Cupidos que, ao invés de

32 flechas, usam telefones. E, depois, espantam-se: ah, eu pensei que isso já tinha passado,

33 pensei que estava arranjado, naquele dia achei que a doutora já anunciara a cura, eu até fiz

34 uma sopa, no mês passado, até fomos de carro ao Porto, jantamos em modo fino e tudo.

35 Quando passamos a ser pais das nossas mães, tornamo-nos exigentes e cansamo-nos por

36 tudo. Ao contrário de quem é pai de filhas, nós corremos absolutamente contra o tempo, o

37 corpo, os preconceitos, as cores adequadas para a idade. Somos centrais telefônicas aflitas.

38 Queremos sempre que chegue a Primavera, o Verão, que haja sol e aquecem os dias, para

39 descermos à marginal a ver as pessoas que também se arrastam por cães pequenos. Só

40 gostamos de quem tem cães pequenos. Odiamos bicharocos grotescos tratados como seres

41 delicados. O nosso Crisóstomo, que é lingrinhas, corre sempre perigo com cães musculados que

42 as pessoas insistem em garantir que não fazem mal a uma mosca. Deitam-nos as patas ao

43 peito e atiram-nos ao chão, as filhas que são mães podem cair e partir os ossos da bacia.

44 Porque temos bacias dentro do corpo. Somos todos estranhos. Passeamos estranhos com os

45 cães na marginal e o que nos aproveita mesmo é o sol. A minha mãe adora sol. Melhora de

46 tudo. Com os seus lenços como coisas líquidas e cristalinas ao pescoço, ela fica lindíssima! E

47 isso compensa. Recompensa. Comemos ao sol. Somos, sem grande segredo, seres que comem

48 ao sol. Por isso, entre as angústias, sorrimos.


Texto adaptado especialmente para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/conheca-o-texto-que-o-escritor-valter-hugo-mae-escreveu-inspirado-nos-cuidados-que-dedica-a-sua-mae/. Acesso em 31 Jan 2019.

Na frase “E rabujamos porque as pessoas amadas erram, têm caprichos, gostam de si com desconfiança, como creio que é normal gostarmos todos de nós mesmos”, retirada do texto, se a palavra “pessoas” fosse flexionada no singular, quantas outras palavras precisariam ser modificadas para garantir a correta concordância verbo-nominal?

Alternativas
Q2687983 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO

TEXTO


  1. O mercado de trabalho mudou e ele se impõe ao exigir um novo perfil de profissional: aquele que está em constante
  2. mutação. A crise, a recessão, o fechamento de postos de trabalho, a queda de contratações via CLT, a globalização, o aumento
  3. do empreendedorismo (muitos por necessidade), tudo isso se apresenta em um momento de transição em que é fundamental
  4. para o trabalhador buscar um novo modelo de carreira que o prepare para o futuro, que já bate à porta. Exceto áreas
  5. específicas, esqueça o tempo de ser especialista em uma única área da sua formação. Esse tempo acabou. Hoje, o profissional
  6. disputado pelas organizações é o que consegue ser multitarefa em um mercado em frequente mudança. Se ainda não enxergou
  7. que o cenário é outro, é melhor abrir os olhos.
  8. Amir El-Kouba, professor de gestão de pessoas em MBAs da Fundação Getúlio Vargas/Faculdade IBS e consultor
  9. empresarial, afirma que se tem algo de positivo em toda essa crise é que “foi feita uma releitura do mundo do trabalho por
  10. parte do profissional à revelia da nossa legislação trabalhista. Formaram-se MEIs (microempreendedor individual),
  11. profissionais se associando a outros profissionais para prestar serviço, contratos temporários, consultores, técnicos
  12. associados, enfim, uma nova reconfiguração”.
  13. [...]
  14. Qual é o de modelo de profissional que as empresas querem com a nova reconfiguração do mercado de trabalho
  15. durante e após a crise? Muitos especialistas dizem que nada será como antes. A globalização, há décadas, o avanço da
  16. tecnologia e a recessão se impõem para mudar o status quo. Do caos que vivemos e pelo qual passamos no Brasil (e o mundo
  17. também, desde a crise de 2008) nasce uma nova força de trabalho. Para Rúbria Coutinho, consultora em recursos humanos e
  18. desenvolvimento organizacional, após o período mais crítico, muitas organizações retomarão as contratações. Aliás, já há
  19. sinais de estabilização em boa parte delas em segmentos específicos. “No entanto, muitos profissionais que buscam
  20. oportunidade de recolocação estão passando por repetidas frustrações – há um grande número de profissionais competentes
  21. à disposição para proporcionalmente poucas ofertas de vagas. Assim, estão se movimentando para criar ou participar de
  22. espaços produtivos e alternativos porque precisam e querem trabalhar”, diz.
  23. [...]
  24. A verdade é que nunca é fácil para quem está no olho do furacão, que vive a transição. Dúvidas e inseguranças atingem
  25. tanto o profissional experiente quanto os jovens, que absorvem melhor as mudanças. “As novas gerações não sonham com o
  26. modelo de trabalho tradicional com estabilidade, benefícios, longas jornadas, ascensão de carreira dentro de uma única
  27. empresa, com as referências de sucesso profissional que tínhamos até então.” Para a consultora, o que vemos hoje é que boa
  28. parte dos jovens não esperam chegar ao final do curso para iniciar um projeto. São, de modo geral, superconectados, com
  29. bons conhecimentos em tecnologia, capacidade e repertório para lidar com novas soluções e até mesmo desenvolver soluções,
  30. produtos e serviços inovadores no mercado. “Tendem a ser mais flexíveis e dinâmicos, lidam com a instabilidade de forma
  31. mais natural e podem migrar de uma carreira para outra ao longo da vida em busca de experiências, novos desafios e pelo
  32. prazer. Percebo que são cada vez mais guiados por uma causa própria e não temem empreender.”
  33. Porém, lembra a especialista, o empreendedorismo requer muito mais que o desejo ou o que chamamos de aptidão.
  34. [...]
  35. Como será o mercado de trabalho do futuro? Não é matemática exata, mas já é possível prever novas demandas
  36. profissionais e qual rumo elas tomam, ainda que as transformações sejam inúmeras, distintas e ocorram em velocidade
  37. assustadora. “Não há uma resposta, só o futuro dirá, mas a dinâmica do mercado muda rápido e há profissões que podem não
  38. existir daqui a um tempo. Assim, a formação passa a ser um adendo da carreira profissional. É o engenheiro que abre um
  39. carrinho de brigadeiro ou muda para a área de finanças. O certo é que o redirecionamento já ocorre (e será cada vez mais
  40. comum) com frequência”, analisa Bruno da Matta Machado, sócio-diretor e headhunter da Upside Group.
  41. O Brasil é apontado como um dos países mais empreendedores do mundo, ainda que tenha muitos problemas e
  42. barreiras quanto à consolidação das milhares de iniciativas de novas empresas. Por outro lado, o empreendedor corporativo
  43. é um perfil cada vez mais procurado pelos gestores. “É o profissional bem-visto, o perfil desejado. No entanto, muitos
  44. profissionais acham que não se encaixam porque pensam que para empreender precisam abrir uma empresa. Mas ele pode
  45. ser um empreendedor dentro da empresa. Esse será o colaborador que traz como características a criatividade, é proativo,
  46. corre riscos, enfrenta o escuro, busca coisas novas e, por tudo isso, acaba sendo um curinga”, explica o headhunter.
  47. [...]
  48. “A tecnologia tem modificado drasticamente o mercado de trabalho. Segundo relatório publicado pelo Fórum
  49. Econômico Mundial, a economia mundial sentirá os efeitos da chamada “Quarta Revolução Industrial”, que promete ser
  50. muito mais rápida, abrangente e impactante que as anteriores. São muitas as novidades: computação em nuvem, internet das
  51. coisas, big data, robótica, impressão em 3D... O Fórum projeta que, até 2020, essas tecnologias vão eliminar 5,1 milhões de
  52. vagas em 15 países e regiões que respondem por dois terços da força mundial de trabalho, incluindo o Brasil.
  53. O mercado de trabalho atual exige características comportamentais para que os profissionais se adaptem à nova
  54. realidade: conhecimento do negócio, flexibilidade, saber trabalhar em equipe. Também é necessário ter uma visão geral de
  55. tudo que o cerca. Além disso, é fundamental estar inteirado da tecnologia. Todas essas mudanças devem ser absorvidas por
  56. todos que almejam obter sucesso no novo cenário. Bem-vindo, não mais à era de mudança, mas à mudança de era, talvez
  57. Darwin já soubesse de tudo isso lá atrás, quando disse que as espécies vivas que sobrevivem não são as mais fortes nem as
  58. mais inteligentes; são aquelas que conseguem se adaptar e se ajustar às contínuas demandas e desafios do meio ambiente.”


FONTE: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/04/26

Exerce a mesma função sintática de “de trabalho” (L.1) a expressão da alternativa

Alternativas
Q2687979 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO

TEXTO


  1. O mercado de trabalho mudou e ele se impõe ao exigir um novo perfil de profissional: aquele que está em constante
  2. mutação. A crise, a recessão, o fechamento de postos de trabalho, a queda de contratações via CLT, a globalização, o aumento
  3. do empreendedorismo (muitos por necessidade), tudo isso se apresenta em um momento de transição em que é fundamental
  4. para o trabalhador buscar um novo modelo de carreira que o prepare para o futuro, que já bate à porta. Exceto áreas
  5. específicas, esqueça o tempo de ser especialista em uma única área da sua formação. Esse tempo acabou. Hoje, o profissional
  6. disputado pelas organizações é o que consegue ser multitarefa em um mercado em frequente mudança. Se ainda não enxergou
  7. que o cenário é outro, é melhor abrir os olhos.
  8. Amir El-Kouba, professor de gestão de pessoas em MBAs da Fundação Getúlio Vargas/Faculdade IBS e consultor
  9. empresarial, afirma que se tem algo de positivo em toda essa crise é que “foi feita uma releitura do mundo do trabalho por
  10. parte do profissional à revelia da nossa legislação trabalhista. Formaram-se MEIs (microempreendedor individual),
  11. profissionais se associando a outros profissionais para prestar serviço, contratos temporários, consultores, técnicos
  12. associados, enfim, uma nova reconfiguração”.
  13. [...]
  14. Qual é o de modelo de profissional que as empresas querem com a nova reconfiguração do mercado de trabalho
  15. durante e após a crise? Muitos especialistas dizem que nada será como antes. A globalização, há décadas, o avanço da
  16. tecnologia e a recessão se impõem para mudar o status quo. Do caos que vivemos e pelo qual passamos no Brasil (e o mundo
  17. também, desde a crise de 2008) nasce uma nova força de trabalho. Para Rúbria Coutinho, consultora em recursos humanos e
  18. desenvolvimento organizacional, após o período mais crítico, muitas organizações retomarão as contratações. Aliás, já há
  19. sinais de estabilização em boa parte delas em segmentos específicos. “No entanto, muitos profissionais que buscam
  20. oportunidade de recolocação estão passando por repetidas frustrações – há um grande número de profissionais competentes
  21. à disposição para proporcionalmente poucas ofertas de vagas. Assim, estão se movimentando para criar ou participar de
  22. espaços produtivos e alternativos porque precisam e querem trabalhar”, diz.
  23. [...]
  24. A verdade é que nunca é fácil para quem está no olho do furacão, que vive a transição. Dúvidas e inseguranças atingem
  25. tanto o profissional experiente quanto os jovens, que absorvem melhor as mudanças. “As novas gerações não sonham com o
  26. modelo de trabalho tradicional com estabilidade, benefícios, longas jornadas, ascensão de carreira dentro de uma única
  27. empresa, com as referências de sucesso profissional que tínhamos até então.” Para a consultora, o que vemos hoje é que boa
  28. parte dos jovens não esperam chegar ao final do curso para iniciar um projeto. São, de modo geral, superconectados, com
  29. bons conhecimentos em tecnologia, capacidade e repertório para lidar com novas soluções e até mesmo desenvolver soluções,
  30. produtos e serviços inovadores no mercado. “Tendem a ser mais flexíveis e dinâmicos, lidam com a instabilidade de forma
  31. mais natural e podem migrar de uma carreira para outra ao longo da vida em busca de experiências, novos desafios e pelo
  32. prazer. Percebo que são cada vez mais guiados por uma causa própria e não temem empreender.”
  33. Porém, lembra a especialista, o empreendedorismo requer muito mais que o desejo ou o que chamamos de aptidão.
  34. [...]
  35. Como será o mercado de trabalho do futuro? Não é matemática exata, mas já é possível prever novas demandas
  36. profissionais e qual rumo elas tomam, ainda que as transformações sejam inúmeras, distintas e ocorram em velocidade
  37. assustadora. “Não há uma resposta, só o futuro dirá, mas a dinâmica do mercado muda rápido e há profissões que podem não
  38. existir daqui a um tempo. Assim, a formação passa a ser um adendo da carreira profissional. É o engenheiro que abre um
  39. carrinho de brigadeiro ou muda para a área de finanças. O certo é que o redirecionamento já ocorre (e será cada vez mais
  40. comum) com frequência”, analisa Bruno da Matta Machado, sócio-diretor e headhunter da Upside Group.
  41. O Brasil é apontado como um dos países mais empreendedores do mundo, ainda que tenha muitos problemas e
  42. barreiras quanto à consolidação das milhares de iniciativas de novas empresas. Por outro lado, o empreendedor corporativo
  43. é um perfil cada vez mais procurado pelos gestores. “É o profissional bem-visto, o perfil desejado. No entanto, muitos
  44. profissionais acham que não se encaixam porque pensam que para empreender precisam abrir uma empresa. Mas ele pode
  45. ser um empreendedor dentro da empresa. Esse será o colaborador que traz como características a criatividade, é proativo,
  46. corre riscos, enfrenta o escuro, busca coisas novas e, por tudo isso, acaba sendo um curinga”, explica o headhunter.
  47. [...]
  48. “A tecnologia tem modificado drasticamente o mercado de trabalho. Segundo relatório publicado pelo Fórum
  49. Econômico Mundial, a economia mundial sentirá os efeitos da chamada “Quarta Revolução Industrial”, que promete ser
  50. muito mais rápida, abrangente e impactante que as anteriores. São muitas as novidades: computação em nuvem, internet das
  51. coisas, big data, robótica, impressão em 3D... O Fórum projeta que, até 2020, essas tecnologias vão eliminar 5,1 milhões de
  52. vagas em 15 países e regiões que respondem por dois terços da força mundial de trabalho, incluindo o Brasil.
  53. O mercado de trabalho atual exige características comportamentais para que os profissionais se adaptem à nova
  54. realidade: conhecimento do negócio, flexibilidade, saber trabalhar em equipe. Também é necessário ter uma visão geral de
  55. tudo que o cerca. Além disso, é fundamental estar inteirado da tecnologia. Todas essas mudanças devem ser absorvidas por
  56. todos que almejam obter sucesso no novo cenário. Bem-vindo, não mais à era de mudança, mas à mudança de era, talvez
  57. Darwin já soubesse de tudo isso lá atrás, quando disse que as espécies vivas que sobrevivem não são as mais fortes nem as
  58. mais inteligentes; são aquelas que conseguem se adaptar e se ajustar às contínuas demandas e desafios do meio ambiente.”


FONTE: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/04/26

Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal simples “mudou” (L.1) e a composta

Alternativas
Q2687951 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


  1. As sucessivas revoluções industriais em muito pouco se assemelham a uma revolução de fato, uma vez que tal
  2. expressão é representativa de uma mudança abrupta ou a derrubada imediata de uma determinada ordem, configuração ou
  3. forma de poder. No caso das revoluções industriais, trata-se de um processo gradual e, sob o ponto de vista histórico,
  4. relativamente lento.
  5. A terceira etapa desse processo de transformação nos meios e modos de produção iniciou-se na segunda metade do
  6. século XX e ainda está em curso, a Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica
  7. Informacional, caracteriza-se pelos avanços nos sistemas de telecomunicações e transportes, pelo surgimento e rápida expansão
  8. da informática e da automação, além do desenvolvimento da engenharia robótica. Essa nova configuração estabeleceu
  9. profundas transformações no mundo do trabalho.
  10. Nas etapas anteriores das produções industriais, observava-se uma crescente substituição do homem pela máquina
  11. no processo produtivo, tornando o indivíduo apenas um apêndice de um maquinário cada vez mais amplo e complexo. No atual
  12. momento, essa situação ganhou novas e maiores proporções, na medida em que, junto ao maquinário e às novas tecnologias, a
  13. informática passou também a atuar. O ser humano passou a ser substituído não apenas pela mecânica, mas também
  14. por softwares, que, em muitos casos, passaram a gerir a produção fabril.
  15. Além disso, observa-se também a crescente terciarização da economia, em que a maior parte dos empregos gerados
  16. passou a se concentrar no setor de comércio e serviços. Tal processo, aliado à flexibilização do trabalho, contribuiu para a
  17. precarização das condições do trabalho, para a crise das representações sindicais e para a perda de direitos trabalhistas.
  18. Outro aspecto das transformações no mundo do trabalho ao longo da Terceira Revolução Industrial também está
  19. ligado à questão espacial entre campo e cidade. Ocorreu uma intensa mecanização dos meios rurais e o desenvolvimento de
  20. técnicas e mecanismos agrícolas que propiciaram um grande desemprego nesse meio, o que contribuiu para a intensificação do
  21. êxodo rural, isto é, uma migração em massa da população do campo para a cidade.
  22. O trabalho, tanto no meio urbano quanto no meio rural, passou a ser exigido muito mais em sua qualificação técnica,
  23. uma vez que a operação das novas tecnologias exige determinados conhecimentos específicos que não podem ser realizados
  24. por um profissional que não possui uma determinada formação. Tal contexto contribui para a emergência da contradição:
  25. aumento do número de empregos e aumento do número de desempregados, uma vez que a massa de trabalhadores que não
  26. consegue se adequar às novas condições de trabalho não alcança oportunidades.
  27. Como resultado há um crescimento na geração de emprego nos setores informais, onde não há leis e direitos
  28. trabalhistas, tendo em vista que esse setor caracteriza-se pela sua desregulamentação e pela ausência de uma hierarquia
  29. organizada de trabalho (a maior parte é informal). O resultado é a caracterização de diversos problemas, dentre eles, a pirataria,
  30. bastante comum nos países subdesenvolvidos ao final do século XX e início do século XXI.


Por Rodolfo Alves Pena. FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/trabalho-na-terceira-revolucao-industrial.htm

A oração “que (...) passaram a gerir a produção fabril.” (L.14)

Alternativas
Q2687945 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


  1. As sucessivas revoluções industriais em muito pouco se assemelham a uma revolução de fato, uma vez que tal
  2. expressão é representativa de uma mudança abrupta ou a derrubada imediata de uma determinada ordem, configuração ou
  3. forma de poder. No caso das revoluções industriais, trata-se de um processo gradual e, sob o ponto de vista histórico,
  4. relativamente lento.
  5. A terceira etapa desse processo de transformação nos meios e modos de produção iniciou-se na segunda metade do
  6. século XX e ainda está em curso, a Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica
  7. Informacional, caracteriza-se pelos avanços nos sistemas de telecomunicações e transportes, pelo surgimento e rápida expansão
  8. da informática e da automação, além do desenvolvimento da engenharia robótica. Essa nova configuração estabeleceu
  9. profundas transformações no mundo do trabalho.
  10. Nas etapas anteriores das produções industriais, observava-se uma crescente substituição do homem pela máquina
  11. no processo produtivo, tornando o indivíduo apenas um apêndice de um maquinário cada vez mais amplo e complexo. No atual
  12. momento, essa situação ganhou novas e maiores proporções, na medida em que, junto ao maquinário e às novas tecnologias, a
  13. informática passou também a atuar. O ser humano passou a ser substituído não apenas pela mecânica, mas também
  14. por softwares, que, em muitos casos, passaram a gerir a produção fabril.
  15. Além disso, observa-se também a crescente terciarização da economia, em que a maior parte dos empregos gerados
  16. passou a se concentrar no setor de comércio e serviços. Tal processo, aliado à flexibilização do trabalho, contribuiu para a
  17. precarização das condições do trabalho, para a crise das representações sindicais e para a perda de direitos trabalhistas.
  18. Outro aspecto das transformações no mundo do trabalho ao longo da Terceira Revolução Industrial também está
  19. ligado à questão espacial entre campo e cidade. Ocorreu uma intensa mecanização dos meios rurais e o desenvolvimento de
  20. técnicas e mecanismos agrícolas que propiciaram um grande desemprego nesse meio, o que contribuiu para a intensificação do
  21. êxodo rural, isto é, uma migração em massa da população do campo para a cidade.
  22. O trabalho, tanto no meio urbano quanto no meio rural, passou a ser exigido muito mais em sua qualificação técnica,
  23. uma vez que a operação das novas tecnologias exige determinados conhecimentos específicos que não podem ser realizados
  24. por um profissional que não possui uma determinada formação. Tal contexto contribui para a emergência da contradição:
  25. aumento do número de empregos e aumento do número de desempregados, uma vez que a massa de trabalhadores que não
  26. consegue se adequar às novas condições de trabalho não alcança oportunidades.
  27. Como resultado há um crescimento na geração de emprego nos setores informais, onde não há leis e direitos
  28. trabalhistas, tendo em vista que esse setor caracteriza-se pela sua desregulamentação e pela ausência de uma hierarquia
  29. organizada de trabalho (a maior parte é informal). O resultado é a caracterização de diversos problemas, dentre eles, a pirataria,
  30. bastante comum nos países subdesenvolvidos ao final do século XX e início do século XXI.


Por Rodolfo Alves Pena. FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/trabalho-na-terceira-revolucao-industrial.htm

Tem função predicativa o termo

Alternativas
Q2687944 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


  1. As sucessivas revoluções industriais em muito pouco se assemelham a uma revolução de fato, uma vez que tal
  2. expressão é representativa de uma mudança abrupta ou a derrubada imediata de uma determinada ordem, configuração ou
  3. forma de poder. No caso das revoluções industriais, trata-se de um processo gradual e, sob o ponto de vista histórico,
  4. relativamente lento.
  5. A terceira etapa desse processo de transformação nos meios e modos de produção iniciou-se na segunda metade do
  6. século XX e ainda está em curso, a Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica
  7. Informacional, caracteriza-se pelos avanços nos sistemas de telecomunicações e transportes, pelo surgimento e rápida expansão
  8. da informática e da automação, além do desenvolvimento da engenharia robótica. Essa nova configuração estabeleceu
  9. profundas transformações no mundo do trabalho.
  10. Nas etapas anteriores das produções industriais, observava-se uma crescente substituição do homem pela máquina
  11. no processo produtivo, tornando o indivíduo apenas um apêndice de um maquinário cada vez mais amplo e complexo. No atual
  12. momento, essa situação ganhou novas e maiores proporções, na medida em que, junto ao maquinário e às novas tecnologias, a
  13. informática passou também a atuar. O ser humano passou a ser substituído não apenas pela mecânica, mas também
  14. por softwares, que, em muitos casos, passaram a gerir a produção fabril.
  15. Além disso, observa-se também a crescente terciarização da economia, em que a maior parte dos empregos gerados
  16. passou a se concentrar no setor de comércio e serviços. Tal processo, aliado à flexibilização do trabalho, contribuiu para a
  17. precarização das condições do trabalho, para a crise das representações sindicais e para a perda de direitos trabalhistas.
  18. Outro aspecto das transformações no mundo do trabalho ao longo da Terceira Revolução Industrial também está
  19. ligado à questão espacial entre campo e cidade. Ocorreu uma intensa mecanização dos meios rurais e o desenvolvimento de
  20. técnicas e mecanismos agrícolas que propiciaram um grande desemprego nesse meio, o que contribuiu para a intensificação do
  21. êxodo rural, isto é, uma migração em massa da população do campo para a cidade.
  22. O trabalho, tanto no meio urbano quanto no meio rural, passou a ser exigido muito mais em sua qualificação técnica,
  23. uma vez que a operação das novas tecnologias exige determinados conhecimentos específicos que não podem ser realizados
  24. por um profissional que não possui uma determinada formação. Tal contexto contribui para a emergência da contradição:
  25. aumento do número de empregos e aumento do número de desempregados, uma vez que a massa de trabalhadores que não
  26. consegue se adequar às novas condições de trabalho não alcança oportunidades.
  27. Como resultado há um crescimento na geração de emprego nos setores informais, onde não há leis e direitos
  28. trabalhistas, tendo em vista que esse setor caracteriza-se pela sua desregulamentação e pela ausência de uma hierarquia
  29. organizada de trabalho (a maior parte é informal). O resultado é a caracterização de diversos problemas, dentre eles, a pirataria,
  30. bastante comum nos países subdesenvolvidos ao final do século XX e início do século XXI.


Por Rodolfo Alves Pena. FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/trabalho-na-terceira-revolucao-industrial.htm

Exerce a mesma função sintática de “de produção” (L.5) a expressão da alternativa

Alternativas
Q2687941 Português

AS QUESTÕES DE 1 A 15 ESTÃO RELACIONADAS AO TEXTO ABAIXO


TEXTO


  1. As sucessivas revoluções industriais em muito pouco se assemelham a uma revolução de fato, uma vez que tal
  2. expressão é representativa de uma mudança abrupta ou a derrubada imediata de uma determinada ordem, configuração ou
  3. forma de poder. No caso das revoluções industriais, trata-se de um processo gradual e, sob o ponto de vista histórico,
  4. relativamente lento.
  5. A terceira etapa desse processo de transformação nos meios e modos de produção iniciou-se na segunda metade do
  6. século XX e ainda está em curso, a Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica
  7. Informacional, caracteriza-se pelos avanços nos sistemas de telecomunicações e transportes, pelo surgimento e rápida expansão
  8. da informática e da automação, além do desenvolvimento da engenharia robótica. Essa nova configuração estabeleceu
  9. profundas transformações no mundo do trabalho.
  10. Nas etapas anteriores das produções industriais, observava-se uma crescente substituição do homem pela máquina
  11. no processo produtivo, tornando o indivíduo apenas um apêndice de um maquinário cada vez mais amplo e complexo. No atual
  12. momento, essa situação ganhou novas e maiores proporções, na medida em que, junto ao maquinário e às novas tecnologias, a
  13. informática passou também a atuar. O ser humano passou a ser substituído não apenas pela mecânica, mas também
  14. por softwares, que, em muitos casos, passaram a gerir a produção fabril.
  15. Além disso, observa-se também a crescente terciarização da economia, em que a maior parte dos empregos gerados
  16. passou a se concentrar no setor de comércio e serviços. Tal processo, aliado à flexibilização do trabalho, contribuiu para a
  17. precarização das condições do trabalho, para a crise das representações sindicais e para a perda de direitos trabalhistas.
  18. Outro aspecto das transformações no mundo do trabalho ao longo da Terceira Revolução Industrial também está
  19. ligado à questão espacial entre campo e cidade. Ocorreu uma intensa mecanização dos meios rurais e o desenvolvimento de
  20. técnicas e mecanismos agrícolas que propiciaram um grande desemprego nesse meio, o que contribuiu para a intensificação do
  21. êxodo rural, isto é, uma migração em massa da população do campo para a cidade.
  22. O trabalho, tanto no meio urbano quanto no meio rural, passou a ser exigido muito mais em sua qualificação técnica,
  23. uma vez que a operação das novas tecnologias exige determinados conhecimentos específicos que não podem ser realizados
  24. por um profissional que não possui uma determinada formação. Tal contexto contribui para a emergência da contradição:
  25. aumento do número de empregos e aumento do número de desempregados, uma vez que a massa de trabalhadores que não
  26. consegue se adequar às novas condições de trabalho não alcança oportunidades.
  27. Como resultado há um crescimento na geração de emprego nos setores informais, onde não há leis e direitos
  28. trabalhistas, tendo em vista que esse setor caracteriza-se pela sua desregulamentação e pela ausência de uma hierarquia
  29. organizada de trabalho (a maior parte é informal). O resultado é a caracterização de diversos problemas, dentre eles, a pirataria,
  30. bastante comum nos países subdesenvolvidos ao final do século XX e início do século XXI.


Por Rodolfo Alves Pena. FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/trabalho-na-terceira-revolucao-industrial.htm

Ocorre predicado verbal em

Alternativas
Q2687859 Português

De acordo com a Regência Verbal marque a alternativa incorreta.

Alternativas
Q2687816 Português

Marque a alternativa na qual a oração sublinhada é caracterizada pelo sujeito indeterminado.

Alternativas
Respostas
2221: B
2222: C
2223: B
2224: D
2225: A
2226: B
2227: C
2228: A
2229: D
2230: A
2231: C
2232: D
2233: B
2234: B
2235: A
2236: A
2237: A
2238: D
2239: D
2240: B